PPGBA - Mestrado em Biologia Animal (Dissertações)

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    Distribuição espacial, índices e relação ecológica de artrópodes como bioindicadores em plantas de Sapindus saponaria L. (Sapindales: Sapindacea) para recuperação de área degradada
    (UFVJM, 2023) Souza, Rafael Fernandes Abreu de; Leite, Germano Leão Demolin; Soares, Marcus Alvarenga; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Sapindus saponaria L. (Sapindaceae) é uma espécie pioneira que consegue colonizar áreas com condições pouco favoráveis. Essa espécie é utilizada em programas de recuperação de áreas degradadas, pois possui características reprodutivas eficientes, como uma alta taxa de produção de sementes, que lhes permitem colonizar rapidamente áreas com poucos recursos naturais. Também auxiliam no controle de alguns insetos pragas devido à composição de tripsina e saponina em suas folhas. Além disso, esses componentes químicos têm importância para a produção de produtos farmacêuticos. O objetivo foi avaliar o impacto da distribuição espacial, índices e relações ecológicas de artrópodes nas folhas de S. saponaria, a fim de preservar o equilíbrio da biodiversidade. Observou-se distribuição agregada; os números de artrópodes fitófagos foram maiores na face adaxial da folha do que na parte abaxial. Apenas indivíduos de Aleyrodidae (Hemiptera), tiveram maior presença na face abaxial das folhas, em mudas de S. saponaria. Abundância, diversidade e riqueza de espécies de inimigos naturais correlacionaram-se positivamente com insetos fitófagos e polinizadores. Por outro lado, o número de minas de Liriomyza sp. correlacionou-se negativamente com o de Pseudomyrmex termitarius (Smith) (Hymenoptera: Formicidae). Todas essas informações podem ser usadas para auxiliar e orientar programas de manejo integrado de pragas.
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    Peixes, macroinvertebrados bentônicos e bactérias no biomonitoramento de rio urbano em Diamantina - MG, Brasil
    (UFVJM, 2021) Vitorino, Letícia de Melo; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Santos, Conceição Aparecida dos; Polignano, Marcus Vinícius
    A água é um recurso indispensável para a manutenção da vida, porém, os ecossistemas hídricos têm sido afetados pelo desenvolvimento urbano e aumento populacional. Nos cursos d’água brasileiros o maior problema é o despejo de efluentes domésticos sem tratamento. O objetivo do estudo foi avaliar reconhecidos bioindicadores, nos períodos de seca (2019) e chuva (2020), para diagnosticar o estado ecológico do Córrego da Prata, Diamantina - MG. Foram selecionados seis pontos de amostragem do Córrego da Prata (P1 a P6) e um ponto no Córrego Formação (P0), considerado como referencial ecológico. Para avaliação do nível visual de conservação dos trechos foi utilizado um Protocolo de Avaliação Rápida de Diversidade de Habitats (PARDH). Análises físicas e químicas da água (pH, OD e temperatura) foram medidas utilizando o aparelho Hanna® HI 9828 e os resultados avaliados pelo teste de comparação de médias Scott-Knott. Para as análises de coliformes totais e termotolerantes foi utilizada a técnica dos tubos múltiplos (NMP). Nos testes de cultura e antibiograma utilizou-se a técnica de difusão de disco. Para classificar a qualidade da água com base nos macroinvertebrados bentônicos foi utilizado o índice Biological Monitoring Working Party/Average Score per Taxon (BMWP/ASPT). Para análises morfofisiológicas foram capturados 6 peixes em cada ponto, sendo as brânquias dissecadas e analisadas na microscopia de luz pela coloração Hematoxilina- Eosina (HE) para identificar lesões histopatológicas. Para análises de proteômica foi utilizada a técnica de imunohistoquímica para avaliar a expressão da proteína fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). As pontuações do PARDH diminuíram no sentido à jusante do curso d’água. Foram identificados impactos ambientais evidentes nos pontos urbanos como odor indesejável da água e ausência de mata ciliar. As análises físicas, químicas e microbiológicas da água também demonstraram que a qualidade da água foi inferior nos pontos que sofriam maior interferência humana. Foram identificados 6070 macroinvertebrados bentônicos, as famílias mais abundantes foram Chironomidae (65,83%), Simuliidae (20,15%), Baetidae (5,44%) e Hydroptilidae (2,64%). O índice biótico BMWP/ASPT classificou a água nos pontos P0, P1e P2 como boa, P3 de regular a boa, P4 regular, P5 de regular a péssima e P6 de regular a ruim. Foram encontradas lesões histopatológicas em peixes do ponto P1, podendo estar associado ao excesso de nutrientes na água, e nos pontos P4, P5 e P6, devido ao lançamento de esgoto doméstico nesses ambientes. Todos os peixes apresentaram expressão da proteína VEGF, porém, elas foram mais evidentes nos pontos mais próximos à foz no córrego da Palha. Os resultados demonstram que tanto as bactérias como os macroinvertebrados bentônicos e peixes foram excelentes bioindicadores evidenciando os impactos negativos causados pela urbanização e despejo de esgoto no Córrego da Prata, degradando seu estado ecológico, e o fazendo representar risco à saúde humana e animal.
