PPGED - Mestrado Profissional em Educação (Dissertações)

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    A coordenação pedagógica na organização do currículo da educação infantil de Turmalina, Minas Gerais: que figura é essa?
    (UFVJM, 2021) Barroso, Fabiana Pinheiro; Santos, Sandro Vinicius Sales dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Sandro Vinicius Sales dos; Braga, Denise da Silva; Cotta, Maria Amélia de Castro; Silva, Isabel de Oliveira e
    O presente estudo buscou analisar o processo de organização e implementação do currículo nas creches e pré-escolas de Turmalina, Minas Gerais, a partir das falas das coordenadoras pedagógicas que atuam neste município. Para tanto, fez-se necessário identificar se e como as trajetórias de formação profissional influenciam o modo como as coordenadoras pedagógicas de Turmalina concebem o currículo da Educação Infantil; compreender as aproximações e os distanciamentos evidenciados pelas coordenadoras entre o currículo oficial e o currículo vivido no cotidiano das instituições de Educação Infantil e identificar, na visão das coordenadoras pedagógicas, como ocorre o processo de organização e implementação do currículo nessas instituições. Dessa forma, partimos da seguinte questão: Quais contribuições são possíveis às coordenadoras pedagógicas na organização e implementação do currículo em creches e pré-escolas do município de Turmalina? Os construtos teóricos que fundamentaram o referencial e guiaram nossos olhares no processo de produção e análise dos dados de pesquisa se ativeram em pesquisadores do campo do Currículo, Educação Infantil e Coordenação Pedagógica. O estudo metodológico de caráter qualitativo buscou ouvir as vozes das coordenadoras por meio da realização de entrevistas semiestruturadas com seis profissionais que atuam em instituições de Educação Infantil de Turmalina, além de analisar documentos legais do município que tratam das atribuições da coordenação pedagógica. Utilizamos a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 1977) que permitiu a sistematização dos dados produzidos e a construção de inferências a partir das falas das participantes. Assim, identificamos que as trajetórias de formação e atuação profissional influenciam o modo como as coordenadoras pedagógicas concebem o currículo da Educação Infantil, já que os percursos formativos e as experiências profissionais das participantes compõem-se como elementos fundantes dos seus saberes; percebemos que os desafios apontados pelas coordenadoras para a implementação do currículo configuram-se no distanciamento entre o currículo prescrito e currículo vivido; verificamos que o processo de organização e implementação do currículo da Educação Infantil em Turmalina está acontecendo de maneira isolada em creches e pré-escolas, sem que haja uma articulação por parte da Secretaria Municipal de Educação. A pesquisa nos possibilitou compreender que as coordenadoras pedagógicas podem e devem contribuir na organização e implementação do currículo desde que estas profissionais contemplem saberes pertinentes, tendo em vista a mediação dos/nos processos formativos junto à equipe docente e a articulação do trabalho pedagógico coletivo. O estudo apontou a mobilização da gestão institucional de creches e pré-escolas, bem como da gestão municipal na formulação de políticas públicas, dentre outras, a fim de qualificar as práticas de cuidado e educação, atender aos direitos das crianças de todo o município, assim como em construir a identidade da Educação Infantil de Turmalina.
