Pós-Graduação em Produção Vegetal

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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

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    Gramíneas e fertilização dos solos na fitorremediação de cádmio
    (UFVJM, 2023) Prochnow Raposo, Jeissica Taline; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Grazziotti, Paulo Henrique; Santos, Lauana Lopes dos; Fernandes, Luiz Arnaldo
    A utilização de gramíneas como fitorremediadoras de Cd pode ser uma escolha economicamente e ecologicamente sustentável, quando associada a práticas de correção e fertilização dos solos. O estudo objetivou avaliar: a tolerância das gramíneas Urochloa brizantha cv. Marandu e Megathyrsus maximum cv. Mombaça ao Cd e cultivadas em um LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico (LVAd) e um arenoso classificado com NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico (RQo), submetidos a correção da fertilidade. Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, sendo um sem calagem e adubação (sem fertilização) e o outro com fertilização de acordo com as análises dos solos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, no esquema fatorial 2 x 3, sendo as duas espécies de gramíneas e três níveis de contaminação de Cd dos solos 0 (Controle), 2 (Baixa) e 12 (Alta) mg kg-¹. A maior disponibilidade de Cd foi observada nos solos com alta contaminação de Cd, não havendo diferença se foram fertilizados ou não. O LVAd apresentou menor disponibilidade de Cd em relação ao RQo. As gramíneas produziram maiores quantidades de matéria seca quando cultivadas nos solos que receberam fertilização. As baixas produções de matéria seca das gramíneas cultivadas nos solos sem fertilização foram devido à baixa fertilidade desses solos. A espécie U. brizantha apresentou maior acúmulo de Cd na matéria seca da parte aérea e da raiz em relação a M. maximum. Houve um aumento das concentrações dos nutrientes na matéria seca total das gramíneas, de acordo com o aumento do nível de contaminação de Cd no solo. Esse aumento das concentrações dos nutrientes foi atrelado ao "efeito de concentração", observado principalmente em M. maximum. Ocorreu uma diminuição da eficiência de utilização total dos nutrientes das gramíneas, devido à exposição ao Cd, sendo que a espécie U. brizantha foi mais eficiente do que M. maximum. Diante disso, a espécie U. brizantha pode ser utilizada como alternativa para fitoextração de solos contaminados com Cd após a correção da fertilidade do solo em relação a M. maximum, devido à sua maior produção de matéria seca, acúmulo de Cd e eficiência de utilização de nutrientes.
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    Potential distribution of Diaphorina citri (Hemiptera: Psyllidae) and Eucalyptolyma maideni (Hemiptera: Aphalaridae) under climate change scenarios using ecological niche models
    (UFVJM, 2024) Souza, Philipe Guilherme Corcino; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Ribas, Natalia de Souza; Galdino, Tarcisio Visintin da Silva; Sarmento, Renato de Almeida
    Em um cenário de intensas mudanças climáticas e globalização, a agricultura vem cada vez mais sofrendo com a velocidade de surgimento, invasão e estabelecimento de novas pragas. É cada vez mais necessário medidas e metodologias para gestão e manejo dessas pragas, e mais do que isso, ferramentas de prevenção. Já se tem conhecimento de que é economicamente mais viável investir em prevenção de novas pragas do que no combate e manejo. Deste modo, a modelagem de nicho ecológico surge recentemente como uma grande aliada para a tomada de decisão de governos, órgãos e entidade fitossanitárias. Assim, essa tese de doutorado teve como objetivos utilizar dois modelos de nicho ecológico distintos (MaxEnt e CLIMEX) para prever a distribuição potencial de duas pragas invasoras de espécies vegetais arbóreas, uma praga invasora presente e outra ausente. Ambas as modelagens foram feitas para o tempo presente e para cenários futuros de mudanças climáticas. No primeiro artigo foi utilizado o modelo CLIMEX para modelar a distribuição de Diaphorina citri (praga presente no Brasil). No segundo artigo foi utilizado o modelo MaxEnt para modelar a distribuição de Eucalyptolyma maideni (praga quarentenária ausente no Brasil). Como resultados pudemos verificar como a modelagem de nicho ecológico pode indicar as potenciais áreas de estabelecimento e dispersão de pragas presentes em cenários futuros de mudanças climáticas. E ademais, também pode ser uma ótima ferramenta para inferir as potenciais áreas de introdução de pragas exóticas bem como de seu estabelecimento em cenários futuros de mudanças climáticas. Sendo assim, a modelagem de nicho ecológico se mostra uma ferramenta útil para a elaboração de estratégias de controle e prevenção do estabelecimento e dispersão de pragas invasoras presentes e prevenção de introdução de pragas quarentenárias ausentes em novas áreas.
