Análise e previsibilidade dos acidentes de trabalho no setor florestal em Minas Gerais

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2018

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UFVJM

Abstract

O Brasil possui recursos florestais abundantes que auxiliam na elevação dos indicadores socioeconômicos do país e, Minas Gerais, é o estado com maior área de árvores plantadas. Juntamente com o desenvolvimento tecnológico, novas modalidades de risco de acidentes são introduzidas através das técnicas e ferramentas utilizadas. No setor florestal os acidentes de trabalho geram custos elevados e devem ser estudados a fim de minimizar os fatores de risco social e econômico. O conhecimento do perfil do acidentado e das causas de acidentes no setor florestal permite a criação de programas de prevenção, visando a adoção de medidas corretivas futuras. Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho é traçar o perfil dos acidentados no setor florestal e, também, prever a quantidade de acidentes futuros. Para a realização da pesquisa foram consultadas as informações contidas no banco de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), referentes às Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) geradas na ocorrência de acidentes na produção florestal. Para tanto, foram selecionados as características dos acidentados e o número de acidentes por mês, de 2011 à 2017. A previsão dos acidentes de trabalho foi realizada por meio da análise de série temporais do software R, onde se estimou o melhor modelo segundo o Critério de Informação Akaike (AIC). Os resultados indicaram que os acidentes ocorreram predominantemente em adultos, na faixa etária de 35 a 59 anos (58,83%), do sexo masculino (97%), com solteiro ou casado (46% e 42% respectivamente) e, com renda de 1 a 2 salários mínimos (83,88%). Os membros superiores e inferiores foram os mais atingidos, perfazendo 80,42%, principalmente os dedos e mãos. As principais doenças geradas em decorrência dos acidentes foram àquelas relacionadas aos “traumatimos do punho e da mão” (categoria S60-S69 da CID-10). O grupo com maior incidência de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) foi os trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca (93%). Destes, 44,43% pertenciam à ocupação de extrativistas florestais. Pelo modelo ARIMA (2,0,0) (2,0,0) [12] os coeficientes foram estatisticamente significativos, com indicadores de erro pequenos e com grande explicação da variação dos dados de acidentes de trabalho no setor florestal em Minas Gerais. Ainda, de acordo com as análises, para a série estimada se previu diminuição dos acidentes de trabalho nos próximos anos.

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NOGUEIRA, Ludmila Neves. Análise e previsibilidade dos acidentes de trabalho no setor florestal em Minas Gerais. 2018. 36 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2018.

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