PPGCH - Mestrado Profissional Interdisciplinar em Ciências Humanas (Dissertações)
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Item Conselho municipal de cultura de Diamantina (gestão 2009–2012): um estudo de caso(UFVJM, 2015) Santos, Luana Maiara dos; Vale, Teresa Cristina de Souza Cardoso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vale, Teresa Cristina de Souza Cardoso; Vale, Adriana Gomes de Paiva; Nóbrega, Ricardo André AvelarRESUMO A dissertação “Conselho Municipal de Cultura de Diamantina um estudo de caso” foi elaborada por meio da análise de dados das atas referentes ao período da gestão 2009 a 2012 do Conselho de Cultura. Na pesquisa foi explanado sobre a democracia e participação referente ao conselho e os tipos de democracia, na perspectiva de conhecer como vem constituindo a democracia direta, deliberativa, representativa e participativa nos conselhos. Além disso, o trabalho apresentou a história dos conselhos que são instrumentos de articulação entre o Estado e a Sociedade em relação às decisões das políticas públicas. Nesta dissertação foi importante apresentar a ideia de cultura e o que vem a ser cultura política e políticas culturais pelos novos significados e interpretações culturais dominantes da política, fomentadas pela modernidade. Para investigar o estudo de caso mostrou a legalidade e estrutura do Conselho de Cultura em números. Utilizou-se a análise de conteúdo que foi um instrumento metodológico aplicado ao conteúdo escrito, por meio de interpretação e reflexão baseadas na dedução e interferência interpretativa. Nesse sentindo constatou, avanços relevantes por meio das atas, regimentos, planos, programas, projetos, intervenções culturais, reformulação de segmentos culturais no Conselho de Cultura. Contudo era preciso um caráter mais ativo do conselho na cidade de Diamantina, sobretudo de maneira democrática participativa e representativa nas reuniões para o exercício de uma cidadania ativa nas decisões que priorize de maneira satisfatória os interesses da sociedade.Item Antiquário, coleções particulares e religiosa na origem da instituição do Museu do Diamante, Diamantina, MG(UFVJM, 2015) Oliveira, Lilian Aparecida; Fagundes, Marcelo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fagundes, Marcelo; Lages, Ana Cristina; Ribeiro, Vândiner; Amaral, Roberto; Linke, VanessaRESUMO A pesquisa que resultou na redação desta dissertação buscou identificar a trajetória histórica do Museu do Diamante na cidade de Diamantina, Minas Gerais, instituído em 1954 pelo modernista Rodrigo Mello Franco de Andrade, primeiro diretor do Sphan. Por meio de suas coleções, documentação museológica e arquivo permanente entre os anos de 1947 a 1957, buscou-se compreender os critérios que nortearam as primeiras aquisições de seu acervo e a concepção estabelecida por seus ideólogos. Oportunidade que propiciou a identificação e problematização das primeiras coleções adquiridas e expostas, bem como os sentidos de um museu público cuja origem tem suas raízes fundadas em coleções oriundas de antiquário e coleções particulares e religiosa institucionalizadas no MD, em um museu público.Item Alto dos bois e os indígenas na província de Minas Gerais: civilização e progresso no ideário oitocentista(UFVJM, 2015) Ruellas, Taciana Begalli de Oliveira; Fagundes, Marcelo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fagundes, Marcelo; Alves, Márcia Angelina; Lage, Ana Cristina Pereira; Mattos, André Luís Lopes Borges deRESUMO Este trabalho consiste em compreender as relações entre índios e colonizadores em uma situação de avanço para os sertões de Minas Gerais. Durante o século XIX, a conquista dos Sertões do Leste de Minas foi pautada em um modelo civilizador por parte da administração indígena. A implementação desse modelo dialogou com o contexto da época em que se visava pesquisar o estado de civilização dos habitantes do sertão, e que para a consolidação da ideia de nação homogênea era necessário que esses povos fossem incorporados à sociedade considerada civilizada. Nesse sentido, esta dissertação pretende compreender a dinâmica dos grupos indígenas ao longo do processo de colonização na zona do Mucuri, Jequitinhonha e adjacências. Possui como foco principal uma região que se configura enquanto espaço de transição entre vales dos rios Jequitinhonha e Mucuri, região denominada Alto dos Bois, hoje pertencente ao município de Angelândia, no Alto Jequitinhonha. Esta se caracterizou como aldeia e quartel militar ao longo do século XIX, onde a família de Antônio Gomes Leal, diretor de índios, aquartelou indígenas falantes do Maxacali que, em fuga dos Botocudos, procuraram refúgio na localidade. Almeja-se, assim, analisar de que maneira os indígenas em Alto dos Bois puderam reconfigurar seus espaços e práticas socioculturais, reconstruir suas identidades e se inserir ao contexto posto. As fontes trabalhadas, sendo elas: correspondências do primeiro diretor dos índios da província, Guido Marlière, correspondências da Diretoria Geral dos Índios, Relatórios de Presidente de Província e os relatórios da Companhia do Mucuri, revelam a estrutura administrativa do indigenismo da Província de Minas Gerais e a forma com que o modelo civilizador deveria ser