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    Evolução na recuperação de área degradada utilizando-se plantas de Acacia mangium Willd (Fabales: Fabaceae): produção de massa foliar e insetos e aranhas como bioindicadores
    (UFVJM, 2021) Lima, Jéssika Silva de; Leite, Germano Leão Demolin; Soares, Marcus Alvarenga; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Germano Leão Demolin; Soares, Marcus Alvarenga; Alves, Pedro Guilherme Lemes
    Acacia mangium Willd. (Fabaceae) é uma espécie pioneira, de rápido crescimento e rusticidade, além de apresentar potencial nitrificador, sendo utilizadas em programas de recuperação de áreas degradadas. Os objetivos deste trabalho foram estudar a evolução na recuperação de área degradada utilizando-se plantas jovens de A. mangium, sua produção de produção de massa foliar e de seus insetos e aranhas como bioindicadores (abundância, diversidade e riqueza de espécies) e as interações entre os grupos de artrópodos, durante 24 meses. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 24 repetições (plantas jovens), sendo os tratamentos o primeiro e o segundo ano após o plantio. As plantas de A. mangium, no segundo ano de desenvolvimento, apresentaram maiores números de folhas/galho, galhos/árvore e de cobertura do solo (serapilheira, plantas herbáceas e gramíneas), abundâncias de Hemiptera Phenacoccus sp. (Pseudococcidae) e Pachycoris torridus Scopoli (Scutelleridae); Hymenoptera Tetragonisca angustula Latreille e Trigona spinipes Fabricius (Apidae) e Brachymyrmex sp., Camponotus sp. e Cephalotes sp. (Formicidae); Blattodea Nasutitermes sp. (Termitidae) e Neuroptera Chrysoperla sp. (Chrysopidae); e maiores abundâncias e riquezas de espécies de insetos polinizadores e de formigas cuidadoras, e abundância de predadores de Sternorrhyncha comparada com o primeiro ano. Maiores abundâncias de Hemiptera Aethalium reticulatum L. (Aethalionidae), Hymenoptera Camponotus sp., Cephalotes sp., Polybia sp. (Vespidae), T. angustula, T. spinipes, e abundâncias de formigas cuidadoras, insetos polinizadores, predadores totais e de Sternorrhyncha e riqueza de espécies de formigas cuidadoras foram observadas em plantas de A. mangium com mais folhas ou galhos. As maiores abundâncias de T. spinipes e de Pheidole sp. se correlacionaram de forma positiva com aqueles de A. reticulatum; as de Tropidacris collaris Stoll. (Orthoptera: Romaleidae) e de Parasyphraea sp. (Coleoptera: Chrysomelidae) com as de Araneidae. As maiores diversidade e riqueza de espécies de Hemiptera fitófagos incrementaram aqueles de predadores de Sternorrhyncha e a abundância de insetos mastigadores a de aranhas. Por outro lado, as maiores abundâncias de insetos mastigadores apresentaram correlação negativa com as de Bemisia sp. (Hemiptera: Aleyrodidae); as de formigas cuidadoras com as de T. spinipes e as de Dolichopodidae (Diptera); e as de predadores totais com as de T. spinipes. A idade das plantas de Acacia mangium influenciou no aumento da população de artrópodes e cobertura do solo, indicando ser uma boa alternativa para a recuperação de áreas degradadas.
