Pós-Graduação em Zootecnia

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PPGZOO - Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

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    Suplementação de progesterona injetável de longa ação em pré e pós IATF em vacas leiterias como estratégia de incremento nas taxas de concepção
    (UFVJM, 2022) Alcebíades, Wilson Júnior; Siqueira, Jeanne Broch; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Siqueira, Jeanne Broch; Mota, Diego Azevedo; Bonafé, Cristina Moreira
    Objetivou-se com este estudo avaliar a ação da progesterona injetável de longa ação (P4LA) em vacas leiteiras submetidas a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em diferentes momentos, sobre as taxas de concepção destes animais, bem como sobre as perdas gestacionais aos 60 dias, influência sobre as estruturas ovarianas e expressão de cio. A experimentação foi conduzida em um rebanho leiteiro de uma mesma fazenda da cidade de Unaí-Mg no período de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022, um total de 101 fêmeas em lactação foram protocoladas e divididas aleatoriamente da seguinte forma: o grupo P4 antes P4A (n= 25) recebeu 300 mg de P4LA i.m 10 dias antes do início do protocolo (D-10), o grupo P4 antes e depois P4AD (n=25) recebeu 300 mg de P4LA i.m 10 dias antes do início do protocolo (D-10) e 900 mg de P4LA i.m 3 dias após a inseminação, o grupo P4 depois P4D (n= 22) recebeu 900 mg de P4LA i.m 3 dias após a inseminação e o grupo controle GC (n= 29) recebeu 2 ml de solução salina 0,9 % i.m no D-10 e 6 ml de solução salina 0,9 % no 3° dias após a inseminação. As fêmeas foram avaliadas com ultrassonografia transretal para avaliação das estruturas ovarianas no D0 e no D-10, para taxa de concepção (TC) aos 30 dias após a inseminação e aos 60 dias para perda gestacional das fêmeas que se tornaram gestantes, além da avaliação visual da expressão de cio nos D10 e D11. Em nenhum dos tratamentos houve diferença significativa (P 0,05) sobre a taxa de concepção que obtiveram nos grupos P4A (44%), P4AD (36%), P4D (50 %) e GC (51,72%). Da mesma maneira para a perda gestacional aos 60 dias P4A (9,09%), P4AD (22,22%), P4D (0) e GC (6,66%) também não foi significativo (P 0,05). Quanto as estruturas ovarianas a P4LA antes da IATF agiu sobre os animais que tinha ovários lisos (OL) P4A (20 %) e P4AD (36%) no D-10 induzindo a ciclicidade aumentando o número de fêmeas com folículos (FOL) no D0 P4A (4 %) e P4AD (4%). E sobre a expressão de cio diminui o número de cios intensos nos animais tratados P4A (56 %), P4D (50%) e P4AD (52 %) quando comparados ao grupo controle (79,32%), porém sem diferenças estatísticas significativas. Assim, a suplementação de progesterona injetável de longa ação em vacas em lactação não se mostrou eficaz na melhoria da taxa de concepção desses animais independente do período que fosse administrado e não influenciou nos índices de perda gestacional das fêmeas que se tornaram gestantes, além de reduzir a expressão de cio, estando aliada a indução de ciclicidade em fêmeas com ovários lisos.