realizado. Por outro lado, a situação indígena nos aldeamentos acompanhada, principalmente, através de relatos dos viajantes estrangeiros ilustrados, Saint-Hilaire, Johann Pohl e Spix e Martius, demonstra como esses povos adaptaram seu universo simbólico e sociopolítico ao novo contexto em que se inseriam. As três narrativas, sendo elas a dos viajantes ilustrados, do indigenismo e da Companhia do Mucuri possuem um fio condutor: o da civilização e do progresso. Demonstram, também, como as populações indígenas deveriam ser vistas neste processo. A pesquisa se desenvolve com preocupação em demonstrar a contribuição indígena no processo sociocultural da região, já que os vales do Jequitinhonha e Mucuri possuem grande concentração de etnias indígenas. Assim, enfatiza-se o papel dos aldeamentos como espaço de reconstrução social, cultural e de identidades, se constituindo, então, como espaço de resistência. Frente às adversidades do avanço colonizador, Alto dos Bois foi visto como espaço de sobrevivência e de menores perdas. Resistir era também se abrir ao novo, assumindo símbolos e discursos dos não-índios quando conveniente. Identidade e cultura passaram a ser vistas, portanto, como construções relacionais, se atualizando na relação com o Outro, sem a conotação de perda, mas sim de reelaborações. Pelo viés de compreensão de povos historicamente excluídos, por meio do diálogo entre a Antropologia e História ressalta-se a importância dos papéis desempenhados pelos índios nos processos históricos, dando visibilidade a esses povos.Item Escravos e libertos: autores das ações de liberdade em Diamantina (1850-1871)(UFVJM, 2015) Mariano, Delsa de Fátima dos Santos; Sodré, Elaine Leonara de Vargas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lage, Ana Cristina Pereira; Santos, Dayse Lúcide Silva; Sodré, Elaine Leonara de VargasRESUMO O presente trabalho tem como principal objetivo analisar o protagonismo de cativos e libertos em Diamantina para conseguir ou manter a liberdade, por meio do aparato judiciário. A fonte documental utilizada foram as chamadas ações cíveis de liberdade, localizadas na Biblioteca Antônio Torres (BAT), em Diamantina, território da antiga comarca do Serro e espaço escolhido para esta pesquisa. O recorte temporal compreende o período entre 1850, ano em que foi abolido o tráfico negreiro e o ano de 1871, tomando-se como base o período anterior à promulgação da Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro de 1871. Essa escolha do recorte cronológico final se justifica porque a partir dessa lei um novo padrão nas relações entre senhores e cativos se acentua com a interferência do Estado nas questões relativas à alforria. Conseguir a liberdade era o objetivo de homens e mulheres que procuraram a justiça para reivindicar seus direitos. Em contrapartida, houve aqueles que impetraram ações para comprovar ou manter sua condição de liberto, o que revela aspectos que evidenciam os obstáculos e a precária fronteira que separava a escravidão da liberdade imposta no cotidiano das relações escravistas. Cativos e libertos são, assim, os principais personagens a falar (mesmo que indiretamente) nos processos.Item Educação do Campo no Vale do Jequitinhonha: um olhar sobre o PROCAMPO(UFVJM, 2016) Ansani, Carolina Vanetti; Albuquerque Filho, Wellington Brilhante de; Paiva, Adriana Gomes de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Albuquerque Filho, Wellington Brilhante de; Lovo, Ivana Cristina; Ramos, Davidson AfonsoO presente trabalho teve por objetivo realizar uma análise exploratória a respeito do processo de construção do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha, o PROCAMPO/LEC, relacionado ao contexto de construção das lutas e políticas públicas em torno da Educação do Campo no Brasil, em Minas Gerais e mais especificamente no Vale do Jequitinhonha. Para tanto foi utilizado o estudo de caso, com pesquisa qualitativa através de revisão bibliográfica, centrada nas mobilizações sociais em torno de uma perspectiva de educação camponesa e a resposta do Estado a essas demandas, bem como análise documental dos registros do PROCAMPO, e ainda em entrevistas semiestruturadas com sujeitos envolvidos em diferentes etapas de construção do PROCAMPO na UFVJM, a saber: representantes da administração da UFVJM e do curso, professor voluntário, egressos do curso, e representante da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. O que se observou neste estudo foi a desconexão entre as propostas elaboradas pelos movimentos sociais em relação à educação do campo quando estas se tornam políticas públicas. A rigidez das normas estatais, o pouco entendimento dos gestores sobre as demandas e propostas dos movimentos, além de divergências políticas provocaram descontinuidades entre as experiências educacionais construídas pelos movimentos e as políticas públicas implementadas a partir de uma orientação pela Educação do Campo. Tais descontinuidades foram observadas não só no âmbito geral, mas também no PROCAMPO da UFVJM e indicam pontos nodais que demandam maior abertura para o diálogo entre estado e sociedade. Também ficou explícita a fragilidade das políticas públicas de educação do campo, muitas vezes secundarizadas até mesmo pelas