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    Toxicidade e repelência do óleo de neem ao endoparasitoide Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae)
    (UFVJM, 2023) Caldeira, Zaira Vieira; Soares, Marcus Alvarenga; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Inseticidas botânicos podem não ser inócuos a organismos benéficos, sendo importantes os trabalhos que estudam a seletividade desses produtos a inimigos naturais. O objeto foi avaliar a seletividade do óleo de neem ao endoparasitoide de larvas e pupas Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae) após diferentes formas de exposição. Foram realizados quatro bioensaios no Laboratório de Controle Biológico de Insetos da UFVJM. No bioensaio I, as fêmeas de T. howardi foram expostas de forma aguda ao óleo de neem, e após 24h de exposição foi avaliada a mortalidade dos parasitoides e confeccionada a curva dose-resposta e as CL10, CL50 e CL99 foram estimadas. No bioensaio II, fêmeas do parasitoide foram expostas de forma aguda às CL10 e CL50, e após 24h foram ofertadas pupas de Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) para o parasitismo por 48h, para serem avaliados o índice de parasitismo, longevidade, emergência, razão sexual, período ovo-adulto, e morfometria das gerações parental e F1. No bioensaio III, foi avaliada a preferência de fêmeas de T. howardi por local contaminado ou não pelo óleo de neem, para verificação da repelência da azadiractina a esse organismo. No bioensaio IV, as fêmeas de T. howardi foram expostas ao óleo de neem de forma multi (grupo I) e transgeracional (grupo II). No grupo I as gerações parental, F1, F2 e F3 tiveram contato com pupas de T. molitor contaminadas pelo neem, no grupo II apenas a geração parental teve contato com pupas contaminas, para avaliação dos mesmos aspectos biológicos do bioensaio II. A relação dose-resposta e as concentrações letais foram obtidas a partir do modelo logaritmo logístico. Os dados biológicos foram submetidos aos pressupostos da análise paramétrica. Quando atendidos, foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo Teste de Tukey ou Kruskal-Wallis a 5% de significância. A repelência foi avaliada pelo Teste de Qui-quadrado. A azadiractina não foi letal para T. howardi, no entanto provocou efeitos subletais em sua biologia. Também foi comprovada a repelência do inseticida ao parasitoide. Por tanto, não são recomendadas aplicações simultâneas do óleo de neem e T. howardi em programas de manejo integrado de pragas.