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    Alga marinha calcária na alimentação de poedeiras semipesadas
    (UFVJM, 2023) Moraleco, Debora Duarte; Lima, Heder José D'Avila; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Objetivou-se avaliar a inclusão de níveis de alga calcária em substituição ao calcário calcítico em dietas para poedeiras semipesadas da linhagem Hisex Brown de 12 até 28 semanas de vida, sobre os parâmetros de desempenho, termorregulação, qualidade de ovos e componentes da casca dos ovos. Para atender às exigências nutricionais das aves, as dietas foram preparadas de acordo com as fases de vida, a fase de recria (12 a 15 semanas), fase de pré-postura (16 a 18 semanas), fase de início de postura (19 a 23 semanas) e fase de pico de postura (24 a 28 semanas). Foram utilizadas 144 galinhas semipesadas da linhagem Hisex Brown distribuídas em 4 tratamentos com 6 repetições com 6 aves em cada parcela. Os tratamentos experimentais foram a inclusão de alga calcária de 0%, 10%, 20% e 30% em substituição ao calcário calcítico na dieta de cada fase. Nas fases de recria e pré-postura foram avaliados os parâmetros de desempenho (consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar, peso corporal e viabilidade) e termorregulação (temperatura retal, temperatura média da pele e temperatura média corporal). Nas fases de início e pico de postura, foram avaliados o desempenho (consumo de ração, ganho de peso, peso corporal, viabilidade, conversão alimentar por dúzia e massa de ovos, produção de ovos e ovos comercializáveis), qualidade dos ovos e componentes da casca dos ovos. Não houve diferença significativa (P>0,05) na termorregulação das aves durante as fases de recria e pré-postura. Não houve diferença significativa (P>0,05) em nenhum dos parâmetros avaliados de desempenho durante a fase de recria. Porém, na fase de pré-postura houve diferença significativa (P<0,05) para o consumo de ração. Na fase de início de postura não houve diferença significativa (P>0,05) em nenhum dos parâmetros avaliados de desempenho. No entanto, a fase de pico de postura houve significância (P<0,05) para ovos comercializáveis, as demais variáveis de desempenho não apresentaram. Para qualidade de ovos, houve efeito (P<0,05) para altura de albúmen, altura de gema e índice de gema durante a fase de início de postura. Na fase de pico de postura, não houve efeito significativo (P>0,05) em nenhuma das variáveis de qualidade dos ovos. Os componentes da casca dos ovos: matéria mineral, % de cálcio e % de fósforo, não apresentaram efeito significativo (P>0,05). Conclui-se que a inclusão de até 30% de alga calcária na dieta de poedeiras semipesadas de 12 a 28 semanas de vida não prejudica a termorregulação e o desempenho das aves, aumenta a percentagem de ovos comercializáveis durante a fase de pico de postura e melhora a altura de albúmen, altura de gema e índice de gema durante a fase de início de postura. Portanto, os resultados indicam que é possível substituir o calcário calcítico pela alga marinha calcária na dieta de poedeiras semipesadas.
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    Ritmos anuais de produção de leite, gordura e proteína de vacas da Raça Holandesa em Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Pacheco, Juscilene Aparecida Silva; Bento, Cláudia Braga Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O Brasil é caraterizado por apresentar um padrão anual de produção e composição do leite ao longo do ano. As variações para a síntese e composição do leite ainda não estão bem definidas, sendo na maioria das vezes, atribuídas a fatores ambientais ou mudanças na alimentação dos animais. Contudo, estes padrões anuais de produção podem ser resultado de um ritmo anual endógeno que controlaria a síntese de leite dos animais. Diante o exposto, o objetivo deste estudo foi caracterizar os ritmos anuais da produção de leite, gordura e proteínaem diferentes propriedades leiteiras e em diferentes ordens de parto no Estado de Minas Gerais. Para isso, foi utilizado um banco de dados histórico disponibilizado pela Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais. A Ritmometria Cosinor foi utilizada para determinar o mesor, acrofase e amplitude para que pudéssemos avaliar o comportamento das variáveis em estudo (leite, gordura e proteína). A produção de leite, gordura e proteína se enquadraram em um ritmo de 12 meses nas nove propriedades analisadas. A propriedade P1 apresentou as maiores produções de leite (10.303,5 kg) e proteína (316,8 kg), enquanto a maior produção de gordura foi detectada na propriedade P7 (351,4 kg). A propriedade P5 apresentou os maiores valores de amplitude para produção de leite (967,3 kg), gordura (24,7 kg) e proteína (27,8 kg). A acrofase para a produção de leite ocorreu do mês de abril ao mês de julho nas nove propriedades estudadas. A ordem de parto também demonstrou seguir um ritmo anual de produção, independente do grupo analisado. Os animais de segundo parto apresentaram maiores valores de produção de leite (8825,3 kg), gordura (300,8 kg) e proteína (273,1 kg). Já os menores valores para produções de leite (7953,0 kg) e de seus componentes (gordura: 268,6 kg e proteína e 244,4 kg) foram observadas em animais de quarto parto. As maiores amplitudes foram encontradas em animais de quarto parto e as menores amplitudes foram detectadas em animais de primeiro parto que exibiram os valores de 270,7 kg; 4,4 kg e 7,2 kg para as produções de leite, gordura e proteína, respectivamente. A acrofase de animais de quarto parto ocorreu mais tarde para as três variáveis estudadas, sendo demostrada sempre no mês de julho de cada ano analisado. A presença destes ritmos circanuais entre os anos, propriedades e ordens de parto parecem ser resultado de um ritmo circanual endógeno que controlaria a síntese de leite e de seus componentes.