instituições que as acolhem. E por consequência, trouxe à tona a grande energia dispendida pelas organizações camponesas na manutenção dessas políticas, mesmo com críticas a seu formato e forma de implantação.Item Parcelamento urbanístico do solo: desafios e perspectivas para regularização fundiária da cidade de Diamantina - Minas Gerais(UFVJM, 2016) Cruz, Sanmil Manoel Costa da; Fagundes, Marcelo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fagundes, Marcelo; Umbelino, Glauco Jose de Matos; Vale, Teresa Cristina de Souza CardosoO presente trabalho visa analisar como se deu o parcelamento do solo urbano da cidade de Diamantina-MG até o ano de 2011. Parte-se do pressuposto que tais questionamentos são essenciais para a compreensão dos atuais contornos da cidade, bem como dos passivos ambientais herdados ao longo dos anos, como a irregularidade fundiária. Teve-se como expectativas: (i) que seria possível mapear a evolução do traçado urbano de Diamantina a partir do século XVIII até 2011, ano do atual Plano Diretor; (ii) que seria possível caracterizar a situação fática aparente em que se encontra grande parte dos terrenos da cidade, até 2011, ano do Plano Diretor vigente. (iii) que seria possível compreender o processo e indicar sugestões para o melhor desenvolvimento da Função Social da Cidade, em médio e longo prazo, bem como para garantia do direito de moradia. Com base nessa problemática, o objetivo dessa pesquisa foi norteado por outros que se fazem presentes, a saber: 1) Compreender as bases da política urbana nacional; 2) Entender e analisar como ocorre o exercício do direito de moradia frente às possibilidades legais; 3) Verificar as condições sociais da população da cidade de Diamantina, a partir de dados governamentais, principalmente os referentes aos anos 2000 e 2010 e 4) Averiguar como se deu a fiscalização por parte do poder público, principalmente o municipal, da referida área de estudo. Nesse sentido para a concretização da pesquisa optou-se pela abordagem metodológica empirista, dado que se pretende explicar somente a face observável da realidade (MARTINS & THEÓPHILO, 2009, p. 39). Além disso, optou-se pela utilização dos métodos quantitativos e qualitativos, uma vez que o primeiro foi utilizado para trabalhar os dados quantificados, obtidos de fontes governamentais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o segundo, para analisar e interpretar aspectos comportamentais do fenômeno estudado. Também se mostrou salutar a utilização de conceitos jurídicos, os quais foram imprescindíveis para resolução de problemas no âmbito do Direito (LAKATOS & MARCONI, 2011, p. 254). Assim, visando conhecer melhor a estrutura fundiária e se chegar a resultados mais precisos sobre a realidade da ocupação do solo urbano da cidade de Diamantina-MG, optou-se por cruzamentos de dados por meio da utilização dos Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG) para a confecção dos mapas. O trabalho encontra-se dividido em três capítulos. A primeira etapa se concentra nos aspectos legais relativos ao Direito Urbanístico, tais como suas características e competências, objetivos norteadores e seus dispositivos legais (Estatuto da cidade, Plano Diretor, Lei de parcelamento do solo, entre outros), a fim de fornecer os suportes para compreensão da política urbana. Na sequência, o 2º capítulo possui um enfoque mais histórico, geográfico e social. Em seguida, o 3º capítulo buscou fazer a discussão dos resultados, ou seja, uma síntese entre o que se observou sobre o parcelamento urbanístico do solo da cidade, o direito de moradia e a função social da cidade. Espera-se que este trabalho elucide algumas dúvidas sobre o parcelamento do solo urbano da cidade de Diamantina-MG, bem como auxilie na formulação de políticas públicas para uma melhor utilização do espaço.Item Tecnologias digitais da informação e da comunicação aplicadas à educação: análise pedagógica de jogos digitais(UFVJM, 2016) Costa, Douglas Geraldo; Braga, Elayne de Moura; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Bárbara Carvalho; Carvalho, Leonardo Lana de; Sperotto, Rosária Ilgenfritz; Braga, Denise da SilvaItem Entre “territórios”: uma análise cultural e política de uma comunidade atingida pela Hidrelétrica de Irapé no Alto Jequitinhonha-MG(UFVJM, 2016) Santos, Renata Cristina; Mattos, André Luís Lopes Borges de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mattos, André Luís Lopes Borges de; Servilha, Mateus de Moraes; Fávero, Claudenir; Dias, Guilherme MansurO objetivo deste trabalho é compreender o processo de desterritorialização e reterritorialização de “atingidos” pela instalação da hidrelétrica de Irapé localizada no rio Jequitinhonha. A instalação de uma obra de grande porte, como a Irapé, considerada uma das maiores hidrelétricas do Brasil, ocupa uma área de grande proporção e promoveu o deslocamento de muitas famílias, a maioria composta por camponeses. Dessa forma, muitas pessoas foram realocadas em outros lugares. Procura-se, então, analisar como os “atingidos” pela Irapé e reassentados no Alto Jequitinhonha estabelecem novas relações com o território e recriam um sentido de pertencimento nesse território. Essa análise é, assim, direcionada às ações e práticas