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    Impacto das mudanças climáticas utilizando modelo de nicho ecológico baseado em limiares térmicos de germinação e identificação de áreas para o uso sustentável da sempre-viva Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland
    (UFVJM, 2023) Mendes, Débora Sampaio; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O capim dourado ou sedinha é o nome popular dado à sempre-viva Syngonanthus nitens (Bong.). Ruhland (Eriocaulaceae), ela representa importante fonte de renda para comunidades espalhadas por Minas Gerais, Bahia e Tocantins, e é utilizada para confecção de artesanatos, como joias e assessórios que são muito valorizados no mercado mundial. O objetivo deste trabalho é determinar os limiares térmicos e de umidade de S. nitens, mapear e prever a distribuição atual e futura no mundo, além de identificar as áreas com potencial de ocorrência e prioridade para o uso sustentável de S. nitens na Serra do Espinhaço Meridional (SdEM) utilizando a análise multicritério (AMC) associada ao modelo de pesquisa operacional Analytic Hierarchy Process (AHP). Inicialmente foram compilados os dados georreferenciados de distribuição da espécie no GBIF (Global Biodiversity Information Facility) e através de revisão de literatura. Os dados biológicos de temperatura e umidade foram coletados na Comunidade Quilombola Raiz, localizada em Presidente Kubitschek, Minas Gerais, e através de experimento de germinação realizado no laboratório LIPEMVALE (Laboratório Integrado de Pesquisas Multiusuário dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri). As informações biológicas da espécie e dos locais de ocorrência foram usadas para definir os parâmetros biológicos no Climex. Por fim, os mapas foram confeccionados no ArcGIS. Foram encontrados 92 registros de ocorrência da espécie, todos situados na América do Sul. O modelo se mostrou confiável, já que todas as ocorrências se encontram em áreas com alta adequabilidade climática prevista pelo nosso modelo. Em cenários futuros para 2050 e 2100 é observada uma diminuição das áreas com alta adequabilidade para S. nitens. A ferramenta de análise de multicritérios evidenciou maior representatividade para aquelas áreas classificadas com potencial “extremamente alto” representando 33% da área total da SdEM, isso é o mesmo que 1.623,68 km². As áreas com prioridade média, alta e extremamente alta representam 16,3% da área total da SdEM.
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    Hidropedologia de uma topossequência no prolongamento da Depressão São Franciscana no noroeste de Minas Gerais
    (UFVJM, 2023) Amaral, Iara Cristina Nunes do; Terra, Fabrício da Silva; Terra, Ingrid Horák; Rocha, Wellington Willian; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A hidropedologia é um ramo da ciência do solo que integra o estudo dos componentes do solo e da água e suas relações. Na região do prologamento da depressão São Franciscana localizada no município de Unaí, conhecida como Vão de Unaí-MG, tais estudos são incipientes. Esta região antes utilizada somente para a agricultura e pecuária de subsistência, começa a desenvolver em suas áreas agropecuária tecnificada com utilização da água para irrigação, principalmente por pivôs centrais. Essa água e também os solos explorados, se manejados de maneira incorreta, podem levar a sérios problemas econômicos e ambientais para a região. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a influência da pedologia e do intemperismo no comportamento da água no solo, em uma sequência topográfica composta pelas seguintes classes de solo: LATOSSOLO VERMELHO-LV/ topo; LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO-LVA/ terço superior da encosta (parte inicial); LATOSSOLO AMARELO-LA/ terço superior da encosta (parte inicial); NITOSSOLO VERMELHO-NV/ terço inferior da encosta (parte final), CAMBISSOLO HÁPLICO-CX/ sopé), localizada na região do Vão do município de Unaí (MG). Para tanto, foram avaliadas as curvas características de retenção da água no solo (CRAS) bem como atributos físico e químicos que impactam a CRAS. Alguns atributos dos solos (granulometria, densidades, porosidades, atributos relacionados à agregação e composição químicas) e o grau de intemperismo afetaram a retenção de água desses solos. Ao comparar as amostras estudadas de cada um dos perfis, percebe-se uma tendência de redução nos valores de θCC, θPMP e α partindo do LV, solo mais intemperizado e localizado no topo, em direção ao CX, solo mais incipiente e localizado no sopé. Ao aplicar a análise de correlação foi observada alta correlação entre grande parte desses atributos com as umidades e parâmetros da curva de retenção de água no solo. A partir da Análise por Componentes Principais foi possível observar que as 6 primeiras componentes explicaram 90% da variância total dos dados, sendo eles: CP1 (Al, Argila, H, Fe, θCC, θPMP, Ti, MI, IEAG, IEAP, α, θS, VTP, DP, DMPS, DS, Areia, DMGS, K, Kr, Ki, Silte e Si), CP2 (MA, DMPU, DMGU, θS, VTP, IEAP e IEAG) CP3 (C, α, N, DMPS e θr), CP4 (ADA, GF e n) e CP6 (N). A partir da ACP, foi possível comparar e discriminar os solos de acordo com os atributos estudados por se tratarem de solos com granulometria e composição química/mineralogica diferentes. Os solos LV, NV e CX apresentaram comportamentos distintos no ambiente ACP, enquanto que os solos LVA e LA apresentaram-se semelhantes. Portanto, os solos mais intemperizados apresentam maior capacidade de reter água do que os solos menos intemperizados. As propriedades químicas e físicas, principalmente aquelas relacionadas ao grau de intemperismo e à estrutura do solo, têm um impacto significativo na capacidade de retenção de água do solo.
