Pós-graduação em Ciência Florestal
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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
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Item Alongamento e enraizamento in vitro e aclimatação de plântulas de arnica (Lychnophora pohlii Sch. Bip.)(UFVJM, 2017) Guerra, Clara de Almeida; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Titon, Miranda; Santos, José Barbosa dos; Sugawara, Márcio Takeshi; Machado, Evandro Luiz MendonçaO objetivo deste trabalho foi desenvolver uma metodologia de propagação in vitro de Lychnophora pohlii Sch. Bip., envolvendo as etapas de alongamento, enraizamento e pré-aclimatação de plântulas cultivadas in vitro. Na etapa de alongamento, no primeiro experimento avaliou-se o efeito dos reguladores de crescimento ANA + BAP, ANA + TDZ e GA3 combinados com os meios MS e MS/2 na altura média e percentual de calos. Ainda nessa etapa, no experimento dois e três, utilizou-se o meio MS e concentrações de GA3 (0; 0,5; 1; 2 e 4 mg L-1) e ANA (0,1; 0,3; 0,6; e 0,9 mg L-1), e avaliou-se a altura média, percentual de enraizamento, número médio de raízes e percentual de calos. Na etapa de enraizamento, nos experimento quatro e cinco foram testadas concentrações de ANA e AIB (1,0 e 2 mg L-1) e quatro tempos de permanência dos explantes no meio (7, 14, 21e 28 dias) e as avaliações foram realizadas semanalmente quanto ao percentual de enraizamento, número médio de raiz, altura média e percentual de calos. Também nessa etapa, para os experimentos seis e sete, os tratamentos foram constituídos de dois tipos de meio (MS/2 e WPM/2) e concentrações de ANA e AIB (0,1 e 0,5 mg L-1) e avaliados o percentual de enraizamento, número médio de raízes, altura média e percentual de calos. Na etapa de pré-aclimatação, as plântulas foram transplantadas para copos plásticos (200 cm3) contendo vermiculita® autoclavada e os tratamentos foram constituídos por plântulas cobertas com saco de polietileno intacto, plântulas cobertas com saco de polietileno perfurado e ausência de cobertura, onde se avaliou o percentual de sobrevivência, altura média, comprimento médio da raiz principal, matéria fresca da parte aérea, matéria fresca da raiz, matéria seca da parte aérea e matéria seca da raiz. Na fase de alongamento, a maior média de altura foi verificada em explantes cultivados em meio MS, suplementado com ANA + BAP. A combinação de ANA + TDZ aumentou o percentual de calo. As concentrações de 0,9 e 0,1 mg L-1 proporcionaram a maior e menor número médio de raiz por tratamento. O menor percentual de calo foi observado na concentração de 0,1 mg L-1 de ANA. Na fase de enraizamento a concentração de 1,0 mg L-1 de ANA proporcionou maior média de altura e menor percentual de calo e na concentração de 2,0 mg L-1 se observou a menor média de altura e o maior percentual de calo. O tempo de permanência de 21 dias possibilitou a maior média de altura dos explantes tratados com ANA e AIB. A concentração de 2,0 mg L-1 de AIB contribuiu com o maior número médio de raízes. O meio WPM/2 suplementado com 0,5 mg L-1 de ANA obteve o maior número médio de raízes. A maior média para a altura foi encontrada nos explantes cultivados em meio WPM/2. A concentração de 0,1 mg L-1 de ANA proporcionou o menor percentual de calo. A concentração de 0,5 mg L-1 de AIB proporcionou os maiores valores para o percentual de enraizamento, número médio de raízes e percentual de calo. Na fase de pré-aclimatação, o maior percentual de sobrevivência foi observado no tratamento em que as plântulas foram cobertas com sacos de polietileno intacto. As plântulas cobertas com sacos de polietileno perfurado expressaram maior altura média, comprimento médio da raiz, matéria fresca e seca da parte aérea. Nessas condições os explantes mostraram-se responsivos quanto aos tratamentos testados, denotando boas perspectivas quanto ao cultivo in vitro dessa espécie.Item Análise comparativa de metodologias de mapeamento de uso conflitante da terra: estudo de caso em sub-bacias do rio Araçuaí(UFVJM, 2022) Martins, Ilziane Carmem; Mucida, Danielle Piuzana; Gorgens, Eric Bastos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; França, Luciano Cavalcante de Jesus; Matosinhos, Cristiano ChristofaroEstudos de avaliação de terras contribuem para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, possibilitam usos mais sustentáveis e mitigam problemas ambientais. No âmbito das metodologias de avaliação fundiária, o método Unidades de Paisagem (UPs) compõe o manual oficial de Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP) de Minas Gerais. Além dele, existe o Potencial de Uso para Conservação (PUC), proposto como alternativa na etapa de avaliação de terras do ZAP. Este trabalho teve como objetivo avaliar os produtos das metodologias UPs e PUC aplicadas em um estudo de caso nas bacias do Ribeirão Santana e do Rio Preto, no alto rio Araçuaí, principal afluente do Rio Jequitinhonha. Foram gerados mapas de unidades de paisagem e potencial de uso de conservação, cruzados com o mapa de uso e ocupação do solo. Como produtos, geramos mapas de conflitos da UPs e da PUC que mostram a compatibilidade, necessidade de controle e manejo ou incompatibilidade do uso atual da bacia. Com base nas UPs, o mapa de uso conflitante homogeneizou áreas muito extensas, enquanto a PUC gerou conflitos mais detalhados. Nas regiões antropizadas, o conflito pela PUC estabeleceu áreas mais necessárias de Controle e Manejo, enquanto pela UPs, muitos desses pontos foram classificados como Compatível ou Incompatível. A acurácia global obtida pelos métodos para os conflitos nas duas bacias foi de forte concordância. Os valores do índice Kappa (28%) indicam concordância razoável para Ribeirão Santana e concordância substancial (63%) para Rio Preto, revelada na precisão do usuário e produtor. As classes Controle e Manejo e Incompatível indicaram pontos mais sensíveis e discordantes na análise qualitativa. As bacias são caracterizadas principalmente por propriedades dedicadas à agricultura familiar e, nesse sentido, mapas mais detalhados são mais eficientes nas políticas públicas, considerando a escala dos imóveis rurais. Informações de campo indicaram que algumas áreas antropizadas, principalmente pastagens, apresentam alto grau de degradação, exigindo práticas de manejo conservacionistas. Nesse ponto, o mapa de conflitos pelo PUC foi mais condizente com a realidade. Apesar das vantagens da PUC para o cenário avaliado, o método UPs proporciona maior intimidade com a área de estudo. Além disso, fatores climáticos e tecnologias agrícolas, em escala regional, devem ser incluídos nas análises para avaliar a capacidade de uso da terra.Item Análise e previsibilidade dos acidentes de trabalho no setor florestal em Minas Gerais(UFVJM, 2018) Nogueira, Ludmila Neves; Leite, Angelo Márcio Pinto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Angelo Márcio Pinto; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Cordeiro, Sidney AraújoO Brasil possui recursos florestais abundantes que auxiliam na elevação dos indicadores socioeconômicos do país e, Minas Gerais, é o estado com maior área de árvores plantadas. Juntamente com o desenvolvimento tecnológico, novas modalidades de risco de acidentes são introduzidas através das técnicas e ferramentas utilizadas. No setor florestal os acidentes de trabalho geram custos elevados e devem ser estudados a fim de minimizar os fatores de risco social e econômico. O conhecimento do perfil do acidentado e das causas de acidentes no setor florestal permite a criação de programas de prevenção, visando a adoção de medidas corretivas futuras. Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho é traçar o perfil dos acidentados no setor florestal e, também, prever a quantidade de acidentes futuros. Para a realização da pesquisa foram consultadas as informações contidas no banco de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), referentes às Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) geradas na ocorrência de acidentes na produção florestal. Para tanto, foram selecionados as características dos acidentados e o número de acidentes por mês, de 2011 à 2017. A previsão dos acidentes de trabalho foi realizada por meio da análise de série temporais do software R, onde se estimou o melhor modelo segundo o Critério de Informação Akaike (AIC). Os resultados indicaram que os acidentes ocorreram predominantemente em adultos, na faixa etária de 35 a 59 anos (58,83%), do sexo masculino (97%), com solteiro ou casado (46% e 42% respectivamente) e, com renda de 1 a 2 salários mínimos (83,88%). Os membros superiores e inferiores foram os mais atingidos, perfazendo 80,42%, principalmente os dedos e mãos. As principais doenças geradas em decorrência dos acidentes foram àquelas relacionadas aos “traumatimos do punho e da mão” (categoria S60-S69 da CID-10). O grupo com maior incidência de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) foi os trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (93%). Destes, 44,43% pertenciam à ocupação de extrativistas florestais. Pelo modelo ARIMA (2,0,0) (2,0,0) [12] os coeficientes foram estatisticamente significativos, com indicadores de erro pequenos e com grande explicação da variação dos dados de acidentes de trabalho no setor florestal em Minas Gerais. Ainda, de acordo com as análises, para a série estimada se previu diminuição dos acidentes de trabalho nos próximos anos.Item Análise florística e estrutural em bordas de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, município de Capelinha, MG(UFVJM, 2015) Paschoal, Elisa de Morais; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Pinto, José Roberto RodriguesDiversos fatores influenciam a composição florística e os padrões estruturais das florestas tropicais, como localização geográfica, variações ambientais e distúrbios. Neste contexto, buscando medidas para conservação da biodiversidade, torna-se importante conhecer as características dos fragmentos florestais bem como os fatores que os influenciam. Assim, este estudo teve por objetivo descrever e comparar a florística e a estrutura do componente arbóreo em duas bordas florestais de um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual em contato com paisagens modificadas por atividades antrópicas. A vegetação arbórea foi amostrada em duas bordas em contato pastagem e cafeicultura, e no interior do fragmento. Comparou-se a riqueza entre os três trechos por meio do teste Kruskal-Wallis e pela confecção de curvas de rarefação. A similaridade florística foi analisada por meio do diagrama de Venn e dos índices de Jaccard e Czekanowsk. A diversidade nos trechos foi estimada pelos Índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade de Pielou (J’) e comparada pelo teste t de Hutcheson. A estrutura da vegetação nos três trechos foi caracterizada e comparada pelo teste de Kruskal-Wallis e por meio de classes diamétricas. Para o conjunto de trechos estudados foram computados 2.840 indivíduos, identificados em 56 famílias, 144 gêneros e 271 espécies (94 na borda do café, 128 na borda da pastagem, 178 no interior). As famílias com maior riqueza foram Fabaceae, Myrtaceae, Annonaceae, Lauraceae e Rubiaceae. O fragmento apresenta alta diversidade (H’ = 4,6) e entre os trechos, a maior riqueza e diversidade foi registrada, respectivamente, no interior, na borda da pastagem e na borda do café. Os trechos de borda foram caracterizads por maior densidade e menor área basal que o interior, indicando a ocorrência de distúrbios. Acredita-se que as variações na composição florística estrutura das comunidades arbóreas estudadas tenham sido influenciadas pelas variações ambientais regionais e locais, e afetadas também pelo histórico de uso da área, conforme as Teorias de Nicho e do Distúrbio Intermediário, respectivamente.Item Análise florístico-estrutural, relação vegetação-ambiente e transição floresta-campo das matas de galeria do Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), MG(UFVJM, 2017) Costa, Thaís Ribeiro; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Berg, Eduardo Van Den; Gonzaga, Anne Priscila DiasEste estudo teve como objetivo conhecer a composição florística da comunidade arbórea e sua relação com o ambiente, bem como avaliar a diversidade, estrutura e as funções ecológicas das espécies de dezoito fragmentos de mata de galeria inundável. Além disso, se propôs a caracterizar a vegetação da matriz de entorno de nove fragmentos de mata e galeria, bem como verificar se variáveis ambientais atuam na transição entre as duas fitofisionomias, com ênfase nas propriedades químicas do solo. O estudo foi conduzido no Parque Nacional das Sempre-Vivas, na Serra do Espinhaço, Minas Gerais. Foram inventariadas 5% da área total de cada fragmento, instalando-se parcelas permanentes de 100 m² (totalizando 0,72 ha de amostragem), onde foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito igual ou superior a 5 cm (DAP ≥ 5 cm). Para amostragem da cobertura vegetacional da matriz de entorno, foi utilizado o método dos pontos, totalizando 12 pontos por fragmento, distribuídos nas distâncias de 10, 20 e 30 m no sentido borda-campo. Em cada parcela e em cada ponto, foi mensurada a umidade do solo e coletadas amostras de solo, para posteriores análises químicas. Para os fragmentos foram mensurados qualitivamente a cobertura do dossel, altura de crestamento e impactos ambientais. Foram amostrados 1265 indivíduos arbóreos, distribuídos em 76 espécies, 55 gêneros e 32 famílias. A comunidade em geral, apresentou valores de diversidade e equabilidade compativeis com outras matas de galeria inundáveis do país. As espécies amostradas foram agrupadas em seis grupos funcionais distintos. A maioria dos fragmentos apresentou uma tendência de estágio seral mais avançado, com espécies predominantemente secundárias iniciais e tardias, zoocóricas, zooófilas, densidade média da madeira, sementes recalcitrantes e plântulas do tipo faneroepígeo-foliáceo. A distribuição por classes diamétricas dos indivíduos da comunidade arbórea e para as principais populações obteve uma tendência de J-invertido, indicando bom potencial regenerativo. As variáveis ambientais que se correlacionaram com a variação da composição de espécies foram à disponibilidade