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    Metanálise dos níveis de lisina na alimentação de frangos de corte: análises de desempenho e custos
    (UFVJM, 2022) Silva, Luiza Dalila Fernandes da; Pinheiro, Sandra Regina Freitas; Siqueira, Jefferson Costa de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinheiro, Sandra Regina Freitas; Siqueira, Jefferson Costa de; Verardo, Lucas Lima; Nascimento, Daphinne Cardoso Nagib do
    O intuito deste trabalho foi determinar níveis ótimos de lisina digestível (Lys dig), em rações para frangos de corte nas fases iniciais (1 a 35 dias) e crescimento/terminação (22 a 56 dias) para otimizar o desempenho e diminuir os custos da alimentação, utilizando metanálise. Para compor o banco de dados, utilizaram-se resultados de conversão alimentar (CA), extraídos de estudos publicados em periódicos nacionais e internacionais, entre os anos de 2010 a 2021, utilizando o método dose resposta para avaliar o efeito dos níveis de lisina da ração sobre o desempenho de frangos de corte. Após transformar a conversão para uma base comum, os dados de CA de cada fase de criação foram submetidos a análises de regressão utilizando-se o modelo linear: Linear Response Platô e o modelo não linear: exponencial, com efeitos fixos e aleatórios. A escolha do modelo de melhor ajuste foi feita com base no Critério de Informação Bayesiano (BIC). Baseado nas equações exponenciais ajustadas, foi feito o cálculo da variação do custo com a alimentação e a margem por kg de ganho de peso (GP) para cada fase. O nível ótimo econômico de Lys dig foi estimado por meio do menor custo com a alimentação e a maior margem por kg de GP. Os níveis ótimos de lisina para melhorar a CA das aves foram obtidos com base no modelo LRP, com efeito fixo, sendo de 1,180% para a fase de 1 a 35 dias e de 1,023%, com efeito aletatório, para 22 a 56 dias. Quando a L-lisina HCl (78,5%) foi considerada nas simulações com o preço de US$ 6,37 o quilo, os níveis ótimos de Lys dig nas rações nas fases de 1 a 35 e de 22 a 56 dias foram obtidos pelo modelo exponencial misto e apresentaram níveis de 1,128 e 1,163%, respectivamente. Porém, se o preço deste insumo aumentar para US$ 8,28 os níveis ótimos nas rações reduzirão para 1,088 e 1,119%, respectivamente. Com isso, temos que o custo da L-lisina HCl (78,5%) impacta diretamente o nível de lisina recomendado para reduzir os custos com alimentação.