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    Discurso de ódio sobre diferenças de gênero no currículo da página Catraca Livre
    (UFVJM, 2017) Silva, Silvana Soares; Ribeiro, Vândiner; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Vândiner; Costa, Maria do Perpétuo Socorro de Lima; Soares Júnior, Azemar dos Santos
    Esta dissertação tem como objeto de investigação o discurso de ódio sobre as diferenças de gênero reguladas pelo padrão heteronormativo no currículo do Catraca Livre, página de jornalismo e entretenimento no Facebook. A pesquisa está inserida na linha pós-crítica dos estudos em currículo, inspirada nos Estudos Culturais e no pós-estruturalismo. O discurso de ódio se manifesta, por meio da correção, da punição com palavras e atos que podem ofender, machucar e matar. A pesquisa investiga a produção e os efeitos do discurso de ódio nesse currículo ao demandar um padrão heteronormativo às mulheres, lésbicas, gays, travestis e transgêneros. Foram mapeadas publicações sobre gênero, que abordam os modos de ser, questões de gêneros divergente da norma binária, direitos e liberdade das mulheres, lésbicas, gays, travestis e transgêneros de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. A seleção das publicações foi feita por meio da reiteração do discurso de ódio presente nas postagens e expressadas nos comentários. Como metodologia analítica utiliza-se a análise de discurso de inspiração foucaultiana. O argumento central é o de que no currículo analisado circulam diversos discursos, como: o religioso, o biológico, o machista e moralista, que dão visibilidade e força ao discurso de ódio na tentativa de normalizar os sujeitos mencionados. Os conceitos centrais que funcionaram como ferramentas analíticas são: gênero, currículo, discurso, heteronormatividade, processos de subjetivação, poder-saber e diferença. Na perspectiva teórica adotada o currículo é compreendido como prática de significação que produz saberes, estabelece papéis, dita regras e ensina modos de ser. Entendido ainda como um artefato cultural, o currículo produz transformações e modificações, acionando processos de subjetivação em relações de poder desiguais. Os Estudos Culturais veem na mídia um papel educador, abrindo espaço para análises de currículos não escolares, como o aqui analisado, assim como para os estudos de gênero. Nesta pesquisa gênero e sexo são compreendidos como uma construção cultural a partir de uma matriz heterossexual. O gênero é performativo, é resultado fluido da prática reiterativa e citacional dos discursos que o nomeia. Em síntese, as análises empreendidas neste trabalho dão destaque aos efeitos da produção do gênero e do sexo ao serem nomeados, esquadrilhados e classificados pelo discurso de ódio divulgado no currículo investigado.
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    Educação Quilombola na Comunidade do Ausente e as identidades culturais silenciadas nos currículos escolares – Serro (2012 a 2019)
    (UFVJM, 2019) Martins, Narlisson de Jesus; Couto, Regina Célia do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Couto, Regina Célia do; Neves, Leonardo Santos; Santos, Dayse Lúcide Silva
    Esta dissertação é fruto de uma pesquisa vinculada à Linha IV – Currículo, avaliação, práticas pedagógicas e formação de professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Alicerçada em estudos como de Sacristán (2000), Candau (2007), Lopes e Macedo (2011), Gomes (2007), Macedo (2006), Silva (2001), essa investigação parte do princípio de que o currículo pode ser um instrumento de criação, valorização e preservação de identidades culturais. Dessa forma, o objetivo central foi investigar se e como os currículos da Escola Municipal José Gomes Sales contribuem na (re) produção das identidades culturais da Comunidade Quilombola do Ausente, município de Serro-MG. Para isso, o desenvolvimento deste estudo qualitativo se deu por meio de pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas semiestruturadas com alunos, professores e membros da comunidade do Ausente. Essas entrevistas foram realizadas por meio do método da história oral temática, uma ferramenta que possibilita a produção de conhecimento a partir da subjetividade e da sutileza envolvida na produção narrativa. Os resultados apontam que houve avanços teóricos, conceituais e legais decantados no ordenamento jurídico brasileiro que asseguram direitos a esses povos quilombolas, dentre eles, políticas de educação específicas para as escolas inseridas em seus territórios. Contudo, os dados demonstram também que esses avanços não foram traduzidos no cotidiano da Escola Municipal José Sales Gomes, na Comunidade Quilombola do Ausente, Serro-MG. Concluímos que a invisibilidade e o silenciamento da cultura e história negra e quilombola no currículo, fragiliza os modos de pensar uma educação escolar quilombola, pois a visão eurocêntrica e excludente ainda persiste nos currículos dessa instituição de ensino. Ressalta-se a importância desse estudo para avaliar o processo de implementação de políticas públicas de educação para os povos quilombolas em uma região historicamente construída pela mão de obra negra escravizada, que formou nesse território uma das maiores diásporas africanas em solo brasileiro. Deste modo, é de extrema importância dar visibilidade a essas comunidades remanescentes de quilombo, assegurando-as o direito de conhecer e vivenciar suas histórias e tradições, principalmente no ambiente escolar.
