Pós-Graduação em Produção Vegetal
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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
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Item Acidez potencial estimada pelo método do pH SMP em solos da região do Vale do Jequitinhonha no Estado de Minas Gerais(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006-08-01) Silva, Enilson de Barros; Costa, Hesmael Antonio Orlandi [UFVJM]; Farnezi, Múcio Magno De Melo [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A acidez potencial tem grande importância pelo seu uso na determinação da necessidade de calagem pelo método da saturação de bases. O objetivo deste trabalho foi definir uma equação de regressão que estime o teor de H + Al a partir do pH SMP medido na suspensão solo-solução SMP, associada à determinção do pH em água, para solos da Região do Vale do Jequitinhonha. As análises dos teores de H + Al, extraídos por acetato de cálcio 0,5 mol L-1 a pH 7,0, e dos valores de pH SMP foram realizadas no laboratório de fertilidade do solo da UFVJM em 50 amostras de solos, com valores de pH em água variando de 4,0 a 7,6, teores de carbono orgânico de 1 a 29 g kg-1 e os de argila de 100 a 810 g kg-1. A acidez potencial, expressa em cmol c dm-3, pode ser estimada pelo uso do pH SMP, por meio da equação: Ln (H + Al) = 8,26 - 1,124312 pH SMP (R² = 0,97).Item Aplicação de doses de zinco, via solo, na bananeira Prata Anã (AAB) irrigada, no norte de Minas Gerais(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2007-12-01) Silva, Enilson de Barros; Farnezi, Múcio Mágno De Melo [UFVJM]; Pinho, Paulo Jorge De; Rodrigues, Maria Geralda Vilela; Carvalho, Janice Guedes De; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Lavras Departamento de Ciências do Solo; Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) CTNM; Universidade Federal de Lavras (UFLA)-Departamento de Ciências do SoloFoi realizado um experimento de campo no município de Nova Porteirinha, no Norte de Minas Gerais, em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, com os objetivos de avaliar a resposta da bananeira 'Prata Anã' à aplicação de doses de Zn via solo e estimar os níveis críticos de Zn no solo e nas folhas. Foram aplicadas quatro doses de Zn, correspondentes a 0, 10, 20 e 40 kg ha-1 ano-1 , utilizando-se o sulfato de zinco. Os tratamentos foram dispostos no delineamento em blocos casualizados com três repetições, totalizando 36 parcelas experimentais. Foram avaliados a produtividade de frutos, o teor de Zn no solo (Mehlich-1 e DTPA a pH 7,3) e o teor foliar durante dois anos de cultivo. A produtividade de frutos aumentou com as doses de Zn aplicadas no solo, atingindo, na média de dois anos de cultivo, 22,2 t ha-1 com aplicação da dose de 4,1 kg ha-1 ano-1 de Zn. O nível crítico médio de Zn no solo pelos extratores Mehlich-1 e DTPA foi de 14,5 e 5,2 mg dm-3, respectivamente, e, para Zn foliar, de 15,8 mg kg-1, nas condições edafoclimáticas da região Norte de Minas Gerais.Item Diagnose nutricional do cafeeiro para produção e qualidade da bebida na região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG.(2008) Farnezi, Múcio Mágno de Melo; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de BarrosO Alto Vale do Jequitinhonha tem apresentado como ascendente pólo cafeeiro do estado de Minas Gerais. No entanto, pouca importância tem sido dada ao diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro que proporcione maior produtividade e, melhor qualidade da bebida.As normas DRIS ainda não foram estabelecidas para cafeeiros do Alto Vale do Jequitinhonha,assim, a inexistência dessas impede que o DRIS seja aplicado nesta cultura nessa região. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de faixas críticas de nutrientes de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem diagnosticar eficientemente o estado nutricional das plantas. Os objetivos deste trabalho foram (a) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas para teores foliares de nutrientes e diagnose nutricional dos cafeeiros (Coffea arabica L.) do Alto Vale do Jequitinhonha; (b) realizar o levantamento da qualidade da bebida do café e (c) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas de nutrientes e avaliar o estado nutricional dos cafeeiros para maior produtividade. O Alto Vale do Jequitinhonha tem apresentado como ascendente pólo cafeeiro do estado de Minas Gerais. No entanto, pouca importância tem sido dada ao diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro que proporcione maior produtividade e, melhor qualidade da bebida.As normas DRIS ainda não foram estabelecidas para cafeeiros do Alto Vale do Jequitinhonha,assim, a inexistência dessas impede que o DRIS seja aplicado nesta cultura nessa região. A diagnose foliar, mediante o uso do Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e de faixas críticas de nutrientes de referência, destaca-se dentre as ferramentas potenciais que permitem diagnosticar eficientemente o estado nutricional das plantas. Os objetivos deste trabalho foram (a) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas para teores foliares de nutrientes e diagnose nutricional dos cafeeiros (Coffea arabica L.) do Alto Vale do Jequitinhonha; (b) realizar o levantamento da qualidade da bebida do café e (c) estabelecer as normas DRIS, propor faixas adequadas de nutrientes e avaliar o estado nutricional dos cafeeiros para maior produtividade e melhor qualidade da bebida. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir: (1) maiores porcentuais de lavouras em desequilíbrios nutricionais foram observados para os nutrientes P, K, S, B, Cu, Mn e Zn em deficiência, sendo o Mg e Fe os excessivos; (2) as normas DRIS para diagnose nutricional foram estabelecidas para cafeeiros da região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG e utilizadas para propor faixas críticas para N (2,25 - 2,79 dag kg-1), P (0,18 - 0,22 dag kg-1), K (1,72 - 2,10 dag kg-1), Ca (1,26 - 1,51 dag kg-1), Mg (0,29 - 0,35 dag kg-1), S (0,13 - 0,32 dag kg-1), B (83,8 - 96,3 mg kg-1), Cu (5,7 – 9,3 mg kg-1), Fe (67,5 - 116,2 mg kg-1), Mn (219 - 422 mg kg 1) e Zn (17,4 - 30,0 mg kg 1); (3) pelo levantamento da qualidade da bebida do café verificou-se que a maior parte das lavouras avaliadas da região apresentou qualidade da bebida classificada como “dura”, porém a região apresenta aptidão para produzir cafés de melhor qualidade (bebida “mole”, “apenas mole” e “estritamente mole”); (4) as normas DRIS para o estado nutricional juntamente com a qualidade da bebida do café foram estabelecidas para cafeeiros da região do Alto Vale do Jequitinhonha, MG e a partir destas normas, foram propostas as faixas críticas de nutrientes N (2,20 - 2,48 dag kg-1), P (0,20 - 0,24 dag kg-1), K (1,49 - 1,79 dag kg-1), Ca (1,30 - 1,61 dag kg-1), Mg (0,32 - 0,38 dag kg-1), S (0,10 - 0,13 dag kg-1), B (77,3 - 89,1 mg kg-1), Cu (3,1 – 3,8 mg kg-1), Fe (174,0 - 242,4 mg kg-1), Mn (197,5 - 341,8 mg kg-1) e Zn (19,8 - 31,0 mg kg-1) e (5) a manutenção do equilíbrio do estado nutricional das lavouras cafeeiras proporciona elevada produtividade e qualidade da bebida do café.Item Qualidade fisiológica de sementes de assa-peixe (Vernomia polyanthes Less.).(2008) Fonseca, Patrícia Gomes; Nunes, Ubirajara Russi; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Brandão Júnior, Delacyr da Silva; Silva, Enilson de BarrosO assa-peixe (Vernonia polyanthes Less.) espécie pertencente à família Asteraceae, possui propriedades medicinais e tem potencial apícola. Apesar de seu intenso uso popular, são escassas as informações sobre os fatores que condicionam a germinação e o armazenamento de suas sementes. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de assa-peixe em relação ao efeito dos fatores temperatura/luz, em diferentes tipos de câmaras, e a influência dos diferentes tipos de ambientes/embalagens, durante o período de armazenamento. A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira parte consistiu em avaliar o efeito dos fatores temperatura e luz sobre o comportamento fisiológico das sementes de assa-peixe, através dos testes de vigor (teste de primeira contagem da germinação e índice de velocidade de germinação) e germinação, em diferentes tipos de câmaras, sob temperaturas constantes (Mangelsdorff e B.O.D.) e alternadas (B.O.D.), na presença e ausência de luz. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial, com delineamento inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância, com as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Pelos resultados constatou-se que esta espécie comportou-se como “fotoblástica preferencial”, pelo fato da germinação, ter ocorrido na presença e na ausência de luz, porém, esta foi favorecida em presença de luz. As maiores porcentagens de germinação de sementes de assa-peixe foram obtidas a 25ºC, independente do tipo de câmara utilizada (Mangelsdorff ou B.O.D.), e na faixa de temperatura alternada 15-25ºC (em B.O.D.), na presença de luz. As sementes de assa-peixe não germinaram sob temperatura de 40ºC. A segunda parte da pesquisa consistiu em avaliar a influência dos diferentes tipos de ambientes e embalagens e do tempo de armazenamento sobre a qualidade fisiológica das sementes. Foram testados três períodos de armazenamento (0, 136 e 230 dias), sobre duas condições, em geladeira (5 2C) e ambiente de laboratório (22 ± 2ºC), e três tipos de embalagens (vidro, plástica e multifoliada). Determinou-se a porcentagem da umidade, vigor (teste de primeira contagem da germinação e índice de velocidade de germinação) e germinação. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial, com delineamento inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância, com as médias comparadas entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Foi verificado que o armazenamento das sementes de assa-peixe, em geladeira, proporcionou maiores valores para vigor e germinação, com a embalagem de vidro apresentando melhor desempenho, comparados aos obtidos em ambiente de laboratório, independente da embalagem utilizada. O vigor e a germinação das sementes de assa-peixe decrescem em função do tempo, durante os 230 dias de armazenamento.Item Época, local de colheita e armazenamento na qualidade fisiológica da semente de sempre-viva (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland - Eriocaulaceae)(Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, 2008) Nunes, Silvia Cristina Paslauski [UFVJM]; Nunes, Ubirajara Russi [UFVJM]; Fonseca, Patrícia Gomes [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Pego, Rogério Gomes [UFVJM]; Marra, Leandro Marciano [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes da sempre-viva (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland) colhidas em diferentes épocas e locais e submetidas ao armazenamento. Capítulos de S. elegans foram colhidos em duas áreas de ocorrência natural no Campus II da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, em Diamantina, MG, em um Neossolo Quartzarênico Órtico típico (local 1) e Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico (local 2), em cinco épocas (04/07/05, 19/07/05, 22/08/05, 21/09/05 e 20/10/05) e, posteriormente, submetidos a testes para avaliação do vigor e da germinação da semente (Experimento 1). Os capítulos colhidos em 04/07/05 (locais 1 e 2) foram acondicionados em sacos de polietileno transparente e armazenados no Laboratório de Sementes em temperatura ambiente (20°±2°) ou em geladeira (5°±2°), por zero, quatro, oito e 12 meses. Após esses períodos, as sementes foram novamente avaliadas quanto ao vigor e à germinação (Experimento 2). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, no esquema fatorial 5x2 (época x local de colheita) para o Experimento 1; e o esquema fatorial 4x2x2 (armazenamento x local de colheita x temperatura de armazenamento) para o Experimento 2, com quatro repetições. A qualidade fisiológica da semente de S. elegans variou em função da época e do local de colheita. Durante o armazenamento, o vigor e a germinação não variaram com o local de colheita e a temperatura de armazenamento. O armazenamento por 12 meses em geladeira ou temperatura ambiente melhorou a qualidade fisiológica da semente.Item Produção de miniestacas e desenvolvimento de mudas de eucalipto em diferentes concentrações salinas.