de água e condições de acidez. O baixo percentual de explicação das variáveis ambientais e espaciais ressaltam que as espécies nos fragmentos de mata de galeria distribuem-se de maneira estocástica. O fogo constituiu o impacto mais frequente no interior dos fragmentos, o que ressalta a necessidade de técnicas de manejo nessas áreas. Os campos úmidos ao entorno dos fragmentos apresentaram-se com elevada cobertura de herbáceas, mesmo após o manejo do fogo. Para as características edáficas avaliadas observaram-se os maiores valores de umidade, potássio, soma de bases, capacidade de troca catiônica total e matéria orgânica nos solos sob floresta. Portanto, a definição dos limites entre as duas fitocenoses estudadas parece ser primariamente relacionada com o gradiente de fertilidade e umidade do solo. Permite-se aqui chamar a atenção para a importância de estudos de pequenos fragmentos vegetacionais para a ampliação do conhecimento sobre a diversidade ambiental local e regional, e seus principais determinantes, e possíveis consequências para a dinâmica da vegetação dos ecossistemas.Item Análise genetica de matrizes de caryocar brasiliense utilizando marcadores moleculares microssatélite(UFVJM, 2013) Godinho, Thalyta Fernandes; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Ferro, Maria Inês Tiraboshi; Titon, Miranda; Fernandes, José Sebastião CunhaConsiderado como um “hotspot” mundial de biodiversidade, o Cerrado apresenta alta abundância de espécies endêmicas e possui mais de 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Dentre elas, o pequizeiro (Caryocar brasiliense), espécie que possui grande importância ambiental e social neste bioma. A expansão da fronteira agrícola e a intensiva exploração do Cerrado, porém, têm colocado em risco a preservação e a variabilidade genética da espécie. Além disso, o extrativismo intensivo do pequizeiro pode gerar perdas de material genético, já que quase todos os frutos de qualidade, oriundos de genótipos superiores, são coletados. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar o banco de matrizes de pequi, utilizando marcadores moleculares microssatélites, com fins de melhoramento e conservação da espécie. Para a extração do DNA genômico, foram utilizadas amostras foliares de 20 matrizes de Caryocar brasiliense, das quais 16 oriundas do Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto – MG) e as demais oriundas da Fazenda Experimental da UFVJM – Campus Moura (Curvelo – MG). Para a amplificação do DNA, foram testados dez oligonucleotídeos específicos para o pequi. Após a amplificação, os fragmentos de DNA foram separados em gel desnaturante de poliacrilamida 10% e ureia 6 M em TBE 1x.A partir da leitura dos géis gerou-se uma matriz binária em que os indivíduos foram genotipados quanto à presença (1) e ausência (0) de bandas. Com essa matriz, através do programa estatístico R, calcularam-se as distâncias genéticas de Jaccard e obteve-se o dendrograma. As distâncias genéticas variaram de 0,15 a 0,70. A análise de agrupamento, representada pelo dendrograma, permitiu inferir que as matrizes foram divididas em quatro grupos distintos. Dessa forma, o programa de melhoramento do pequizeiro poderá utilizar esses dados para o estabelecimento e avaliação de testes de progênies, com fins de produção ou conservação.Item Análises não destrutivas no monitoramento nutricional do eucalipto(UFVJM, 2019) Oliveira, Luiz Felipe Ramalho de; Santana, Reynaldo Campos Santana; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Gorgens, Eric Bastos; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Neves, Júlio César Lima; Barbosa, Maurício SoaresNesta tese foram utilizados dois métodos de análises não destrutivas (reflectância foliar e diagnose visual) e diversas técnicas derivadas destas metodologias utilizando um miniespectrometro portátil e a carta de Munsell para tecidos foliares. Pela reflectância foliar foi possível desenvolver e avaliar índices que estimam os teores de nutrientes em árvores de eucalipto em campo, além de obter maior precisão modelando as estimativas destes teores por métodos de seleção de variáveis e regressão por mínimos quadrados parciais. Mediante padrões de coloração foliar, definidos pela carta de Munsell, foi possível inferir sobre os teores de nutrientes em folhas senescentes de eucalipto e realizar uma análise exploratória da dinâmica destes nutrientes nos padrões de coloração predefinidos. Realizados estes trabalhos iniciais, aplicaram-se as duas metodologias de estimativas de nutrientes por meio da reflectância foliar desenvolvidas em mudas clonais em um viveiro comercial. Diante disso, verificou-se a maior precisão das estimativas dos teores de nutrientes foliares utilizando a regressão por mínimos quadrados parciais, sendo recomendada para trabalhos futuros. Posteriormente a realização de trabalhos em campo e viveiro comercial, desenvolveu-se um experimento em casa de vegetação com mudas de eucalipto sob omissão de macronutrientes em solução nutritiva. Neste experimento foi possível verificar a evolução das alterações ocasionadas pela omissão de cada macronutriente na reflectância foliar durante um período de 90 dias. A omissão de cada nutriente ocasionou alterações específicas na reflectância foliar das mudas de eucalipto. Desta forma, desenvolveu o último capítulo para verificar a possibilidade de classificar mudas de eucalipto sob omissão de um determinado macronutriente por meio da reflectância foliar. Neste capítulo, verificou-se que por meio da reflectância foliar foi possível identificar mudas sob omissão de macronutrientes com pouco mais de 60% de exatidão. Diante dos resultados, verificou-se a aplicabilidade da reflectância foliar na estimativa de teores de nutrientes foliares de eucalipto, bem como a identificação de mudas sob deficiência de macronutrientes. Além disso, a utilização da diagnose visual aliada a carta de Munsell, pode ser uma alternativa para inferências iniciais sobre os teores de nutrientes foliares.Item Anatomia foliar comparativa em espécies de guanxuma(Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas, 2013-06-01) Cunha, V. C.; Santos, J. B. [UFVJM]; Ferreira, E. A. [UFVJM]; Cabral, C. M. [UFVJM]; Silva, D. V.; Gandini, E. M. [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Viçosa DFTO estudo da anatomia e morfologia das plantas pode ajudar a conhecer prováveis mecanismos que promovem maior capacidade competitiva pelos recursos naturais, principalmente água, luz e nutrientes, além da maior capacidade na retenção e/ou impedimento no processo de penetração de produtos químicos pelas folhas. Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi estudar a anatomia foliar das espécies Sida urens, Sida spinosa e Sida rhombifolia em diferentes etapas de desenvolvimento. Essas espécies foram coletadas em três estádios fenológicos, caracterizados como V1: formação de até 10 folhas completamente expandidas; V2: entre 11 folhas e antes do florescimento; e R: após florescimento. O trabalho foi conduzido em duas etapas, sendo uma relacionada às atividades de cortes anatômicos e a outra às impressões paradérmicas das folhas. A espécie Sida spinosa apresentou maior densidade estomática na fase R. As três espécies apresentaram menor densidade estomática, maior densidade tricomática e parede celular mais espessa no estádio V2. Conclui-se que as três espécies possuem maior conteúdo de cera epicuticular na fase vegetativa, porém S. spinosa apresenta relativa diminuição nessa característica na fase reprodutiva.Item Aplicação da ecologia de paisagem para a implantação de corredores ecológicos no municipio de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais(UFVJM, 2016) Salomão, Natália Viveiros; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Mucida, Danielle Piuzana; Morais, Marcelino Santos de; Gonzaga, Anne Priscila DiasAs alterações na estrutura da paisagem provocadas pelo homem ou por agentes naturais determinam o objetivo fundamental da ecologia da paisagem. Os impactos no solo são consideradas as principais causas da perda da biodiversidade, pois são responsáveis pela perda e fragmentação de habitats. A implantação de corredores ecológicos é uma estratégia para minimizar os processos de degradação de fragmentos florestais e garantir a conservação de espécies e ecossistemas. O objetivo desse trabalho é analisar e determinar áreas susceptíveis à implantação de corredores ecológicos, ligando essas áreas ao Parque Estadual Serra do Intendente, a fim de garantir a conservação dos domínios brasileiros Cerrado e Mata Atlântica, no município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. Para tanto, primeiramente, foi realizada a dinâmica da vegetação da área de estudo entre os anos de 1979 e 2015, a partir da matriz de transição. Para a confecção da matriz, foi realizada a classificação visual do mosaico de fotografias aéreas de 1979 e a classificação supervisionada de uso e ocupação do solo da imagem de satélite LANDSAT 8 de 2015. Ambas as classificações resultaram em três classes de vegetação, sendo elas herbácea, arbustiva e arbórea. Após a análise da dinâmica da vegetação, foi realizada a análise da estrutura da área, calculando-se as métricas de paisagem: métricas da área (área da paisagem e porcentagem da paisagem), métricas de fragmentos (número dos fragmentos), métricas de borda (razão entre área e total de bordas), métricas de forma (tamanho e forma dos fragmentos) e métricas do vizinho mais próximo (conectividade entre os fragmentos). A análise da dinâmica da vegetação resultou em uma redução da vegetação arbórea e um crescimento da vegetação herbácea e arbustiva. Já a análise da estrutura resultou em uma maior fragmentação, maior número de fragmentos irregulares, maior total de bordas e redução da conectividade entre os fragmentos. Para definir as áreas de implantação dos corredores ecológicos, foi analisado o potencial ecológico e estrutural da paisagem. Para a confecção do mapa de potencial ecológico determinaram-se as variáveis e seus pesos, sendo os maiores pesos para as variáveis vegetação e hidrografia, somando ambos 80% do total e os menores pesos para as variáveis altitude e declividade, somando ambos 20% do total. A confecção do mapa de potencial estrutural foi de acordo com o cálculo das métricas da classe, sendo elas: média da área do fragmento, média do formato dos fragmentos, média do total de bordas e média da conectividade. Assim, os resultados concluíram que áreas próximas aos corpos d’água, com menor total de bordas e maior conectividade entre os fragmentos eram áreas mais favoráveis aos corredores, já que garantiam o equilíbrio e conservação das espécies nativas, favorecendo o fluxo gênico e a desfragmentação dessas áreas. O presente trabalho demonstrou que a área de estudo, embora fragmentada, apresentou cobertura vegetal acima de 60% e, portanto, o habitat encontra-se conservado, ressaltando-se a importância de se conhecer a área tanto estrutural quanto ecologicamente, a fim de garantir um bom resultado nas práticas conservacionistas.Item Aplicação web para processamento de inventário florestal por meio da plataforma shiny(UFVJM, 2019) Braga, Sollano Rabelo; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Gorgens, Eric Bastos; Andrade, Alessandro VivasO objetivo deste trabalho foi desenvolver web apps específicos para área florestal, no que se refere a processamento de dados de inventário florestal de florestas equiâneas e inequiâneas utilizando linguagem R em plataforma online. Os web apps foram desenvolvidos no Laboratório de Mensuração e Manejo, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UVJM, Campus JK, Diamantina/MG Rodovia MGT 367 - Km 583, nº 5000. A hospedagem dos apps foi feita utilizando o serviço da Amazon Web Services EC2. O Sistema Operacional do servidor utilizado foi o Ubuntu Server 16.04. Foram desenvolvidos 3 web apps. A aplicação web App Inventário de Nativas foi desenvolvida com o foco em florestas inequiâneas, visando gerar variáveis, índices e gráficos que geralmente são utilizados em relatórios de inventários florestais de florestas naturais. O App Cubagem foi desenvolvido com o foco em cálculos de volume de árvores cubadas utilizando os métodos de Smalian ou Huber, realizar análises descritivas e ajustar modelos volumétricos utilizando estes dados. O web app App Inventário Florestal foi desenvolvido com enfoque em florestas equiâneas, e pode estimar a altura de árvores não medidas, volume de árvores inserindo os coeficientes de um dos modelos disponíveis, realizar uma análise descritiva dos dados e fazer estimativas de amostragem. Concluiu-se que os web apps foram desenvolvidos com sucesso, e podem ser acessados remotamente por meio de um navegador de internet.Item Aspectos biológicos do parasitoide Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae) em diferentes hospedeiros(UFVJM, 2016) Martins, Daniel Júnior; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Soares, Marcus Alvarenga; Santos, Thiago; Laia, Marcelo LuizA incidência de lepidópteros desfolhadores é um dos fatores ambientais que podem regular a produtividade dos maciços florestais. O parasitoide Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera: Eulophidae) se destaca pela eficiência no parasitismo de pupas desses lepidópteros e auxiliam na manutenção do equilíbrio biológico. Esses podem ser criado em diferentes hospedeiros alternativos. Com isso, uma pesquisa foi conduzida no laboratório de Controle Biológico de Insetos do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Diamantina, Minas Gerais. Objetivou-se neste trabalho, avaliar a eficiência de diferentes hospedeiros para a criação de Palmistichus elaeisis e estudar desempenho deste parasitoide em pupas de Tenebrio molitor criado em diferentes dietas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), em sala climatizada temperatura variando ente 23 e 27°C, umidade relativa entre 60 e 80% e fotoperíodo de 12 horas. O primeiro estudo ensaio constituiu-se seis tratamentos e nove repetições. Pupas de Tenebrio molitor, Alphitobius diaperinus, Thyrinteina arnobia, Spodoptera frugiperda, Helicoverpa zea e Diatraea saccharalis foram individualizadas em potes plásticos e expostas ao parasitismo por seis fêmeas durante 72h. Foi observado a porcentagem de