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    Identidades e memórias da escola e do município de Jequitibá/MG no documento Nossa Cidade
    (UFVJM, 2019) Silva, Virgínia Lages; Santos, Rosana Baptista dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Rosana Baptista dos; Carmo, Tereza Pereira do; Silva, Nádia Maria Jorge Medeiros; Vieira, Noemi Campos Freitas
    Esta pesquisa tem como tema as relações de pertencimento afirmadas pelo poder público municipal de Jequitibá (MG), relacionadas às práticas comunitárias e principalmente à escola. A principal fonte de estudos é o documento Nossa Cidade, distribuído aos alunos nas escolas da rede municipal como complementação do material escolar. Tal documento advém da tradição oral e é uma compilação de dados, que descreve a memória e algumas lendas dos povoados que compõem o Município de Jequitibá. A partir da análise documental, busca-se alcançar o objetivo geral, qual seja, compreender como tal documento é utilizado na construção e na difusão de uma identidade cultural local que se quer preservar. Importa nesta investigação observar a estrutura textual e conceitual de Nossa Cidade e refletir sobre sua utilização pela rede de ensino municipal da cidade de Jequitibá (MG), sua inserção no currículo escolar, bem como avaliar a construção de uma identidade cultural coletiva almejada. O documento aqui será considerado como um monumento na perspectiva do historiador Jacques Le Goff (2013), pois esse documento é considerado um legado à memória coletiva do Município de Jequitibá. Para Le Goff, a monumentalização acontece pela utilização e apropriação que o poder faz do documento em nome da perpetuação da memória. No que tange aos estudos relativos ao currículo escolar, serão utilizados os pressupostos de Lopes e Macedo (2011) e Oliveira (2017) para avaliar dois aspectos: o currículo enquanto produtor de identidade e diferença e o caráter político do currículo escolar. Além dos supracitados, serão utilizados como base teórica os seguintes trabalhos: Anderson (2005), Candau (2013), Foucault (2003), Hall (2006), Manfio (2007), Nora (2017), Pollack (1989, 1992), Ricoeur (2007), Veiga (2000, 2003). Se, para os educadores, é imprescindível refletir sobre o modo como o sujeito histórico se compreende, torna-se fundamental pensar nas políticas educacionais e de currículo estabelecidas no cotidiano escolar, visto que todo homem é fruto de seu tempo, mas também é um ser singular que atua, interage e transforma a realidade em que vive.
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    A construção do estudante ativo, agente de sua história: o ensino médio integral e integrado no município de Sabinópolis
    (UFVJM, 2019) Pinto, Luís Carlos; Costa, Maria do Perpétuo Socorro de Lima; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Maria do Perpétuo Socorro de Lima; Ramalho, Mara Lúcia; Santos, Dayse Lucide Silva; Paula, Simone Grace de
    A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) determina que “os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos”. Considerando as discussões acerca do Ensino Médio Integral e Integrado no Estado de Minas Gerais, não seria importante repensar o currículo da educação básica? As questões discutidas aqui partem do princípio de que o currículo escolar contribui para o desenvolvimento integral do estudante se os sujeitos da escola promoverem intenso diálogo sobre as ações pedagógicas desenvolvidas no cotidiano das instituições de ensino. Desta forma, como o Ensino Médio Integral e Integrado está sendo implementado em escolas públicas de Minas Gerais? O currículo escolar pode contribuir para o desenvolvimento integral do educando? De que modo ocorre o diálogo entre educadores e educandos na construção deste currículo? A fim de analisar como ocorre tal integração, procede-se com a leitura de pesquisadores da área: Miguel Arroyo, Vera Maria Candau (2007), Antônio Flávio Barbosa Moreira (2007), Elvira Souza Lima (2007), Tomaz Tadeu da Silva (2002, 2003, 2010), Nilma Lino Gomes (2007), Juarez Dayrell (2003, 2014), Paulo Carrano (2014), Weller (2014). A metodologia é de natureza qualitativa e tem como instrumentos de coleta de dados questionários e grupo focal com estudantes do Ensino Médio, de uma escola pública localizada em Sabinópolis, Minas Gerais. Para analisar os dados da pesquisa utiliza-se da análise de conteúdo de Bardin apud Moraes (1994), a partir das categorias e subcategorias identificadas. Espera-se compreender como os jovens-sujeitos têm vivenciado o processo de implantação do Ensino Médio Integral e Integrado na educação básica, entre os anos de 2018 e 2019.