(2008) Silva, Miguel Pinto da; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Edson de Oliveira; Santana, Reynaldo CamposCom o objetivo de investigar a tolerância de minicepas clonais de Eucalipto à elevação gradual da salinidade do solo provocada por aplicação de fertilizantes (aos níveis de: S1 = 0,5; S2 = 2,5; S3 = 4,5; S4 = 6,5 e S5 = 8,5 dS m-1) e comparar os resultados obtidos com o tratamento operacional de um viveiro de produção, avaliou-se características morfológicas expressas em função do fator “doses salinas”, no viveiro clonal de produção de mudas florestais da empresa Plantar S.A., no município de Curvelo M.G. Para tanto, foram conduzidos dois experimentos no segundo semestre de 2007, o primeiro em fase de Jardim clonal, onde foram aplicados as diferentes doses de fertilizantes e extraídas as miniestacas que foram estaqueadas e deram inicio ao segundo experimento, este em fase de enraizamento em casa de vegetação e casa de sombra. No experimento I foram avaliados: produção de miniestacas, sobrevivência de minicepas, evolução da salinização do solo e da solução do solo, acúmulo de nutrientes na solução do solo e avaliação química das folhas das miniestacas provenientes de cada tratamento. Para a retirada da solução do solo, foi utilizado extratores de placa porosa sob sucção de 80kPa, e efetuado leitura de pH e de condutividade elétrica, no ato da retirada da solução, e análises químicas dos teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio, seguido por análises químicas foliares de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e boro. Todas estas variáveis, tanto no experimento I quanto no II, foram analisadas e discutidas em quatro tempos diferentes espaçados a cada 7 dias. No experimento II, as avaliações foram de caráter morfológico, visando à qualidade do enraizamento e a rustificação das mudas obtidas ao longo do processo, para tanto foi mensurado a massa seca do sistema radicular (MSR), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca total (MST) e altura de plantas (H). Aos 28 dias de salinização das U.E. foi constatada uma evolução da salinização do solo com acúmulo de alguns sais pelas plantas, causando significativa mortalidade das minicepas desde a primeira coleta de dados, a produção de miniestacas foi influenciada à partir do 14º dia após o início da salinização das unidades experimentais (U.Es.), no nível mais elevado de salinidade. A evolução da salinidade e o acúmulo dos sais pelas plantas, não foram determinantes no enraizamento das estacas. À medida que se elevou o potencial salino no substrato, em função das doses salinas e do tempo, reduziu-se a sobrevivência das minicepas e a produção de miniestacas. A taxa de sobrevivência de minicepas foi significativamente comprometida, quando submetida ao potencial salino de 8,5 dS m-1, por 21 dias ininterruptos. Os valores de produção de miniestacas e sobrevivência de minicepas, das unidades experimentais, submetidos às doses salinas de 0,5 dS m-1 em uma única irrigação diária, se equivaleram aos tratamentos operacionais com 2,0 dS m-1, com nove irrigações diárias. As análises morfológicas não se diferenciaram entre os tratamentos salinos. Os dados apresentados foram normalizados seguindo o modelo de Lilliefors e as análises de variância adotadas seguiram o modelo de Tukey, a 5% de probabilidade.Item Gênese de “Latossolos Acinzentados” em topossequência deLatossolos das chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha,MG.(2008) Ferreira, Celmo Aparecido; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Torrado, Pablo Vidal; Perez, Xose Lois Otero; Silva, Enilson de BarrosO Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) é um sistema taxonômico, aberto e que se encontra em construção permanente, conforme novos conhecimentos sobre solos brasileiros são obtidos. O objetivo deste trabalho foi efetuar a caracterização química, física, morfológica, micromorfológica e mineralógica de um “Latossolo Acinzentado” (“LAC”) em topossequência formada por Latossolos representativos dos solos das chapadas da região do Alto Vale do Jequitinhonha-MG, enfatizando aspectos de sua gênese e contribuir para a criação da subordem “LAC” no SiBCS. A topossequência localizada no município de Itamarandiba, MG, está inserida no Planalto do Jequitinhonha, em áreas denominadas chapadas, elaboradas sobre rochas do Grupo Macaúbas, com clima Aw segundo classificação de Koppen. A vegetação nativa é o Cerrado, no entanto, na área estudada predomina o reflorestamento com Eucaliptus spp. Os perfis ocupam as seguintes posições da vertente: topo (P18) – Latossolo Vermelho, terço médio de vertente (P25) – Latossolo Vermelho-Amarelo, terço inferior de vertente (P19) – Latossolo Amarelo e sopé (P20) – “LAC”. Estes perfis foram descritos e amostrados para caracterização proposta. Foram realizadas análises químicas e físicas de rotina. Os teores totais de Fe, Ti, Al, Mn e Si foram determinados pelo ataque sulfúrico e os óxidos de Fe, Al e Mn foram avaliados nos extratos de ditionito-citrato-bicarnonato e oxalato. A mineralogia foi identificada pela difratometria de raios-X e os óxidos de Fe foram identificados pela difratometria diferencial de raios-X. Por espectrometria de fluorescência de raios-X foram determinados Ti, Ga e Zr.Todos os solos apresentaram atributos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos típicos da classe dos Latossolos. P20 apresentou cores acinzentadas, significativos fragmentos de estrutura maciça, característica de Gleissolos, nos horizontes A e BA. Todos os perfis são muito argilosos, distróficos, com baixos teores de P disponível e pH em torno de 5. Os óxidos de Fe, de modo geral, refletiram a cor dos solos e diminuíram ao longo da vertente. A diminuição de Fe cristalino e de baixa cristalinidade ao longo da vertente confirmou a perda de Fe. O Si seguiu o caminho inverso e o Al total permaneceu constante. A diminuição da relação Fe2O3/TiO2 em P20 indicou problemas de drenagem neste solo. A mineralogia da fração argila em todos os perfis é dominada por caulinita e gibbsita. Em P18 foram identificados hematita e goethita, em P25 hematita com baixa intensidade e goethita, em P19 goethita e em P20 não foram identificados óxidos de Fe. A micromorfologia mostrou a predominância da microestrutura granular e porosidade do tipo empilhamento complexo, típicos de Latossolos, em P18, P25 e P19. Em P20 cerca de 25% da área da lâmina do horizonte A/BA é composto pela microestrutura maciça de coloração cinza e 45% é formada por microestrutura tipo microgranular, sendo esta, predominante Bw. A formação dos Latossolos da topossequência estudada pode estar relacionada com a evolução da rede de drenagem e pela ação da fauna a latossolização predominou na formação do “LAC”. Os atributos dos solos da topossequência convergem para uma única classe de solo, a dos Latossolos, que são originados do mesmo material de origem. O “LAC” apresentou todos os atributos necessários ao seu enquadramento na classe dos Latossolos, exceto as cores acinzentadas.Item Fungos micorrízicos arbusculares em sempre-viva pé-de-ouro (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland.).