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    Efeito residual de herbicidas aplicados na pré-emergencia: relação entre dose, textura de solo e profundidade
    (UFVJM, 2023) Silva, Valdevino Pereira; Santos, José Barbosa dos; Teófilo, Taliane Maria da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A eficiência e o destino ambiental dos herbicidas pré-emergentes aplicados no solo estão diretamente relacionadas às interações existentes entre a molécula, o solo e as condições ambientais. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito residual de herbicidas recomendados para aplicação na pré-emergência em cultivos de eucalipto, soja e cana-de-açúcar, considerando as interações entre dose aplicada, textura de solo e profundidade. O primeiro fator foi composto pelas doses dos herbicidas, variando entre 0 a 150% da dose recomendada pela bula comercial de cada produto. Dois solos de texturas diferentes (argiloso e arenoso) comporam o segundo fator do experimento. Os herbicidas avaliados foram: sulfentrazone, clomazone, s-metolachlor (misturado com glyphosate), indaziflam e sulfentrazone + diuron. O método para determinar o período residual dos herbicidas foi o bioensaio. Uma análise comatrográfica aos 93 DAA foi realizada para quantificar os resíduos do herbicida. As plantas de Sorgum vulgare apresentaram variação na intoxicação e alocação de matéria em função do herbicida, solo e dose. Sulfentrazone, isolado ou em mistura, e clomazone proporcionaram maior efeito residual com o aumento da dose aplicada em solo argiloso. Em solo arenoso, o s-metolachlor proporcionou injúrias às plantas de Sorgum vulgare, independentemente da dose aplicada. Em solo argiloso, a intoxicação aumentou com a dose da mistura de herbicidas. Indaziflam proporcionou baixo efeito residual nas plantas. O resíduo recuperado por cromatrografia na camada de 0 a 20 cm de profundidade do solo arenoso aos 93 DAA foi de 59,3, 137,5 e 206,5 g ha¹ para o sulfentrazone; 117,3, 260,8 e 376,2 g ha¹ para o clomazone; 19,4, 31,6 e 32,9 g ha¹ para o s-metolachlor; 10,5, 21,8 e 28,5 g ha¹ para o indaziflam; (46,5+83,9), (94,1+186,4) e (138,6+259,1) g ha¹ para o sulfentrazone + diuron para 50%, 100% e 150% da dose comercial, respectivamente. Para o solo argiloso, os resíduos recuperados foram de 65,5, 110,9 e 185,1 g ha¹ para o sulfentrazone; 120,3, 252,9 e 281,9 g ha¹ para o clomazone; 73,8, 123,7 e 365,7 g ha¹ para o s-metolachlor; 10,3, 20,1 e 28,0 g ha¹ para o indaziflam; (44,0+91,9), (93,4+175,1) e (131,1+238,3) g ha¹ para o sulfentrazone + diuron para 50%, 100% e 150% da dose comercial, respectivamente.