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    Educação profissional técnica e ensino médio: a perspectiva de formação integrada em discussão
    (UFVJM, 2018) Moura, Cleide Aparecida de; Couto, Regina Célia do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Couto, Regina Célia do; Braga, Denise da Silva; Santos, Dayse Lúcide Silva
    A formação integrada da Educação Profissional Técnica de Nível Médio à educação geral, instituída pelo Decreto Federal nº 5.154/2004, é compreendida como uma importante medida para consolidar a base unitária de ensino, na última etapa da Educação Básica. Uma alternativa que se coloca em oposição à histórica dualidade entre a formação técnica e formação propedêutica, e se propõe a melhoria da qualidade do ensino em Nível Médio numa perspectiva integrada. Nesse sentido, o Instituto Federal (IF), com a oferta de cursos integrados, tem a possibilidade de promover uma formação profissional aliada ao conhecimento geral, superando a perspectiva de uma formação destinada meramente para o mercado de trabalho. Considerando o exposto, a presente pesquisa teve por objetivo analisar o processo de implementação e organização da proposta curricular de formação técnica integrada à formação geral, tendo como referência, o Curso Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – campus Pirapora. No desenvolvimento desta investigação, o traçado metodológico foi definido pela perspectiva qualitativa. Este percurso envolveu uma revisão bibliográfica baseada apoiada, principalmente, nas contribuições dos autores Ciavatta (2012), Fazenda (2011), Frigotto (2012), Ramos (2012), Sacristán (2000), Santomé (1998), Silva (1999); uma análise documental do Projeto do Curso em estudo, e a realização de entrevistas semiestruturadas com professores, coordenador de curso e profissional do núcleo pedagógico do IF. A discussão e a interpretação dos dados coletados foram realizadas por meio da análise de conteúdo, fundamentada em Bardin (2009). Os resultados indicaram um curso com organização por disciplinas, cuja prática curricular ainda não se desvencilhou das bases de um trabalho segmentado entre o Ensino Técnico e o Médio. Os profissionais compreendem a necessidade de integração do Ensino Técnico com o médio no processo formativo do curso, e para avançar nesse sentido, indicam como ponto de partida, a reformulação curricular.
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    Culturas e currículos: estudos sobre uma escola municipal de Diamantina-MG
    (UFVJM, 2018) Almeida, Franciely Cardoso de; Couto, Regina Célia do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Couto, Regina Célia do; Carvalho, Keila Auxiliadora de; Oliveira, Rúbia Lúcia
    Nessa dissertação apresentamos os dados de uma pesquisa desenvolvida na Escola Municipal Jalira Lucchesi de Miranda de Diamantina MG, no Ensino Fundamental I. A questão que direcionou esta investigação relaciona se aos currículos e às culturas presentes no contexto escolar, buscando entender como são trabalhadas as diferentes culturas no currículo. Nesse sentido, conhecer quais culturas são ensinadas na escola, nos permitiu entender certos aspectos da dimensão curricular da instituição, tais como: o que os professores entendem por cultura, como eles a interpretam nas suas práticas e como as culturas locais, populares, infanto-juvenis são trabalhadas no currículo. Os procedimentos metodológicos utilizados nesta investigação foram análise bibliográfica, análise documental e entrevistas semiestruturadas. A análise documental se deu por meio do estudo das matrizes curriculares da escola campo da investigação, tendo a análise de conteúdo (BARDIN, 2010), como procedimento investigação. Sobre as matrizes percebemos que elas estão repletas de culturas, sendo significadas ao logo do ano letivo em alguns de seus conteúdos. Também realizamos entrevistas semiestruturadas com professoras do ensino fundamental I. Os dados demonstraram o entendimento das professoras a respeito de currículo oficial e prescrito, bem como nos permitiu identificar as diferentes culturas presentes no currículo. Um currículo não se limita apenas nas intenções prescritas em uma matriz curricular, embora sejam de singular importância. Nossos dados apontam aspectos relevantes para pensar a dimensão escolar, tais como: a prática cultural da escola por meio dos calendários; o fato dos alunos experimentarem um currículo turístico e o modo como as culturas são folclorizadas nos conteúdos ensinados da escola. O estudo promoveu reflexões referentes ao currículo e suas conexões com as diferentes culturas presentes nesta escola. Estabeleceu conexões entre temáticas sobre diferença, identidade, multiculturalismo e pertencimento, bem como, permitiu questionamentos sobre o processo de formação de professores e possibilidades de repensarmos o currículo na busca de uma educação que seja mais plural.
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    O atravessamento das questões de gênero nas escolhas profissionais de estudantes do Ensino Médio
    (UFVJM, 2019) Bezerra, Ludmila Lins; Braga, Denise da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Braga, Denise da Silva; Costa, Maria do Perpétuo Socorro de Lima; Silva, Jeane Félix da
    Partindo da discussão sobre currículo e gênero, a presente dissertação objetivou analisar como as questões de gênero participam nas escolhas profissionais de estudantes do Ensino Médio. Por meio da abordagem qualitativa estruturada com a técnica do Grupo Focal, a pesquisa traz a fala de estudantes do 3º ano do Ensino Médio na cidade de Diamantina-MG referente às suas escolhas profissionais. Com as contribuições de Carvalho (2010); Scott (1995); Louro (2003); Silva (2010) e Moreira (2001), organiza-se um referencial teórico sobre os conceitos de gênero e currículo. Para a interpretação do material coletado, serão utilizadas as categorias de análise de conteúdo de Bardin (2011). Os dados coletados por meio dos encontros do grupo focal foram organizados segundo a técnica de análise de conteúdo que a partir do processo de ‘categorização’ estabelece a classificação das seções que foram organizadas e discutidas de acordo com as falas dos/as participantes da pesquisa. Dentre os resultados, a pesquisa aponta uma visão dicotômica em relação às escolhas profissionais entre os/as jovens e seus pais/mães/responsáveis. Além disso, os/as jovens evidenciam acreditar que existem profissões para homens e outras para mulheres e usam o fator biológico como determinante para tal divisão. A divisão entre homens e mulheres não representa apenas uma divisão de tarefas, mas uma desigualdade de status e remuneração, no qual gênero é o fator preponderante para limitar e reduzir as possibilidades de mulheres atuarem nos diversos espaços profissionais, inclusive os de liderança. Ressalta-se por meio dessa pesquisa, a importância em discutir sobre gênero no espaço escolar. Para superar as desigualdades de gênero, é fundamental a desconstrução de papeis e espaços masculinos e femininos socialmente estereotipados.
