A imprensa e a proscrição dos animais não-humanos da urbe diamantinense (1894-1912)

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2016

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UFVJM

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O presente trabalho investiga a participação da imprensa diamantinense no processo de rechaçamento dos animais não-humanos da urbe, durante a dinâmica de modernização deflagrada na virada do século XIX para o XX. Tal pesquisa analisa as intervenções de agentes modernizadores de Diamantina sobre animais não-humanos, faceta analisada apenas tangencialmente por dois autores precedentes: James William Goodwin Júnior e Marcos Lobato Martins. Essa leitura, que se enreda na compreensão das maneiras como agentes modernizadores se posicionavam em relação à presença animal na cidade, lança novas luzes e novas questões às outras facetas da modernização diamantinense, já bem estudadas. Além desse alcance mais estrito, o estudo pormenorizado desse processo de proscrição, por meio da análise dos textos publicados nos jornais diamantinenses (O Município, O Jequitinhonha, A Idéa Nova), entre 1894 e 1912, nos revela inversões, tensões e ambiguidades. Acredita-se que essa ação, para além de refletir muito localizadamente uma utopia modernizadora em conflito com a dependência da sociedade diamantinense em relação ao trabalho escravo dos animais “de tropa”, diz respeito a embates calcados numa longuíssima duração do (anti)relacionamento humananimal. Nesse sentido, tais embates informam e elucidam questões pertinentes aos dilemas humananimais da atualidade, marcadas pela emergência de um movimento vegano-abolicionista de alcance global.

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LOPES, Gustavo Leandro Nassar Gouvêa. A imprensa e a proscrição dos animais não-humanos da urbe diamantinense (1894-1912). 2016. 209 p. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2016.

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