Efeito da recuperação por imersão em água, a diferentes temperaturas, sobre o desempenho físico após uma sessão de exercício prolongado
Date
2012
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
Atletas de várias modalidades desportivas realizam mais de uma sessão de treinamento por
dia. Diversas estratégias têm sido utilizadas com o intuito de acelerar a recuperação pós-exercício.
Embora a imersão em água seja uma estratégia comum entre os atletas, a sua
eficácia na aceleração da recuperação ainda não está estabelecida, e os efeitos da temperatura
da água na imersão sobre o desempenho não são claros. Sendo assim, este estudo avaliou os
efeitos da recuperação passiva por imersão em água, em diferentes temperaturas, sobre o
desempenho após uma sessão de exercício. Nove homens, jovens, fisicamente ativos,
participaram de quatro sessões experimentais randomizadas compostas por exercício
excêntrico (3 x 10 repetições a 100% de uma repetição máxima) e 90 minutos de corrida em
esteira rolante a 70% do pico de consumo de oxigênio. Em seguida, os voluntários
recuperaram durante 45 minutos, distribuídos em 15 minutos de imersão em água a 15, 28 ou
38°C sentados e 30 minutos deitados em repouso a temperatura ambiente (20 ± 2° C). Na
sessão controle (CON), durante a recuperação, os voluntários permaneceram sentados durante
15 minutos à temperatura ambiente. Quatro horas após o final do exercício experimental, os
voluntários foram submetidos à corrida de intensidade autorregulada máxima de 5 km seguido
do teste de Wingate para avaliar o desempenho físico. A temperatura retal (Tret), a frequência
cardíaca (FC) e sua variabilidade (VFC) foram medidas ao longo de toda a sessão. O consumo
excessivo de oxigênio pós-exercício (EPOC) foi medido durante a recuperação. Os
marcadores do dano muscular, creatina quinase (CK) e aspartato amino transferase (AST) e a
contagem de leucócitos totais foram medidas antes e após o exercício, após imersão, antes e
após o desempenho, e 24 horas após o exercício experimental. A velocidade média na corrida
de intensidade autorregulada máxima de 5 km e a potência pico relativano teste de Wingate
não foram diferentes entre as condições experimentais. A imersão em água a 15°C reduziu a
Tret, a FC e os índices de VFC a valores de repouso, após a recuperação. O EPOC foi maior na
imersão em água a 15°C e a 28°C. Durante a corrida de intensidade autorregulada de 5 km e
do teste Wingate, a Tret e a FC não foram diferentes entre as condições experimentais. A
sessão de exercício experimental induziu dano muscular e leucocitose. Entretanto, não houve
diferença nos níveis séricos de CK, AST e no número de leucócitos totais entre as condições
experimentais. A recuperação por imersão em água,a diferentes temperaturas, não foi efetiva
em modificar o desempenho físico 4 horas após uma sessão de exercício prolongado.
Description
Área de concentração: Fisiologia do exercício.
Keywords
Citation
PAULA, Fabrício de. Efeito da recuperação por imersão em água, a diferentes temperaturas, sobre o desempenho físico após uma sessão de exercício prolongado. 2012. 75 p. Dissertação (Mestrado) – Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2012.