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    Biologia floral e polinização de espécies de pitaia
    (UFVJM, 2023) Sena, Cíntia Gonçalves; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Guimarães, Amanda Gonçalves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Há espécies de pitaia que são autocompatíveis, outras que são parcialmente autocompatíveis e, ainda, outras que são autoincompatíveis. Informações relacionadas à biologia floral e à polinização possibilitam identificar as causas da autoincompatibilidade e fatores que limitam a autopolinização em algumas espécies de pitaia. As características morfológicas das flores influenciam a autopolinização e limitam a quantidade de pólen que chega ao estigma das espécies autocompatíveis, reduzindo a frutificação e o tamanho dos frutos. Neste contexto, esta pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a morfologia floral, a viabilidade de pólen, a receptividade do estigma e diferentes métodos de polinização nas espécies Selenicereus undatus (Haw.) - D. R. Hunt e Hylocereus polyrhizus (F.A.C.Weber) Britton & Rose. As avaliações foram realizadas em plantas com cinco anos de idade, provenientes de propagação assexuada (estaquia). O pomar está situado a 18°04'43"S, 43°27'28"W e 728 m de altitude, no estado de Minas Gerais, Brasil. O clima da região é Aw, tropical de altitude, com inverno seco e verão chuvoso. No período de florescimento das plantas, os botões florais foram selecionados e identificados para a avaliação da morfologia floral. A viabilidade de pólen, a receptividade do estigma e a realização de diferentes métodos de polinização na antese foram avaliadas a partir da seleção e da proteção dos botões florais na fase de pré-antese. Os dados de morfologia floral, de receptividade do estigma e de viabilidade polínica foram avaliados a partir de uma análise descritiva para cada espécie. Os dados dos métodos de polinização foram submetidos à análise de variância e comparação de médias, utilizando-se o teste Tukey, a 5% de probabilidade de erro. As espécies H. polyrhizus e S. untadus apresentam diferenças na morfologia floral, diferindo na quantidade e na coloração dos tecidos de proteção dos botões florais. Ambas as espécies apresentam flores completas, com órgão masculino e feminino. A hercogomia é mais acentuada na H. polyrhizus. A antese nas duas espécies é coincidente, com maior duração na S. undatus. Durante a antese, ambas as espécies apresentam os estigmas receptivos e disponibilidade de grãos de pólen viáveis, com anteras deiscentes antes da abertura das flores. H. polyrhizus apresentou autoincompatibilidade e S. undatus, autocompatibilidade. As sementes de polinização cruzada manual entre espécies e natural apresentaram maior taxa de germinação que às de autopolinização e polinização com pólen da mesma espécie. A polinização cruzada manual é uma prática de manejo essencial no cultivo de espécies de pitaia. A autopolinização na espécie autocompatível (S. undatus) resulta em baixo índice de frutificação e na formação de frutos fora do padrão comercial. Na H. polyrhizus, a polinização cruzada manual promoveu incremento de produtividade de 244% em relação à polinização natural. Os frutos da polinização cruzada manual recebem melhor classificação e, com a polinização natural, a maioria dos frutos não alcança o tamanho mínimo para a comercialização.