parasitismo e emergência, número de indivíduos emergidos, razão sexual, longevidade e morfometria de P. elaeisis. Os dados foram submetidos a ANOVA e quando significativos as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05), ou teste kruskal Wallis (p≤0,05) quando não-paramétrico. A porcentagem de parasitismo variou de 88,8 a 100%. O número da prole e tamanho do parasitoide foi influenciado pela biomassa do hospedeiro. A razão sexual variou de 0,76±0,04 a 0,94±0,01, e os maiores ciclos de desenvolvimento do parasitoide produziram prole mais longeva. Pupas de A. diaperinus não permitiram um bom desempenho de P. elaeisis na densidade testada. O segundo ensaio constituiu-se seis tratamentos e 10 repetições. Pupas de T. molitor geradas em seis dietas (farelo de trigo, fubá de milho, ração peletizada para coelhos, ração para aves poedeiras: farelada, peletizada e triturada) foram individualizadas em potes plásticos e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis durante 72h. Foram observados os mesmos parâmetros do primeiro estudo para o parasitoide. Além disso, foi realizada uma análise bromatológica das pupas de T. molitor e das dietas. A porcentagem de parasitismo e emergência foi de 100% em todos os tratamentos. Não houve diferença no ciclo de vida, número da prole e longevidade do parasitoide. Pupas alimentadas com fubá de milho geraram prole com menor razão sexual e menor comprimento da tíbia. A dieta a base de fubá de milho não foi adequada para o desenvolvimento de P. elaeisis.Item Aspectos ecológicos de Richeria grandis Vahl. e seu desempenho na restauração de ecossistemas úmidos(UFVJM, 2022) Moura, Cristiane Coelho de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Fonseca, Darliana da Costa; Milani, Jaçanan Eloisa de Freitas; Castro, Gislene Carvalho deEstudos sobre a ecologia de espécies autóctones de ambientes ripários conspícuos e características que conferem a estas a tolerância ou resistência a possíveis estresses ambientais, estão cada vez mais solicitados para melhoria de projetos de conservação e restauração, fundamentados nas preocupações ambientais atuais. Este estudo foi dividido em cinco pesquisas científicas relacionadas às características ecológicas de Richeria grandis Vahl., espécie arbórea dioica, em seu habitat natural (i. e., Capões de Mata), contidas nos capítulos 1, 2 e 3, e ao desenvolvimento desta espécie em substratos oriundos de agentes causadores de degradação ambiental (i. e., rejeito de minério de ferro e incêndios indiscriminados), contidas no capítulo 4 e 5. Os três primeiros capítulos englobam estudos relacionados ao padrão espacial das populações de R. grandis, suas interações, a identificação de possíveis variáveis ambientais e topográficas que favorecem e/ou determinam a presença desta espécie em locais específicos, à fenologia reprodutiva e vegetativa, além das possíveis diferenças entre os sexos e períodos sazonais na alocação de recursos e sua ecofisiologia. Ainda, analisamos a capacidade desta espécie em produzir fitólitos, que conferem tolerância e resistência a possíveis estresses ambientais. As pesquisas contidas nos capítulos 1, 2 e 3 desta Tese foram realizadas em dois Capões de Mata preservados contidos em duas unidades de conservação de proteção integral: Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV) e Parque Estadual do Biribiri (PEBi), localizados na Serra do Espinhaço Meridional, região reconhecida como Reserva da Biosfera. E, as pesquisas apresentadas nos capítulos 4 e 5 foram realizadas em viveiros de produção mudas da companhia Anglo American Minério de Ferro e do Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais (CIPEF/UFVJM), respectivamente. Os resultados sobre os aspectos ecológicos mostraram que as populações de R. grandis avaliadas apresentaram-se hiperabundantes nos dois Capões, com desproporcionalidade na frequência entre os sexos, e equilibradas, o que reflete regeneração contínua dos indivíduos. O padrão espacial, em geral, foi agrupado independente da escala de distância analisada e do sexo. Indivíduos de R. grandis encontraram-se com uma interação repulsiva ou completa independência espacial entre os sexos, a depender do intervalo de distância analisado. De todos os fatores geradores destes padrões espaciais encontrados nos dois Capões, a distribuição da elevada umidade foi o que mais influenciou a maneira como R. grandis se distribui nos Capões. R. grandis apresentou floração por um período de 5 a 6 meses anual, regular, sincrônica entre os sexos e alta sazonalidade. A produção de frutos mostrou-se como supra-anual caracterizada pela variação de anos com alta e baixa produção. Além disso, o hábito vegetativo apresentou-se como sempre verde. Em relação à ecofisiologia, não foram observadas diferenças entre os sexos e os períodos sazonais no que diz respeito à turgescência celular, biomassa seca foliar e variáveis ecofisiológicas. Observou-se que esta espécie possui baixa plasticidade ecofisiológica e permaneceu sob níveis ótimos fisiológicos, demonstrou ausência de estresses ambientais, e foi caracterizada por ser alta produtora de fitólitos em Capões de Mata, característica esta que pode atenuar possíveis estresses ambientais. R. grandis além de ter sido capaz de sobreviver em rejeito de minério de ferro, produziu alta quantidade de fitólitos. Assim, mostrou-se eficiente e com um grande potencial para ser utilizada em projetos de restauração de áreas ripárias degradadas pelo derramamento de rejeito minério de ferro. Ainda, esta espécie possui capacidade de desenvolver-se em organossolos que foram degradados pelo fogo durante anos, e as características físicas e químicas dos organossolos pós-fogo não fornecem impedimentos para o seu desenvolvimento.Item Autoecologia de Baccharis platypoda DC. (Asteraceae): distribuição espacial, fenologia e herbivoria(UFVJM, 2012) Fonseca, Darliana da Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Pereira, Israel Marinho; Nunes, Yule Roberta FerreiraO presente trabalho teve como objetivo compreender alguns parâmetros acerca da história natural da espécie Baccharis platypoda, um arbusto dioico pertencente à família Asteraceae, com indivíduos masculinos e femininos que apresentam dimorfismo sexual e habitam áreas de campo rupestre, campos e bordas de matas ciliares. Para compreender alguns pontos sobre sua autoecologia, foram analisadas a distribuição espacial, a fenologia e as interações ecológicas entre a espécie e insetos endófagos. O estudo foi realizado em três áreas pertencentes à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, localizados no Campus JK, próximo ao Córrego do Soberbo. A área é composta por mosaicos de vegetação, onde há predomínio de afloramentos rochosos e campos úmidos. Em cada área, foram selecionados dez indivíduos de B. platypoda, sendo cinco indivíduos de cada sexo, onde, por um período de um ano (set./2010 a set/2011) foram feitas visitas quinzenais para a observação dos estágios fenológicos. Nesse período, foram coletados capítulos quinzenalmente para criação de insetos endófagos em recipientes vedados com algodão e que, após a eclosão, foram conservados em álcool 