PPGED - Mestrado Profissional em Educação (Dissertações)

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    Educação Quilombola na Comunidade do Ausente e as identidades culturais silenciadas nos currículos escolares – Serro (2012 a 2019)
    (UFVJM, 2019) Martins, Narlisson de Jesus; Couto, Regina Célia do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Couto, Regina Célia do; Neves, Leonardo Santos; Santos, Dayse Lúcide Silva
    Esta dissertação é fruto de uma pesquisa vinculada à Linha IV – Currículo, avaliação, práticas pedagógicas e formação de professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Alicerçada em estudos como de Sacristán (2000), Candau (2007), Lopes e Macedo (2011), Gomes (2007), Macedo (2006), Silva (2001), essa investigação parte do princípio de que o currículo pode ser um instrumento de criação, valorização e preservação de identidades culturais. Dessa forma, o objetivo central foi investigar se e como os currículos da Escola Municipal José Gomes Sales contribuem na (re) produção das identidades culturais da Comunidade Quilombola do Ausente, município de Serro-MG. Para isso, o desenvolvimento deste estudo qualitativo se deu por meio de pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas semiestruturadas com alunos, professores e membros da comunidade do Ausente. Essas entrevistas foram realizadas por meio do método da história oral temática, uma ferramenta que possibilita a produção de conhecimento a partir da subjetividade e da sutileza envolvida na produção narrativa. Os resultados apontam que houve avanços teóricos, conceituais e legais decantados no ordenamento jurídico brasileiro que asseguram direitos a esses povos quilombolas, dentre eles, políticas de educação específicas para as escolas inseridas em seus territórios. Contudo, os dados demonstram também que esses avanços não foram traduzidos no cotidiano da Escola Municipal José Sales Gomes, na Comunidade Quilombola do Ausente, Serro-MG. Concluímos que a invisibilidade e o silenciamento da cultura e história negra e quilombola no currículo, fragiliza os modos de pensar uma educação escolar quilombola, pois a visão eurocêntrica e excludente ainda persiste nos currículos dessa instituição de ensino. Ressalta-se a importância desse estudo para avaliar o processo de implementação de políticas públicas de educação para os povos quilombolas em uma região historicamente construída pela mão de obra negra escravizada, que formou nesse território uma das maiores diásporas africanas em solo brasileiro. Deste modo, é de extrema importância dar visibilidade a essas comunidades remanescentes de quilombo, assegurando-as o direito de conhecer e vivenciar suas histórias e tradições, principalmente no ambiente escolar.
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    Identidades e memórias da escola e do município de Jequitibá/MG no documento Nossa Cidade
    (UFVJM, 2019) Silva, Virgínia Lages; Santos, Rosana Baptista dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Rosana Baptista dos; Carmo, Tereza Pereira do; Silva, Nádia Maria Jorge Medeiros; Vieira, Noemi Campos Freitas
    Esta pesquisa tem como tema as relações de pertencimento afirmadas pelo poder público municipal de Jequitibá (MG), relacionadas às práticas comunitárias e principalmente à escola. A principal fonte de estudos é o documento Nossa Cidade, distribuído aos alunos nas escolas da rede municipal como complementação do material escolar. Tal documento advém da tradição oral e é uma compilação de dados, que descreve a memória e algumas lendas dos povoados que compõem o Município de Jequitibá. A partir da análise documental, busca-se alcançar o objetivo geral, qual seja, compreender como tal documento é utilizado na construção e na difusão de uma identidade cultural local que se quer preservar. Importa nesta investigação observar a estrutura textual e conceitual de Nossa Cidade e refletir sobre sua utilização pela rede de ensino municipal da cidade de Jequitibá (MG), sua inserção no currículo escolar, bem como avaliar a construção de uma identidade cultural coletiva almejada. O documento aqui será considerado como um monumento na perspectiva do historiador Jacques Le Goff (2013), pois esse documento é considerado um legado à memória coletiva do Município de Jequitibá. Para Le Goff, a monumentalização acontece pela utilização e apropriação que o poder faz do documento em nome da perpetuação da memória. No que tange aos estudos relativos ao currículo escolar, serão utilizados os pressupostos de Lopes e Macedo (2011) e Oliveira (2017) para avaliar dois aspectos: o currículo enquanto produtor de identidade e diferença e o caráter político do currículo escolar. Além dos supracitados, serão utilizados como base teórica os seguintes trabalhos: Anderson (2005), Candau (2013), Foucault (2003), Hall (2006), Manfio (2007), Nora (2017), Pollack (1989, 1992), Ricoeur (2007), Veiga (2000, 2003). Se, para os educadores, é imprescindível refletir sobre o modo como o sujeito histórico se compreende, torna-se fundamental pensar nas políticas educacionais e de currículo estabelecidas no cotidiano escolar, visto que todo homem é fruto de seu tempo, mas também é um ser singular que atua, interage e transforma a realidade em que vive.
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    A diferença como conteúdo curricular: análise a partir de um estudo do caso em uma escola de ensino médio
    (UFVJM, 2017) Gares, Gilberto da Silva; Braga, Denise da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Braga, Denise da Silva; Couto, Regina Célia do; Sobreira, Ricardo da Silva
    Este trabalho visa trazer considerações acerca do tratamento da questão da diferença no currículo da escola. Para isso foram aplicados questionários aos professores e discentes e realizada a análise do Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Brasiliano Braz na cidade de São Francisco-MG. A fundamentação teórica deste estudo consistiu em leituras no campo do currículo como Lopes (2014); Macedo (2014) e Silva (2014); cultura e a sua relação com a educação (CANDAU, 2011; VEIGA-NETO, 2003) e identidade e diferença (BHABHA, 2014; HALL, 2006; SILVA, 2014). Foram analisados, também, documentos oficiais instituintes de políticas nacionais voltadas para educação básica como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN - Lei nº 9.394/96). Como resultado da análise qualitativa dos dados da pesquisa empírica constatou-se que o currículo é um espaço de fronteira cultural em que sujeitos diferentes interagem. Ao se questionar sobre como o trabalho pedagógico da escola aborda a questão da diferença, os resultados evidenciam que a diferença é entendida a partir de marcadores identitários específicos e que grande parte dos estudantes presenciou algum tipo de discriminação ou preconceito relacionado às diferenças étnico-raciais. Quando houve questionamento em relação à necessidade e expectativa quanto à abordagem da diferença no contexto escolar, a sexualidade foi a que obteve maior número de citações. Em relação aos professores o tema violência é preponderante, revelando ser esta uma preocupação no ambiente escolar. Quanto ao termo diferença este se apresenta predominantemente associado à cultura e à necessidade de tratamentos igualitários das identidades pessoais.