(2008) Costa, Hesmael Antonio Orlandi; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Gomes, Eliane aparecida; Silva, Enilson de Barros; Nunes, Ubirajara RussiA sempre-viva Syngonanthus elegans, é uma espécies endêmica dos Campos Rupestres que está ameaçada de extinção devido ao extrativismo, que busca sua beleza natural como matéria prima para confecção de produtos ornamentais com alto valor comercial. Existem poucas informações sobre a ecologia desta espécie e nenhuma sobre a ocorrência de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs). O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência e a diversidade de FMAs em Syngonanthus elegans. Dez plantas com raízes e solo rizosférico foram coletadas, em julho de 2007, de locais de ocorrência natural em Diamantina – MG: Nascente do Córrego do Soberbo e Parque Nacional das Sempre-vivas. Em cada local foi selecionada uma área de 100 x 100m. Estas áreas apresentam semelhança quanto à fertilidade do solo e ao clima. Como controle, foram coletadas três exemplares das espécies Loudetiopsis chrysothrix e Xyris sp. Em S. elegans foram observados estruturas fúngicas como hifas, vesículas arbusculos e esporos; alta porcentagem de raízes colonizadas (75 %) e 24 espécies de FMAs morfologicamente distintos. Mais da metade dos FMAs observados neste estudo não puderam ser identificadas a nível de espécie, sendo que algumas destas são possivelmente novas para ciência, como Acaulospora sp.3, Scutellospora sp.1, Scutellospora sp.3 e Scutellospora sp. 4. As famílias de FMAs que ocorreram em S. elegans foram Gigasporaceae, Acaulosporaceae, Glomeraceae e Archaeosporaceae, sendo que as famílias Acaulosporaceae (47 %) e Gigasporaceae (35 %) foram predominantes nas duas áreas. Foram observados cinco gêneros de FMAs em S. elegans ocorrendo nas áreas estudadas, Scutellospora, Gigaspora, Acaulospora, Glomus e Archaeospora, sendo que o gênero predominante no Soberbo foi Acaulospora (47 %) e Glomus (26 %) e no Parque Acaulospora (35 %), Glomus (29 %) e Scutellospora (24 %). No Parque, apesar de menor índice de diversidade e equitabilidade, observou-se maior riqueza de espécies de FMAs. Essa maior riqueza de FMAs, aliada a melhor distribuição de espécies por gênero, indica que esta área apresenta uma comunidade de FMAs mais estável. S. elegans é uma planta micorrízica e apresenta alta porcentagem de raízes colonizadas e diversidade de FMAs. Algumas espécies observadas podem ser novas para a ciência. Novos estudos deverão avaliar a importância dos FMAs no estabelecimento e sobrevivência de S. elegans.Item Respostas fisiológicas, fenológicas e anatômicas de Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland e Syngonanthus elegantulus Ruhland cultivadas sob dois níveis de radiação em Diamantina, MG.(2008) Nunes, Silvia Cristina Paslauski; Oliveira, Maria Neudes Sousa de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cano, Marco Antonio Oliva; Nunes, Ubirajara RussiSyngonanthus elegantulus Ruhland (vargeira) e Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland (pé-de-ouro) são as sempre-vivas mais exploradas comercialmente na região de Diamantina. O extrativismo dessas constitui importante fonte de renda para muitas famílias do Vale do Jequitinhonha. As áreas de ocorrência dessas espécies vêm diminuindo drasticamente devido à excessiva pressão de coleta e o manejo com o fogo, que é ateado após as primeiras chuvas (set/out), sendo utilizado com freqüência visando o incremento na produção de inflorescências. Segundo os coletores no ano em que não se coloca o fogo, a produção de capítulos na safra subseqüente é reduzida. A interferência da cobertura vegetal na penetração da luz é um aspecto importante no manejo das espécies. No manejo das sempre-vivas, o fogo pode atuar eliminando o sombreamento causado por outras espécies que ocorrem associadas a elas e, portanto, alterar a penetração de luz, interferindo na germinação das sementes, desenvolvimento vegetativo e na produção de inflorescências. Informações sobre as respostas das plantas a condições distintas de luz são de grande importância para determinar seu potencial de produção e entender a sua capacidade competitiva sob diferentes condições de manejo. Objetivou-se estudar o comportamento fisiológico e anatômico de S. elegans e S. elegantulus cultivadas em vasos, sob dois níveis de radiação (pleno sol e sombrite 50%).Item Efeito da época de colheita, irrigação e permanência de sementes em solo seco no desenvolvimento inicial de plântulas de Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland(Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, 2008) Nunes, Ubirajara Russi [UFVJM]; Nunes, Silvia Cristina Paslauski [UFVJM]; Fonseca, Patrícia Gomes [UFVJM]; Pego, Rogério Gomes [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)São denominadas Sempre-vivas diversas plantas da família Eriocaulaceae, nativas dos campos rupestres de Minas Gerais e da Bahia, sendo utilizados seus capítulos e escapos para fins de decoração. Dentre as espécies exploradas comercialmente, destaca-se a Syngonanthus elegans (Bong) Ruhland, conhecida como sempre-viva pé-de-ouro e, por tal motivo, é uma das espécies com maior perigo de extinção. O objetivo nesta pesquisa foi avaliar o efeito da época de colheita, da irrigação e da permanência de sementes em solo seco no desenvolvimento inicial de plântulas de sempre-viva (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland). Capítulos de S. elegans foram colhidos manualmente em seis épocas (20/05/06, 21/06/06, 28/07/06, 29/08/06, 