70%; os capítulos foram dissecados para análise dos danos às estruturas florais. Para o estudo da distribuição espacial, todos os indivíduos foram localizados por meio das coordenadas x e y de cada planta, com altura 30 cm através das distâncias, obtidas com uma trena, e identificados quanto ao sexo ou como jovem, pela ausência de estruturas reprodutoras. O padrão de distribuição espacial foi determinado através da Função K de Ripley univariada e bivariada, enquanto que os padrões fenológicos foram determinados através da análise de intensidade de Fournier, correlação de Spearman e análise circular. O padrão de herbivoria foi analisado através da análise de regressão linear, teste de Kruskal-Wallis e análise de agrupamento pelo método de Two-Way-joining. Foi aplicado o teste de qui-quadrado para o estudo de distribuição espacial e para o padrão de herbivoria. Baccharis. platypoda apresentou padrão agregado com variações em escalas diferentes para jovens e adultos e semelhança espacial entre indivíduos de ambos os sexos. No entanto, a independência espacial entre os indivíduos da espécie se mostrou uma constante. A fenologia reprodutiva da espécie esteve associada a algumas variáveis ambientais (precipitação e temperatura), enquanto que a fenologia vegetativa, de modo geral, apresentou-se relacionada à fenologia reprodutiva das espécies. Insetos endófagos apresentaram preferências quanto ao sexo e estágio fenológico dos capítulos, havendo maior predação em capítulos masculinos e em estágios mais desenvolvidos. Assim, a espécie apresentou correlação entre a sua distribuição espacial, os estágios fenológicos (principalmente a fenologia reprodutiva) e os padrões de ataque de insetos endófagos, sugerindo a utilização deste conhecimento na elaboração de possíveis estratégias de preservação e manejo.Item Autoecologia de Marcetia taxifolia (A. St.-Hil.) Dc. (Melastomataceae) na Serra do Espinhaço Meridional(UFVJM, 2021) Amaral, Talita de Assis; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Azevedo, Islaine Franciely Pinheiro de; Fonseca, Darliana da CostaA autoecologia estuda as relações biológicas das espécies com o ambiente e o efeito dos processos ecológicos dentro da população. A espécie Marcetia taxifolia, possui entre suas peculiaridades, morfotipos com flores rosa e com flores brancas, alvo dos estudos ecológicos que serão apresentados. Esse estudo foi realizado em uma Cascalheira, no Parque Estadual do Biribiri e em uma área localizada ás margens do Córrego do Soberbo, no município de Diamantina/ MG, nas quais foram feitas coletas de dados para análises dos padrões espaciais, receptividade estigmática, viabilidade polínica, presença/ausência de polén heteroespecífico, realização de polinizações controladas, teste de germinação de sementes, coletas de dados fenológicos, bem como análises espectofotométricas com pétalas e anteras das flores de ambos os morfotipos estudados. A hipótese nula da completa aleatoriedade espacial foi aceita apenas para os indivíduos do morfotipo com flores brancas, localizados às margens do Córrego do Soberbo. A análise bivariada demonstrou repulsão espacial entre os morfotipos na área do Parque Estadual do Biribiri, ou seja, onde um ocorre o outro tende a não ocorrer, já na área às margens do Córrego do Soberbo a independência espacial entre os morfotipos foi marcante, permitindo inferir que os morfotipos coexistem de forma harmônica nesse ambiente. Os dados de altura evidenciaram que a área de estudo localizada ás margens do Córrego do Soberbo está em um estágio sucessional mais avançado, quando comparada a área da Cascalheira. As análises reprodutivas evidenciaram que o morfotipo com flores rosa tende a ser mais atrativo aos polinizadores e também obteve maior êxito na reprodução dos seus descendentes. O constraste entre a coloração das pétalas e das anteras das flores rosa facilitam a localização do recurso floral, e a floração extensiva apresentada por esses indivíduos disponibiliza esse recurso por mais tempo, conferindo no sucesso reprodutivo de seus indivíduos. De posse dessas informações é possível concluir que no processo evolutivo esses morfotipos tendem a formar uma nova espécie visto que, com base nos estudos ecológicos realizados já existe uma diferenciação clara entre os morfotipos e que estes não competem por polinizadores.Item Avaliação da extração de madeira de eucalipto com o forwarder em áreas declivosas(UFVJM, 2013) Souza, Maria Carolina; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fieldler, Nilton César; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Binoti, Mayra Luiza Marques da SilvaObjetivou-se com o desenvolvimento dessa pesquisa, determinar a faixa de estradas secundárias adequada, visando minimizar o custo de produção da madeira por intermédio da racionalização do binômio estradas/extração florestal. Os dados foram coletados em áreas de colheita florestal pertencentes a uma empresa produtora de celulose, situadas nos municípios de Guanhães e Sabinópolis, MG, durante o mês de setembro de 2012. Foram avaliados 10 operadores de Forwarder sendo que destes, dois trabalhavam no projeto “Cachoeira Alegre” (CA1), madeira de 6 metros sem casca (Guanhães), quatro no projeto “Cachoeira Alegre” (CA2), madeira de 3 metros com casca (Guanhães) e, quatro no projeto “Água Rasa” (AR), madeira de 6 metros sem casca (Sabinópolis). Para as comparações entre os projetos e entre o tipo de sistema (toras curtas, madeira de 6 metros sem casca e madeira de 3 metros com casca) utilizou-se a média dos valores encontrados e, estas, foram comparadas a valores determinados por outros autores que trabalharam com os mesmos sistemas de colheita e máquinas semelhantes, além de áreas/povoamentos distintos. As principais informações/variáveis levantadas referiram-se aos tempos das operações (total do ciclo, de carregamento, de deslocamento com e sem carga, de descarregamento), distâncias percorridas (com e sem carga) e velocidade média (com e sem carga), desenvolvidadas pelo Forwarder, sendo determinado posteriormente a eficiência operacional das máquinas, a densidade ótima de estradas DOE, a distância média de extração (DME) e os custos correspondentes (de estradas, de extração e de perda de área produtiva). Para as variáveis anteriores obtidas perante os projetos estudados verificou-se por intermédio do teste t-Student se havia diferença estatística entre os valores médios encontrados. O carregamento e o descarregamento de toras com o Forwarder foram as variáveis do ciclo operacional de extração que consumiram maior tempo. Os rendimentos operacionais da extração de madeira foram considerados altos, mesmo comparativamente a outros estudos em áreas planas. O projeto “AR” foi o que apresentou um menor custo de extração e, as melhores DOE e DME. A faixa de estrada de 7 metros foi considerada mais adequada do ponto de vista técnico-econômico e de segurança no trabalho, correspondendo a uma redução de custo médio por hectare para os projetos estudados de R$ 17,99, comparativamente a largura de 8 metros adotada pela Empresa. Nesse contexto, há um ganho global estimado de R$125.930,00/ano, considerando-se