Relações arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente
Date
2021
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
O avanço e a intensificação crescente da coturnicultura, tornou necessário o desenvolvimento
de estudos para melhorar a eficiência produtiva, atuando principalmente na nutrição. A
utilização da proteína ideal como correto balanço e a suplementação de aminoácidos, auxiliam
na diminuição de custos da ração e reflete no aumento da eficiência nutricional, minimizando
o impacto ambiental causado pela excreção de nutrientes. Diante disso, objetivou-se com este
estudo, determinar a melhor relação arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas
em postura criadas em clima quente, sobre o desempenho zootécnico e econômico, qualidade
dos ovos, variáveis fisiológicas de termorregulação, tempo em imobilidade tônica,
comportamento e aproveitamento de nitrogênio. Foram utilizadas 240 codornas poedeiras
(Coturnix japonica), pesando 169,6±0,005g com 40 semanas de vida. Foi utilizado um
delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e seis repetições contendo oito
codornas por unidade experimental. As relações arginina: lisina digestíveis estudadas foram de
110%, 120%, 130%, 140% e 150%, durante 63 dias divididos em três períodos de 21 dias cada.
Não houve diferença (p>0,05) das relações arginina: lisina para qualidade dos ovos e
desempenho, exceto variação do peso corporal (p<0,05). Houve efeito quadrático (p<0,05) para
os parâmetros de retenção de nitrogênio, nitrogênio excretado e eficiência na retenção de
nitrogênio. A ingestão de nitrogênio e a umidade da excreta, não foram influenciados (p>0,05).
A produção total de ovos e a renda bruta não foram influenciadas (p>0,05). Houve efeito linear
crescente (p<0,05) para o custo de alimentar, custo de produção por ovo e ponto de equilíbrio
e linear decrescente (p<0,05) para valor agregado bruto e índice de rentabilidade. Não houve
efeito (p>0,05) das relações arginina: lisina para temperatura de dorso e cabeça, frequência
respiratória e tempo de imobilidade tônica, no entanto, verificou-se efeito quadrático (p<0,05)
para a temperatura média superficial, temperatura média corporal, gradiente térmico núcleo
superfície e superfície ambiente observadas no período da manhã. No período da tarde, houve
efeito quadrático (p<0,05) das relações arginina: lisina para temperatura média superficial,
temperatura média corporal, gradiente térmico núcleo superfície e superfície ambiente,
temperatura de dorso e cabeça, frequência respiratória, exceto tempo em imobilidade tônica
(p>0,05). Não houve efeito (p>0,05) para a frequência de comportamentos, exceto bebendo e
ofegante, as quais a relação arginina: lisina 130% ocasionou as menores frequências desses
comportamentos (p>0,05). A relação arginina: lisina digestível de 110% correspondente a
0,111g/kg/ração na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente, é
suficiente para manter o desempenho zootécnico e a qualidade dos ovos, em consideração ao
aspecto econômico de custo com a alimentação. Enquanto que, 130% de arginina: lisina
correspondente a 0,131 g/kg/ração melhora as respostas fisiológicas relacionadas a
termorregulação e diminui a expressão de comportamentos correlacionados ao estresse por
calor, atendendo também a melhor relação estimada para retenção de nitrogênio.
Description
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Keywords
Citation
MORAIS, Marcos Vinícius Martins. Relações arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente. 2021. 86 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2021.