20/09/06 e 20/10/06) em local de ocorrência natural dentro do Campus II da UFVJM em um Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico e, posteriormente, submetidos a testes para avaliação do vigor e da germinação das sementes (Experimento 1). As sementes de cada época de colheita foram semeadas superficialmente em copos plásticos (um capítulo em cada copo), contendo o solo original e irrigadas com água destilada todos os dias e a cada dois dias, quatro dias, seis dias e oito dias, por um período de sessenta dias. Fez-se a contagem das plântulas emergidas em cada copo aos quarenta e sessenta dias do início da semeadura (Experimento 2). Sementes colhidas em 21/06/06 também foram semeadas superficialmente em copos plásticos (um capítulo em cada copo) em solo seco, permanecendo por trinta dias, sessenta dias e noventa dias nesta condição e, após, irrigados todos os dias. Procedeu-se a contagem das plântulas emergidas em cada copo aos quarenta e sessenta dias do início da irrigação (Experimento 3). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (IC), para os Experimentos 1 e 3 e IC no esquema fatorial 5 x 6 (períodos de irrigação x épocas de colheita) para o Experimento 2, com seis repetições. A melhor qualidade fisiológica de sementes de S. elegans foi obtida nas colheitas realizadas em 28/07/06 e 29/08/06. Intervalos de irrigação de dois ou mais dias afetaram negativamente a emergência das plântulas de S. elegans. A permanência por noventa dias em solo seco melhorou a qualidade fisiológica das sementes.Item Comparação de métodos para estimar a acidez potencial mediante determinação do pH SMP em Organossolos da Serra do Espinhaço Meridional(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2008-10-01) Silva, Enilson de Barros; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Farnezi, Múcio Magno De Melo [UFVJM]; Ferreira, Celmo Aparecido [UFVJM]; Costa, Hesmael Antonio Orlandi [UFVJM]; Horak, Ingrid; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP) Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozApesar do potencial para uso agrícola e das características edáficas peculiares, poucos trabalhos são desenvolvidos para estimar a acidez potencial dos solos com elevado teor de matéria orgânica. O objetivo deste trabalho foi definir um modelo matemático que estime a acidez potencial (H + Al) a partir do pH SMP após determinação do pH do solo em água ou em solução de CaCl2 10 mmol L-1, com leitura do pH na suspensão ou sobrenadante da solução SMP de equilíbrio, em determinada relação solo:tampão SMP, em Organossolos da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Estado de Minas Gerais, situada entre 17 ° 30 ' a 20 ° 30 ' S e 43 ° a 44 ° W. Foram utilizadas 22 amostras de Organossolos classificados como Organossolo Háplico sáprico térrico, Organossolo Háplico fíbrico típico e Organossolo Háplico hêmico típico da SdEM. A acidez potencial dos Organossolos da SdEM pode ser estimada satisfatoriamente por meio do pH SMP na relação solo:tampão SMP de 10:10 medido na suspensão solo-solução SMP associada à rotina de determinação do pH do solo em água. O C orgânico foi o atributo químico que mais influenciou a acidez potencial dos Organossolos da SdEM.Item Época de maturação, dispersão, colheita e qualidade fisiológica de sementes de sempre-viva (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland)(Editora da Universidade Federal de Lavras, 2008-12-01) Nunes, Ubirajara Russi [UFVJM]; Nunes, Silvia Cristina Paslauski [UFVJM]; Andrade Júnior, Valter Carvalho de [UFVJM]; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de [UFVJM]; Bispo, Fábio Henrique Alves [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Neste trabalho, objetivou-se avaliar a época de maturação, dispersão, colheita e a qualidade fisiológica de sementes de sempreviva (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland), em Diamantina, MG. Capítulos de S. elegans foram colhidos em cinco épocas (20/06/ 05, 20/07/05, 20/08/05, 20/09/05 e 20/10/05) em três locais de produção natural, dentro do Campus da UFVJM em um Neossolo Quartzarênico Órtico Típico (locais 1 e 2) e Neossolo Quartzarênico Hidromórfico Típico (local 3) e, posteriormente, submetidos a testes para avaliação do vigor e germinação das sementes. A qualidade fisiológica de sementes de S. elegans variou em função da época e local de colheita. Estratégias de manejo devem ser realizadas como a colheita após o início do período de dispersão das sementes (junho a outubro) e com os capítulos totalmente abertos.Item Caracterização do solo com diferentes usos e composição florística no Vale do Mucuri – MG.(2009) Almeida, Luciana Gomes Fonseca; Fávero, Claudenir; Oliveira, Fábio Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Fábio Luiz de; Jucksch, Ivo; Costa, Fabiane Nepomuceno; Fávero, ClaudenirO presente estudo foi realizado com os seguintes objetivos: a) caracterizar o estágio de degradação do solo com diferentes usos em áreas de agricultores familiares no Vale do Mucuri; b) descrever a composição florística de remanescentes de matas ciliares para subsidiar a recomposição das áreas degradadas. Este trabalho faz parte do projeto nº 2008-3.08/07 Fapemig, em parceria com a ARMICOPA (Associação Regional Mucuri de Cooperação dos Pequenos Agricultores). As amostras de solo foram coletadas em quatro localidades nos municípios de Ladainha, Novo Oriente, Poté e Caraí, sendo que em cada localidade foram amostradas áreas de pastagem, área de cultura e remanescente florestal. Foram realizadas determinações de atributos físicos, químicos e ligados à matéria orgânica do solo de todas as áreas. A composição florística foi realizada nos quatro remanescentes florestais do bioma Mata Atlântica com Floresta Estacional Semidecidual. Foram alocadas nove parcelas de 10 x 10m, totalizando 900m² em cada ambiente de mata ciliar. O material botânico foi coletado dentro de cada parcela, sempre procurando atingir a maior diversidade possível de espécies por fragmento. Dentre os agroecossistemas analisados, a mata foi a que apresentou melhor qualidade dos atributos do solo, o que indica que o uso e manejo influenciam diretamente sobre esses atributos. Nas quatro áreas de mata ciliares foram identificadas 149 espécies, distribuídas em 81 gêneros e 40 famílias. Os resultados obtidos subsidiarão a recuperação desses ambientes com formação de sistemas agroflorestais, uma vez que a microrregião do Vale do Mucuri carece de estudos quanto às possibilidades de uso sustentável.Item Produção e qualidade de raízes, ramas e silagem de ramas de clones de batata-doce em diferentes locais e épocas de colheita.