Associação entre o comprimento telomérico em subtipos celulares, capacidade físico-funcional e síndrome da fragilidade em pessoas idosas da comunidade
Date
2024
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
Apesar da literatura atual apontar para uma associação entre telômeros encurtados e envelhecimento, doenças crônicas e síndromes geriátricas, as implicações precisas desta ligação permanecem incertas. Neste estudo observacional transversal exploratório, nosso objetivo foi investigar a associação entre o Comprimento Telomérico Relativo (CTR) dos subtipos de leucócitos do sangue periférico (células mononucleares e granulócitos), o desempenho físico usando a Short Physical Performance Battery (SPPB) e a síndrome de fragilidade em pessoas idosas. Utilizamos uma coorte de 111 participantes, homens e mulheres, (70,48 ± 5,5 anos). Os participantes foram classificados como frágeis, não frágeis e pré-frágeis, pelos critérios fenotípicos propostos por Fried et al.2001. Verificamos que o CTR das células mononucleares foi significativamente menor que o dos granulócitos (P<0,0001). Além disso, indivíduos com bom desempenho no SPPB exibiram menor CTR de células mononucleares em comparação com aqueles com desempenho moderado ou baixo. No entanto, não observamos diferenças significativas no CTR de granulócitos entre os diferentes grupos de desempenho do SPPB. O escore SPPB global apresentou correlação inversa com o CTR de células mononucleares, mas essa correlação não estava presente com o CTR de granulócitos. Da mesma forma, o domínio sentar- levantar do SPPB correlacionou-se com o CTR de células mononucleares, mas nenhuma correlação foi encontrada com o CTR de granulócitos. Nossas descobertas desafiam as expectativas convencionais, sugerindo que o CTR mais curto das células mononucleares pode estar associado à melhor capacidade funcional. Uma história de respostas imunes pode influenciar a dinâmica do CTR das células mononucleares, enquanto a atividade da telomerase pode proteger o CTR dos granulócitos de um encurtamento significativo. Em relação à fragilidade, não foram encontradas diferenças significativas entre o CTR de leucócitos do sangue total e o CTR de granulócitos. Além disso, nenhuma associação significativa foi encontrada entre grupos de classificação de fragilidade e qualquer população celular. Embora o encurtamento dos telômeros não tenha sido diretamente atribuído à síndrome da fragilidade, o CTR mais curto das células mononucleares pode estar ligado ao estado imunossenescente, que é um dos componentes da síndrome da fragilidade. A falta de relação entre CTR de células mononucleares e a síndrome de fragilidade poderia ser explicada pela característica fenotípica predominantemente física da classificação em subgrupos de fragilidade, sem avaliar objetivamente a disfunção imunológica. As associações inesperadas observadas no CTR de células mononucleares enfatizam a complexa interação entre respostas imunes, envelhecimento celular, síndrome de fragilidade e capacidade funcional em pessoas idosas.O fenotipo de fragilidade proposto por Fried et al. apesar de estar embasado em tres pilares: sarcopenia, disfunção neuroendocrina e imunologica, não avalia a complexidade da imunosenescencia.
Description
Resumo/Abstract e textos indisponíveis para cópia (Trabalho protegido).
Keywords
Comprimento telomérico, Pessoa idosa, Funcionalidade, Síndrome de fragilidade, Telomere length, Functionality, Frailty syndrome, Older persons.
Citation
PEREIRA, Fabiana Souza Máximo. Associação entre o comprimento telomérico em subtipos celulares, capacidade físico-funcional e síndrome da fragilidade em pessoas idosas da comunidade. 2024. 87 p. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2024.
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