Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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PPGCS - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Item Prevalência e fatores associados da insuficiência renal aguda em pacientes com Covid-19 em unidade de terapia intensiva(UFVJM, 2023) Magalhães, Fabrícia Ramos; Lucas, Thabata Coaglio; Silva, Thales Philipe Rodrigues da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Lucas, Thabata Coaglio; Ferreira, Paulo Henrique da Cruz; Pereira, Wagner de FátimaA pandemia da coronavirus disease 2019 (COVID-19), desencadeada pelo coronavírus SARS-CoV-2, impôs um desafio inédito à saúde global, transformando radicalmente a prática clínica e a pesquisa médica. Entre as numerosas complicações que surgiram durante a pandemia, a Lesão Renal Aguda (LRA) emergiu como uma preocupação clínica crucial. Diante da lacuna do conhecimento cientifico e prático clinico sobre a LRA e a COVID-19, questiona-se: quais são os fatores de risco e a prevalência da LRA em pacientes com COVID-19 em unidade de terapia intensiva? O objetivo desta pesquisa foi avaliar a prevalência e os fatores associados a LRA em pacientes com COVID-19 internados em centro de terapia intensiva. Estudo transversal retrospectivo coletado no período de 2020 à 2022, no Hospital Irmandade Nossa Senhora das Mêrces - Santa Casa de Montes Claros, Minas Gerais. Dados clínicos, demográficos e laboratoriais foram levantados prospectivamente em registros médicos eletrônicos. Os quais foram analisados utilizando o teste de Mann-Whitney e para a análise descritiva da amostra, as estimativas foram apresentadas em proporções (%), com Intervalo de Confiança de 95% (IC95%) verificando a diferença das proporções entre os pacientes que apresentaram LRA na admissão e os que não apresentaram, utilizou-se o Teste Qui-quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher e para a construção do modelo regressão logística, utilizou-se a técnica backward, onde, todas as variáveis preditoras, que apresentaram valor p≤0,20. O resultado demonstrou que as mulheres apresentaram uma menor chance de desenvolver LRA em comparação aos homens (OR = 0,62, p = 0,114). Pacientes acima de 70 anos tiveram uma menor probabilidade de desenvolver LRA, sugerindo um efeito protetor (OR = 0,43, p = 0,073). Vários sintomas na admissão mostraram associações significativas com a LRA. Pacientes que apresentaram febre (OR: 2,28, IC 95%: 1,30 – 4,01, p = 0,004) ou hemoptise (OR: 4,03, IC 95%: 1,91 – 8,50, p < 0,001) tiveram um risco significativamente maior de desenvolver LRA. Pacientes com doenças respiratórias (OR: 8,41, IC 95%: 3,19 – 22,16, p < 0,001), obesidade (OR: 3,93, IC 95%: 1,74 – 8,88, p = 0,001) ou tromboembolismo (OR: 8,59, IC 95%: 2,95 – 24,99, p < 0,001) apresentaram um risco significativamente maior de LRA. Com base nos resultados apresentados e nas análises estatísticas realizadas, a idade elevada, o desconforto respiratório, a presença de hemoptise e a presença de várias comorbidades, incluindo doenças respiratórias, diabetes, doenças renais, obesidade e tromboembolismo, estão significativamente associados a uma maior prevalência de LRA em pacientes com COVID-19 internados em centros de terapia intensiva do Hospital Santa Casa de Montes Claros MG. Esses fatores podem ser considerados como indicadores importantes para identificar pacientes com maior risco de desenvolver LRA durante o curso da infecção por COVID-19.Item Associação entre o comprimento telomérico em subtipos celulares, capacidade físico-funcional e síndrome da fragilidade em pessoas idosas da comunidade(UFVJM, 2024) Pereira, Fabiana Souza Máximo; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Parentoni, Adriana Netto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Guerra, Ricardo Oliveira; Leopoldino, Amanda Aparecida Oliveira; Esteves, Elizabethe AdrianaApesar da literatura atual apontar para uma associação entre telômeros encurtados e envelhecimento, doenças crônicas e síndromes geriátricas, as implicações precisas desta ligação permanecem incertas. Neste estudo observacional transversal exploratório, nosso objetivo foi investigar a associação entre o Comprimento Telomérico Relativo (CTR) dos subtipos de leucócitos do sangue periférico (células mononucleares e granulócitos), o desempenho físico usando a Short Physical Performance Battery (SPPB) e a síndrome de fragilidade