(2009) Viana, Daniel José Silva; Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Gomes, Luiz antonio Augusto; Fernandes, José Sebastião Cunha; Ribeiro, Karina GuimarãesA batata-doce (Ipomoea batatas (L.)), espécie pertencente à família Convolvulaceae, é uma planta rústica, cultivada principalmente por pequenos produtores. Apesar de ser uma das olerícolas mais cultivada no Brasil e apresentar grande potencial de uso na alimentação humana, animal e industrial, tem sido pouco estudada. O objetivo deste trabalho foi identificar clones superiores e avaliar a produção e a qualidade de raízes, ramas e silagem de ramas de clones de batata-doce em diferentes épocas de colheita e ambientes de cultivo. Foi realizado um experimento no Campus II e outro na Fazenda Forquilha, ambos localizados no município de Diamantina-MG, com três épocas de colheita. Foram avaliados nas raízes tuberosas: a produtividade total, produtividade comercial, peso médio total, peso médio comercial, resistência a insetos de solo, formato de raízes, proteína bruta, fibra bruta, cinzas, amido, compostos fenólicos e herdabilidade. Na parte aérea foi avaliado a produtividade de matéria verde, teor de matéria seca, produtividade de matéria seca, proteína bruta e fibra bruta. Foi feito silagem das ramas aos 150 dias após a colheita na Fazenda Forquilha, onde foi analisado proteína bruta, FDA, FDN, NDT, pH, matéria seca, hemicelulose e nitrogênio amoniacal em relação ao nitrogênio total. Através dos resultados apresentados, percebe-se que Os clones BD-25, BD-38 e BD-45, na Fazenda Forquilha, apresentaram as maiores produtividade totais e comercial de raízes e devem ser colhidas mais tardiamente. A Fazenda Forquilha foi o local onde os clones de batata-doce apresentaram, em média, as maiores produtividades totais e comercial de raízes e os maiores pesos médios de raízes total e comercial. As menores notas para formato de raízes foram obtidas nas colheitas mais precoces. Os teores de proteína bruta, fibra bruta, cinzas e amido, na matéria seca de raízes, não foram influenciados pelos ambientes de cultivo. Para obtenção de maiores produtividades de matéria verde e matéria seca, as ramas devem ser colhidas até 150 dias após o plantio. Na Fazenda Forquilha foram obtidas as maiores produtividades de matéria verde e matéria seca das ramas. Os teores de matéria seca nas ramas aumentam com o ciclo da cultura. As ramas de batata-doce apresentam potencial de utilização na alimentação animal, tanto na forma fresca como na forma de silagem.Item Avaliação das limitações nutricionais em mudas de pinhão manso cultivadas em casa de vegetação.(2009) Tanure, Luís Paulo Patente; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vasconcelos, Fernanda Carla Wasner; Silva, José Tadeu Alves da; Silva, Enilson de BarrosO pinhão manso tem se apresentado como uma oleaginosa nativa com características importantes para extração de óleo, visando à produção de biodiesel, em áreas com baixas precipitações pluviométricas e baixos teores de nutrientes no solo. No entanto, pouca importância foi dada à sua cultura, a qual apenas nos últimos anos vem sendo estudada, o que deixou um grande leque de informações em aberto, como as suas limitações nutricionais e distribuição dos nutrientes, por exemplo. Os objetivos destes trabalhos foram (a) avaliar as limitações nutricionais no crescimento de mudas de pinhão manso em Neossolo Quartzarênico Órtico típico e (b) avaliar as exigências nutricionais de mudas de pinhão manso sob omissão, acúmulo e distribuição de nutrientes nas diferentes partes da planta. Os experimentos foram conduzidos em condições de casa de vegetação do Departamento de Agronomia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (Diamantina-MG). O primeiro experimento foi realizado com mudas de pinhão manso cultivadas em vasos contendo Neossolo Quartzarênico, submetido aos seguintes tratamentos: completo (adubado com N, P, K, Ca, Mg, S, B e Zn), testemunha (solo natural) e a omissão de um nutriente por vez (-N, -P, -K,-Ca, -Mg, -S, -B e -Zn), disposto em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Após 100 dias, foram avaliadas as seguintes características: altura das mudas, diâmetro do caule, peso de massa seca da parte aérea e das raízes e teor de macro e micronutrientes na massa seca da parte aérea. O segundo foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições e nove tratamentos. Os tratamentos consistiram de solução nutritiva completa e com omissão de N, P, K, Ca, Mg, S, B e Zn, pelo uso da técnica do elemento faltante. Após 100 dias, foram avaliadas as seguintes características: peso de massa seca do limbo foliar, do pecíolo, da folha completa (limbo foliar + pecíolo), do caule, da parte aérea e de raízes e teor de nutrientes na massa seca de cada parte das mudas de pinhão manso. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir: (1) todos os nutrientes foram limitantes para o crescimento das mudas de pinhão manso no Neossolo Quartzarênico, exceto o N, sendo que a sequência de limitação nutricional foi P, Mg, Zn, Ca, K, S, B e N; (2) o pinhão manso foi altamente exigente em todos os nutrientes na fase de crescimento e (3) o acúmulo total de macronutrientes e micronutrientes se deu na seguinte forma na ordem decrescente: N>K>Ca>P>Mg>S e Fe>Cu>Mn>B>Zn, respectivamente, com maior acúmulo na folha completa, ocorrendo uma inversão de maior acúmulo entre N e K para macronutrientes e Fe e Cu para micronutrientes no caule das mudas de pinhão manso.Item Efeitos de adubações de solo e doses de N em cobertura da alface.(2009) Moura, Vinícius Valadares; Andrade Junior, Valter Carvalho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Yuri, Jony Eishi; Andrade Junior, Valter Carvalho deObjetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos de diferentes adubações de solo e doses de N em cobertura na cultura da alface. O experimento foi realizado no campus JK da UFVJM, em Diamantina/MG, no período compreendido entre junho e setembro de 2008. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com parcelas subdivididas, com três blocos, cinco adubações de solo: NPK+esterco, NPK, esterco, composto orgânico e vermicomposto e cinco doses de N em cobertura, sendo a parcela experimental constituída por dezesseis plantas, espaçadas em 0,30 m x 0,30 m. Foram avaliados a massa seca e fresca da parte aérea, diâmetro da cabeça, número de folhas, altura de plantas, variável canônica e teores foliares de N, P, K, Ca, MG, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn. As variáveis de produção foram afetadas pelo tipo de adubação de solo e pelas doses de N aplicadas em cobertura. A adubação com esterco foi a que proporcionou os melhores resultados para as características de produção avaliadas, seguida das adubações com NPK+esterco e vermicomposto. Para o cultivo da alface na região de Diamantina/MG, recomenda-se aplicar 160 kg.ha-1 de N em cobertura. O processo de vermicompostagem reduziu os teores de B, Cu, Fe e Mn na parte aérea das plantas de alface. Os teores dos nutrientes nas plantas de alface variaram em função da adubação de solo e das doses de nitrogênio em cobertura, o que mostra que, com o aumento das doses de N, houve aumento nos teores foliares dos nutrientes analisados, exceto para o B, Cu e Zn.Item Fatores genéticos e ambientais na emergência de plântulas de pequizeiro (Caryocar brasiliense camb.).(2009) Rocha, João Paulo; Fernandes, José Sebastião Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lopes, Paulo Sérgio Nascimento; Santana, Reynaldo Campos; Fernandes, José Sebastião CunhaA baixa taxa de germinação pode ser o principal fator responsável pelo desestímulo às práticas de plantios comerciais de pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.). O objetivo deste trabalho foi verificar os fatores ambientais (localização geográfica), procedência, progênie, ácido giberélico e tempo de armazenamento das sementes na emergência de plântulas dessa espécie. Foram coletadas sementes de progênies (matrizes) oriundas dos municípios mineiros de São Gonçalo do Rio Preto, Curvelo e Serro – distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras. As sementes foram coletadas em janeiro de 2005 e 2007 para o experimento 1 e em janeiro de 2007 e 2008 para o experimento 2, sendo semeadas em dois municípios: Diamantina (ambiente de baixa temperatura) e Curvelo (ambiente de alta temperatura). Os dados foram analisados através de testes Qui-quadrado para independência. Para os experimentos 1 e 2, conduzidos em Curvelo, todos os fatores foram altamente significativos (P<0,1%), exceto o efeito de procedência (P = 6,89%) e do ácido giberélico (P = 6,08%), ambos do experimento 1. No experimento 1, conduzido em Diamantina, nenhum fator foi significativo a 10%, exceto o tempo de armazenamento (P = 5,64%) e o efeito ambiental (P<0,01%). Já no experimento 2, conduzido em Diamantina, todos os fatores foram significativos a 5%. A não significância para a maioria dos fatores em Diamantina no experimento 1 foi em decorrência da baixíssima taxa de germinação nesse ambiente (apenas 11 sementes germinaram, de um total de 2010). A diferença de germinação foi também significativa entre os dois ambientes - Curvelo e Diamantina, para os dois experimentos. Entretanto, no experimento 2, a germinação foi menor em Curvelo, contrariando as expectativas. Acredita-se que a ocorrência desse fato seja porque no ano de 2008 a sementeira em Diamantina foi montada no chão e não suspensa, como em Curvelo. A variação térmica seria maior no leito de areia suspenso por estar com a parte inferior exposta à temperatura ambiente. Conclui-se que: a) a emergência em plântulas de pequizeiro é influenciada tanto por fatores genéticos como ambientais; b) a frequência de emergência em plântulas de pequizeiro é altamente influenciada pela planta matriz da qual foram colhidas; c) O efeito de populações (procedências) na emergência em plântulas de pequizeiro pode ser decorrente do pequeno tamanho dessas populações, confundindo-se com o efeito de matrizes; d) O tratamento de sementes de pequizeiro com ácido giberélico pode não ser garantia de maior emergência; e) O tempo de armazenamento de sementes de pequizeiro influencia consideravelmente a taxa de emergência.Item Caracterização, mapeamento, volume de água e estoque de carbono da turfeira da área de proteção ambiental Pau-de-Fruta em Diamantina – MG.(2009) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Grazziotti, Paulo Henrique; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Guilherme, Luiz Roberto GuimarãesA turfeira é formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Em Diamantina, esse pedoambiente é encontrado na Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, situada a 6 km da sede do município, a uma altitude média de 1366 m. A APA está inserida na Serra do Espinhaço Meridional, sua litologia é predominantemente quartzítica e a vegetação é típica de campo rupestre, com pequenas ilhas de cerrado denominadas capões, que se adaptaram ao ambiente hidromórfico. O ambiente é oligotrófico e apresenta elevados teores de Al3+ e valores de saturação por alumínio. As turfeiras formadas nessa área apresentam verticalmente uma estrutura bem definida, sendo que as camadas mais superficiais foram classificadas, de acordo com seu estágio de decomposição, como fíbricas, as intermediárias como hêmicas e as camadas mais profundas, como sápricas. A turfeira, por ser um ambiente de acúmulo de matéria orgânica em condições de baixa atividade de O2, favorece a formação e a manutenção de substâncias húmicas, sobretudo as frações menos solúveis, de forma que o teor de humina é maior que os teores de ácidos húmicos que, por sua vez, são maiores que o teor de ácidos fúlvicos. A turfeira, devido ao seu comportamento tipo esponja, apresenta grande importância na dinâmica da água nessa região, de forma que, nos períodos chuvosos, ela armazena água em seus poros e a libera de forma gradativa com o passar do tempo. A turfeira da APA Pau-de-Fruta ocupa 81,75 ha, armazena cerca de 629.782 m3 de água e estoca em torno de 33.129 toneladas de carbono. Dessa forma, a turfeira da APA Pau-de-Fruta representa um considerável reservatório natural de água, bem como o importante ambiente de sequestro de carbono e é fundamental para o abastecimento de água da cidade de Diamantina.Item Análise ambiental e energética do tratamento de dejetos líquidos de suínos.