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    A diferença como conteúdo curricular: análise a partir de um estudo do caso em uma escola de ensino médio
    (UFVJM, 2017) Gares, Gilberto da Silva; Braga, Denise da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Braga, Denise da Silva; Couto, Regina Célia do; Sobreira, Ricardo da Silva
    Este trabalho visa trazer considerações acerca do tratamento da questão da diferença no currículo da escola. Para isso foram aplicados questionários aos professores e discentes e realizada a análise do Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Brasiliano Braz na cidade de São Francisco-MG. A fundamentação teórica deste estudo consistiu em leituras no campo do currículo como Lopes (2014); Macedo (2014) e Silva (2014); cultura e a sua relação com a educação (CANDAU, 2011; VEIGA-NETO, 2003) e identidade e diferença (BHABHA, 2014; HALL, 2006; SILVA, 2014). Foram analisados, também, documentos oficiais instituintes de políticas nacionais voltadas para educação básica como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN - Lei nº 9.394/96). Como resultado da análise qualitativa dos dados da pesquisa empírica constatou-se que o currículo é um espaço de fronteira cultural em que sujeitos diferentes interagem. Ao se questionar sobre como o trabalho pedagógico da escola aborda a questão da diferença, os resultados evidenciam que a diferença é entendida a partir de marcadores identitários específicos e que grande parte dos estudantes presenciou algum tipo de discriminação ou preconceito relacionado às diferenças étnico-raciais. Quando houve questionamento em relação à necessidade e expectativa quanto à abordagem da diferença no contexto escolar, a sexualidade foi a que obteve maior número de citações. Em relação aos professores o tema violência é preponderante, revelando ser esta uma preocupação no ambiente escolar. Quanto ao termo diferença este se apresenta predominantemente associado à cultura e à necessidade de tratamentos igualitários das identidades pessoais.
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    Espelho, espelho meu, existe alguém mais abandonado do que eu?: práticas curriculares e posições de sujeito demandadas em um contexto de abrigo
    (UFVJM, 2016) Santos Júnior, Milton Chaves dos; Ribeiro, Vândiner; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Vândiner; Aguiar, Alexandre Silva; Almeida, Ivana Carneiro
    Esta dissertação analisa como as práticas curriculares do abrigo investigado demandam certas posições de sujeito por meio do discurso do acolhimento que ao mesmo tempo fragilizam e fortalecem as crianças e os adolescentes em vulnerabilidade social. A metodologia inspira-se na análise do discurso foucaultiana e elementos da etnografia tais como: observação em diário de campo, conversas informais e entrevista semiestruturada. A análise teórica articula um conjunto de conceitos desenvolvidos por Michel Foucault, sendo alguns deles centrais: discurso, poder-saber, processos de subjetivação e posição de sujeito, além do conceito de currículo em uma visão pós-crítica. O manejo dessas ferramentas conceituais caminha rumo à investigação do discurso do acolhimento, que diz respeito ao processo de ajuda protetiva à criança e ao adolescente abandonados divulgado nas práticas curriculares do abrigo em questão. O problema central desta pesquisa é: como o discurso do acolhimento à criança e ao adolescente em vulnerabilidade social está divulgado nas práticas curriculares do abrigo investigado e quais posições de sujeito são demandadas nesse discurso. Para isso, pesquiso como a criança e o adolescente são nomeados, caracterizados e inventados no currículo desse abrigo. Investigo também as ações individuais e coletivas presenciadas em situações do cotidiano e as relações de poder-saber ali imbricadas. O argumento geral desenvolvido é o de que há no currículo da instituição investigada um constante enfrentamento de verdades discursivas sobre o acolhimento. Desse modo, os processos de subjetivação nas práticas curriculares, enquanto local de produção e criação de significados sociais, demarcam especialmente as posições de sujeito menor abandonado, coitadinho, delinquente, amaldiçoado, de direitos e resiliente. A metáfora da história da branca de neve entra em cena nesta investigação, enxergando o espelho da personagem bruxa como o currículo do abrigo Resiliência, ou seja, o local onde os discursos estão divulgados. A bruxa, por sua vez, é o reflexo das crianças e adolescentes marcados pelo abandono, sendo a personificação da maldade do sujeito bruxa a representatividade das posições de sujeito produzidas em meio a relações de poder e saber.