criadas pelos reassentados no novo lugar em que se encontram. As conclusões referentes a este trabalham revelam que ocorreram mudanças nos modos de vida dos atingidos, provocadas pela instalação da hidrelétrica e que, os processos socioculturais dos reassentados não serão novamente reproduzidos no atual território em que se encontram.Item Aporte curricular da formação de professores sobre tecnologias digitais de informação e comunicação: um panorama envolvendo instituições de ensino superior do Norte de Minas Gerais(UFVJM, 2016) Costa, Joiciele Rezende; Braga, Elayne de Moura; Ramos, Davidson Afonso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Braga, Elayne de Moura; Carvalho, Leonardo Lana de; Ferreira, Bárbara Carvalho; Lima, Márcio Roberto deTendo em vista a presença e a atuação de um grupo de Instituições de Ensino Superior na região do norte de Minas Gerais, a proposta dessa pesquisa foi investigar o aporte curricular oportunizado aos acadêmicos dos cursos de licenciatura dessas instituições, com vistas a aproximar suas formações das particularidades envolvidas na utilização das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) em ações pedagógicas. Tendo como amostra a cidade de Montes Claros, procedemos a um recorte de uma problematização social e cultural, que é a relação entre os processos de ensino-aprendizagem e as tecnologias. O objetivo foi averiguar quais e quantos cursos de licenciatura e de qual instituição possuem alguma disciplina, que faça menção ao uso das tecnologias no processo educativo, com vistas a capacitar os egressos para o uso das TDIC. As instituições de ensino superior da região investigadas foram: Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES, Instituto Superior de Educação Ibituruna-ISEIB/Faculdades de Ciências Gerenciais e Empreendedorismo-FACIGE, Fundação Presidente Antônio Carlos- FUPAC, Faculdades Integradas Pitágoras- FIP, Faculdade Prisma e Universidade Norte do Paraná-UNOPAR (modalidade EAD). A relação com a universidade frequentemente reflete na educação básica. Essa proposta de trabalho se fez possível e necessária diante da emergência da sociedade hodierna, onde se efetua uma transição de paradigmas, em vários âmbitos, abarcando também a educação e consequentemente os hábitos dos indivíduos. A metodologia utilizada na realização desse trabalho é de cunho quantitativo quanto à descrição dos currículos dos cursos e qualitativo, possibilitando um olhar crítico sobre a temática. Para isso, foi feito um levantamento bibliográfico e uma revisão de literatura que buscou contextualizar a formação de professores com os novos tempos chamados de “modernos”, bem como com as mudanças ocorridas na vida dos indivíduos na modernidade. Também foi feita uma pesquisa documental, com documentos do Ministério da Educação (MEC), orientações para os cursos de licenciaturas no país e ementas e estruturas curriculares dos cursos de licenciaturas, das universidades e faculdades supracitadas. A pesquisa constatou que, dos trinta cursos de licenciaturas investigados, nas seis instituições de ensino, somente dezoito contam com disciplinas teóricas e/ou práticas, com vistas a inserir o uso das TDIC no cotidiano docente. Este resultado corresponde a 60% (sessenta porcento) dos cursos analisados, o que indica uma necessidade de melhor adequação entre a formação ofertada pelas licenciaturas, as orientações do MEC e a prática docente.Item Comunidades quilombolas na Constituição Federal de 1988: desafios na construção de políticas públicas implementadoras de direitos fundamentais “multiculturais”– um estudo de caso em Serro/MG(UFVJM, 2016) Gonçalves, Waldicleide de França Santos; Vale, Teresa Cristina de Souza Cardoso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vale, Teresa Cristina de Souza Cardoso; Leite, Matheus de Mendonça Gonçalves; Paiva, Adriana GomesA presente pesquisa visa apresentar possibilidades teóricas, capazes de vislumbrar caminhos a percorrer na construção de políticas públicas implementadoras de direitos fundamentais multiculturais de grupos minoritários e comunidades tradicionais. Neste ínterim, partiremos de um raciocínio demonstrativo, embasado em vasta literatura sobre comunidades quilombolas, onde serão apresentados os instrumentos legislativos de proteção dos seus direitos fundamentais, culturais e territoriais. Discutiremos a inter-relação entre cidadania e direitos humanos, bem como a necessidade de reconhecimento formal do Estado Pluriétnico Brasileiro e suas implicações na construção de uma cidadania multicultural de minorias vulneráveis. Faremos ainda, um breve levantamento das políticas públicas Federais, Estaduais e Municipais para promoção e inclusão social de afrodescendentes. Apresentaremos por fim, um estudo de caso, onde será adotado o método qualitativo com análise de conteúdo dos dados coletados na Prefeitura Municipal de Serro/MG, mas especificamente nas Atas das reuniões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Social das Comunidades Remanescentes de Quilombos da cidade de Serro. Mapearemos as demandas das comunidades quilombolas, bem como as ações do poder público municipal para garantir os direitos fundamentais das comunidades quilombolas ali existentes, quais sejam: Baú, Ausente, Vila Nova, Queimadas e Santa Cruz.Item O povo Xacriabá: luta, história, mito e literatura(UFVJM, 2016) Casagrande, Gilmara Maria Rodrigues; Paula, Adna Candido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paula, Adna Candido de; Escobar, Suzana Alves; Mattos, André Luis Lopes Borges deO presente trabalho tem por objetivo contextualizar a história de lutas e conquistas dos povos indígenas no Brasil e, em especial, dos Xacriabá. O interesse em compreender os povos Xacriabá, situados em São João das Missões – Norte de Minas Gerais – Brasil, é pertinente, visto que, ao tecermos considerações da esfera macro (indígenas no Brasil) para a micro (indígenas em Minas Gerais), conseguimos compreender os desafios pelos quais eles passaram. Desse modo, tendo em vista que os Xacriabá possuem uma rica literatura materializada na escrita, cujas obras de autoria coletiva permitem entrever os embates históricos e a produção de mitos, pode-se perceber como estes sujeitos lidaram com o processo escolar. Nesse sentido, busca-se, também, através da análise de duas obras literárias escritas em língua portuguesa: O tempo passa e a história fica (1997) e Com os mais velhos (2005), i) identificar como os Xacriabá incorporam o discurso mítico dentro da aldeia e fora dela; ii) entender como esses índios se apresentam socialmente por meio da obra literária e do mito; e iii) compreender o mito estudado sob as classificações metamórficas, uma vez que se detectou, na constituição das narrativas, o processo de metamorfose. Com base nisso, ao final, torna-se possível analisar o mito da Onça Iaiá Cabocla, considerada o principal ser mítico pelos Xacriabá.Item Grupo Escolar Professora Júlia Kubitschek: modernização na arquitetura e nas concepções educacionais em Diamantina, 1951-1961(UFVJM, 2016) Baracho, Cláudia Elizabeth; Lage, Ana Cristina Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lage, Ana Cristina Pereira; Neves, Leonardo Santos; Arruda, Rogério Pereira deEsta dissertação tem por objetivo investigar o processo de criação, construção, inauguração e as primeiras atividades do Grupo Escolar Professora Júlia Kubitschek. A instituição foi o terceiro grupo escolar instalado em Diamantina, Minas Gerais, na década de 1950, período histórico considerado de grande importância para o município, uma vez que estava à frente do governo do Estado, e posteriormente da presidência da República, o diamantinense Juscelino Kubitschek de Oliveira. Inicialmente, fez-se necessária uma pesquisa bibliográfica que contribuísse para a discussão do surgimento dos grupos escolares no contexto brasileiro e no Estado de Minas Gerais com o intento de analisar o ideário renovador da primeira metade do século XX. A investigação documental foi realizada em arquivos públicos e privados, onde foram selecionados jornais locais, livros contendo atas de reuniões, termos de posse, termos de visitas, imagens e outros documentos que serviram para fundamentar este estudo. Ao discutir a arquitetura do prédio do Grupo Escolar Professora Júlia Kubitschek, pretende-se ler e interpretar a história da educação local e entender como os governos estadual e municipal procuraram aquilatar a importância de se construir um novo prédio escolar com traços arquitetônicos modernos, em um centro histórico tombado pelo patrimônio na década de 1930. Ao analisar o funcionamento da referida instituição através das atas produzidas no seu interior e compará-las às resoluções, portarias, instruções e avisos da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, procura-se entender a prática dos docentes e os ideais dos dirigentes políticos da época. Do ponto de vista teórico, são propostas reflexões sobre a arquitetura escolar, os grupos escolares e a escola pública ao longo do século XX, respectivamente. Desenvolvida na linha de pesquisa Educação, Cultura e Sociedade do Mestrado Profissional Interdisciplinar em Ciências Humanas, esta dissertação se justifica pelo ineditismo do trabalho, por contribuir para os estudos de cunho regional da história das instituições escolares e despertar o interesse da comunidade local em preservar e resgatar a sua história.Item Discursos acerca da educação da infância e da educação física dedicados aos jogos na Revista do Ensino de Minas Gerais (1925-1940)(UFVJM, 2016) Reis, Tacimara Cristina dos; Lage, Ana Cristina Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lage, Ana Cristina Pereira; Guimarães, Paula Cristina David; Ferreira, Bárbara CarvalhoEsta dissertação está inserida no campo de pesquisa da História da Educação e que mobiliza fontes documentais primárias. Tem por objetivo investigar como a Revista do Ensino apresentou em suas páginas os discursos acerca da educação da infância e dos jogos como componentes da Educação Física entre 1925 e 1940. Assim, ao longo desta pesquisa, procurou-se explicitar como este periódico educacional, por meio dos seus artigos publicados, compreendia e tratava a criança nas instituições de ensino, bem como os jogos foram introduzidos e legitimados nos ensinos pré-primário e primário enquanto componentes da Educação Física. Partiu-se do princípio de que os jogos eram desenvolvidos para proporcionar a eficiência dos corpos das crianças. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi adotada a metodologia da análise do discurso. Foi realizado um levantamento de 115 exemplares, contendo 175 números publicados pela Revista do Ensino entre 1925 e 1940, assim, foram identificados 42 artigos que trataram diretamente sobre os discursos da educação da infância e 61 que abordaram os discursos acerca da educação física, incluindo aqueles dedicados à utilização dos jogos na infância. Outras fontes também foram mobilizadas, como a coleção de leis e decretos do período, dados considerados como essenciais durante o processo de coleta de dados. Os resultados indicaram que a Revista do Ensino investiu e auxiliou na educação da infância de várias formas, ao apontar para os professores como e o que fazer em suas práticas pedagógicas. O periódico também orientou as ações que seriam implantadas para que a família participasse não apenas da educação das crianças nas escolas, como também em seus respectivos lares. Estes investimentos estiveram imbuídos de representações de um ideal para o professor dos ensinos pré-primário e primário, bem como a preparação das crianças para que, no futuro, tivessem instrumentos para exercerem atividades no mundo do trabalho. Observou-se que a Revista do Ensino foi um meio eficaz que contribuiu para a introdução e a prática dos jogos nas escolas mineiras, auxiliando o professor daquela época com a prescrição de diversos jogos e como desenvolvê-los nas aulas de Educação Física e nos recreios escolares, considerados fundamentais para a cultura escolar, pois contribuíam para o favorecimento do desenvolvimento físico, intelectual e moral das crianças, a fim de prepará-las para a vida adulta.Item A imprensa e a proscrição dos animais não-humanos da urbe diamantinense (1894-1912)(UFVJM, 2016) Lopes, Gustavo Leandro Nassar Gouvêa; Arruda, Rogério Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Ana Paula Pereira; Fonseca, Lilian Simone Godoy; Amaral, Roberto Antônio Penedo do; Arruda, Rogério Pereira deO presente trabalho investiga a participação da imprensa diamantinense no processo de rechaçamento dos animais não-humanos da urbe, durante a dinâmica de modernização deflagrada na virada do século XIX para o XX. Tal pesquisa analisa as intervenções de agentes modernizadores de Diamantina sobre animais não-humanos, faceta analisada apenas tangencialmente por dois autores precedentes: James William Goodwin Júnior e Marcos Lobato Martins. Essa leitura, que se enreda na compreensão das maneiras como agentes modernizadores se posicionavam em relação à presença animal na cidade, lança novas luzes e novas questões às outras facetas da modernização diamantinense, já bem estudadas. Além desse alcance mais estrito, o estudo pormenorizado desse processo de proscrição, por meio da análise dos textos publicados nos jornais diamantinenses (O Município, O Jequitinhonha, A Idéa Nova), entre 1894 e 1912, nos revela inversões, tensões e ambiguidades. Acredita-se que essa ação, para além de refletir muito localizadamente uma utopia modernizadora em conflito com a dependência da sociedade diamantinense em relação ao trabalho escravo dos animais “de tropa”, diz respeito a embates calcados numa longuíssima duração do (anti)relacionamento humananimal. Nesse sentido, tais embates informam e elucidam questões pertinentes aos dilemas humananimais da atualidade, marcadas pela emergência de um movimento vegano-abolicionista de alcance global.Item O Estado militar e as populações indígenas: Reformatório Krenak e Fazenda Guarani(UFVJM, 2017) Foltram, Rochelle; Mattos, André Luís Lopes Borges de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mattos, André Luís Lopes Borges de; Mykonios, Atanasio; Velden, Felipe Ferreira Vander; Fagundes, MarceloA presente dissertação pretendeu analisar as políticas do Estado Brasileiro para as populações indígenas durante a Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Num primeiro momento, foram analisadas as políticas de Estado para os índios, desde o período colonial até as primeiras décadas do regime republicano, momento da criação do Serviço de Proteção ao Índio, primeiro órgão estatal voltado para tratar das questões indígenas. Posteriormente, procurou-se investigar o sistema de ideias e projetos que cercava as populações indígenas durante o regime militar, refletindo sobre as razões que levaram a criação da Fundação Nacional do Índio (1967) e dos reformatórios agrícolas em várias partes do Brasil. Através da investigação de uma gama variada de documentos – imprensa, relatórios, legislações, depoimentos, fotografias – foi possível elucidar como o Estado pensava e agia em relação às populações indígenas, tratadas, de modo genérico e preconceituoso, como brutas, selvagens, ignorantes, ociosas e despreparadas para o convívio social. A saída encontrada pelo Estado para solucionar o “problema” da questão indígena, quase sempre, foi à perseguição, reclusão, marginalização e genocídio dessas populações.Item Práticas de escrita: os diários manuscritos das alunas da Escola Normal Rural de Conselheiro Mata (Diamantina, MG) - 1950-1962(UFVJM, 2017) Dias, Alessandra Geralda Soares; Lage, Ana Cristina Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lage, Ana Cristina