PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)
Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/df49a676-7547-4054-9d5c-c3adaad0871f
Browse
Item Detecção in vitro de citocinas intracitoplasmáticas (interferon gama, fator de necrose tumoral, interleucina 4 e interleucina 10) em leucócitos humanos tratados com extrato bruto diluído de euphorbia tirucalli(UFVJM, 2010) Avelar, Bethânia Alves de; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Lopes, Miriam Tereza da Paz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Francischi, Janetti Nogueira de; Fagundes, Elaine Maria de SouzaO uso de plantas da família Euphorbiaceae, principalmente do gênero Euphorbia, tem sido popularmente difundido para o tratamento de uma variedade de doenças de natureza infecciosa, tumoral e inflamatória. Entre as espécies desse gênero, a Euphorbia tirucalli é uma planta de uso difundido no Brasil e em algumas regiões, tal como a do Vale do Jequitinhonha. Há indícios de que o látex de E. tirucalli tenha atividade antitumoral e antiviral, porém, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos nessa ação. É provável que o mecanismo de ação para tais atividades envolva a ativação de leucócitos e a produção de citocinas para o direcionamento de uma resposta antiviral e antitumoral efetivas. Diante disso, o presente trabalho avaliou a produção de citocinas TNF-α, IFN-γ, IL-4 e IL-10 nas populações e subpopulações leucócitárias do sangue periférico estimulados com o látex bruto da referida planta. Para tal, leucócitos do sangue periférico de vinte indivíduos hígidos foram incubados por 4 horas com o látex bruto de E. tirucalli diluído em Dimetilsulfoxido (DMSO) e constituiu o grupo látex (Lt). Culturas celulares incubadas com salina e DMSO, utilizando-se o mesmo período de incubação, constituíram as culturas controle não estimuladas (CC) e controle de solvente (DMSO), respectivamente. Após o período de incubação, as células foram marcadas com anticorpos monoclonais específicos para receptores de superfície celular CD4, CD8 e CD14, bem como para as citocinas intracitoplasmáticas TNF-α, IFN-γ, IL-4 e IL-10. A aquisição e análise dos dados foram realizadas por citometria de fluxo. Os resultados demonstraram um aumento significativo (p < 0,05) no percentual de linfócitos T e sua subpopulação T CD4 positivos para as citocinas do tipo 1, TNF-α e IFN-γ. Essas citocinas são responsáveis por ativar o sistema imune para respostas imunoprotetoras frente às infecções virais e processos tumorais. Já os neutrófilos e linfócitos T CD8, nas culturas estimuladas com o látex da planta, apresentaram um perfil misto de produção de citocinas do tipo 1 e 2. Esses resultados evidenciaram uma resposta do tipo 1 predominante, in vitro, e uma provável ativação de mecanismos moduladores, mediados por linfócitos T CD8 e neutrófilos. Este estudo sugere que a utilização popular da planta em infecções virais e processos tumorais pode ter algum fundamento, tendo em vista a produção preferencial de citocinas do tipo 1 em células estratégicas da resposta imune celular, fundamental no combate às patologias mencionadas. No entanto, os estudos in vitro aqui realizados não são suficientes para garantir que a utilização da planta no contexto in vivo possa, de fato, apresentar tais propriedades. Assim, estudos adicionais, incluindo outros ensaios in vitro, bem como ensaios pré-clínicos, são fundamentais para o avanço das pesquisas envolvendo a utilização de E. tirucalli para fins terapêuticos.Item Caracterização e efeitos da adição de vibração de todo o corpo aos exercícios de agachamento em idosos com osteoartrite de joelho.(UFVJM, 2010) Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Garcia, Emerson Silami; Francischi, Janetti Nogueira deQuantificar o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca durante a adição de vibração de todo o corpo aos exercícios de agachamento em idosos e investigar os efeitos do treinamento com exercícios de agachamento associados à vibração de todo o corpo no desempenho funcional e no autorrelato do estado da osteoartrite de joelho em idosos foi o objetivo deste estudo. O consumo de oxigênio e a frequência cardíaca foram avaliados em repouso e durante os exercícios de agachamento com e sem vibração a 40 Hz de frequência e amplitude de 4 mm, de forma aleatória com intervalo mínimo de 24 horas em 18 idosos (15 mulheres e 3 homens, com idade média de 72+6 anos de idade). Para verificar os efeitos da adição de vibração de todo o corpo ao treinamento com exercícios de agachamento, 35 idosos com osteoartrite de joelho, com diagnóstico confirmado por exame clínico e radiográfico, foram avaliados em três momentos distintos: três semanas anteriores ao início do programa, antes e imediatamente após 12 semanas de intervenção. Os voluntários foram alocados aleatoriamente em três grupos: um grupo de intervenção que realizou o programa de agachamento em associação com o estímulo vibratório, promovido pela plataforma vibratória (GPV, N: 12), um grupo exercício que realizou o mesmo programa de agachamento sem vibração (GE, N: 11) e um grupo controle que não realizou nenhum exercício durante o período do estudo (GC, N: 12). Todos os voluntários realizaram quatro testes de desempenho funcional, mensurados de forma direta (Escala de Equilíbrio de Berg, Timed Get Up and Go, Teste de Levantar e Sentar na Cadeira e Teste de Caminhada de 6 Minutos), e avaliação do autorrelato do estado da osteoartrite pelo Western Ontário McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC). A vibração de todo o corpo associada aos exercícios de agachamento promoveu um aumento adicional de cerca de 20 % no consumo de oxigênio e de 7,5 % na frequência cardíaca. Além disso, verificou-se que o programa proposto para o GPV aprimorou o desempenho em todos os testes funcionais e em todos os domínios do WOMAC. Já o GE apresentou melhora no autorrelato da dor (WOMAC) e aprimorou o desempenho apenas nos testes de Equilíbrio de Berg e de Caminhada de 6 minutos. Não houve mudança nos testes de desempenho funcional e nos domínios do WOMAC no grupo controle. Embora o estímulo vibratório tenha intensificado o consumo de oxigênio e frequência cardíaca durante os exercícios de agachamento, esse aumento pode ser insignificante do ponto de vista clínico. Além disso, a adição da vibração ao treino com exercícios de agachamento melhorou o desempenho funcional e o autorrelato do estado da doença em idosos com osteoartrite de joelhos.Item Efeitos do treinamento aeróbio por meio de caminhada na água ou no solo no desempenho físico-funcional e na qualidade de vida de mulheres idosas com osteoartrite de joelho.(UFVJM, 2011) Arrieiro, Arthur Nascimento; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A caminhada regular é recomendada como tratamento não-farmacológico da osteoartrite (OA) de joelho, porém não estão elucidadas as possíveis diferenças entre essa modalidade de exercício quando realizada na água e no solo. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de um programa de treinamento aeróbio de caminhada na água ou no solo no desempenho físico-funcional e na qualidade de vida em idosas com OA de joelho. Para tanto, dezesseis mulheres idosas (idade média: 68 ± 4 anos), com OA do joelho confirmada por exame clínico e radiográfico, foram divididas aleatoriamente em dois grupos: treino aeróbio com caminhada no solo (N=8) ou na água (N=8). O programa de treinamento teve a duração de doze semanas com carga controlada e progressiva (duração da sessão: 30-55 min; intensidade: 72-82% da frequência cardíaca máxima obtida no teste progressivo). Antes e após o período de treinamento, as voluntárias foram submetidas a avaliações do desempenho funcional por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6) e do teste de escada (TE); do desempenho físico por meio da análise do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e do limiar anaeróbio (LA), obtidos através da realização de um teste progressivo até a fadiga em uma esteira ergométrica; do auto-relato de dor, função física e rigidez por meio da aplicação do Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC) e da qualidade de vida utilizando o questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). Como resultados, a comparação entre grupos demonstrou que não houve diferença significativa em nenhuma das variáveis antes e após o programa de treino. No entanto, a análise intragrupo evidenciou melhora significativa no autorrelato de dor e função física, no desempenho do TC6 e TE, no VO2max e VO2max correspondente ao LA e em todos os domínios, excetuando