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    Fontes lipídicas na alimentação de coelhos
    (UFVJM, 2023) Almeida, Alexander Alexandre de; Fonseca, Leonardo da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fonseca, Leonardo da Silva; Oliveira, Euclides Reuter de; Naves, Luciana de Paula; Magalhães, Ana Fabrícia Braga
    Este trabalho foi dividido em dois capítulos, o capítulo I é referente a um artigo de revisão elucidando a utilização de lipídios na dieta de coelhos e o capítulo II é referente a pesquisa de campo avaliando o efeito da inclusão de diferentes fontes lipídicas na dieta de coelhos. Capítulo I: A revisão foi realizada por meio do levantamento de artigos nas bases bibliográficas: Web of Science e Periódicos Capes, utilizando termos de buscas no plural, em inglês e em português, como: “lipids ou lipideos” AND “rabbits ou coelhos” AND “"nutrition ou nutrição". Selecionou-se 48 artigos relevantes, atendo os critérios de disponibilidade de artigo completo, presença de palavra-chave, utilização de lipídeos na nutrição animal e sobre lipídeos, para exploração na revisão. O enriquecimento de dietas por meio da adição de lipídios é recomendado na nutrição de coelhos, proporcionando, redução de custos na alimentação, melhoria na palatabilidade, e maior qualidade do produto final. Capítulo II: avaliou-se o efeito de diferentes fontes lipídicas na dieta de coelhos sobre o desempenho, digestibilidade dos nutrientes, rendimento de carcaça, parâmetros fisiológicos e bioquímicos do sangue e qualidade de carne. Utilizou-se 80 coelhos machos e fêmeas da raça Nova Zelândia com 35 dias distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, dezesseis repetições, sendo um animal em cada parcela experimental. As rações experimentais foram: ração comercial (RC) + 0, 60 g/kg de óleo de soja; RC + 0,60 g/kg de óleo de milho, RC + 0,60 g/kg de óleo de canola e RC + 0,60 g/kg de óleo de girassol e RC sem a suplementação de óleo. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. O consumo de ração foi menor com a utilização das fontes lipídicas. óleo de canola apresentou os maiores coeficientes de digestibilidade para a matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM) e fibra bruta (FB). Para a digestibilidade do cecotrófos a fonte lipídica de óleo de canola propiciou maior digestibilidade de MS, PB e MM. O rendimento de carcaça foi significativo, com maior deposição da gordura abdominal e peso do membro traseiro com óleo de canola. Para as vísceras não comestíveis o comprimento do intestino foi significativo para o tratamento com óleo de milho. Os parâmetros de qualidade da carne foram significativos apenas para a perda de peso por cocção para a fonte lipídica de óleo de milho. Para o perfil bioquímico do sangue os valores de aspartato aminotransferase foram significantes, dentro dos valores de referência 13,0 a 184 U/L. Os níveis de glicose foram afetados pela adição de lipídios, com maior resultado para o óleo de canola. A suplementação de óleo de milho e canola na dieta de coelhos de corte pode ser utilizada ao nível de 60 g/kg de ração, propiciando aumento da eficiência digestiva e desempenho, não prejudicando os parâmetros fisiológicos e bioquímicos avaliados.
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    Efeito do consumo alimentar residual sobre a fertilidade de touros: uma revisão sistemática e meta-análise
    (UFVJM, 2022) Silva, Milena Alves da; Siqueira, Jeanne Broch; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Siqueira, Jeanne Broch; Lobo Júnior, Adalfredo Rocha; Bento, Cláudia Braga Pereira; Passetti, Ludmila Couto Gomes
    O consumo de ração residual (CAR) é uma medida avaliativa de eficiência alimentar, onde animais CAR negativos são considerados eficientes, enquanto animais CAR positivos, são ineficientes. O objetivo desta revisão sistemática foi selecionar artigos recentes que demostrassem o efeito do CAR sobre características de fertilidade em touros, para posteriormente através do estudo de meta-analise averiguar a há ou não concordância entre o CAR e a fertilidade, namaioria dos estudos avaliados. Para tal foi realizada busca na plataforma Scopus, utilizando uma associação entre termos relacionados a espécie, ao CAR e a eficiência alimentar e a fertilidade de machos, intercalados pelos operadores booleanos OR e AND, onde foram selecionadas publicações do tipo artigo, nos idiomas português e/ou inglês, que possuíssem ao menos um termo de cada grupo (espécie, eficiência alimentar/CAR, reprodução) no título, abstract e ou palavras-chave, que tratassem exclusivamente de machos, tivessem analises de variáveis semelhantes e que através de dados numéricos estabelecessem uma correlação entre o CAR e a fertilidade. A circunferência escrotal, motilidade espermática progressiva, viabilidade espermática, anormalidades de parte mediana e a intensidade de pixels, apresentaram valores superiores em animais considerados ineficientes para CAR, já as anormalidades de partes proximais foram melhores avaliadas em animais eficientes para CAR. A motilidade espermática, quantidade de espermatozoides normais, volume dos testículos, concentração do sêmen, anormalidade de cabeça, termografia da parte proximal do escroto e a termografia da parte distal do escroto não apresentaram diferença entre animais CAR eficientes e ineficientes. A heterogeneidade presente nas variáveis CAR e ME, e foi avaliada por meta-regressão e analise de subgrupos, onde a heterogeneidade pode ser explicada pela diversidade dos padrões raciais tanto quanto pela idade dos animais e consequente maturidade reprodutiva. Pode-se concluir que para algumas avaliações reprodutivas (circunferência escrotal, motilidade espermática progressiva, viabilidade espermática, anormalidades de parte mediana e a intensidade de pixels) os animais eficientes apresentam taxas inferiores se comparados aos animais ineficientes, e na grande maioria dos aspectos observados não houve disparidade entre os grupos analisados, o que demostra a necessidade de estudos subsequentes para analisar o efeito da seleção de CAR sobre a fertilidade.