em pessoas idosas. Utilizamos uma coorte de 111 participantes, homens e mulheres, (70,48 ± 5,5 anos). Os participantes foram classificados como frágeis, não frágeis e pré-frágeis, pelos critérios fenotípicos propostos por Fried et al.2001. Verificamos que o CTR das células mononucleares foi significativamente menor que o dos granulócitos (P<0,0001). Além disso, indivíduos com bom desempenho no SPPB exibiram menor CTR de células mononucleares em comparação com aqueles com desempenho moderado ou baixo. No entanto, não observamos diferenças significativas no CTR de granulócitos entre os diferentes grupos de desempenho do SPPB. O escore SPPB global apresentou correlação inversa com o CTR de células mononucleares, mas essa correlação não estava presente com o CTR de granulócitos. Da mesma forma, o domínio sentar- levantar do SPPB correlacionou-se com o CTR de células mononucleares, mas nenhuma correlação foi encontrada com o CTR de granulócitos. Nossas descobertas desafiam as expectativas convencionais, sugerindo que o CTR mais curto das células mononucleares pode estar associado à melhor capacidade funcional. Uma história de respostas imunes pode influenciar a dinâmica do CTR das células mononucleares, enquanto a atividade da telomerase pode proteger o CTR dos granulócitos de um encurtamento significativo. Em relação à fragilidade, não foram encontradas diferenças significativas entre o CTR de leucócitos do sangue total e o CTR de granulócitos. Além disso, nenhuma associação significativa foi encontrada entre grupos de classificação de fragilidade e qualquer população celular. Embora o encurtamento dos telômeros não tenha sido diretamente atribuído à síndrome da fragilidade, o CTR mais curto das células mononucleares pode estar ligado ao estado imunossenescente, que é um dos componentes da síndrome da fragilidade. A falta de relação entre CTR de células mononucleares e a síndrome de fragilidade poderia ser explicada pela característica fenotípica predominantemente física da classificação em subgrupos de fragilidade, sem avaliar objetivamente a disfunção imunológica. As associações inesperadas observadas no CTR de células mononucleares enfatizam a complexa interação entre respostas imunes, envelhecimento celular, síndrome de fragilidade e capacidade funcional em pessoas idosas.O fenotipo de fragilidade proposto por Fried et al. apesar de estar embasado em tres pilares: sarcopenia, disfunção neuroendocrina e imunologica, não avalia a complexidade da imunosenescencia.Item Avaliação da expressão gênica de receptores MAS e MRGD no epitélio nasal de indivíduos com obesidade e eutróficos infectados pelo SARS-CoV-2 no município de Diamantina(UFVJM, 2023) Moreira, Jonathan Lopes; Villela, Daniel Campos; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Villela, Daniel Campos; Fagundes Moura, Cristiane Rocha; Santos, Robson Augusto Souza dosA obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento da COVID-19, pois gera um estado inflamatório local e sistêmico que pode afetar a função de outros tecidos. Esse cenário corrobora para uma resposta agudizada em infecção por SARS-CoV-2. A obesidade também está associada à desregulação do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) que também sugere risco elevado de maior gravidade por COVID-19. Ademais, a desregulação do SRA pode ser promovida pela própria interação do SARS-CoV-2 com a Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2). Os receptores MAS e MRGD, podem favorecer efeitos resolutivos contrários à inflamação durante uma infecção. Torna-se imprescindível reconhecer a expressão tecidual desses receptores e suas possíveis alterações diante a desafios patológicos. Trata-se de um estudo observacional, analítico de caso-controle que avaliou a expressão dos genes dos receptores MAS e MRGD em adultos infectados pelo SARS-CoV-2 por meio da técnica de RT-qPCR em amostras nasofaríngeas. Os indivíduos foram agrupados com: 18 pessoas com obesidade e positivas para COVID-19 (OB+), 17 pessoas com obesidade e negativas para COVID-19 (OB-), 9 eutróficos e positivas para COVID-19 (EU+) e 9 eutróficos e negativos para COVID-19 (EU-). Dessa amostra 71,70 % (n = 38) eram do sexo feminino e a idade dos participantes variou entre 32 anos a 42 anos. A manifestação clínica com maior incidência foi a tosse, entre os OB+ 15 (83,33 %) e a anosmia entre os EU+ 7 (77,78 %). Hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais relatada entre os OB+ 6 (33,33 %). O grupo dos OB- e EU- expressaram mais genes do receptor MAS do que o grupo dos OB+ (p < 0,0001), também houve diferença significativa entre os grupos EU+ e EU- (p < 0,0001) para esse receptor, sendo o grupo dos EU- demonstrando maior expressão. Em relação ao MRGD, houve diferença de expressão quando se compara EU+ em relação aos EU- (p = 0,0003), sendo maior expressão para aqueles negativos para COVID-19 e o grupo EU- expressou mais MRGD em relação aos OB- (p = 0,0003) e OB+ (p < 0,0001). Em análise separada, observa-se diferença significativa entre OB+ e OB- (p < 0,0001). Acreditamos que este estudo inova ao demonstrar a presença da expressão dos genes dos receptores MAS e MRGD no trato respiratório de seres humanos e a comparar tais expressões à composição corporal e à COVID-19. Assim, demonstramos que tanto a obesidade quanto a infecção por SARS-CoV-2 podem diminuir a expressão desses receptores.Item Avaliação microbiológica e molecular direta de úlceras venosas e neuropáticas após o uso do laser: ensaio clínico randomizado(UFVJM, 2023) Silva, Natália Cristina da; Lucas, Thabata Coaglio; Ottone, Vinícius de Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Lucas, Thabata Coaglio; Oliveira, Danilo Bretas de; Costa, Magnania Cristiane Pereira daAs úlceras venosas e neuropáticas são um problema de saúde pública, devido alto custo e elevado tempo de tratamento. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da terapia de fotobiomodulação com laser na atividade cicatricial, microbiológica e molecular de pacientes com úlceras venosas e neuropáticas. Estudo clínico randomizado, com população constituída por 34 pacientes totalizando um n de 50 úlceras. A coleta de dados foi realizada em uma instituição de serviço multidisciplinar ambulatorial na cidade de Diamantina, Minas Gerais, entre junho/2022 até agosto/2023. Os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: grupo 1 que recebeu aplicação da laserterapia e curativo com o tratamento convencional, e o grupo 2 que recebeu tratamento de laserterapia com o dispositivo na função placebo durante cada sessão e curativo com tratamento convencional. O dispositivo utilizado na pesquisa foi o LASER AsGA (Mid Laser/Suécia) com 12 lasers diodos, comprimento de onda de 904 ± 10 nm, frequência de 200HZ, potência de 60 mw, energia de 8J/cm² e densidade de energia de 16 J/cm², em um tempo de 2’ 13” por ponto na lesão. O atendimento ocorria de 2 a 3 vezes na semana e eram coletados 02 swabs (análise microbiológica e molecular) no dia 0 (primeiro atendimento do paciente) e 15º sessão. As feridas foram fotografadas e avaliadas pela medição da área por um paquímetro Vernier Caliper, faixa de medição 0-15 cm, colocado acima da lesão para padronizar a escala e depois a medição foi feita por meio do programa Image J. A análise estatística revelou resultados significativos (p=0,02) ao comparar as feridas tratadas com laserterapia com as feridas do grupo controle. No grupo controle, a média da diferença entre a área inicial e a área final das feridas foi de 106,4 ± 34,8%, enquanto no grupo experimental, essa média foi substancialmente menor, atingindo 75,4 ± 29,9. O resultado microbiológico evidenciou que no grupo experimental e nogrupo controle das bactérias encontradas, a gram negativa com maior frequência foi a Pseudomonas aeruginosa e entre as gram positivas a mais prevalente foi Staphylococcus aureus. Em relação a análise molecular Pseudomonas aeruginosa foi a mais prevalente tantono grupo controle quando no experimental. Conclui-se que a laserterapia acelerou o processo de redução das áreas das feridas e diminuiu a taxa de recorrências, além disso diminuiu as cepas de uma mesma bactéria nas úlceras, entretanto não impediu que surgisse novas cepas, porém, nenhum dos pacientes apresentou sinais de infecção no decorrer do tratamento.Item Resposta inflamatória na indução do parto: perfil celular, marcadores inflamatórios sanguíneos e estado redox placentário de parturientes que respondem ou não ao protocolo de indução(UFVJM, 2024) Guimarães, Isabela Carvalho; Sampaio, Kinulpe Honorato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Sampaio, Kinulpe Honorato; Garcia, Bruna Caroline Chaves; Dias Peixoto, Marco FabrícioDe acordo com a OMS, o parto normal é esperado entre a 37ª e 42ª semana de gestação, sendo que alguns