aspectos sociais, do questionário SF-36 em ambos os grupos após o treinamento comparado com antes da interveção. Concluindo, a realização de um programa de caminhada com carga progressiva e controlada melhora o desempenho físico e funcional, bem como a qualidade de vida, independente do meio (água ou solo) em idosas com OA de joelho.Item Efeitos de uma sessão de exercício físico aeróbico em componentes celulares e moleculares relacionados à resistência a insulina em indivíduos obesos(UFVJM, 2012) Matos, Mariana Aguiar de; Amorim, Fabiano Triguerino; Coimbra, Cândido Celso; Rocha-Vieira, Etel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Coimbra, Cândido Celso; Rocha-Vieira, Etel; Soares, Danusa Dias; Santos, Sérgio Henrique SousaA maior quantidade de ácidos graxos livres e de citocinas pró-inflamatórias plasmática presentes na obesidade, podem desencadear a resistência a insulina, dentre outros fatores, pela fosforilação inibitória do substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1), via ativação de quinases relacionadas ao estresse, como a quinase C-jun N-terminal (JNK). Em obesos, a resistência a insulina correlaciona-se com alterações do sistema imune, e com a baixa expressão da proteína de choque térmico de 72kDa (Hsp72) e aumento da ativação da JNK no músculo esquelético. Considerando que o exercício físico aeróbico promove melhora da sensibilidade a insulina e tem um efeito anti-inflamatório. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de uma sessão de exercício físico aeróbico na expressão da HSP70, ativação da JNK e fosforilação do IRS-1 no resíduo de serina 612 (IRS-1 ser612) no músculo esquelético de obesos. Além disso, foi avaliada a frequência dos linfócitos T auxiliares (CD4+) e citolíticos (CD8+) e das subpopulações de monócitos clássicos (CD14++CD16-), intermediários (CD14++CD16+) e não clássicos (CD14+CD16++). Os participantes do estudo (n=27) foram alocados em três grupos experimentais (eutróficos sensíveis a insulina, obesos sensíveis a insulina, obesos resistentes a insulina) de acordo com a classificação do estado nutricional, de acordo com o índice de massa corporal e presença ou não de resistência a insulina, definida pelo modelo de avaliação da homeostase (HOMA1-IR). Amostras de sangue venoso e do músculo vasto lateral foram obtidas antes e após uma sessão de exercício físico aeróbico realizado a 60% do VO2pico,em cicloergômetro, com duração de 60 minutos. Para avaliar a frequência das diferentes populações de monócitos e linfócitos T circulantes utilizou-se a citometria de fluxo. As análises da expressão da HSP70, ativação da JNK e fosforilação do IRS-1 ser612 no músculo esquelético foram feitas pelo procedimento de western blot. Nossos resultados demonstraram que obesos resistentes a insulina apresentam uma maior frequência de monócitos intermediários e maior fosforilação do IRS-1 ser612 comparado aos eutróficos, maior ativação da JNK e menor expressão da HSP70 em relação aos demais grupos. Após 1 hora do término da sessão de exercício aeróbico houve redução da frequência dos monócitos intermediários (CD14++CD16+) e dos linfócitos auxiliares (TCD4+) circulantes. Adicionalmente, a sessão de exercício induziu no músculo esquelético maior expressão da HSP70, redução da fosforilação do IRS-1 ser612 nos grupos de indivíduos obesos e menor atividade da JNK nos obesos resistentes a insulina. Conclui-se que uma sessão de exercício aeróbico promove alterações que caracterizam redução da inflamação e/ou estresse celular, que podem contribuir para a modulação da sensibilidade a insulina promovida pelo exercício físico.Item Efeito da recuperação por imersão em água, a diferentes temperaturas, sobre o desempenho físico após uma sessão de exercício prolongado(UFVJM, 2012) Paula, Fabrício de; Amorim, Fabiano Trigueiro; Coimbra, Cândido Celso; Vieira, Etel Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Vieira, Etel Rocha; Moreira, Christiano Antônio Machado; Lacerda, Ana Cristina RodriguesAtletas de várias modalidades desportivas realizam mais de uma sessão de treinamento por dia. Diversas estratégias têm sido utilizadas com o intuito de acelerar a recuperação pós-exercício. Embora a imersão em água seja uma estratégia comum entre os atletas, a sua eficácia na aceleração da recuperação ainda não está estabelecida, e os efeitos da temperatura da água na imersão sobre o desempenho não são claros. Sendo assim, este estudo avaliou os efeitos da recuperação passiva por imersão em água, em diferentes temperaturas, sobre o desempenho após uma sessão de exercício. Nove homens, jovens, fisicamente ativos, participaram de quatro sessões experimentais randomizadas compostas por exercício excêntrico (3 x 10 repetições a 100% de uma repetição máxima) e 90 minutos de corrida em esteira rolante a 70% do pico de consumo de oxigênio. Em seguida, os voluntários recuperaram durante 45 minutos, distribuídos em 15 minutos de imersão em água a 15, 28 ou 38°C sentados e 30 minutos deitados em repouso a temperatura ambiente (20 ± 2° C). Na sessão controle (CON), durante a recuperação, os voluntários permaneceram sentados durante 15 minutos à temperatura ambiente. Quatro horas após o final do exercício experimental, os voluntários foram submetidos à corrida de intensidade autorregulada máxima de 5 km seguido do teste de Wingate para avaliar o desempenho físico. A temperatura retal (Tret), a frequência cardíaca (FC) e sua variabilidade (VFC) foram medidas ao longo de toda a sessão. O consumo excessivo de oxigênio pós-exercício (EPOC) foi medido durante a recuperação. Os marcadores do dano muscular, creatina quinase (CK) e aspartato amino transferase (AST) e a contagem de leucócitos totais foram medidas antes e após o exercício, após imersão, antes e após o desempenho, e 24 horas após o exercício experimental. A velocidade média na corrida de intensidade autorregulada máxima de 5 km e a potência pico relativano teste de Wingate não foram diferentes entre as condições experimentais. A imersão em água a 15°C reduziu a Tret, a FC e os índices de VFC a valores de repouso, após a recuperação. O EPOC foi maior na imersão em água a 15°C e a 28°C. Durante a corrida de intensidade autorregulada de 5 km e do teste Wingate, a Tret e a FC não foram diferentes entre as condições experimentais. A sessão de exercício experimental induziu dano muscular e leucocitose. Entretanto, não houve diferença nos níveis séricos de CK, AST e no número de leucócitos totais entre as condições experimentais. A recuperação por imersão em água,a diferentes temperaturas, não foi efetiva em modificar o desempenho físico 4 horas após uma sessão de exercício prolongado.Item Efeitos da restrição calórica desde o nascimento sobre o coração de ratos adultos(UFVJM, 2013) Melo, Dirceu de Sousa; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Guatimosim, Sílvia Carolina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Jader dos Santos; Amorim, Fabiano TrigueiroEvidências recentes sugerem que a restrição calórica intensa (RCI) (>40%) exerce efeitos benéficos sobre o coração de ratos. No entanto, a maioria destes estudos avaliaram os efeitos da RCI em corações de ratos que iniciaram esta restrição já na idade adulta. Neste trabalho, investigamos as conseqüências de uma restrição calórica de 50% desde o nascimento sobre a função e morfologia cardíaca de ratos adultos e avaliamos os possíveis mecanismos envolvidos nestas adaptações. Desde o nascimento até a idade de 90 dias ratos RC50 tiveram sua alimentação restrita a 50% do consumo do grupo ad libitum (AL). Durante o período de 90 dias os animais tiveram sua ingestão alimentar, peso corporal e pressão arterial monitorados. Após este período, foi realizado um teste de capacidade aeróbica máxima para avaliar indiretamente a função cardiovascular global. Quarenta e oito horas após este teste os animais foram eutanasiados, o sangue foi coletado para análise do hematócrito, bioquímica sérica e estresse oxidativo e o músculo sóleo retirado para análise do estresse oxidativo. A tíbia foi retirada para aferição do comprimento e fígado, baço, supra-renais, testículos e gordura viceral removidos para aferição do peso. O coração foi retirado e o índice de desenvolvimento de tensão máxima (+dT/dt) e mínima (-dT/dt) do miocárdio foram analisados pela preparação de coração isolado. Também foi realizada análise do estresse oxidativo cardíaco e o diâmetro, número e densidade de cardiomiócitos, assim como os níveis de fibrose cardíaca foram obtidos através da análise histológica. Miócitos ventriculares foram isolados para avaliação do transiente de Ca2+ em microscopia confocal e os níveis de fosforilação da Akt e expressão da SERCA2 foram avaliados pela técnica de Western blot. Comparado ao grupo AL, os animais RC50 apresentaram menor peso corporal e de órgãos, menor comprimento da tíbia, menor glicemia, maior colesterol HDL, menor pressão arterial, menor estresse oxidativo cardíaco, maior desempenho aeróbio e da função cardíaca, como mostrado pelo aumento ±dT/dt. Apesar do menor diâmetro dos cardiomiócitos, ratos RC50 apresentaram aumento na relação coração/peso corporal, aumento do número e densidade dos cardiomiócitos, e níveis semelhantes de fibrose cardíaca em comparação aos animais AL. Os níveis de fosforilação da Akt foram superiores nos cardiomiócitos dos animais RC50 e não houve diferenças significativas no transiente de Ca2+ e na expressão de SERCA2 entre os cardiomiócitos dos animais RC50 e AL. Em conjunto, estas observações revelaram efeitos positivos de uma RCI de 50% desde o nascimento sobre a função, estrutura cardíaca e vias de sinalização da sobrevivência de cardiomiócitos em ratos adultos.Item Cortisol e testosterona salivares como biomarcadores de estresse e recuperação em atletas de corrida de aventura(UFVJM, 2013) Martins, André Olimpio; Balthazar, Cláudio Heitor; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Balthazar, Cláudio Heitor; Coimbra, Cândido Celso; Leite, Laura Horas Rios; Peixoto, Marco Fabricio DiasA Corrida de aventura é uma competição praticada em contato com a natureza, na qual o competidor utiliza obstáculos naturais para a prática de várias modalidades esportivas combinadas. O cortisol salivar (CT) pode ser utilizado como biomarcador do estresse e estados catabólicos. A concentração salivar de testosterona (TT) pode representar um marcador de estado anabólico do, já que seus efeitos fisiológicos estão relacionados com o reparação tecidual. A proporção entre a atividade anabólica/catabólica pode ser dada pela análise da razão testosterona/cortisol (T/C). O objetivo deste trabalho foi quantificar as concentrações de CT e TT de participantes de uma corrida de aventura, para determinação do impacto fisiológico deste tipo de prova. O estresse e a recuperação dos atletas foram inferidos pela análise da concentração de CT e TT e da T/C, 1 semana antes da competição (dia 1), 1 dia antes da competição (dia 2), no dia da competição (dia 3) e 1 dia após a competição (dia 4). Frequência cardíaca e VO2máx foram registrados para avaliação da intensidade de esforço da prova. As concentrações de CT para o dia 2 e 3, não se elevaram em relação às concentrações apresentadas no dia 1. Entretanto, no dia 4, as concentrações de CT foram superiores em comparação às concentrações dos dias 1, 2 e 3. O ritmo TT normal foi observado nos 04 dias analisados e não foi observada variação nas concentrações de TT. A razão T/C apresentou-se diminuída no dia 4 em comparação ao dia 1. Os resultados mostraram que a T/C apresentou-se reduzida em mais de 75% no dia 4. Conclusões: 1. Corrida de aventura é um evento multiesportivo de alta intensidade de esforço físico e desafia homeostase e alostase corporais; 2. O esforço do treinamento e da competição possivelmente mostrou-se desajustado ao preparo físico dos atletas analisados, já que, o ritmo CT observado, tanto no período pré, quanto no pós-competição, indicou estados de exaustão e catabolismo intenso, respectivamente. Contudo, mais analises são necessárias para compreender se o esforço da competicao foi realmente desajustado para o organismo do atleta ou se o esforço físico não foi intenso o suficiente para evocar uma resposta dos eixos endócrinos analisados.Item Efeito crônico do tabagismo no perfil inflamatório, estresse oxidativo e desempenho físico em homens assintomáticos(UFVJM, 2014) Neves, Camila Danielle Cunha; Mendonça, Vanessa Amaral; Teixeira, Mauro Martins; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira Júnior, Antônio; Magalhães, Flávio de CastroO efeito do consumo crônico do cigarro no perfil inflamatório, estresse oxidativo e desempenho físico têm sido investigado em fumantes assintomáticos, contudo, estes estudos na sua maioria ainda são poucos e divergentes. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito crônico do tabagismo no perfil inflamatório, estresse oxidativo, função muscular esquelética periférica e aptidão cardiorrespiratória de homens adultos assintomáticos. Os sujeitos do estudo foram divididos igualmente entre o grupo fumante (GF, n= 20) e grupo controle (GC, n= 20), composto por sujeitos não fumantes. A função pulmonar de todos participantes foi avaliada pela espirometria. O perfil inflamatório foi avaliado pela mensuração das concentrações plasmáticas das citocinas IL-6, TNF-α, IL-10 e pelos receptores solúveis de TNF-α (sTNFR1 e sTNFR2). O estresse oxidativo foi avaliado pela mensuração das concentrações plasmáticas das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), da atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase de eritrócitos e pela capacidade antioxidante total do plasma. A função muscular esquelética periférica foi avaliada por meio das medidas de pico de torque dos músculos extensores e flexores de joelho e da resistência e fadiga muscular dos músculos extensores de joelho; e a aptidão cardiorrespiratória foi avaliada através da mensuração do consumo pico de oxigênio (VO2pico), frequência cardíaca máxima (FCmax) e distância caminhada em um teste máximo de caminhada/corrida. Sujeitos do GF apresentaram aumentos significativos das concentrações plasmáticas de TBARS e do receptor solúvel sTNFR1 e diminuições significativas da atividade da enzima catalase em lisado eritrocitário, comparados ao GC. Além disso, sujeitos do GF exibiram menor resistência muscular dos músculos extensores de joelho como determinado pelas medidas de trabalho, com inalterado índice de fadiga dos músculos extensores de joelho e pico de torque dos músculos extensores e flexores de joelho. A aptidão cardiorrespiratória foi similar entre os sujeitos do GF e do GC. Este estudo demonstrou que homens fumantes crônicos e assintomáticos exibiram alterações no perfil inflamatório, no estresse oxidativo e na função muscular esquelética periférica, quando comparados a não fumantes.Item Desenvolvimento de dispositivo de fototerapia para aumento de desempenho e recuperação do exercício físico de alta intensidade e curta duração(UFVJM, 2014) Telles, Maria Cecília; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leal Junior, Ernesto Cesar Pinto; Oliveira, Murilo Xavier; Vieira, Etel Rocha; Mendonça, Vanessa AmaralIntrodução: A capacidade de um indivíduo gerar e manter potência pico elevada é fundamental para o desempenho no exercício físico de alta intensidade. Assim, o desenvolvimento e o estudo de novas tecnologias que possam aprimorar a desempenho ou minimizar a ocorrência de lesões durante a recuperação de exercício de alta intensidade poderiam contribuir para a melhora da preparação e planejamento do treinamento. Objetivos: Confeccionar um aparelho para terapia com diodo emissor de luz, em um único comprimento de onda, com uma maior área de irradiação e avaliar a influência desta terapia no desempenho físico, bem como em componentes metabólicos, parâmetros inflamatórios e de lesão muscular durante o período de recuperação de exercício de alta intensidade e curta duração (30-s) no cicloergômetro em homens fisicamente ativos e ciclistas. Metodologia: Primeira fase: (Estudo 1) Realizou-se estudo randomizado e balanceado para avaliar o desempenho, onde foram irradiadas 4 doses de terapia LED: LED placebo (0 J/cm2), LED 21s (3,6J/cm2), LED 42s (7,2J/cm2), LED 84s (14,4J/cm2), em dias distintos, com 24h de intervalo, antes de cada teste de Wingate (TW). (Estudo 2) 4 homens foram submetidos a coletas de sangue antes e após (3, 60, 120 minutos e 24 horas) a realização de TW para mensuração das concentrações plasmáticas de CK, PCR, FIB. Segunda fase: (Estudo 3) Realizou-se estudo randomizado e balanceado onde foi realizado 2 TW, antes e após tratamento com LED placebo(0 J/cm2) ou experimental (3,6J/cm2) em dias distintos, com 24h de intervalo para avaliação do desempenho físico. Coletas de sangue antes o primeiro TW, bem como 3 minutos após o primeiro e segundo TW e 24 horas após o segundo TW foram realizadas para mensuração de CK, PCR e FIB. A concentração sanguínea de amônia foi mensurada antes do primeiro TW e 4 minutos após o segundo TW. Terceira fase: (Estudo 4) Realizou-se estudo randomizado e balanceado onde três doses de terapia LED foram testadas: LED placebo (0 J/cm2), LED 23s (3,94 J/cm2) ou LED 46s (7,88 J/cm2), em