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    Dinâmica da mistura comercial de isoxaflutole + thiencarbazone-methyl no solo
    (UFVJM, 2023) Custódio, Isabela Goulart; Santos, José Barbosa dos; Karam, Décio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Plantas daninhas tolerantes e resistentes são um grande problema para os produtores nas áreas, e ameaça a produtividade e a lucratividade da produção agrícola. O manejo dessas plantas é necessário e indispensável, para que não interfiram no desenvolvimento do milho. O controle químico é o mais utilizado pelos produtores pela vantagem que os herbicidas oferecem. Porém, conhecer o comportamento e a dinâmica desses no solo é importante para o uso correto. Com isso o objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica da mistura de isoxaflutole + thiencabazone-methyl no solo. O primeiro experimento avaliou a lixiviação da mistura aplicada: no mesmo dia da dessecação da Urochloa ruziziensis com glyphosate; 20 dias após a dessecação dessa gramínea e; sobre solo descoberto; com simulação de lâminas de água (20, 40 e 80 mm) 6 horas após. O segundo experimento avaliou a lixiviação da mistura, com os mesmos momentos aplicação do estudo anterior, variando o intervalo (3, 6, 24 e 48 horas) entre aplicação e chuva (40 mm). No terceiro experimento foi avaliado o residual da mistura em solo argiloso sobre espécies sensíveis, com semeadura destas: 0, 15, 30, 60 e 90 dias após aplicação (DAA). Foram realizadas avaliações de fitotoxicidade e massa seca de bioindicadoras em todos os estudos. Observou-se no primeiro experimento que, de 25-35 cm de profundidade, a aplicação da mistura sobre a cobertura vegetal causou fitotoxicidade do sorgo > 40% e redução da massa seca > 37%. A aplicação sobre a palhada levou a intoxicação < 15% e redução da massa seca < 38%. Contudo, quando aplicada em solo descoberto a fitotoxicidade foi de 50%, e redução da massa seca em 40,8% com lâmina de 80 mm. No segundo estudo foi mostrado que, a mistura aplicada no mesmo dia da dessecação da cobertura causou intoxicação do sorgo > 80% e redução da massa seca > 70%, até 39 cm de profundidade, sendo o tratamento com a maior distribuição no perfil do solo. A aplicação da mistura sobre palhada resultou em intoxicação máxima de 23,8% e redução da massa seca de 15,7%, independentemente dos intervalos de chuva. Já a aplicação em solo descoberto causou intoxicação e redução da massa seca maiores de 0-9 cm de profundidade, independente do intervalo de precipitação, sem efeito em maiores profundidades. Os resultados do terceiro experimento mostraram que a mistura causou elevada intoxicação (≥ 90%) nas plantas, mesmo semeadas aos 90 DAA. E a redução da massa seca mínima foi de 63,2%. Conclui-se que, de forma geral, a aplicação da mistura no mesmo dia que a dessecação da gramínea resulta na melhor distribuição do herbicida, independente da lâmina aplicada. Quando a mistura comercial é aplicada sobre palhada, a chegada no produto ao solo pode ser limitada, independente do intervalo de precipitação. A mistura não lixivia em solo argiloso com lâmina simulada de 40 mm, porém, com lâmina de 80 mm pode aumentar a lixiviação. A mistura de isoxaflutole + thiencarbazone-methyl apresentou efeito residual até 90 dias após aplicação, nas condições em que foram realizadas o estudo.
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    Estimativa da produtividade do feijoeiro submetido a taxa variável de insumos por meio de aprendizado de máquina a partir de imagens multitemporais