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    Estabecimento de capim elefante com composto de Tithonia diversifolia (Hemsl.) A. Gray
    (UFVJM, 2022) Martins, Cézar Augusto; Santos, Márcia Vitória; Ferreira, Evander Alves; Martuscello, Janaína Azevedo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Márcia Vitória; Ferreira, Evander Alves; Paschoaloto, Josimari Regina; Santos, Leonardo David Tuffi; Verardo, Lucas Lima
    Diante da demanda cada vez maior por alimentos de qualidade e as pressões da sociedade mundial pela produção mais limpa e sustentável, a pecuária brasileira precisará mudar seus processos de produção na busca de adequar a essas demandas e continuar sendo destaque na produção mundial. Entretanto, a sustentabilidade de propriedades rurais pecuárias ainda é um desafio devido à ausência de adubação dos pastos em sistemas de produção extensivos, pelo alto valor dos fertilizantes, ou pelo uso excessivo de adubos químicos nitrogenados em sistemas intensivos. Com isso, esse trabalho foi proposto com o objetivo de avaliar a substituição da adubação química pela adubação orgânica a partir do composto de Tithonia diversifolia (titônia) no estabelecimento de Pennisetum purpureum Schum. cv. BRS Capiaçu (capim-capiaçu), visando a maior sustentabilidade das propriedades rurais. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos contendo quatro repetições cada. Os tratamentos foram a utilização do composto em substituição ao adubo mineral, considerando o teor de N nos diferentes níveis de substituição (0, 25, 50, 75 e 100). O plantio do capim-capiaçu foi realizado em sulcos a uma profundidade de 0,30m e espaçamento de 0,75m entre fileiras, distribuindo duas hastes dispostas na posição pé com ponta. Aos 120 E 180 dias após emergência (DAE) avaliou-se características de crescimento e produção: altura, altura estendida, perfilhamento, massa verde total, massa seca de folhas, material senescente e massa seca total de plantas. Concomitantemente, foram realizadas avaliações fisiológicas das plantas a partir da mensuração de clorofila “a”, clorofila “b”, clorofila total, relação clorofila “a” e clorofila “b”, carbono interno, transpiração, condutância estomática e taxa fotossintética. Após análise de médias entre os tratamentos e análise multivariada, constatou-se que a substituição de até 50% da adubação mineral por composto de titônia é recomendada sem prejudicar a produção e o estabelecimento de capim-capiaçu. Conclui-se que o uso do composto de titônia em até 50% de substituição ao fertilizante mineral formulado é uma alternativa viável, contribuindo para a sustentabilidade das propriedades rurais.