(2009) Souza, Cássio Vinícius de; Silva, Enilson de Barros; Campos, Alessandro Torres; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Campos, Alessandro Torres; Silva, Enilson de BarrosNo Vale do Jequitinhonha a suinocultura é uma atividade predominantemente praticada por pequenos produtores, os quais têm pouca informação sobre o manejo adequado dos dejetos oriundos da atividade. O manejo adotado geralmente se resume ao armazenamento desses dejetos e posterior aplicação no solo sem um tratamento prévio, constituindo um fator de poluição ambiental. Dessa forma torna-se necessário a utilização de dispositivos que promovam a redução do potencial poluidor dos dejetos e o reaproveitamento integral desses resíduos como forma de resgate de parte da energia empregada no processo produtivo. Diante disso os objetivos desse trabalho foram avaliar a eficiência do sistema de lagoas de estabilização em série na redução do potencial poluidor dos dejetos líquidos de suínos em uma granja comercial em ciclo completo com 500 animais, com vistas ao seu reaproveitamento como biofertilizante e estimar a quantidade de energia para produção de suínos em ciclo completo e o balanço energético do sistema com reaproveitamento dos resíduos gerados como biofertilizante em área de pastagem. Foram coletadas amostras em diferentes pontos do sistema de tratamento e efetuadas as análises dos seguintes parâmetros: pH, Demanda bioquímica de oxigênio (DBO), Demanda química de oxigênio (DQO), Sólidos totais (ST), Sólidos totais fixos (STF), Sólidos totais voláteis (STV), Sólidos suspensos totais (SST), Sólidos suspensos fixos (SSF), Sólidos suspensos voláteis (SSV), Nitrogênio total (N-Total), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Quantificou-se o coeficiente energético de cada componente envolvido no processo produtivo de suínos terminados, tratamento dos resíduos e produção de pastagem de Brachiaria decumbens, nas formas de ração, trabalho humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, combustíveis e lubrificantes, instalações, produção de suínos vivos e produção de Brachiaria decumbens. A remoção da carga orgânica obtida pelo sistema de lagoas de estabilização em série foi de 84,38% da DBO e 85,27% para a DQO. A série de sólidos apresentou comportamento semelhante e os nutrientes N-Total, P, K, Ca e Mg foram removidos em 28,30; 63,46; 12,24; 42,84 e 74,95% respectivamente. O sistema foi eficiente na remoção da carga orgânica e o efluente tratado demonstrou características favoráveis ao seu reaproveitamento como biofertilizante. No sistema de produção de suínos avaliado, a quantidade média de energia para produzir 1 kg de suíno vivo foi de 53,35 MJ. De toda energia empregada no sistema 76,03% (1.067.106,07 MJ) se referem às entradas e 23,97% (331.400 MJ) as saídas, resultando em um coeficiente de eficiência energética de 0,31. A energia transformada em suínos para abate correspondeu a 55,58% (184.200 MJ) das saídas, ao passo que a pastagem de Brachiaria decumbens assumiu um valor de 44,42% (147.200 MJ) apontando que a utilização dos resíduos da cadeia suinícola promoveu renovação de energia, reduzindo os impactos ambientais e minimizando a importação de energia.Item Qualidade fisiológica de sementes de sempre-viva Syngonanthus spp submetidas à crioconservação.(2009) Duarte, Daniela Moreira; Nunes, Ubirajara Russi; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nunes, Ubirajara Russi; Brandão Júnior, Delacyr da Silva; Ruffini, José Carlos MoraesAs sempre-vivas (Syngonathus spp) espécie pertencente à família Eriocaulaceae, possui grande interesse comercial e recentemente medicinal para a população da sua área de ocorrência. Com a inclusão de algumas espécies desse gênero na lista de espécies ameaçadas de extinção torna-se necessárias medidas que garantam a conservação da espécie seja in situ ou ex situ. Diante disso, a crioconservação de sementes é uma alternativa economicamente viável e que exige um protocolo para cada espécie. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de sempre-viva em relação ao efeito do descongelamento após imersão em nitrogênio líquido e a influência dos diferentes locais e períodos de armazenamento. A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira parte consistiu em avaliar o efeito do descongelamento em quatro ambientes (freezer, ambiente,banho-maria e microondas) sobre o comportamento fisiológico das sementes de sempre-viva Syngonanthus elegans e Syngonanhus arthrotrichus. Os tratamentos foram dispostos em com delineamento inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância, com as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Pelos resultados constatou-se que ambas as espécies podem ser crioconservadas. Para as Syngonanthus elegans não houve diferença estatística entre os tratamentos e para a Syngonanthus arthrotrichus o descongelamento em microondas e à temperatura ambiente proporcionaram os melhores resultados. A segunda parte consistiu em avaliar os locais de armazenamento (nitrogênio líquido, geladeira e ambiente) durante quatro períodos (0, 40, 80 e 120 dias) através dos testes de vigor (teste de primeira contagem da germinação e índice de velocidade de germinação), germinação, matéria fresca, matéria seca e comprimento de plântulas. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial (3X4), com delineamento inteiramente casualizado e os dados foram submetidos à análise de variância, com as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Pelos resultados constatou-se que esta espécie pode ser crioconservada com sucesso e que todos os métodos de descongelamento em temperatura ambiente e em microondas consistiram na melhor alternativa. O armazenamento em geladeira apresentou os melhores resultados para as sementes analisadas. Para todos os parâmetros avaliados todos os períodos de armazenamento foram eficientes para as sementes de S. elegans. As sementes de Syngonanthus arthrotrichus mantiveram a qualidade fisiológica quando armazenadas em geladeira.