sinais indicativos geralmente precedem o trabalho de parto. Contudo, em certas situações, mulheres podem não apresentar esses sinais, justificando a necessidade de indução do parto, especialmente em casos de complicações ou ultrapassagem do tempo ideal de gestação. Métodos comuns de indução incluem o uso de ocitocina e misoprostol. Durante o processo de parto, o sistema imunológico materno adota um fenótipo mais reativo, destacado pelo aumento de citocinas, evidenciando o parto como um evento inflamatório fisiológico. Este estudo propõe avaliar o perfil celular, marcadores inflamatórios e o estado redox placentário em mulheres submetidas à indução do parto, comparando aquelas que respondem ao protocolo (Grupo R) com aquelas que não respondem (grupo NR). Para isso, foi coletado sangue periférico das mães antes da indução do parto e imediatamente após o parto para as análises dos tipos celulares presentes e níveis plasmáticos de IL-6, IL-8 e IL-10, além de fragmentos de placentas para as análises do perfil oxidativo. Observamos que a indução do parto resultou em uma leucocitose em ambos grupos, com um aumento mais acentuado de neutrófilos nas mães que responderam ao protocolo de indução. Já as mães do grupo NR apresentaram aumento significativo de monócitos. Também foi observado que as mães que respondem ao protocolo de indução reduziram os níveis de IL-6 após o parto, os níveis de IL-10 encontravam-se diminuídos e razão IL-8/IL-10 aumentados quando comparados às mães que não respondem ao protocolo de indução. Já as plantas de mães que respondem ao protocolo de indução apresentam níveis mais elevados de espécies reativas de oxigênio e proteínas carboniladas, indicando maiores danos oxidativos, e menores níveis de atividades das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase. Os resultados de nossa pesquisa revelaram uma diferença na resposta inflamatória entre mulheres responsivas e não responsivas ao trabalho de parto, sugerindo a perspectiva de que as variações na resposta inflamatória durante a indução podem influenciar distintamente as respostas ao protocolo de indução. Esta diferenciação é crucial para o aprimoramento da prática obstétrica, contribuindo para a compreensão mais ampla das complexidades associadas à indução do parto e permitindo abordagens futuras mais precisas e personalizadas no manejo da indução do trabalho de parto.Item Efeitos da administração de ácido húmico sobre a progressão da periodontite e estresse oxidativo em ratos Wistar com doença periodontal induzida por ligadura(UFVJM, 2023) Tavares, Hugo Giordano; Andrade, Eric Francelino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Andrade, Eric Francelino; Pereira, Luciano José; Orlando, Débora RibeiroA periodontite é uma doença inflamatória dos tecidos de suporte dos dentes de etiologia bacteriana que resulta na destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar, podendo promover alterações no estado redox nos tecidos periodontais e sistemicamente sendo observado aumento na quantidade de espécies reativas de oxigênio (EROs) em relação à capacidade antioxidante, ocasionando o desequilíbrio redox. A periodontite representa um importante problema de saúde pública e provoca danos à saúde oral e sistêmica. O seu tratamento envolve a remoção do biofilme por profilaxia, raspagem e alisamento radicular, remoção cirúrgica do tecido afetado e alguns casos medicações adjuvantes. A literatura têm investigado os efeitos de agentes capazes de atenuar a progressão da periodontite com menores efeitos colaterais, agindo principalmente na modulação da resposta inflamatória/imunológica do hospedeiro. O ácido húmico (AH) é um agente que tem se mostrado eficaz no tratamento de diversas doenças/alterações principalmente por sua ação anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana. Portanto objetivou-se com o presente estudo avaliar os efeitos da administração oral de diferentes doses de AH a partir de vermicomposto sobre o status redox e parâmetros relacionados à progressão da doença periodontal em ratos. Para isso foi conduzido um estudo experimental com cinquenta e quatro ratos Wistar adultos machos que foram distribuídos em seis grupos experimentais (1 -controle; 2- DP; 3 - DP + 40 mg/kg de AH; 4 - DP + 80 mg/kg de AH; 5 - DP + 160 mg/kg de AH; 6 - DP + 320 mg/kg de AH). O AH foi administrado por gavagem durante 28 dias e a DP foi induzida