Inovação nos Institutos Federais: uma perspectiva dos seus servidores

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2019

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UFVJM

Abstract

A inovação, nesta pesquisa, compreendida para além da ciência, da pesquisa e da tecnologia. Inerente a todo indivíduo e ambiente, o conceito de inovação, se fundamenta nas premissas de Messina (2001), Tidd; Bessant (2015), Carbonell (2002) e a OCDE (2005), e consiste num processo no qual ocorre a introdução de algo novo ou com significativa melhora no ambiente, assumindo um papel de estratégia frente as mudanças nos cenários político, econômico, social e cultural para solução de problemas institucionais. Para responder a questão central como a inovação está sendo promovida nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, utilizando como proxy a percepção dos seus servidores, utilizou-se inicialmente os seguintes referenciais téoricos, Aguilar Filho (2011), Frigotto; Ciavatta; Ramos (2005), Manfredi (2002), Ortigara (2014), Oliveira; Caires (2016), Pacheco (2011) e Saviani (2011) para explorar a trajetória histórica de modificação/adaptação das instituições federais de educação profissional do país e, Alencar (1996), Barbosa (2013), Messina (2001), OCDE (2005) e Tidd; Bessant; Pavitt (2008) para tratar da inovação e seu diálogo com a pesquisa, a ciência, a tecnologia e o ambiente organizacional. Realizada em formato de estudo de caso, a coleta de dados da percepção de 655 servidores dos 38 Institutos Federais do país, ocorreu através de uma pesquisa de opinião eletrônica, cujo questionário foi construído com base nos principais fatores que favorecem e atrapalham a inovação numa instituição educacional, segundo Barbosa (2013). Ainda utilizou-se dos pressupostos de Bardin (2011) para realizar uma análise de conteúdo e análise documental, a partir da pré-análise, exploração do material, tratamento dos dados, inferência e interpretação; seguido pela exposição descritiva e analítica dos resultados obtidos. Os resultados da pesquisa, segundo a percepção dos servidores, apontam para a existência de barreiras organizacionais, como falta de apoio da gestão institucional (26%), insuficiência de recursos pessoal, financeiro e de infraestrutura (25%), treinamentos insuficientes (20%), burocracia (18%) e limitada comunicação (4%) no ambiente organizacional. Referente às barreiras individuais, destacaram-se a falta de tempo (54%), a resistência à mudança (22%) e o comodismo (5%) por parte dos servidores. De modo geral, embora as instituições realizem algumas ações orientadas para política de inovação formalmente instituída, desenvolvimento de inovações, realização de publicações e eventos sobre o tema, incentivo a parceria, comunicação e promoção de treinamentos, essas ações não atingem de forma satisfatória todos os servidores, além de serem pouco publicizadas, favorecendo a incompreensão da temática e por consequência, sua reduzida discussão e aplicabilidade.

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Keywords

Citation

FONSECA, Karine Andrade. Inovação nos Institutos Federais: uma perspectiva dos seus servidores. 2019. 214 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2019.

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