dias distintos, com 24h de intervalo para avaliação do desempenho físico. (Estudo 5) Realizou-se estudo randomizado e balanceado onde ciclistas foram submetidos a 3 condições experimentais: terapia LED, aquecimento no cicloergômetro e controle, em dias distintos, com 24h de intervalo, antes de cada TW. Variáveis de desempenho físico e atividade eletromiográfica do músculo vasto lateral foram avaliadas durante os 3 TW. Coletas de sangue antes, imediatamente após cada condição experimental e 3 e 4 minutos após o TW foram realizadas para mensuração de lactato e amônia. Resultados: O protótipo 1 e 2 não foram eficazes na melhora do desempenho físico de alta intensidade e curta duração, bem como em componentes metabólico, parâmetros inflamatórios e de lesão muscular. Além disso, o TW pareceu não ter duração suficiente para promover lesão muscular e consequente alteração em componentes metabólicos e inflamatórios. A modalidade de aquecimento levou a melhora do desempenho físico quando comparada com a terapia LED e controle. Conclusão: Os achados dos estudos realizados não evidenciaram a efetividade da terapia LED, nas condições experimentais propostas, no desempenho físico de alta intensidade e curta duração.Item Avaliação de indicadores inflamatórios e funcionais associados à fisiopatologia da silicose de moradores da região de Corinto – MG.(UFVJM, 2014) Braz, Nayara Felicidade Tomaz; Mendonça, Vanessa Amaral; Teixeira, Mauro Martins; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Francischi, Janetti Nogueira; Balthazar, Cláudio HeitorA Silicose é uma pneumoconiose fibrótica, irreversível e potencialmente fatal, causada pela inalação de poeira contendo sílica cristalina. Causa disfunção respiratória e desregulação do sistema imunológico. Este trabalho foi dividido em dois estudos e teve como objetivos: avaliar as concentrações plasmáticas das citocinas e quimiocinas IL-1β, IL-6, IL-10, CCL2, CCL3, CCL11, CCL24, TNF-α e dos receptores solúveis sTNFR1 e sTNFR2, de sujeitos expostos à sílica (SES), com e sem a silicose e de sujeitos não expostos à poeira de sílica; verificar se existe associação entre esses biomarcadores com a gravidade da silicose, avaliada pela radiografia de tórax; verificar se existe associação entre os biomarcadores com o questionário de qualidade de vida Saint George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ), com o Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6), com a escala de dispneia do Medical Research Council e com a função pulmonar, avaliada pelo volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1); verificar se existe associação entre os biomarcadores com o tempo de exposição à sílica; verificar se existe associação entre o tempo de exposição com a gravidade da silicose. Métodos: No primeiro momento do estudo, foram investigadas as concentrações plasmáticas de CCL2, CCL3, CCL11, CCL24, TNF-α, sTNFR1 e sTNFR2. Foram incluídos 57 SES, garimpeiros e lapidários de quartzo, sendo 36 com silicose. O grupo controle (GC) foi composto por 22 indivíduos saudáveis sem história de exposição à sílica. Os biomarcadores foram avaliados por ELISA. Resultados: CCL3, CCL24, sTNFR1 e sTNFR2 estavam aumentados no grupo SES e nos SES com silicose em relação aos controles. As concentrações plasmáticas de sTNFR1 e sTNFR2 foram maiores nos SES, com e sem silicose. A concentração de sTNFR2 foi maior nos SES com silicose que nos SES sem silicose. Houve correlação positiva entre sTNFR1 e sTNFR2 e a gravidade radiológica da silicose e o tempo de exposição. Além disso, sTNFR2 foi associado à todas as categorias da gravidade radiológica. Métodos: No segundo momento do estudo foram investigadas as concentrações plasmáticas de IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α, sTNFR1 e sTNFR2, de 30 SES, sendo 23 indivíduos silicóticos e 7 sem silicose. O GC foi composto por 24 indivíduos não expostos à sílica. Nessa fase foram também avaliados, a função pulmonar, o grau de dispneia, a capacidade funcional e a qualidade de vida dos SES. Os biomarcadores foram avaliados por ELISA. Resultados: A concentração plasmática de IL-6 estava maior nos SES e nos pacientes com silicose comparados ao GC. Houve correlação positiva entre a gravidade radiológica e o escore total do SGRQ, e correlação negativa entre a gravidade radiológica e o VEF1. Foi encontrada correlação negativa entre a concentração plasmática de sTNFR1 e a distância percorrida no TC6. IL-10 correlacionou-se negativamente com o escore total no SGRQ e correlacionou-se positivamente com a distância percorrida no TC6 e com o VEF1. Conclusão: Os sujeitos expostos à sílica apresentaram aumento das concentrações plasmáticas de IL-6, CCL3, CCL24, sTNFR1 e sTNFR2. sTNFR2 foi associado à gravidade radiológica e à exposição precoce à poeira de sílica. A qualidade de vida relacionada à respiração foi afetada negativamente pela gravidade da silicose, que, por sua vez, prejudicou a função pulmonar. Elevadas concentrações plasmáticas de sTNFR1 foram relacionadas com uma menor capacidade funcional. Além disso, a concentração elevada de IL-10, citocina anti-inflamatória, indicaram maior capacidade funcional, melhor função pulmonar e qualidade de vida. Em conclusão, este estudo mostrou que indivíduos expostos à poeira de sílica apresentaram indicação de inflamação sistêmica, com prejuízo da função pulmonar, da capacidade funcional e da qualidade de vida da população avaliada.Item Efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) associada ao exercício físico aeróbio regular no crescimento e em variáveis metabólicas e cardiovasculares de ratos(UFVJM, 2014) Oliveira, Lidiane Guedes; Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Peixoto, Marco Fabrício Dias; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Lucia, Ceres Mattos DellaEvidências científicas cumulativas sugerem que os ácidos graxos monoinsaturados (MUFAs) dietéticos reduzem fatores de risco para o desenvolvimento de desordens metabólicas, as quais causam muitas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como o diabetes não insulinodependente e as cardiovasculares. O óleo de pequi (Caryocar brasiliense) apresenta em sua composição predomínio de ácidos graxos monoinsaturados e carotenoides antioxidantes, os quais têm sido também relacionados à redução do risco para DCNT. Entretanto, ainda são escassos na literatura estudos que avaliem efeitos fisiológicos do óleo de pequi dentro da perspectiva de alimento funcional, ou seja, associado à dieta usual e hábitos saudáveis de vida, dentre os quais se destaca o exercício físico regular. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo foi pesquisar a influência da ingestão do óleo de pequi associada ao exercício físico aeróbio regular (EFAR), sobre variáveis relacionadas ao crescimento, ao metabolismo e parâmetros cardiovasculares de ratos, desde estágios iniciais de vida (pós-desmame) até o início da vida adulta (20 semanas de vida). O protocolo experimental consistiu de quatro grupos (n=8) de ratos Wistar machos: CS - animais que receberam ração; CT - receberam ração e EFAR; OS - receberam ração suplementada com óleo de pequi (2,25/100g = +50% do conteúdo lipídico da ração) e OT - receberam ração suplementada com óleo de pequi e EFAR. O EFAR foi realizado em piscina, em intensidades e cargas progressivas, e a dieta fornecida ad libitum durante 15 semanas. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante o período experimental para os cálculos da ingestão alimentar e calórica, do ganho de peso, do coeficiente de eficiência alimentar (CEA%) e do índice de massa corporal (IMC). A pressão arterial sistólica (PAS) e a frequência cardíaca (FC) foram aferidas no início e na última semana do experimento. No último dia, os animais foram eutanasiados, as cavidades abdominais e torácicas foram abertas para coleta de amostras. Os corações foram retirados e o índice de contratilidade (+dP/dt) e relaxamento (-dP/dt) cardíaco foram analisados pela técnica de coração isolado. Foram determinados: (a) o comprimento da tíbia esquerda; (b) os pesos absolutos e relativos do fígado, pâncreas e coração e de toda a gordura das regiões epididimal e retroperitoneal; (c) as concentrações plasmáticas de colesterol (COL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG), glicose, insulina, o índice HOMA e a razão COL/HDL; (d) as concentrações hepáticas de COL e TG. Observou-se que a associação do óleo de pequi ao EFAR não influenciou de maneira significativa parâmetros relacionados ao crescimento (ingestão alimentar e calórica, peso corporal, CEA, peso de órgãos, comprimento da tíbia), a PAS e FC, a glicemia e a razão COL/HDL. No entanto, foi essencial para evitar o acúmulo de gordura na região visceral, a elevação nos níveis de insulina plasmática e no índice HOMA-IR provocados pela ingestão isolada do óleo de pequi. Por outro lado, a associação da ingestão do óleo de pequi ao EFAR melhorou a capacidade de contração e relaxamento cardíacos. Assim, podemos inferir que a ingestão do óleo de pequi, quando associada à prática regular de exercícios aeróbios, pode favorecer, sobretudo, a função cardíaca sem exercer efeitos deletérios no crescimento e em variáveis relacionadas ao metabolismo lipídico e glicídico.Item O efeito da imersão dos membros inferiores em água fria pós exercício no desempenho físico e na proteína de choque térmico 72kDa após treinamento físico(UFVJM, 2014) Aguiar, Paula Fernandes; Amorim, Fabiano Triguerino; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Nakamura, Fábio Yuzo; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Magalhães, Flávio de CastroApesar da falta de conhecimento sobre os mecanismos da imersão dos membros inferiores em água fria (IAF) pós-exercício, este método de recuperação se faz presente após o exercício físico, principalmente no meio esportivo. Os objetivos de sua prática são baseados nas possíveis reduções da inflamação muscular, edema, dor e acumulação de metabólitos, acelerando assim a recuperação pós-exercício. Neste contexto, não está claro se a IAF interfere nas adaptações em nível molecular do conteúdo da proteína de choque térmico 72 kDa (Hsp72) do tecido muscular esquelético. Sendo assim, o presente estudo avaliou se a IAF após as sessões de exercício, durante um programa de 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), altera a resposta adaptativa do desempenho físico e da Hsp72 do tecido muscular esquelético. Foram selecionados 17 voluntários, do sexo masculino, adultos (idade: 23 ± 3 anos; peso corporal: 68.7 ± 9.2 kg, estatura: 171 ± 7 cm; gordura corporal: 23.5 ± 5.2%), não treinados e saudáveis para participar deste estudo, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os voluntários foram pareados em dois grupos de acordo com o desempenho no teste de 15 km em cicloergômetro. Um grupo foi submetido à IAF dos membros inferiores após o exercício (n=8), e o outro grupo serviu como controle (CNTRL, n=9). O programa de treinamento físico consistiu de 4 semanas de ciclismo intervalado de alta intensidade, com frequência semanal de 3 vezes. Cada sessão de HIIT foi composta por 8-12 estímulos com intensidade entre 90-110% da potência pico por 60 segundos, seguidos por intervalos de recuperação ativa de 75 segundos à 30W. A IAF compreendeu em imergir os membros inferiores em água a 10 ºC, por 15 minutos, após cada sessão de treinamento. Os voluntários do grupo controle ficaram sentados em uma cadeira, na sala de treino a temperatura ambiente. As variáveis medidas foram consumo máximo de oxigênio (VO2max), desempenho no teste de 15 km e resistência de força muscular localizada. Além disso biópsias musculares foram realizadas 3 dias antes e 3 dias após o período de treinamento para avaliação do conteúdo muscular de Hsp72. O tempo para completar o teste de desempenho de 15 km diminuiu com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 42.9±1.9 para 38.7±2.9 min e IAF 42.4±2.5 para 37.7±3.0 min, pré versus pós-treino, respectivamente). O VO2max aumentou com o treinamento em ambos os grupos, mas também não foi diferente entre os grupos (CNTRL 48.7±5.6 para 51.2±4.8 ml•kg-1•min-1 e IAF 45.7±5.6 to 50.4±4.8 ml•kg-1•min-1, pré versus pós treino, respectivamente). Quanto à resistência muscular localizada, o pico de torque médio aumentou com o treinamento em ambos os grupos, sem diferença entre as situações (CNTRL de 92,7±15,6 n/m para 96,7±14,5 n/m e IAF de 86,0±19,8 n/m para 91,3±13,2 n/m pré versus pós-treino, respectivamente). Mas o índice de fadiga (CNTRL 70,0±6,1 % para 67,1±6,8 % e IAF 65,8±8,0 % para 69,3±6,6 % pré versus pós-treino, respectivamente) não alterou com o treinamento. O conteúdo muscular de Hsp72 aumentou com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 100±28% para 124±37% e IAF 100±31% para 131±23%). Sendo assim, nós concluímos que a imersão em água fria pós-exercício não alterou as adaptações de desempenho e moleculares avaliadas após 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade.Item Efeitos biológicos da associação da ingestão da polpa de pequi (Caryocar brasiliense) ao exercício físico aeróbio regular em ratos(UFVJM, 2014) Moreno, Lauane Gomes; Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Peixoto, Fabrício Dias; Silva, Marcelo Eustáquio; Magalhães, Flávio de CastroDado o crescente número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que afetam a saúde e a economia dos países, alternativas que visem à diminuição dos fatores de risco para essas doenças são imprescindíveis. A adoção de uma dieta equilibrada, que inclua alimentos com potencialidades funcionais, associada à prática de atividade física regular são alternativas atualmente preconizadas. Dentre os alimentos com potencialidades funcionais está o pequi (Caryocar brasiliense), muito utilizado no Brasil para fins alimentícios, terapêuticos e cosméticos, e que apresenta como componentes majoritários lipídeos ricos em ácidos graxos monoinsaturados, fibras e carotenoides. Estes componentes isoladamente, apresentam alguns efeitos semelhantes ao exercício físico aeróbio sobre a redução de diversos fatores de risco para DCNT, de forma que associados podem fornecer efeitos potencializadores sobre a redução desses fatores de risco. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar, em ratos, efeitos biológicos advindos da ingestão da polpa de pequi associada à prática de exercício físico aeróbio regular (EFAR), especificamente sobre variáveis relacionadas ao crescimento, parâmetros cardiovasculares, do metabolismo glicídico e lipídico, sobre a histomorfometria duodenal e o estado redox celular. O protocolo experimental consistiu de quatro grupos (n=8) de ratos Wistar machos: CS - animais que receberam ração; CT - receberam ração e EFAR; PS - receberam ração suplementada com polpa de pequi (3,26/100g = +50% do conteúdo lipídico da ração) e PT - receberam ração suplementada com polpa de pequi e EFAR. O EFAR foi realizado em piscina, em intensidades e cargas progressivas, e a dieta fornecida ad libitum durante quinze semanas. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante o período experimental para os cálculos da ingestão alimentar e calórica, do ganho de peso e dos coeficientes de eficiência alimentar (CEA) e energética (CEE). As fezes foram coletadas nas últimas 72 horas do experimento. A pressão arterial sistólica (PAS) e a frequência cardíaca (FC) foram aferidas no início e na última semana do experimento. No último dia do protocolo, os animais foram eutanasiados e foram determinados: (a) o comprimento da tíbia esquerda; (b) o peso absoluto e relativo do fígado, pâncreas e coração e da gordura das regiões epididimal e retroperitoneal; (c) a concentração plasmática de colesterol total (COL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG), glicose, insulina, o índice HOMA-IR e o índice aterogênico; (d) a concentração hepática e fecal de COL e TG; (e) a umidade e o pH fecais; (f) a capacidade antioxidante total – Ferring Reducing Antioxidant Power plasmática, e dos tecidos muscular (sóleo), hepático e cardíaco; (g) os níveis de peroxidação lipídica - Thiobarbituric acid reactive substances nos tecidos hepático, muscular e cardíaco; (h) a atividade da enzima superóxido dismutase nos tecidos hepático e muscular; (i) a atividade da enzima catalase nos tecidos hepático, muscular e cardíaco. Foram coletadas amostras de tecido duodenal para análises histomorfométricas. Observou-se que a associação da ingestão da polpa de pequi ao EFAR não influenciou de maneira significativa no crescimento (ingestão alimentar e calórica, peso corporal, CEA, CEE, peso de órgãos, comprimento da tíbia), na PAS e FC, na glicemia, na insulinemia ou no Índice HOMA-IR. Contudo, reduziu a deposição de gordura visceral (epididimal e retroperitoneal). Também não houve diferenças entre os tratamentos para as concentrações plasmáticas de COL, HDL e TG. Contudo, a associação da ingestão da polpa de pequi ao EFAR promoveu menor deposição hepática e maior excreção fecal de lipídeos, além de preservar melhor a altura das vilosidades intestinais e promover aumento da profundidade das criptas. Não houve impactos significativos dos tratamentos sobre as variáveis relacionadas ao estado redox celular, somente a atividade da catalase foi aumentada pela associação entre EFAR e polpa de pequi no fígado. Os efeitos fisiológicos advindos da ingestão da polpa de pequi associada ao EFAR relacionados ao menor acúmulo de lipídeos na região visceral e fígado, com a maior excreção desses lipídeos, aumento da profundidade das criptas sem prejuízos à estrutura do intestino e aumento da atividade antioxidante endógena, bem como a ausência de efeitos prejudiciais sobre as demais variáveis analisadas, faz dessa associação uma possível estratégia para redução do risco para DCNT e manutenção da saúde.Item Relação entre hipertensão arterial sistêmica e eficiência da troca de calor durante a recuperação ao exercício físico realizado em ambiente quente(UFVJM, 2014) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Danusa Dias; Balthazar, Cláudio HeitorA hipertensão arterial sistêmica essencial parece estar associada com hipertonia simpática dependente da atividade colinérgica central. Dessa forma, hipertensos poderiam apresentar respostas de dissipação de calor aprimoradas, especialmente durante a recuperação do exercício físico moderado realizado sob condição de estresse térmico. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar as respostas termorregulatórias de sujeitos hipertensos durante e na recuperação de exercício físico de intensidade moderada realizado em ambiente quente. Para tanto, oito hipertensos essenciais (H) e oito normotensos (N) (idade: 46,5±1,3 e 45,6±1,4 anos; índice de massa corporal: 25,8±0,8 e 25,6±0,6 kg/m2; pressão arterial média: 98,0±2,8 e 86,0±2,3 mmHg, respectivamente) permaneceram na câmara ambiental (38°C e 60% umidade relativa do ar) durante 2h e 30 minutos (30 minutos em repouso, 1h de exercício na esteira (50% VO2pico) e 1h em recuperação do exercício). Temperaturas da pele e corporal interna, frequência cardíaca e pressão arterial foram mensuradas. Cálculos de produção de calor, taxa de acúmulo de calor, temperatura corporal, troca de calor por radiação, convecção, e através do trato respiratório e suor evaporado foram realizados a partir das variáveis coletadas. Como resultados, a pressão arterial média dos hipertensos foi maior do que dos normotensos durante todo o protocolo experimental (p < 0,05). Apesar dos parâmetros termorregulatórios avaliados não terem sido diferentes entre grupos hipertensos e normotensos em repouso e durante o exercício físico no calor, os hipertensos apresentaram menor quantidade de calor acumulado (H: -24,23 ± 3,39 W/m², N: -13,63 ± 2,24 W/m², p = 0,03), maior variação na temperatura corporal (H: -0,62 ± 0,05 °C, N: -0,35± 0,12 °C, p = 0,03) e maior quantidade de suor evaporado (H: -106,1 ± 4,59 W/m², N: -91,15 ± 3,24 W/m², p = 0,01) no período de recuperação pós-exercício. Além disso, a quantidade de suor evaporado relacionou-se com calor acumulado (r = 0,82, p < 0,001) e com a variação da temperatura corporal durante a recuperação pós-exercício físico (r = 0,82, p < 0,001). Concluindo, indivíduos hipertensos essenciais, em uso dos medicamentos iECA e diuréticos, apresentam dissipação de calor acumulado aprimorada, por meio da evaporação do suor e, consequentemente, maior resfriamento corporal durante a recuperação de exercício físico de intensidade moderado em ambiente quente. Methods: A total of 8 essential hypertensive (H) and 8 normotensive participants (N) (age: 46.5 ± 1.3 and 45.6 ± 1.4 years, BMI: 25.8 ± 0.8 and 25.6 ± 0.6 kg/m2, mean arterial pressure: 98.0 ± 2.8 and 86.0 ± 2.3 mmHg, respectively) remained in the environmental chamber (38 °C and 60 % relative humidity) for 2 hours and 30 minutes (30 min at rest, 1 h of treadmill exercise at 50 % of VO2max and 1 h at rest during recovery exercise). Skin and core temperatures, heart rate and blood pressure were measured. Calculations of heat production, heat storage, mean body temperature, heat exchange by radiation, convection and evaporated sweat were performed from the collected variables. Results: The mean blood pressure of the hypertensive subjects was higher than of the normotensive participants throughout the experimental protocol (p < 0.05). Although the thermoregulatory parameters evaluated did not differ between groups at rest and during exercise, the hypertensive subjects had lower amounts of heat storage (H: -24.23 ± 3.39 W/m², N: -13.63 ± 2,2.4 W/m², p = 0.03), greater variations in body temperature (H: -0.62 ± 0.05 °C, N: -0.35± 0.12 °C, p = 0.03), and a greater amount of evaporated sweat (H: -106.1 ± 4.59 W/m², N: -91.15 ± 3.24 W/m², p = 0.01) during the recovery period. Furthermore, the amount of evaporated sweat correlated with heat storage (r = -0.82; p < 0.001) and with the variation in mean body temperature during the recovery period (r = -0.82; p < 0.001). Conclusion: Essential hypertensive participants present with improved sweat evaporation and greater heat dissipation and body cooling during recovery from moderate-intensity exercise performed in the heat.Item Avaliação do efeito do exercício intervalado de alta intensidade sobre o equilíbrio redox sanguíneo em homens sedentários(UFVJM, 2014) Magalhães, Silvia Mourão; Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Triguerino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Morais, Harriman Aley de; Leite, Hércules Ribeiro; Magalhães, José Carlos deEste estudo avaliou o efeito agudo e crônico do exercício intervalado de alta intensidade sobre o estado redox sanguíneo de homens sedentários. Para isso, o estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira etapa 17 indivíduos sedentários foram submetidos a uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade (HIIE, do inglês high intensity interval exercise), no cicloergômetro, composta por 8 estímulos, a 90% da potência máxima, intercalados por 75 segundos de recuperação ativa a 30 watts. Antes e, imediatamente, após o exercício amostras de sangue foram coletadas para a avaliação da concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da capacidade antioxidante total do plasma; e a concentração de TBARS e atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), no lisado eritrocitário. Agudamente, o HIIE não alterou a concentração plasmática de TBARS, embora a capacidade antioxidante total do plasma tenha sido significativamente menor (p=0,05) imediatamente após o exercício. Nós eritrócitos, a concentração de TBARS foi significativamente menor (p=0,03), enquanto a atividade da SOD foi significativamente maior (p=0,04), imediatamente após o exercício. Na segunda etapa 9 indivíduos, que participaram do HIIE, foram submetidos a um programa de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training), 3 vezes por semana, durante 4 semanas (12 sessões de treinamento). Parâmetros do estado redox foram avaliados antes e ao final do treinamento. O HIIT aumentou (p=0,05) a capacidade antioxidante total do plasma, e, nos eritrócitos, a concentração de TBARS foi menor (p=0,03) e a atividade da catalase foi maior (p=0,04) após o treinamento. As modificações do estado redox sanguíneo alcançadas em curto prazo com o programa de HIIT utilizado neste estudo podem ser consideradas uma resposta benéfica adicional para a esta modalidade de treinamento, e neste contexto o HIIT pode ter um papel terapêutico nas condições clínicas decorrentes ou associados a um quadro de desequilíbrio redox.Item Avaliação do efeito de uma sessão de exercício físico de intensidade leve a moderada sobre parâmetros endócrino-metabólicos e de estresse oxidativo de pacientes submetidos à hemodiálise(UFVJM, 2015) Domingues, Talita Emanuela; Balthazar, Cláudio Heitor; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Laura Hora Rios; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues Lacerda; Balthazar, Cláudio HeitorA doença renal crônica consiste em lesão renal com perda progressiva e irreversível da função dos rins. Nesta fase, os pacientes recebem indicação de terapia renal substitutiva sendo a Hemodiálise o recurso mais utilizado. Evidências indicam que a prática de exercício físico intradialítico é benéfica. Entretanto, os benefícios desta modalidade de exercício sobre parâmetros endócrino-metabólicos e de estresse oxidativo ainda são poucos conhecidos. Objetivo: Avaliar o efeito de uma sessão de exercício físico de intensidade leve a moderada, sobre parâmetros endócrino-metabólicos e de estresse oxidativo de pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. Métodos: Doze voluntários, alocados de forma randomizada, do Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina/MG participaram do estudo. Todos foram cross-over