um corte anual de eucalipto de 7.000 hectares, para atendimento da demanda de madeira da Empresa.Item Avaliação de controle de Pteridium aquilinum (l.) Kuhn. na RPPN Fartura em Capelinha, MG(UFVJM, 2016) Costa, Danilo César de Abreu; Santos, José Barbosa dos; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fartura possui área de 1,5 mil ha, dos quais aproximadamente 40 se encontram dominados por Pteridium aquilinum (samambaia). Esta espécie está oferecendo grande risco a biodiversidade do local, visto que a mesma apresenta elevado potencial invasor e capacidade de competição, podendo inibir a regeneração natural e atrasar a sucessão por séculos. Diante disso, objetivou-se com este trabalho definir técnicas de controle populacional de Pteridium aquilinum e induzir a regeneração natural, assim como avaliar a resposta de algumas espécies de rápido crescimento submetidas a doses crescentes de calcário, com potencial para serem utilizadas na restauração desta área. O primeiro estudo foi desenvolvido em uma área dominada por samambaia, utilizando delineamento em blocos casualizados arranjado em esquema fatorial 3 x 2, consistindo em três técnicas de controle (roçada mecanizada, glyphosate e paraquat), removendo ou não a serrapilheira das parcelas. Foram alocadas parcelas de 10 x 10 m distribuídas em 3 blocos. Após seis meses, foram avaliados a porcentagem de cobertura de samambaia e de radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente sobre o solo, assim como o número de indivíduos regenerantes e a diversidade para cada tratamento. Os resultados indicaram que o controle químico, tanto por glyphosate quanto por paraquat, promoveu maior redução de samambaia e que a remoção da serrapilheira favoreceu o ingresso de indivíduos e o aumento da diversidade. O segundo estudo foi realizado em casa de vegetação, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, em delineamento em blocos casualizados com 3 repetições. Os tratamentos consistiram em elevar a saturação por bases do substrato a 50, 70 e 90%, além do tratamento controle (sem correção). O substrato utilizado foi coletado na área do primeiro estudo com o máximo de raízes de samambaia, corrigido com a quantidade de calcário determinada para cada tratamento e distribuído em vasos de 10 dm³, onde as mudas de quatro espécies arbóreas foram plantadas. As espécies utilizadas foram: Anadenanthera colubrina (angico), Enterolobium contortisiliquum (orelha de macaco), Inga sessilis (ingá) e platycyamus regnelii (pau pereira). As variáveis avaliadas foram diâmetro e altura das mudas e a massa seca de samambaia. As espécies angico e orelha de macaco se mostraram sensíveis à acidez do solo, sendo responsivas ao aumento da saturação por bases. Já as espécies ingá e pau pereira são mais tolerantes às condições de acidez do solo, porém, também obtiveram melhor desenvolvimento com a calagem. A samambaia apresentou aumento da massa seca com a elevação da saturação por bases, mostrando que a calagem não é uma prática adequada para o controle dessa espécie.Item Avaliação de diferentes técnicas na recuperação de uma cascalheira em Diamantina, MG(UFVJM, 2012) Silva, Nathália Ferreira; Pereira, Israel Marinho; Santana, Reynaldo Campo; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Neves, Júlio César Lima; Laia, Marcelo Luiz de; Titon, MirandaO objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes técnicas para recuperação de uma cascalheira, visando gerar conhecimentos para subsidiar a recuperação de ecossistemas degradados. A dissertação foi estruturada em quatro capítulos (artigos). Os dois primeiros artigos se referem à técnica de resgate de plântulas visando à produção de mudas para a restauração de ecossistemas degradados. Os experimentos de peroba (Aspidosperma cylindrocarpon) e arnica (Lychnophora pohlii) foram instalados no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF do Departamento de Engenharia Florestal da UFVJM, em Diamantina, Minas Gerais. Foram resgatadas 240 plântulas de cada espécie, as quais foram divididas em duas classes de altura (peroba: Classe I – 5 a 15 cm e Classe II – 20 a 35 e arnica: Classe I – 2,5 a 20 cm e Classe II – 25 a 55 cm) e submetidas a três intensidades de redução foliar (0%, 50% e 100%). Foi verificado que para mudas de peroba é aconselhável resgatar ambas as classes de altura, enquanto para a arnica o tamanho entre 2,5 e 20 cm é o mais adequado. Os resultados evidenciaram que não é necessária a redução foliar. No artigo 3 foi avaliado o potencial da candeia (Eremanthus erythropappus) na recuperação de uma cascalheira, onde foi instalado um experimento de plantio de mudas com seis densidades (T1=1.667, T2=2.000, T3=2.500, T4=3.333, T5=5.000 e T6=10.000 plantas por hectare). Trimestralmente foram avaliados a altura total das plantas, o diâmetro do colo, a cobertura de copa e a sobrevivência, até 12 meses após a primeira avaliação, que foi realizada em julho de 2010. Verificou-se que os tratamentos mais adensados, T5 e T6 foram os que apresentaram maior sobrevivência, apesar da não diferença estatística entre os tratamentos avaliados para os atributos altura, diâmetro e cobertura de copa. Assim, pode-se concluir que a candeia é uma espécie com alto potencial ecológico para o uso em programas de recuperação de área degradadas em ecossistemas congêneres ao estudado. No artigo 4 foi testado o potencial de uso do topsoil na recuperação de uma cascalheira. Foram selecionados quatro ambientes onde o topsoil foi depositado em pilhas e espalhado em camadas de cerca de 20 cm. Seis meses após a transposição do solo, foram realizados os levantamentos florístico e fitossociológicos na área, nos meses de setembro de 2010, fevereiro de 2011 e setembro de 2011, além da avaliação da porcentagem de cobertura de plantas pelo método de Braun-Blanquet, nos meses de julho de 2010 e 2011. Foram registradas no total 55 espécies, pertencentes a 15 famílias. As famílias com maior representatividade foram Asteraceae (12), Poaceae (11) e Malvaceae (8). O grau de cobertura do solo foi de 66% e 82% na primeira e segunda avaliação respectivamente, no qual verificou-se o rápido recobrimento dos solos da cascalheira, evidenciando o grande potencial do uso do topsoil na recomposição da cobertura do solo, porém, esse recurso só deve ser usado quando a área doadora não apresentar espécies invasoras.Item Avaliação de métodos de agrupamento para a classificação da capacidade produtiva de um trecho da Floresta Nacional do Tapajós – PA.