    (UFVJM, 2023) Tormen, Gislaine Pacheco; Andrade, André Medeiros de; Evaristo, Anderson Barbosa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A agricultura de precisão é uma abordagem inovadora que busca otimizar o processo agrícola por meio do uso de um sistema de gerenciamento agrícola baseada na variação espacial e temporal da unidade produtiva e visa ao aumento de retorno econômico, à sustentabilidade e à minimização do efeito ao ambiente. Um dos principais desafios enfrentados pelos agricultores é a estimativa da produtividade das culturas. No entanto, com os avanços no campo do aprendizado de máquinas e surgimentos de imagens orbitais de alta resolução espacial e temporal, é possível utilizar algoritmos para estimar com precisão e de forma antecipada a produtividade do feijoeiro, auxiliando nas tomadas decisões agrícolas eficazes, afim de ajudar a melhorar a renda dos agricultores. Assim esse trabalho foi desenvolvido para contribuir com essas informações, que são relevantes para os produtores e pesquisadores, e os resultados adquiridos aqui foram apresentados em três artigos científicos. O primeiro artigo teve como objetivo avaliar a qualidade de uma série temporal de imagens da constelação de CubeSats PlanetScope (PS) normalizada automaticamente e com dados dos sensores Operational Land Imager (OLI) e MultiSpectral Instrument (MSI) como referência. Estes sensores estão a bordo dos satélites Landsat 8 e Sentinel 2B, respectivamente. A comparação foi feita calculando o erro quadrado médio normalizado (NRMSE) de pixels selecionados em uma área de 24 há cultivada com feijão irrigado em Unaí-MG, Brasil. O comportamento temporal do NDVI ao longo do ciclo de crescimento do feijão foi examinado para avaliar o efeito da normalização radiométrica. Além disso, uma análise de correlação foi realizada entre os valores de NDVI, tanto nas imagens PS originais como normalizadas, e produtividade do feijoeiro. Os resultados indicaram que as imagens PS normalizadas pelo sensor MSI apresentavam erros menores em comparação ao sensor OLI, indicando uma qualidade radiométrica do PS mais próxima do sensor MSI do que o OLI, mostrando-se mais eficiente como sensor de referência no processo de normalização radiométrica. No monitoramento da cultura, por meio do NDVI, há uma alta relação entre as imagens PS originais e normalizadas indicando existência de relação linear dessas variáveis. Além disso o processo de normalização não melhorou a relação do NDVI com a produtividade do feijoeiro. O segundo artigo avaliou influência da aplicação a taxas variáveis de sementes e fertilizantes no rendimento e no comportamento espectral da cultura do feijão. Imagens do PS foram utilizadas para analisar a variabilidade temporal dos índices de vegetação (IVs) ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultura. A área de estudo foi dividida em quatro ambientes de produção com diferentes taxas de semeadura e fertilizantes. Verificou-se que as taxas variáveis de insumos não tiveram um impacto significativo no rendimento da cultura, nos componentes de rendimento e na reflectância. No entanto, os IVs foram capazes de detectar a variabilidade temporal ao longo do crescimento da colheita e diferenciar os estádios fenológicos da cultura. O Terceiro e último artigo teve como objetivo à estimativa da produtividade da cultura do feijão, utilizando dados espectrais temporais PS para desenvolver modelos baseados em aprendizagem de máquinas por meio do algoritmo Random Forest (RF). Foram considerados diferentes conjuntos de dados, incluindo bandas espectrais e IVs. Verificou-se que as bandas espectrais foram mais importantes como variáveis preditoras do que os IVs na geração do modelo RF. No entanto, a utilização exclusiva de bandas espectrais não melhorou as métricas estatísticas do modelo em comparação com o uso exclusivo de IVs ou uma combinação de ambos. Os modelos RF mostraram que a produtividade do feijoeiro pode ser melhor prevista aos 75 dias após a semeadura. Os resultados apresentados nesses estudos contribuem para a estimativa da produtividade do feijoeiro, principalmente porque trabalhos dessa temática são escassos quando consideramos o uso de dados PS em uma área cultiva com insumos a taxa variável, que ainda é pouco explorado nessa cultura.