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    Relações arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente
    (UFVJM, 2021) Morais, Marcos Vinícius Martins; Lima, Heder José D'Avila; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lima, Heder José D'Avila; Pinheiro, Sandra Regina Freitas; Silva, Janaína Januário da
    O avanço e a intensificação crescente da coturnicultura, tornou necessário o desenvolvimento de estudos para melhorar a eficiência produtiva, atuando principalmente na nutrição. A utilização da proteína ideal como correto balanço e a suplementação de aminoácidos, auxiliam na diminuição de custos da ração e reflete no aumento da eficiência nutricional, minimizando o impacto ambiental causado pela excreção de nutrientes. Diante disso, objetivou-se com este estudo, determinar a melhor relação arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente, sobre o desempenho zootécnico e econômico, qualidade dos ovos, variáveis fisiológicas de termorregulação, tempo em imobilidade tônica, comportamento e aproveitamento de nitrogênio. Foram utilizadas 240 codornas poedeiras (Coturnix japonica), pesando 169,6±0,005g com 40 semanas de vida. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e seis repetições contendo oito codornas por unidade experimental. As relações arginina: lisina digestíveis estudadas foram de 110%, 120%, 130%, 140% e 150%, durante 63 dias divididos em três períodos de 21 dias cada. Não houve diferença (p>0,05) das relações arginina: lisina para qualidade dos ovos e desempenho, exceto variação do peso corporal (p<0,05). Houve efeito quadrático (p<0,05) para os parâmetros de retenção de nitrogênio, nitrogênio excretado e eficiência na retenção de nitrogênio. A ingestão de nitrogênio e a umidade da excreta, não foram influenciados (p>0,05). A produção total de ovos e a renda bruta não foram influenciadas (p>0,05). Houve efeito linear crescente (p<0,05) para o custo de alimentar, custo de produção por ovo e ponto de equilíbrio e linear decrescente (p<0,05) para valor agregado bruto e índice de rentabilidade. Não houve efeito (p>0,05) das relações arginina: lisina para temperatura de dorso e cabeça, frequência respiratória e tempo de imobilidade tônica, no entanto, verificou-se efeito quadrático (p<0,05) para a temperatura média superficial, temperatura média corporal, gradiente térmico núcleo superfície e superfície ambiente observadas no período da manhã. No período da tarde, houve efeito quadrático (p<0,05) das relações arginina: lisina para temperatura média superficial, temperatura média corporal, gradiente térmico núcleo superfície e superfície ambiente, temperatura de dorso e cabeça, frequência respiratória, exceto tempo em imobilidade tônica (p>0,05). Não houve efeito (p>0,05) para a frequência de comportamentos, exceto bebendo e ofegante, as quais a relação arginina: lisina 130% ocasionou as menores frequências desses comportamentos (p>0,05). A relação arginina: lisina digestível de 110% correspondente a 0,111g/kg/ração na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente, é suficiente para manter o desempenho zootécnico e a qualidade dos ovos, em consideração ao aspecto econômico de custo com a alimentação. Enquanto que, 130% de arginina: lisina correspondente a 0,131 g/kg/ração melhora as respostas fisiológicas relacionadas a termorregulação e diminui a expressão de comportamentos correlacionados ao estresse por calor, atendendo também a melhor relação estimada para retenção de nitrogênio.