durante o experimento, a fim de comparar os resultados entre os dias de hemodiálise sem exercício (HD s/ exc) e hemodiálise com exercício (HD c/exc), e os dias posterior à sessão de hemodiálise sem exercício (P-HD s/ exc) e posterior à sessão de hemodiálise com exercício (P-HD c/exc), para cada voluntário. O exercício físico intradialítico ocorreu de maneira supervisionada, e por meio de um cicloergômetro portátil. A coleta de saliva para avaliação dos parâmetros endócrino-metebólicos cortisol e testosterona ocorreu durante todos os dias do protocolo experimental, em seis momentos ao longo do dia, a saber: ao acordar (T1) e trinta minutos após (T2), 12:00h (T3), 14:00h (T4), 16:00h (T5) e às 19h (T6). As amostras de sangue para avaliação dos parâmetros de estresse oxidativo foram coletadas apenas em dias de hemodiálise, em dois momentos: antes (T3) e após (T4) a sessão de hemodiálise. Resultados: As concentrações de cortisol e testosterona para os dias de hemodiálise com exercício físico (HD c/exc) não se elevaram significativamente em relação às concentrações apresentadas no dia de hemodiálise sem exercício físico (HD s/exc), o que também ocorreu para os dias posteriores à aplicação do protocolo de exercício intradialítico (PHD c/ exc e P-HD s/ exc). Entretanto, a razão testosterona/cortisol aumentou significativamente no dia posterior à sessão de hemodiálise com exercício (P-HD c/ exc) quando comparada ao dia posterior à sessão de hemodiálise sem exercício (P-HD s/ exc). Os parâmetros de estresse oxidativo não apresentaram alterações induzidas pelo protocolo de exercício físico. Conclusão: O exercício físico intradialítico alterou o status anabólico 24 horas após à sua realização e não induziu alterações significativas nos parâmetros de estresse oxidativo.sumoItem Efeitos da substituição parcial da banha de porco por óleo de pequi (Caryocar brasiliense) em uma dieta ocidental sobre o metabolismo, a função cardíaca e o estado redox celular de ratos(UFVJM, 2015) César, Nayara Rayne; Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Cardoso, Leandro de Morais; Magalhães, Flávio de CastroO padrão dietético ocidental, caracterizado pelo alto consumo de gordura saturada e carboidratos refinados, favorece o acúmulo de tecido adiposo e o surgimento de várias doenças cardiometabólicas (DCM). Atualmente, tem-se considerado que não apenas a quantidade, mas o perfil das gorduras ingeridas pode exercer forte influência sobre o desenvolvimento dessas doenças. Nesse contexto, vários estudos têm demonstrado que o consumo de alimentos fontes de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) está associado a um menor risco para o desenvolvimento de DCM. Além disso, têm sido também identificados muitos compostos bioativos presentes nos alimentos vegetais, os quais têm sido associados a efeitos benéficos na redução do risco e, ou, no tratamento de DCM. Dentre esses compostos estão os carotenoides, que apresentam atividade antioxidante. Nessa perspectiva, o óleo do pequi apresenta-se como um potencial alimento funcional, dado que os MUFA representam aproximadamente 60% dos seus ácidos graxos, e possui ainda um teor elevado de carotenoides totais. Considerando que o padrão de consumo alimentar ocidental favorece o desenvolvimento das DCM, e que o óleo do pequi é um potencial alimento protetor, mas ainda não foi explorado nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da substituição parcial da banha de porco (rica em ácidos graxos saturados - SFA) por óleo de Caryocar brasiliense – pequi (rico em MUFA e carotenoides) em uma dieta de padrão ocidental, sobre o metabolismo, a função cardíaca e o estado redox celular de ratos. Após uma semana de adaptação, os animais recém-desmamados foram distribuídos em três grupos (n=12) e tratados durante 12 semanas. Os grupos foram identificados conforme a dieta que receberam: CTRL – controle, dieta AIN93G; HFS – dieta alta em gordura e sacarose; HFS-OP – dieta alta em gordura e sacarose, com substituição parcial da banha de porco por óleo de pequi (27%). O peso corporal e a ingestão alimentar foram monitorados durante todo o período experimental; a pressão arterial sistólica (PAS) e a frequência cardíaca (FC) foram aferidas na 3ª e 10ª semanas; as fezes das últimas 72 horas foram coletadas para avaliação das concentrações de colesterol e triglicerídeos (TG) e, ao final do experimento, os animais foram eutanasiados por decapitação. As cavidades abdominais e torácicas foram abertas para coleta de amostras: (A) corações: foram retirados imediatamente para avaliação da função cardíaca ex vivo; posteriormente foram avaliados os níveis de peroxidação lipídica e capacidade antioxidante total; (B): tecido adiposo das regiões epididimal e retroperitoneal, que foi pesado e posteriormente utilizado para avaliações da adiposidade e histológicas; (C) soro: para determinação das concentrações de glicose, colesterol e TG; (D) plasma: para determinação das concentrações de insulina, leptina e adiponectina, peroxidação lipídica e capacidade antioxidante total; (E) fígados: para avaliação das concentrações de colesterol e TG, análises histopatológicas e peroxidação lipídica, capacidade antioxidante total e atividade enzimática (superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase). Observou-se que os pesos corporais dos animais HFS-OP e HFS foram mais elevados que CTRL (p<0,05), no entanto, a deposição de gordura na região visceral em resposta ao consumo das dietas ocidentais foi atenuada pela substituição da banha de porco por óleo de pequi (p<0,05). A menor sobrecarga reduziu a deposição de TG no tecido hepático o que pode estar associado ao retardo do desenvolvimento do diabetes. De um modo geral, a função cardíaca foi prejudicada pelas dietas ocidentais em comparação ao CTRL. Nas avaliações in vivo não foram observados efeitos diferenciais da substituição parcial da banha de porco por óleo de pequi, contudo, quando a função cardíaca foi avaliada ex vivo, a ingestão do óleo atenuou os danos à função cardíaca (p<0,05), sugerindo que, ainda que modestamente, o óleo do pequi exerceu um efeito protetor sobre as estruturas cardíacas intrínsecas. Além disso, foi observada uma atenuação da peroxidação lipídica no tecido hepático para HFS-OP em relação à HFS (p<0,05), sugerindo que o óleo do pequi pode ter favorecido a incorporação dos MUFA e de carotenoides nas membranas dos cardiomiócitos, o que exerceu um efeito protetor. Devido ao papel primário do fígado no controle metabólico de todo o organismo, esse efeito de proteção contra a peroxidação lipídica não pôde ser observado nos hepatócitos. Contudo, a presença dos carotenoides na dieta HFS-OP fortaleceu o sistema antioxidante exógeno, evitando que a atividade das enzimas superóxido dismutase e glutationa peroxidase fosse prejudicada em HFS-OP como observado para HFS (p<0,05). Essas adaptações sugerem que a substituição parcial da banha de porco por óleo de pequi foi capaz de atenuar alguns efeitos deletérios da dieta ocidental sobre o metabolismo lipídico, a função cardíaca e o estado redox celular de ratos.Item O exercício intervalado de alta intensidade induz desequilíbrio redox em células mononucleares do sangue periférico e reduz a resposta proliferativa de linfócitos ao estímulo superantigênico por alteração da proporção de subpopulações linfocitárias(UFVJM, 2015) Gomes, Rosalina Tossige; Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Triguerino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha-Vieira, Etel; Pedrosa, André Talvani Silva; Leite, Hércules RibeiroO exercício intervalado de alta intensidade (HIIE) é caracterizado por breves e repetidas sessões de exercício intenso, intercaladas por períodos de repouso ou exercício de baixa intensidade. É uma modalidade de exercício que tem ganhado muito destaque nos últimos anos por ser uma modalidade de treinamento de baixo volume, embora pouco se saiba a respeito dos seus efeitos na função imune e no estado redox celular. Assim, este estudo avaliou o efeito de uma sessão de HIIE sobre o estado redox e a função de linfócitos em homens jovens sedentários. Esse trabalho foi dividido em dois estudos. No estudo 1 avaliou-se o efeito do HIIE sobre a proliferação e produção de citocinas e o estado redox de células mononucleares do sangue periférico (PBMC). No estudo 2 avaliou-se o efeito do HIIE sobre a viabilidade e expressão de marcadores de ativação em linfócitos. As sessões de HIIE foram realizadas em bicicleta ergométrica, e consistiram em oito séries de 1 min a 90-100% de potência pico, com 75 segundos de recuperação ativa, a 30W, entre