por ligadura nos primeiros molares mandibulares no 14º dia de tratamento. Após eutanásia foi analisada a perda óssea alveolar, o estresse oxidativo em gengiva e eritrócitos, a capacidade antioxidante total (TAC) pelo Ferric Reduncing Antioxidant Power (FRAP), os níveis de malondialdeído (MDA) pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), superóxido dismutase (SOD), proteína carbonilada (PC), os níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e creatinina. Os animais tratados com (AH) apresentaram menor perda óssea na dose de 80 mg/kg em comparação aos com DP não tratados (p < 0,05). Os animais tratados com AH nas doses superiores à 80 mg/kg apresentaram melhorias nos parâmetros de status redox locais e sistêmicos em comparação aos do grupo DP (P < 0.05). O tratamento com AH reduziu os níveis séricos de creatinina (nas doses de 80 e 160 mg/kg) e AST (nas doses de 40 e 80 mg/kg) em comparação aos do grupo DP (p < 0,05). Em conclusão o tratamento com AH atenuou a perda óssea alveolar e melhorou nos parâmetros de estresse oxidativo locais e sistêmicos em ratos com DP induzida por ligadura.Item Efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade sobre a progressão da periodontite e parâmetros comportamentais em ratos Wistar com doença periodontal induzida por ligadura(UFVJM, 2023) Pereira, Ramona Ramalho de Souza; Andrade, Eric Francelino; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Andrade, Eric Francelino; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Pereira, Wagner de Fátima; Moura, Rodrigo Ferreira deA periodontite é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte dos dentes, resultando na destruição progressiva do osso alveolar e do ligamento periodontal. Essa condição tem efeitos sistêmicos, levando potencialmente ao aumento de doenças metabólicas, comprometimento cognitivo e aumento da ansiedade. Nesse contexto, o exercício físico tem se mostrado uma estratégia não farmacológica relevante para a redução dos impactos negativos da periodontite. O exercício físico tem a capacidade de regular a inflamação local e sistêmica, além de reduzir o risco de infecções. Uma forma alternativa de exercício que atraiu interesse entre os pesquisadores é o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT). O HIIT tem sido considerado uma estratégia eficiente de tempo para a prática de exercícios. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade na progressão da perda óssea alveolar, inflamação sistêmica e parâmetros comportamentais na periodontite induzida por ligadura em ratos Wistar. O estudo utilizou 48 ratos com 90 dias de idade, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: não treinados (NT), não treinados com doença periodontal (DP), treinamento intervalado de alta intensidade com doença periodontal (HIIT-PD) e alta -treinamento intervalado de intensidade (HIIT). Os animais foram familiarizados com uma corrida em esteira por 1 semana e realizaram um teste de capacidade aeróbia máxima (VO2max) antes do treinamento. O protocolo de treinamento físico consistiu em sessões diárias de um HIIT em esteira consistindo de um aquecimento de 3 minutos, seguido de 6 sessões de corrida a 90-100 VO2max, intercaladas por 2 minutos de intervalos de recuperação passiva e 3 minutos desaquecimento, totalizando 22 minutos de sessão de exercício por dia, 5 dias/semana, durante oito semanas. Na sexta semana do protocolo experimental, os ratos dos grupos DP e HIIT-DP foram submetidos à indução da doença periodontal por meio da colocação de ligadura nos primeiros molares inferiores bilateralmente. Após o treinamento, os animais realizaram testes comportamentais para avaliar o comportamento de ansiedade e a capacidade de memória. Análises sanguíneas (ELISA), análises morfométricas, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS) foram realizadas nas mandíbulas dos animais. Os resultados demonstraram que a periodontite causou efeitos prejudiciais na perda óssea alveolar e o HIIT reduziu parcialmente a perda óssea induzida pela periodontite. O grupo HIIT-DP exibiu menos danos na superfície do dente em comparação com o grupo DP. Dados de inflamação sistêmica revelaram que o grupo DP apresentou menor concentração da citocina IL-10 e maior concentração de TNF-α em relação aos demais grupos. Um aumento nas relações TNF-α/IL-10 e IL-1β/IL-10 também foi observado no grupo DP. Os dados dos testes comportamentais revelaram que o grupo DP exibiu maior comportamento de ansiedade e pior desempenho de memória em comparação com os outros grupos, enquanto o grupo HIIT apresentou melhorias nesses testes. Esses resultados sugerem que a periodontite aumenta o comportamento de ansiedade, piora a memória e aumenta a inflamação sistêmica, enquanto o treinamento HIIT abole parcial ou totalmente esses efeitos negativos da periodontite. Assim, o exercício físico, especialmente o HIIT, pode desempenhar um papel importante no controle dos efeitos negativos da periodontite, tanto local quanto sistemicamente.Item Análise das estruturas química e física e da permeabilidade bacteriana do não tecido Spunbond-Meltblown-Spunbond (SMS) reprocessado(UFVJM, 2023) Lima, Rayana Santos Cristianismo; Rocha Vieira, Etel; Ferreira, Lucas Franco; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Ferreira, Lucas Franco; Lucas, Thabata Coaglio; Paula, Fabiana Angélica deOs profissionais de saúde estão constantemente expostos aos riscos de contágio pelo SARS-CoV-2 desde que ele foi detectado na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019. A alta procura por equipamentos de proteção individual (EPI) provocou escassez no mercado mundial e elevação de custo. Como alternativa muitas instutições de saúde passaram a produzir seus próprios EPI, como máscaras cirúrgicas, a partir de um tipo de não tecido denominado Spunbond-Meltblown-Spunbond (SMS). Este estudo avaliou se o reprocessamento do SMS altera a estrutura química, física e a propriedade de filtração do material. Foram utilizadas amostras de manta de SMS nova e reprocessadas, após utilização como embalagem de caixas e instrumentais cirúrgicos. As mantas foram então submetidas a análises para avaliação das estruturas física (Microscopia Eletrônica de Varredura) e química (Reflexão Total Atenuada no Infravermelho com Transformada de Fourier). Máscaras cirúrgicas confeccionadas com mantas novas e reprocessadas foram avalidas quanto à permeabilidade bacteriana. Após o reprocessamento verificou-se, a partir da análise qualitativa do espectro ATR-FTIR, que não houve alteração da estutura química do material. Com relação à estrutura física, a análise em microscopia eletrônica de varredura sugere redução da espessura dos filamentos spunbond e contração da manta. Com relação à pemeabiliade bacteriana, a eficiência de filtração bacteriana das máscaras confeccionadas com o SMS reprocessado (98,8 ± 0,9%) não foi diferente (p=0,96, Anova one way) daquela observada para as máscaras confeccionadas com SMS novo (98,5 ± 0,5%) e também para a máscara cirúrgica comercial (98,7 ± 0,4%). Conclusão: A estrutura química do SMS não foi modificada pelo reprocessamento e a permeabilidade bacteriana da máscara cirúrgica confeccionada com SMS reprocessado não foi alterada. É proposto que a confecção de máscaras com SMS reprocessado pode ser uma alternativa promissora, sustentável e de baixo custo para a proteção de profissionais de saúde frente a emergências de saúde pública, como a pandemia da CoViD-19.Item Prevalência e diagnóstico de pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica no Extremo Sul da Bahia, Brasil(UFVJM, 2023) Ribeiro, Alessandro Martins; Petinari, Roberta Barbizan; Alves, Caio César de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Petinari, Roberta Barbizan; Alves, Caio César de Souza; Endlich, Patrick Wander; Lago, Vivian MirandaA Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) constitui-se como uma neoplasia proliferativa das células B, promovendo aumento do baço, fígado e linfonodos, acometendo principalmente indivíduos do sexo masculino, raça branca e com alta incidência a partir dos 65 anos de idade, o diagnóstico consiste na realização de exames como hemograma, mielograma, detecção de marcadores celulares agrupadores de diferenciação (CDs). Assim, objetivou-se identificar a prevalência de pacientes com LLC no Extremo Sul da Bahia, analisando os marcadores dos protocolos de diagnóstico laboratoriais. O presente estudo é um coorte retrospectivo de 2015 a 2019, sob Aprovação CAAE: 5.336.684 do CEP/CONEP, de prontuários de pacientes com LLC realizado na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia – UNACON, situado no município de Teixeira de Freitas, Bahia. Dessa forma, os resultados permitiram constatar que, conforme informações do DATASUS, dos 82 casos diagnosticados