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    Cinética de trânsito e de degradação ruminal da fibra processada de palhada de sementeira, em função de diferentes fontes de nitrogênio não proteico, em suplementos de baixo consumo
    (UFVJM, 2021) Lino, Rayane Aparecida; Leonel, Fernando de Paula; Villela, Severino Delmar Junqueira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leonel, Fernando de Paula; Tamy, Wagner Pessanha; Gomes, Raphael dos Santos; Villela, Severino Delmar Junqueira
    O Brasil é o maior produtor mundial de sementes forrageiras tropicais, com isso gera grande volume de palhada oriundas dessa produção. Destaca-se que esse material possui alta relação carbono: nitrogênio, o que dificulta a natural reincorporação ao solo. Uma forma de minimizar os danos com o descarte é a utilização na alimentação de ruminantes, todavia, ressalta-se a baixa digestibilidade. Foi desenvolvido um processamento para esse material com o objetivo de utilizá-lo como comburente em caldeiras. Esse consiste em moagem e compactação, e o produto final foi denominado Briqfeno. Especula-se que esse processamento pode desestruturar as rígidas ligações entre os componentes da fibra (celulose, hemicelulose e lignina). Assim, objetivou-se com esse estudo avaliar de forma comparativa a cinética de trânsito do Briqfeno, em função da adição de fontes de nitrogênio não proteico (NNP), na forma de suplemento. Utilizou-se quatro bovinos mestiços (holandês-zebu), castrados, com peso aproximado de 380 kg, dotados de cânulas no rúmen, e distribuídos aleatoriamente em um delineamento em quadrado latino 4x4 (quatro suplementos com fontes de NNP x quatro períodos experimentais). As fontes de NNP estudavas foram: 1- Ureia convencional (UC), 2- Ureia de liberação lenta (ULL), 3- Ureia extrusada (UE), 4- Fosfato monoamônio (MAP). Durante a realização do experimento os animais permaneceram estabulados em baias individuais, com piso de concreto, recebendo uma dieta padrão, composta por Briqfeno, amido de batata e o suplemento mineral, onde a variação se dava pelas fontes diferentes de NNP, que caracterizam os tratamentos. Para a determinação dos parâmetros da cinética de trânsito de partículas, utilizou-se o marcador cromo (Cr-mordante), fixado à parede celular do Briqfeno. Para o ensaio de degradação, foram utilizadas amostras de Briqfeno, depositadas em sacos de náilon e incubadas diretamente no rúmen dos animais. As diferentes fontes de NNP não afetaram (p<0,05) os parâmetros das cinéticas de trânsito e de degradação da fibra do Briqfeno. Esses resultados podem ser associados ao baixo teor de N limitado pelos tipos de suplementos e pelo tamanho de partículas do Briqfeno que são menores devido ao processamento.
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    Efeito da temperatura e do tempo de aquecimento na qualidade da cera de abelhas Apis mellifera
    (UFVJM, 2022) Oliveira Neto, Gleydson Luiz de; Boari, Cleube Andrade; Silveira, Rodrigo Diniz; Verardo, Lucas Lima; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Boari, Cleube Andrade; Silveira, Rodrigo Diniz; Andrade, Monalisa Pereira Dutra; Verardo, Lucas Lima
    Para processar a cera produzida pelas abelhas Apis mellifera, desde a sua reciclagem nos favos até a confecção de revestimentos e lâminas, é demandada a utilização de calor por diferentes técnicas, como o banho-maria, uso de vapor e fervura em água. Entretanto, até onde se sabe, há mais ilações do que informações sobre os efeitos causados pelo uso desordenado do calor sobre esse produto. Considerando-se o exposto, esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes tempos e temperaturas de aquecimento sobre os parâmetros de qualidade da cera das abelhas, a saber, os parâmetros físicos de cor e textura e os parâmetros químicos de índice de acidez e saponificação. A cera empregada nesta pesquisa foi oriunda de opérculos do processamento do mel. O experimento foi desenvolvido utilizando a cera, inicialmente em temperatura ambiente, e aquecida em 65, 75, 85 e 95 °C pelos tempos de 10, 20, 30, 40 e 50 minutos, respectivamente, dispostos em esquema fatorial 5 x 5. Nas análises de cor instrumental, os parâmetros de luminosidade (L*), teor de vermelho (a*), teor de amarelo (b*) e a saturação (C) apresentaram interação significativa entre os fatores temperatura e tempo (P<0,05). A matriz de tonalidade (h) apresentou diferença entre os valores obtidos aos 65 °C em comparação aos 75 °C do fator temperatura (P<0,05). Na análise de textura, o parâmetro de dureza apresentou interação significativa entre os fatores temperatura e tempo (P<0,05). Por fim, nos parâmetros químicos, o índice de acidez apresentou interação significativa entre os fatores temperatura e tempo (P<0,05) e o índice de saponificação não teve diferenças dentro de cada fator e nem interação entre eles (P>0,05). Conclui-se que a mudança de coloração da cera não apresentou prejuízos ao produto. Não foi observado o aumento da dureza da cera das abelhas desde que ela seja aquecida por até 10 minutos, independentemente da temperatura. Aquecer a cera, independentemente da temperatura e do tempo de exposição não alterou os índices de acidez e saponificação.