Pereira; Neves, Leonardo dos Santos; Arruda, Rogério Pereira deEsta dissertação tem como objetivo a investigação das práticas de escrita por meio da análise dos diários produzidos, entre 1950 e 1962, por alunas normalistas da Escola Normal Regional Dom Joaquim Silvério de Souza, em Conselheiro Mata, zona rural de Diamantina (MG). A construção desta proposta está baseada na análise documental dos diários manuscritos, documentos pertencentes ao acervo da escola, os quais são considerados como fonte e objeto desta pesquisa. Entende-se que a produção cotidiana dos diários manuscritos por alunas normalistas pode constituir uma rica fonte para os estudos acerca da história das Escolas Normais Rurais em Minas Gerais e, especificamente, da instituição aqui investigada. Nesta pesquisa, são utilizados autores que já tratam sobre as estratégias de ensino na referida escola, mas que não aprofundam na análise dos diários, e aqueles que abordam alguns conceitos necessários para esta dissertação, tais como: a história cultural dentro de suas abordagens de representação para entender a cultura escolar, a cultura escrita e cultura política. Serão ainda analisados os princípios didáticos propostos pela psicóloga e educadora russa Helena Antipoff, uma das idealizadoras das escolas normais rurais em Minas Gerais. A questão central deste trabalho é o estudo da percepção das normalistas sobre o cotidiano de uma escola normal rural por meio da escrita dos diários.Item “Vou te proteger”: a Educação Patrimonial como estratégia para proteção e valorização do patrimônio arqueológico do município de Felício dos Santos, MG.(UFVJM, 2017) Macedo, Thaisa Dayanne Almeida; Fagundes, Marcelo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fagundes, Marcelo; Paula, Adna Cândido de; Bandeira, Arkley Marques; Suñer, Márcia Maria ArcuriEste trabalho tem como por finalidade relatar as experiências as reflexões decorrentes de uma experiência de Educação Patrimonial realizada na cidade de Felício dos Santos- MG. Parte-se do princípio de que mais do que um conjunto de conceitos, a Educação Patrimonial apresenta-se como base de conhecimento capaz de gerar nos indivíduos a noção de cidadania, voltada para a necessidade de sensibilizar acerca do patrimônio (material e imaterial). O estabelecimento de metodologias e práticas que cooperam para a valorização e apropriação do patrimônio arqueológico é significativamente importante para a valorização e preservação dos bens culturais e das memórias e narrativas interligadas a eles. Pois, trata-se de tentar compreender o olhar das comunidades perante as identidades e histórias do seu próprio lugar e com as expressões culturais em torno delas. Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada se fundamenta na diversidade das memórias e nas multiplicidades de histórias, contos e causos, como pressuposto para criar aproximações entre o conhecimento científico e a comunidade. Possui como foco principal uma região que por algum tempo tem sido local de desenvolvimento de pesquisas no campo da arqueologia pelo Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem (LAEP/CEGEO/UFVJM). Almeja-se, assim, a construção metodologias e práticas que possam dar significados sociais e culturais aos vestígios arqueológicos e históricos, possibilitando às comunidades detentoras deste patrimônio a compreensão da importância da proteção, valorização e respeito (sobre) do patrimônio histórico, arqueológico e cultural. Considera-se a Arqueologia Pública como um aparato adequado para ser utilizado neste tipo de estudo, uma vez que, em seus princípios valoriza envolvimento do público, em uma construção do conhecimento científico através da interface entre Arqueologia-Sociedade. Dessa forma, o desejo por conhecer e divulgar o patrimônio cultural da cidade acabou por colocar o público envolvido como sujeitos fundamentais para os objetivos por nós traçados. Cabe salientar que antes de tudo, a pesquisa nos revelou que há um universo imerso nas comunidades que precisa ser conhecido. E que conhecer esse universo é uma responsabilidade social reservada aos pesquisadores e profissionais que aventuram atrás de descobertas naquelas terras.Item A atuação das mulheres no grupo guerrilheiro urbano argentino Montoneros (1969-1980)(UFVJM, 2017) Carneiro, Amanda Monteiro Diniz; Arruda, Rogério Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Arruda, Rogério Pereira de; Borges, Elisa de Campos; Ramos, Davidson Afonso deEsta dissertação analisa a atuação das mulheres no grupo de esquerda argentino denominado Montoneros no período entre 1969 e 1980. O grupo surgiu, aproximadamente, em fins dos anos 1960, a partir da esquerda peronista. Nesse sentido, pretendemos entender e discutir com abrangência as relações entre as referidas mulheres e o grupo. Para isso, exploramos os espaços de atuação política dessas mulheres; os papéis desempenhados por elas; as relações com os demais participantes do grupo e da sociedade de modo geral; finalmente, discutimos as dificuldades e tentativas de se estabelecer o papel feminino dentro da organização, sem a apropriação do “jeito” masculino para fundamentar suas atuações no grupo e no meio social. Em síntese, este trabalho busca novas perspectivas para se pensar as