de doenças linfoproliferativas crônicas, entre 2015 a 2019 do Extremo Sul da Bahia, seis (7,3%) eram de LLC. Na busca ativa dos prontuários com característica clínico-epidemiológica, 66,7% eram em pacientes homens; com 50% de indivíduos brancos e pardos, apresentando linfocitose, plaquetopenia e anemia normocítica-normocrômica (50%), um caso (16,7%) portando Manchas de Gumprecht e um caso (16,7%) apresentando CD79 e IGV15. Quanto às principais conclusões do estudo realizado, viu-se que os marcadores de diagnóstico mais utilizados compreenderam a realização de exames hematológicos como hemograma e mielograma, incluindo características hematológicas/bioquímicas, em especial a linfocitose, leucocitose, plaquetopenia, anemia, com destaque para as características imunofenotípicas, na verificação de CDs 19 e 79, sendo a prevalência no Extremo Sul da Bahia de 7,3% de casos diagnosticados com LLC.Item Vigilância de SARS-CoV-2 em águas residuais e a inter-relação com indicadores epidemiológicos da COVID-19 em Diamantina-MG(UFVJM, 2023) Silva, Thamires Gabriele Macedo; Oliveira, Danilo Bretas de; Ottone, Vinicius de Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Schetino, Marco Antônio Alves; Abreu, Filipe Vieira Santos deO vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), responsável pela doença COVID-19, infectou mais de 27 milhões de pessoas em todo o mundo rapidamente em meses. Embora a literatura sobre SARS-CoV-2 indique que sua transmissão pode ocorrer predominantemente por aerossolização de gotículas carregadas pelo ar, a possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente requer atenção científica considerável. O RNA do SARS-CoV-2 pode ser detectado em amostras de fezes e urina, sendo assim o monitoramento em águas residuais é de suma importância para investigar a circulação do vírus em uma população. O estudo teve como objetivo monitorar, detectar e correlacionar com dados epidemiológicos a presença do SARS-CoV-2 em desejos de águas residuais da cidade de Diamantina-MG. As coletas foram realizadas durante o período de junho a novembro de 2021 foram realizadas 6 coletas ao total sendo 1 a cada mês, contemplando duas microbacias ao entorno da região urbana de Diamantina, 10 pontos no decorrer das duas microbacias foram utilizados para a investigar a presença do SARS-CoV-2. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. A presença do genoma do SARS-CoV-2 nos esgotos foi correlacionado com o percentual de número de casos novos de COVID-19 (percentual da soma da população infectada 14 dias antecedentes a coleta mensal) e número de imunizados 1° dose SARS-CoV- 2 (percentual da população total de diamantina estimada 2021) durante o período de monitoramento. As análises foram realizadas no software GraphPad Prism v.8.0 e SPSS v.20. A correlação linear de Pearson e regressão multiparamétrica foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Tendo como resultado a detecção do RNA viral em alta frequência no primeiro mês de coleta, em junho, sendo detectado em 70% das amostras. Reduzindo a detecção no decorrer dos outros meses; julho (20%), agosto (30%), setembro (20%), outubro (20%) e novembro (0%). A detecção do RNA do SARS-CoV-2 nas microbacias de Diamantina foi concomitante com a redução acentuada no número de casos novos de COVID-19; junho (50%), julho (17%), agosto (15%), setembro (9%), outubro (6%) e novembro (3%), tendo uma correlação positiva (r=0,9380 e p=0,005). Além disso, a detecção do RNA viral nas microbacias é inversamente proporcional ao aumento do número de imunizados 1° dose SARS-CoV-2; junho (26,1%), julho (41,56%), agosto (49,2%), setembro (67,4%), outubro (74,5%) e novembro (82%), demonstrando uma correlação negativa (r=-0,8167 e p=0,04). E por fim, o número de casos novos de SARS-CoV-2 é correlacionado com 88% das ocorrências de amostras positivas nas microbacias em torno da região urbana de Diamantina (R²=0,88 P=0,006 e β= 0,938). O estudo conclui que os dados obtidos mostraram um alinhamento básico entre a detecção quantitativa de SARS-CoV-2 em águas residuais contaminadas e o número de novos casos relatados na cidade. A presença do RNA do SARS-CoV-2 em efluentes urbanos é uma prática de destacada importância na atualidade pela possibilidade de monitoramento do vírus na população urbana, o que ajuda na tomada de decisões e direcionamento de políticas públicas de controle e prevenção.