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    Bioestimulante Florestal: caracterização de microrganismos promotores de crescimento e seu uso na produção de mudas de eucalipto
    (UFVJM, 2023) Abreu, Caique Menezes de; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O uso de microrganismos simbiontes, como fungos ectomicorrízicos e bactérias, tem sido uma alternativa promissora na produção vegetal e na ciclagem de nutrientes. Para o desenvolvimento de propriedade industrial, patentes e de dispersão de possíveis bioinsumos é necessário que haja caracterização genética destes microrganismos e estudo de dispersão geográfica, bem como a otimização do processo tecnológico por meio da experimentação dos bioinsumos em diferentes genótipos. Um dos desafios na implementação de biotecnologias microbianas na produção de bioenergia a partir de florestas é a inadequada compreensão dos mecanismos e modo de ação dos micro-organismos simbiontes. Para superar essa dificuldade, objetivou identificar as espécies de fungos ectomicorrízicos e bactérias, determinar o potencial de dispersão geográfico e a interação entre bactéria, fungo e planta para a promoção de crescimento de estacas de eucalipto na formação de mudas comerciais. Neste trabalho, o material genético de 28 fungos e 17 estirpes bacterianas isolados em cultivos comerciais de eucalipto no cerrado da Biosfera da Serra do Espinhaço Meridional foram submetidos a sequenciamento de regiões conservadas de 28S rRNA e 16S rRNA, para identificação e diversidade do acervo microbiano. Para criação de um modelo probabilístico de dispersão geográfica dos isolados fúngicos foi utilizado o algoritmo CLIMEX para projeções de 2020 a 2080, prospectando o cenário de bioinsumo com base nas plataformas de propriedade industriais no período de 1982 a 2023. Para formulação de inoculante, foram realizadas analises de atividade enzimática bacteriana, e as possibilidades de co-inoculação via compatibilidade entre bactérias e fungos, para filtrar as espécies com máximo potencial biotecnológico para inoculação em estacas de eucalipto. A produção de inoculantes bacterianos a partir de estirpes de Enterobacter hormaechei, Enterobacter asburiae, Paraburkholderia tropica e Paraburkholderia phenazinium, foi adicionada ao veículo carboximetilcelulose:amido e o inoculante contendo Pisolithus microcarpus foi preparado a partir de esferas de alginato de cálcio. A co-inoculação desses organismos foi utilizada para avaliar a promoção do crescimento de mudas de híbridos de eucalipto. O experimento foi instalado em blocos casualizados, em esquema fatorial 6 x 2 (+1), incluindo inoculação bacteriana de cada espécie, mix bacteriano (contendo as quatro estirpes), veículo (CMC:amido), com e sem inoculação da mistura de três isolados de Pisolithus microcarpus (D5, D17 e D63), com adubação reduzida (quanto de redução) de P-N em híbrido espontâneo de Eucalyptus cloeziana e E. urophylla x E. grandis, além de um tratamento adicional de alta dose de P-N (colocar a dose). Para determinação da promoção do crescimento, foram analisados aos 45 e 90 dias aspectos ecofisiológicos, nutricionais e microbiológicos das mudas. Os fungos ectomicorrízicos foram identificados como P. microcarpus com padrão morfológico variável conforme o seu habitat, com período de frutificação no outono-inverno brasileiro, em solos distróficos no Bioma de Cerrado. A diversidade genética atribui-se às diferenciações nucleotídicas existentes entre os isolados e não em relação à distância geográfica dos isolados. Podendo ser distribuídos em regiões Tropicais e Temperadas em todo o mundo, podendo sofrer deslocamento das áreas potencialmente de distribuição do nicho ecológico no Brasil e no mundo até o ano de 2080. Possuem interação intraespecífica com 100,0 % de compatibilidade e interação interespecífica de 80,0 % com as estirpes bacterianas, indicando um grande potencial para co-inoculação. A E. huaxiensis inibiu os cinco isolados fúngicos, possivelmente por produção de substância antifúngico. A estirpe P. phenazinium inoculada com o isolado D17 proporcionou o maior crescimento micelial, 24,0 % em relação ao controle, demonstrando a melhor interação de compatibilidade observada. O comportamento ecofisiológicos das plantas foram moduladas pelo tipo de co-inoculação em baixa dose de fertilização, promovendo mudas com alta qualidade fisiológica e padrão de comercialização igual ou superior ao padrão de produção de mudas com altas doses de fertilização. As estirpes E. hormaechei, E. asburiae, P. tropica e P. phenazinium e o Pisolithus microcarpus são potenciais recursos microbianos na formulação de novos inoculantes para reduzir o uso de fertilizantes fosfatados e nitrogenados. A replicabilidade e validação em épocas diferentes aos executados serão necessárias para determinar o potencial de crescimento das plantas de eucalipto.