Pós-Graduação em Produção Vegetal
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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
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Item Biologia reprodutiva e produtividade de frutos em Pequi (Caryocar brasiliense Cambess. - Caryocaraceae)(UFVJM, 2019) Giordani, Samuel Cunha Oliveira; Costa, Márcia Regina da; Fernandes, José Sebastião Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Coser, Thiago dos Santos; Francino, Dayana Maria Teodoro; Titon, Miranda; Machado, Evandro Luiz MendonçaO pequizeiro é uma espécie frutífera nativa do Cerrado brasileiro cujos frutos são cultural e economicamente importantes. Compreender aspectos sobre a biologia floral é primordial por subsidiar as etapas de melhoramento genético, manejo e domesticação da espécie, além de explicar as relações existentes entre as plantas e o ambiente em que vivem. Além disso, o desenvolvimento de pesquisas que visam quantificar a produção de frutos por árvore e determinar os fatores que influenciam a variabilidade da produção são economicamente importantes para a espécie. O trabalho, portanto, possui por objetivos: 1) descrever a biologia floral e investigar aspectos da biologia reprodutiva de Caryocar brasiliense; 2) estimar os efeitos de avaliações, matrizes e do coeficiente de repetibilidade para a produção de frutos; 3) estimar a produtividade de frutos, polpa e óleo por hectare em pequizeiros oriundos de duas populações. Para descrever a biologia floral e os aspectos reprodutivos, 53 indivíduos foram acompanhados no Parque Estadual do Rio Preto. Foram registradas informações como cor e odor das flores, duração e período de antese, receptividade do estigma, volume de néctar e concentração de açúcares, bem como a disponibilidade de pólen. Foram avaliados também o número, a disposição das peças florais e o tamanho das estruturas. Em laboratório, lâminas histológicas permanentes foram confeccionadas utilizando técnicas usuais em anatomia vegetal a partir de amostras de flores e botões florais. Foram realizados experimentos de polinização seguindo os tratamentos: polinização aberta, polinização cruzada, agamospermia e autopolinização manual. Os frutos formados foram acompanhados até o amadurecimento para a verificação do número de sementes viáveis e abortadas. Para estimar os efeitos de avaliações, matrizes e do coeficiente de repetibilidade para a produção de frutos e a produtividade de frutos, polpa e óleo por hectare, foram realizadas quatro avaliações em 21 matrizes em dois locais e em diferentes anos para os caracteres: número total de frutos produzidos, massa total dos frutos e massa média dos frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância e a partir dos resultados foram estimados o coeficiente de repetibilidade e o coeficiente de determinação genotípica. Para calcular a produtividade por hectare foi estimado o número de árvores por hectare, a produção total de frutos por hectare, a massa total de frutos por hectare, a massa total de polpa por hectare e a produção total de óleo de polpa por hectare. Os resultados das descrições morfológicas e anatômicas das flores revelaram características até então não registradas para Caryocar brasiliense, ampliando o conhecimento sobre a espécie. O estigma permaneceu viável e houve disponibilidade de grãos de pólen viáveis durante todo o período de antese. O volume médio de néctar acumulado foi de 552,4 μL ± 385,2 e a concentração média de açúcares 15,3% ± 3,3. A espécie frutifica com o próprio pólen. As polinizações cruzadas manuais e polinizações abertas resultaram em uma taxa de frutificação menor que as autopolinizações e não ouve formação de frutos por agamospermia. Os efeitos de matrizes e avaliações foram significativos para a maioria das variáveis. O coeficiente de repetibilidade estimado foi acima de 0,6 pra a grande maioria das variáveis, sendo considerado de alta magnitude. As quatro avaliações realizadas foram consideradas satisfatórias para se atingir um coeficiente de determinação de pelo menos 80%, comprovando a regularidade do comportamento das matrizes. As melhores estimativas de rendimento de frutos, polpa e óleo ocorreram em matrizes da população de Curvelo, sendo 15079,8, 1427,0 e 275,0 kg respectivamente, por hectare. A seleção de matrizes superiores para as variáveis em apreço deve ser conduzida em mais de uma população levando-se em consideração a produtividade em número e quilos de frutos, polpa e teor de óleo das matrizes, favorecendo desta forma, o sucesso em um eventual programa de melhoramento genético para a espécie.Item Fenologia, biologia reprodutiva, germinação e desenvolvimento inicial de Cipocereus minensis subsp. leiocarpus N.P. Taylor & Zappi (Cactaceae) no planalto de Diamantina-MG(2012) Lopes, Liliane Teixeira; Oliveira, Maria Neudes Sousa de; Mendonça Filho, Carlos Victor; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça Filho, Carlos Victor; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Antonini, Yasmine(Fenologia, biologia reprodutiva, germinação e desenvolvimento inicial de Cipocereus minensis subsp. leiocarpus N.P.Taylor & Zappi (Cactaceae) no planalto de Diamantina-MG). No Brasil a família Cactaceae é representada por 160 espécies, das quais 26% ocorrem em campos rupestres. Cipocereus minensis é uma Cactaceae endêmica dos campos rupestres da porção mineira da cadeia do Espinhaço. Neste estudo pretendeu-se avaliar os ritmos de produção de flores e frutos da espécie, sua biologia floral e reprodutiva, além de conhecer seus visitantes florais e prováveis dispersores de sementes, numa área de campo rupestre do planalto de Diamantina-MG. Foram realizados testes de germinação de sementes e avaliado o desenvolvimento inicial das plantas em diferentes substratos. A espécie apresentou características florais como antese noturna, flores brancas, volume abundante de néctar e estruturas do perianto rígidas que sugeriram polinização por morcegos. No entanto, observou-se também a presença de polinizadores diurnos como beija-flores. O sistema reprodutivo de C. minensis é alogâmico, auto-incompatível e os visitantes noturnos foram mais eficientes que os diurnos na formação de frutos. O padrão fenológico de floração e frutificação é subanual, com picos de floração no início e meio da estação seca, em abril e julho, respectivamente. Um outro pico foi observado na estação úmida, em novembro, com menor produção de flores, porém com maior taxa de conversão flor/fruto. C. minensis é uma espécie bem adaptada à sazonalidade climática. Os frutos apresentaram diferenças significativas com relação à época de coleta quanto ao comprimento, diâmetro e peso, com maiores valores na estação úmida. A média do número de sementes por fruto foi de 958,63 ± 369,35, o peso de 1000 sementes foi de 0,53 g e a média do comprimento das sementes foi de 1,5 mm. As maiores taxas de germinação foram obtidas após nove e doze meses de armazenamento (75% e 72%, respectivamente), ou em frutos coletados no estágio mais avançado de maturação (72%). No crescimento inicial as plantas apresentaram maiores diâmetros e alturas no substrato preparado na proporção 1:1:1, composto de areia, solo vermelho e esterco de boi. O armazenamento favoreceu a germinação, que também foi alta em frutos coletados em estágios mais avançados de maturação. Substratos com melhor drenagem e aeração favoreceram um melhor desenvolvimento inicial de plantas dessa espécie. Estas informações darão subsídios para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo da espécie.