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    Impacto da área urbana de Diamantina na integridade ambiental e biota do Córrego da Palha
    (UFVJM, 2020) Salgueiro, Thiago Marques; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Spies, Marcia Regina; Kfoury Júnior, José Roberto
    O crescimento urbano das últimas décadas tem reduzido a qualidade ambiental de rios urbanos, afetando negativamente a biodiversidade local. A principal causa desse desequilíbrio é o lançamento de efluentes sem tratamentos. Em Diamantina-MG, cerca de 62% dos domicílios despejam esgoto diretamente no Córrego da Palha. O objetivo desse estudo foi avaliar a integridade ambiental do Córrego da Palha. Foram amostrados seis pontos ao longo do córrego e um ponto adicional adotado como referência no Córrego Formação, local com mínima influência antrópica. Para caracterizar o ambiente foi aplicado o Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats (PARDH) e os parâmetros físico-químicos mensurados. A presença de coliformes totais e termotolerantes, em quatro pontos amostrais, foi verificada pela técnica de Número Mais Provável. Foi feito o levantamento e avaliação da comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Peixes foram coletados e suas brânquias analisadas pelas técnicas de Hematoxilina e Eosina (H.E.) e Imuno-histoquímica (IHQ), para verificar a presença de histopatologias e a expressão de HSP70, respectivamente. Enquanto os escores do PARDH e o oxigênio dissolvido foram menores nos pontos urbanos, o pH foi maior, refletindo a urbanização no entorno. O ponto à montante da área urbana apresentou carga baixa de coliformes totais e termotolerantes, diferentemente dos pontos urbanos e à jusante que obtiveram valores máximos. Os macroinvertebrados apresentaram baixa diversidade nos pontos urbanos e à jusante, com dominância da família Chironomidae. Táxons mais sensíveis foram encontrados apenas nos pontos distantes da urbanização. A ordenação espacial indicou dois grupos de comunidade, sendo um composto pelo trecho referencial e o ponto à montante da área urbana e outro pelos pontos com maior influência urbana. Os índices bióticos classificaram os pontos com pouca influência urbana como “Bom” ou “Muito bom” e os pontos urbanizados como “Regular” ou “Ruim”. Foram encontradas as espécies Astyanax bimaculatus (à montante do urbano e referencial) e Poecilia reticulata (área urbana e à jusante). Apenas em P2 não foram encontrados peixes, ponto urbano com menor valor de oxigênio obtido (<2%). A coloração em H.E. revelou histopatologias apenas nas brânquias de peixes presentes nos pontos urbanos e à jusante, com maior severidade na estação chuvosa. A IHQ mostrou maior expressão imunohistoquímica de HSP70 em P. reticulata, presente nos pontos com maior influência urbana, com maior intensidade durante a época chuvosa. As análises branquiais demonstraram o estresse em que os peixes localizados na área urbana e à jusante se encontram, evidenciando o impacto negativo da urbanização sobre a ictiofauna local. Através de todas as análises realizadas é possível verificar a boa qualidade ambiental em que o Córrego da Palha se encontra antes de alcançar a área urbana de Diamantina e a baixa qualidade na região urbana. Apesar do impacto negativo, os pontos mais à jusante da mancha urbana apresentaram incremento na qualidade ambiental, indicando uma leve recuperação de seu estado ambiental à medida em que o córrego se distancia da urbanização. Dessa forma, os resultados devem servir como subsídio para elaboração de políticas públicas junto aos gestores municipais para mitigar impactos e melhor conservação do córrego.
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    Bioindicadores na avaliação da capacidade de autodepuração do Rio Grande, Diamantina - MG
    (UFVJM, 2018) Viana, Ana Maiza; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Ramos, Cíntia Lacerda; Schorer, Marianne
    O lançamento de efluentes urbanos sem nenhum tratamento em corpos d’água se destaca como um dos maiores contaminantes desses ecossistemas. No município de Diamantina mais de 60% dos domicílios apresentam rede de esgoto sanitário, que são carreados diretamente para o principal córrego do distrito, o Rio Grande. De acordo com o nível de poluição e características geográficas e físicas, os rios são capazes de neutralizar cargas poluidoras que recebem. Esse fenômeno é chamado de autodepuração. O objetivo deste trabalho foi avaliar através de bioindicadores a capacidade de autodepuração do Rio Grande - Diamantina. Foi aplicado Protocolo de Avaliação Rápida (PAR) em seis pontos de coleta (P1 á P6), desde a cabeceira, próxima a nascente do rio, passando pela parte urbana e periurbana, em sua foz no Ribeirão do inferno e 100 m após a foz (aproximadamente 11 km). Foram coletados: água e sedimento nos seis pontos e peixes (brânquias) em quatro pontos. Foram realizadas análises de coliformes pela técnica de “Número Mais Provável” (NMP), os macroinvertebrados foram analisados de acordo os índices internacionais Biological Biomonitoring Work Party System - BWMP e Average Score Per Taxon - ASPT. Os peixes encontrados (Astyanax fasciatus e Poecilia reticulata) tiveram suas brânquias dissecadas, e submetidas à microscopia de luz para avaliação morfológica e imunohistoquimica para avaliação da expressão da proteína Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) relacionado com a hipóxia tecidual. O protocolo de avaliação rápida revelou que os pontos P1 (cabeceira) e P6 (Ribeirão do Inferno) estão em condições naturais, o P2 (Urbano) encontra se impactado e os P4 (Periurbano) e P5 (Foz) estão alterados. Os resultados microbiológicos classificaram o rio como P1 Muito bom, pontos P2, P3, P4 e P5 impróprio e o P6 como satisfatório. Os macroinvertebratos apresentaram-se em baixa diversidade, a família mais predominante foi a Chironomidae, presente em todos os pontos revelando a contaminação. As alterações morfológicas foram encontradas nas duas espécies estudadas, em todos os pontos (P4, P5 e P6) tendo P6 apresentado maiores alterações. A expressão da proteína VEGF foi verificada nos pontos P5 e P6, sendo o P5 com a maior expressão, relacionando-se a baixo índice de oxigênio dissolvido da água. Através dos resultados obtidos foi possível constatar que o Rio Grande não restabelece seu equilíbrio normal, ou seja, não volta ao seu estágio inicial encontrado antes do lançamento de efluentes, apresentando características físicas que o auxiliam, mas não são capazes de eliminar toda a contaminação.