as séries. O sangue venoso foi colhido antes, imediatamente após e 30 minutos após a sessão de HIIE. Para avaliação da proliferação celular, por citometria de fluxo, as PBMC foram coradas com Carboxifluoresceína Succinimidil Ester (CFSE) (10 µM) e estimuladas com o superantígeno SEB (100 ng/mL), durante 5 dias a 37° C, 5% de CO2. A produção de IL-2 e IFN-γ em resposta a estimulação por SEB durante 18 horas, foi avaliada por ELISA. O estado redox celular foi avaliado pela mensuração da atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD), a concentração de substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e conteúdo de glutationa reduzida (GSH). Para avaliação da viabilidade celular, por citometria de fluxo, as células foram marcadas com anticorpos anti-Anexina V FITC e iodeto de propídeo. Para análise da ativação dos linfócitos, por citometria de fluxo, as PBMC foram estimuladas com SEB por 18 horas, e em seguida marcadas com anticorpos fluorescentes dirigidos contra CD4, CD8, CD19, CD25 e CD69. Os dados foram analisados utitlizando os testes one-way ou two-way ANOVA, considerando p ≤ 0,05. O HIIE promoveu redução na proliferação de linfócitos (p = 0,01), aumento na concentração de IL-2 (p = 0,02), e desequilíbrio redox nas PBMC, marcado por aumento nas concentrações de TBARS (p = 0,02) e diminuição na atividade da CAT (p = 0,04). O HIIE não alterou a viabilidade das PBMC, mas a frequência de células CD4 e CD19, positivas para os marcadores CD25 e CD69, foi menor após o exercício. Contudo, como foi observada redução na frequência de células CD4+ e CD19+, a redução da frequência de expressão de marcadores de ativação refletiu a redução do número de células, e não da resposta ao estímulo superantigênico. Nossos resultados mostram portanto, que apesar do HIIE promover desequilíbrio redox nas PBMC a resposta dos linfócitos ao estímulo superantigênico não é alterada. A redução da resposta proliferativa é, provavelmente, reflexo da alteração da distribuição das subpopulações linfocitárias em decorrência do HIIE.Item Efeito do extrato etanólico de Ageratum fastigiatum (Gardn.) R. M. King et H. Rob. e de sua fração sobre a produção de citocinas e proliferação de linfócitos humanos, in vitro(UFVJM, 2016) Costa, Lucas de Abreu; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Sivieri Júnior, Disney Oliver; Vieira, Etel RochaA planta Ageratum fastigiatum (Gardn.) R. M. King et H. Rob. é comumente utilizada na medicina popular da região do Vale do Jequitinhonha como anti-inflamatório e analgésico. Em virtude do papel do sistema imune e de fatores inflamatórios solúveis na etiologia e no mecanismo fisiopatológico de diversas doenças inflamatórias, este trabalho teve como objetivo investigar parâmetros relacionados à atividade anti-inflamatória do extrato etanólico de A. fastigiatum e de uma fração derivada desse extrato. A identificação dos constituintes químicos da fração do extrato etanólico de A. fastigiatum foi realizada por meio da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detectores de Arranjo de Diodo acoplada à espectrometria de massas (CLAE-DAD-MS) seguida pela Espectrometria de Massas em Tandem com ionização por electrospray (ESI-MS/MS). A técnica de exclusão com azul de tripan foi utilizada para determinação da viabilidade das culturas de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) incubadas por 8, 24 e 120 horas com o extrato etanólico, a fração e o solvente Dimetilsulfóxido (DMSO). Na avaliação do perfil proliferativo de linfócitos pela técnica de citometria de fluxo, PBMC estimuladas com o mitógeno Fitohemaglutinina (PHA) foram incubados por 120 horas na ausência ou presença de diferentes concentrações não tóxicas dos componentes citados. Para análise da produção das citocinas pró-inflamatórias, PBMC tratadas ou não com diferentes concentrações não tóxicas do extrato etanólico de A. fastigiatum, da fração e do solvente DMSO foram incubadas por 8 horas e estimulada nas últimas 4 horas com Miristato Acetato de Forbol (PMA), utilizando a técnica de citometria de fluxo, linfócitos totais, células CD4+ e CD8+ foram avaliados quanto à produção de IFN-γ, TNF-α e IL-2. De acordo com nossos resultados, a concentração de DMSO, para todas as culturas celulares tratadas com o extrato etanólico ou sua fração, foi definida como sendo 1% v/v para avaliação da citotoxicidade e análise da produção de citocinas em linfócitos e de 0.5% v/v no ensaio de proliferação celular. Na análise fitoquímica da fração do extrato etanólico foram identificados dois flavonóis nunca antes descrito na constituição química da planta, a 7-metil-quercetina e a Rhamnocitrina, tais compostos não alteraram os parâmetros anti-inflamatórios avaliados neste estudo. O extrato etanólico, por sua vez, nas concentrações de 6,25 e 12,5 μg/mL reduziu significativamente a proliferação de linfócitos, ao mesmo tempo, nas concentrações de 50 e 75 μg/mL inibiu a produção das citocinas TNF-α e IL-2 em células CD8+, na maior concentração inibiu ainda a produção de IL-2 na população de linfócitos totais. Sugere-se que o extrato etanólico de A. fastigiatum possui componentes ativos agindo sinergicamente ou de forma isolada que contribuem para atividade anti-inflamatória atribuída à planta em seu uso na medicina popular.Item Fibromialgia: respostas de biomarcadores inflamatórios após estímulo agudo de vibração de corpo inteiro(UFVJM, 2016) Ribeiro, Vanessa Gonçalves César; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Bernardo Filho, Mario; Magalhães, Flávio de CastroA fibromialgia (FM) está associada a alterações na resposta inflamatória e estudos demonstram aumento da concentração de biomarcadores pró inflamatórios em pacientes com a doença. Estes biomarcadores podem induzir vários sintomas, tais como fadiga, falta de sono, dor e mialgia. A vibração de corpo inteiro (VCI) pode ser uma estratégia terapêutica para o tratamento dessa doença por ser um estímulo de curta duração e baixa intensidade. Os objetivos do presente estudo foram: 1) Caracterizar a intensidade do estímulo de vibração de corpo inteiro em mulheres diagnosticadas com FM comparadas com o grupo de mulheres saudáveis (CT) pareados por idade e características antropométricas; e 2) Investigar o efeito de uma única sessão de VCI na resposta inflamatória destes grupos. As concentrações plasmáticas de leptina, adiponectina, resistina, receptores solúveis do fator de necrose tumoral (sTNFR1 e sTNFR2) e BDNF foram mensuradas pelo método ELISA e IL-8 por técnica cytrometric bead arrays (CBA) ambas conforme instruções do fabricante. O consumo de oxigênio (VO2) e a frequência cardíaca (FC) foram registrados em repouso e durante todo o protocolo experimental. A percepção subjetiva de esforço (PSE) foi registrada por meio da Escala de percepção subjetiva de esforço de Borg. A sessão aguda de VCI promoveu aumento do VO2 e FC de forma semelhante em ambos os grupos e esse estímulo foi caracterizado como de intensidade leve. No entanto, houve interação (doença vs vibração) na PSE (P = 0,0078) demostrando que indivíduos com FM apresentam maior PSE comparadas com mulheres saudáveis em repouso; além disso, o estímulo de VCI promoveu aumento dessa percepção no grupo FM, mantendo-se inalterado no grupo CT. Em repouso, os indivíduos com FM apresentaram maiores concentrações plasmáticas de IL-8, de adiponectina e do receptor solúvel de TNF, sTNFR1, e menores concentrações plasmáticas do receptor solúvel sTNFR2 comparados com o grupo controle. Não houve diferença entre os grupos quanto às concentrações plasmáticas de leptina, resistina e BDNF no estado basal. O estímulo de VCI promoveu diminuição das concentrações plasmáticas de adiponectina, sTNFR1e aumento das concentrações de sTNFR2 no grupo FM. No grupo controle, o estímulo de vibração promoveu aumento das concentrações plasmáticas de leptina, resistina e de sTNFR1. Houve interação (doença vs vibração) nas concentrações plasmáticas de adiponectina (P = 0,0001), sTNFR1 (P= 0,000001), sTNFR2 (P =0,0052), leptina (P = 0,0007), resistina (P = 0,0166) e BDNF (P = 0,0179). Os achados deste estudo são relevantes em termos clínicos uma vez que evidenciam que este estímulo, considerado de baixa intensidade, parece ser suficiente para causar interação (doença versus estímulo) e, consequentemente, modulação de marcadores inflamatórios, no sentido de ajuste da homeostase da inflamação. O mecanismo neuroendócrino parece ser uma modulação induzida pelo exercício no sentido de maior adaptação à resposta inflamatória e de estresse destes pacientes.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »