Bioindicadores na avaliação da capacidade de autodepuração do Rio Grande, Diamantina - MG
Date
2018
Authors
Journal Title
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Volume Title
Publisher
UFVJM
Abstract
O lançamento de efluentes urbanos sem nenhum tratamento em corpos d’água se destaca
como um dos maiores contaminantes desses ecossistemas. No município de Diamantina mais
de 60% dos domicílios apresentam rede de esgoto sanitário, que são carreados diretamente
para o principal córrego do distrito, o Rio Grande. De acordo com o nível de poluição e
características geográficas e físicas, os rios são capazes de neutralizar cargas poluidoras que
recebem. Esse fenômeno é chamado de autodepuração. O objetivo deste trabalho foi avaliar
através de bioindicadores a capacidade de autodepuração do Rio Grande - Diamantina. Foi
aplicado Protocolo de Avaliação Rápida (PAR) em seis pontos de coleta (P1 á P6), desde a
cabeceira, próxima a nascente do rio, passando pela parte urbana e periurbana, em sua foz no
Ribeirão do inferno e 100 m após a foz (aproximadamente 11 km). Foram coletados: água e
sedimento nos seis pontos e peixes (brânquias) em quatro pontos. Foram realizadas análises
de coliformes pela técnica de “Número Mais Provável” (NMP), os macroinvertebrados foram
analisados de acordo os índices internacionais Biological Biomonitoring Work Party System - BWMP e Average Score Per Taxon - ASPT. Os peixes encontrados (Astyanax fasciatus e
Poecilia reticulata) tiveram suas brânquias dissecadas, e submetidas à microscopia de luz
para avaliação morfológica e imunohistoquimica para avaliação da expressão da proteína
Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) relacionado com a hipóxia tecidual. O
protocolo de avaliação rápida revelou que os pontos P1 (cabeceira) e P6 (Ribeirão do Inferno)
estão em condições naturais, o P2 (Urbano) encontra se impactado e os P4 (Periurbano) e P5
(Foz) estão alterados. Os resultados microbiológicos classificaram o rio como P1 Muito bom,
pontos P2, P3, P4 e P5 impróprio e o P6 como satisfatório. Os macroinvertebratos
apresentaram-se em baixa diversidade, a família mais predominante foi a Chironomidae,
presente em todos os pontos revelando a contaminação. As alterações morfológicas foram
encontradas nas duas espécies estudadas, em todos os pontos (P4, P5 e P6) tendo P6
apresentado maiores alterações. A expressão da proteína VEGF foi verificada nos pontos P5 e
P6, sendo o P5 com a maior expressão, relacionando-se a baixo índice de oxigênio dissolvido
da água. Através dos resultados obtidos foi possível constatar que o Rio Grande não
restabelece seu equilíbrio normal, ou seja, não volta ao seu estágio inicial encontrado antes do
lançamento de efluentes, apresentando características físicas que o auxiliam, mas não são
capazes de eliminar toda a contaminação.
Description
Em todos os documentos que compõem a obra, consta o título: "Bioindicadores na avaliação da capacidade de autodepuração em um período de seca do Rio Grande - Diamantina - MG".
Área de concentração: Biodiversidade.
Área de concentração: Biodiversidade.
Keywords
Citation
VIANA, Ana Maiza. Bioindicadores na avaliação da capacidade de autodepuração do Rio Grande, Diamantina - MG. 2018. 72 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Biologia Animal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2018.