mulheres como personagens históricos como quaisquer outros, independentemente de comparações e juízos de valor construídos historicamente e reproduzidos de forma hierárquica como regras naturais.Item O ideário republicano e as instituições escolares em Montes Claros (1916-1918)(UFVJM, 2017) Andrade, João Paulo da Silva; Lage, Ana Cristina Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lage, Ana Cristina Pereira; Santos, Luciana Lopes dos; Ramos, Davidson Afonso deEsta dissertação tem por objetivo compreender como as instituições escolares da cidade de Montes Claros (MG) representaram um importante instrumento mantenedor do Status Quo do Estado Brasileiro na Primeira República (1889-1930). O marco temporal é o período de 1916 a 1918, e justifica-se pelas fontes utilizadas e que tratam de assuntos referentes à Escola Normal Norte Mineira e ao Grupo Escolar Gonçalves Chaves. Objetiva-se conceituar e interpretar a história da educação na cidade de Montes Claros, na busca compreender os sujeitos envolvidos nos processos históricos para a constituição das sociedades, bem como as suas práticas e adequações aos moldes do novo Estado Republicano Brasileiro. Justifica-se a relevância da referida pesquisa devido ao enriquecimento das discussões acerca do período trabalhado e das contribuições para a história local.Item O processo de alfabetização de surdos nos anos iniciais do ensino fundamental: uma análise sob a perspectiva de professores(UFVJM, 2017) Bomfim, Duanne Antunes; Ferreira, Bárbara Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Bárbara Carvalho; Ribeiro, Maria Clara Maciel de Araújo; Santos, Pedro Perini Frizzera da Mota; Braga, Elayne de MouraConsiderando (a) os desafios da formação docente (inicial, continuada e não formal), das estratégias e práticas pedagógicas no processo de alfabetização de alunos surdos na educação inclusiva; (b) o desempenho linguístico insatisfatório dessas crianças, bem como a ausência de uma Política de Educação Bilíngue para surdos nas escolas inclusivas; (c) que a Lei Federal 10.436/2002, que reconhece a Libras - Língua Brasileira de Sinais, estabelece que esta não poderá substituir a modalidade escrita da língua oral do país; (d) e que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos e o Plano Nacional de Educação de 2014 a 2024 determinam que até o terceiro ano do Ensino Fundamental todas as crianças estejam alfabetizadas, seria imprescindível que as pessoas surdas dominem a leitura compreensiva e escrita da Língua Portuguesa por meio do processo de alfabetização. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo geral analisar, na perspectiva de professores regentes, o processo de alfabetização de alunos surdos matriculados em turmas de 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental de escolas de educação inclusiva do ensino regular comum. Esta pesquisa se caracterizou como qualitativa, envolvendo a participação de nove professores, que atuaram com alunos surdos usuários de Língua de Sinais na fase inicial da alfabetização do Ensino Fundamental em escolas localizadas em cidades nos Vales do Jequitinhonha e do Rio Doce, com coleta de dados por meio de entrevistas individuais que foram transcritas na íntegra e posteriomente tratadas, interpretadas e analisadas. No que se refere ao perfil docente, os resultados apontaram que a formação inicial e continuada ainda são insuficientes para subsidiar sua prática na alfabetização de surdos, pois a maioria não domina a Língua de Sinais e desconhece a concepção da educação bilíngue para o ensino de surdos, resultando na dificuldade em planejar atividades específicas em conformidade às necessidades linguísticas e educacionais destes alunos. Outro resultado encontrado foi as variáveis facilitadoras do processo de alfabetização. Nesse sentido, os professores apontaram principalmente a colaboração e o apoio que receberam por meio do intérprete de Língua de Sinais, as reflexões, pesquisas e trocas de experiências por estratégias não formais de apropriação de conhecimento, através de outros professores e pelo uso de meios digitais e impressos de informação, bem como o trabalho desenvolvido com os alunos surdos na sala de recursos multifuncional e pela Educação Infantil com a estimulação, o desenvolvimento linguístico e educativo destes. Já como variáveis dificultadoras foram destacadas a descontinuidade e/ou a ausência de orientação qualificada pela equipe pedagógica da escola, a falta de apoio e acompanhamento das famílias para o desenvolvimento das crianças, o baixo nível de desempenho linguístico apresentado pelos alunos, e ainda a dificuldade de encontrar materiais de ensino específicos para alfabetização de surdos na Língua Portuguesa em turmas de educação inclusiva. Embora tendo pouco conhecimento e não havendo oportunidade de planejar as aulas de forma conjunta com o intérprete de Língua de Sinais ou com outro profissional especializado, os professores têm buscado alternativas para o planejamento e a prática de ensino voltadas para as necessidades dos seus alunos surdos. Conclui-se, portanto, que mesmo havendo fatores dificultadores nesse campo, algumas variáveis facilitadoras podem tornar possível o desenvolvimento do trabalho docente com estes alunos.