(UFVJM, 2017) Ximenes, Lucas Cunha; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Gama, João Ricardo Vasconcellos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Dutra, Gleyce Campos; Gorgens, Eric BastosO estudo teve como objetivo definir a melhor combinação de método de agrupamento com medida de similaridade para a classificar a capacidade produtiva de um trecho na Floresta Nacional do Tapajós. O inventário florestal amostral foi realizado no ano de 2012 e para a locação das parcelas foram abertas 12 faixas de, aproximadamente, 1,5 m de largura, equidistantes 4,0 km, na direção leste-oeste, e com comprimento variando de 4 km a 13,75 km. A instalação das parcelas, com dimensões de 30 x 250 m, distribuídas sistematicamente por 500 m em cada linha. Foi levado em consideração para a definição das classes de tamanho (CT): CT 1 (classe de regeneração) - 10 cm ≤ DAP < 25 cm nos primeiros 50 m da parcela (30 m x 50 m); CT 2 (classe de crescimento) - 25 cm ≤ DAP < 50 cm nos primeiros 100 m (30 m x 100 m); e CT 3 (classe de colheita) - DAP ≥ 50 cm em toda a parcela (30 m x 250 m). Para a classificação da capacidade produtiva, realizou-se um filtro no banco de dados original por classe de tamanho, no qual foram selecionados os indivíduos com qualidade de fuste 1 (fuste reto) e 2 (fuste com pequenas tortuosidades) e que têm valor no mercado regional. As 204 parcelas foram agrupadas em grupos homogêneos, no qual foram produzidos 40 dendrogramas do tipo vertical para cada uma das 3 classes de tamanho (totalizando 120 dendrogramas), baseados na combinação de 5 medidas de distância (Euclidiana Simples, Euclidiana Quadrada, Manhattan, Canberra e Mahalanobis), com 8 métodos de agrupamento hierárquicos, sendo: Ward1, Ward2 Ligação Simples, Ligação Completa, UPGMA, WPGMA, Mediana e Centroide. Com o intuito de verificar a validação dos métodos de agrupamento testados, foram confeccionadas 120 tabelas de análise discriminante linear de Fisher, sendo 40 para cada classe de tamanho, contendo as probabilidades para cada classe de estoque, bem como a porcentagem de classificação das combinações testadas na análise de agrupamento. As análises de agrupamento e discriminante possibilitaram estratificar as parcelas heterogêneas de uma floresta inequiânea em áreas com parcelas homogêneas em termos de volume, densidade básica da madeira e grupo de comercialização. A combinação entre medida de distância de Manhattan e método de Ward2 mostrou-se ser a mais eficiente para estratificar florestas inequiâneas em classes de estoque volumétrico.Item Avaliação de métodos de amostragem de indivíduos adultos de pequi.(UFVJM, 2012) Bruzinga, Josiane Silva; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Márcio Leles Romarco deO objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência de métodos de amostragem para quantificação de indivíduos de Caryocar brasiliensis Camb. (Pequi). A hipótese é que o método da amostragem adaptativa cluster, seja mais eficiente na quantificação da densidade, do que os métodos que não contemplam o padrão de distribuição espacial da espécie. Foi feito um censo dos indivíduos adultos de pequi em uma área de cerrado de 36,5 ha no Parque Estadual do Rio Preto/MG, e elaborada uma metodologia de inventário de prospecção para populações em áreas de formato irregular. Foram mapeados todos os indivíduos que a 0,30 cm de altura apresentavam diâmetro ≥ 5 cm. Para análise da estrutura diamétrica foram testadas as funções Gamma, Gamma 3p, SB de Johnson, Log-Normal, Weibull e Exponencial. E posteriormente empregado a função univariada K de Ripley K(h), para verificação do padrão. Constatado o padrão agregado de distribuição, dividiu-se o mapa em unidades de 20 × 20 m e unidades de 20 × 50 m, onde foram testados os diferentes procedimentos de amostragem, ora usando parcelas de 20 × 20 m ora parcelas de 20 × 50 m. Foram avaliados 70 procedimentos, resultado da combinação entre tamanho de parcela; método de amostragem (Amostragem Adaptativa Cluster, Amostragem Casual Simples e Amostragem Sistemática) e intensidade amostral. A comparação entre eles foi feita através da análise da precisão e exatidão obtidas da média das 30 simulações de cada procedimento. Não foi possível destacar nenhum método como o mais eficiente, visto que a diferença nas estimativas da precisão e exatidão entre eles foi mínima. Rejeitando a hipótese inicial de que a AAC seria mais eficiente na quantificação do pequi dos que os métodos tradicionais.Item Avaliação de risco da produção de carvão vegetal em propriedades rurais no alto Jequitinhonha(UFVJM, 2013) Fonseca, Danilo Marques da; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nogueira, Gilciano Saraiva; Freitas, Luis Carlos de; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Cordeiro, Sidney AraujoObjetivou-se com este trabalho levantar os custos de produção de carvão vegetal de dois projetos florestais localizados na região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais; realizar análise econômica; e verificar os riscos da atividade com a aplicação da análise de sensibilidade e de risco para os projetos em estudo. O projeto 1 consistiu em povoamentos clonais de eucalipto (clone GG 100) com horizonte de planejamento de 14 anos e 2 ciclos de corte (aos 7 e 14 anos). O projeto 2 consistiu em povoamentos de Eucaliptus cloeziana com horizonte de planejamento de 11 anos e dois ciclos de corte (aos 6 e 11 anos). Em ambos os projetos o espaçamento utilizado foi de 3 x 2 metros. Realizou-se a avaliação econômica mediante os seguintes critérios: VPL, TIR, B/C, VAE e VET. A taxa de desconto utilizada foi de 8,75% a. a.. Na análise de sensibilidade considerou-se uma variação de 10% para mais e para menos na produção total e no preço de venda do carvão vegetal. Para a análise de risco utilizou-se a técnica de simulação de Monte Carlo, mediante o uso do programa @RISK. Os resultados indicaram viabilidade econômica em ambos os projetos. No projeto 1 os valores foram: VPL = R$ 4.208,59/ha, TIR = 18,48%, B/C = 1,29, VAE = R$ 532,94/ha/ano e VET = R$ 5.787,97/ha. Na análise de sensibilidade a lucratividade foi afetada pelas variações na produção e pelo preço de venda do carvão, porém o projeto manteve-se viável. A simulação da análise de risco indicou que as variáveis que afetaram a TIR, na sua ordem de importância, foram: preço de venda do carvão (R$/mdc), produção da floresta no primeiro corte (m³/ha), produção da floresta no segundo corte (m³/ha), custo de implantação (R$/ha) e taxa de desconto (% a.a.). No projeto 2 os indicadores financeiros foram iguais a VPL = R$ 4.594,48/ha, TIR = 21,24, VAE = 667,19 R$ /ha/ano, B/C = 1,35 e VET = R$ 5.971,75/ha. Pela análise de sensibilidade observou-se que a viabilidade econômica do projeto se manteve positiva mesmo com variações na produção e no preço de venda do carvão vegetal. A simulação da análise de risco indicou que as variáveis que afetaram a TIR, na sua ordem de importância foram: preço de venda do carvão (R$/mdc), produção da floresta no primeiro corte (m³/ha), produção da floresta no segundo corte (m³/ha) e custo de implantação (R$/ha). Os dois projetos estudados apresentaram-se economicamente viáveis. De acordo com a análise de sensibilidade os projetos apresentados são capazes de suportar variações de mercado e de produtividade, mantendo-se viáveis economicamente mesmo com variações negativas. O risco de inviabilidade dos projetos é mínimo, podendo ser comprovado pelo desempenho dos indicadores financeiros utilizados. Sendo os projetos mutuamente exclusivos é indicado que o investidor opte pelo Projeto 2 pelo fato deste apresentar valores ligeiramente superiores em relação ao Projeto 1 e, também, por possuir menor horizonte de planejamento, resultando em um menor tempo de retorno do capital investido.