Pós-Graduação em Produção Vegetal

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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

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    Biologia floral e polinização de espécies de pitaia
    (UFVJM, 2023) Sena, Cíntia Gonçalves; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Guimarães, Amanda Gonçalves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Há espécies de pitaia que são autocompatíveis, outras que são parcialmente autocompatíveis e, ainda, outras que são autoincompatíveis. Informações relacionadas à biologia floral e à polinização possibilitam identificar as causas da autoincompatibilidade e fatores que limitam a autopolinização em algumas espécies de pitaia. As características morfológicas das flores influenciam a autopolinização e limitam a quantidade de pólen que chega ao estigma das espécies autocompatíveis, reduzindo a frutificação e o tamanho dos frutos. Neste contexto, esta pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a morfologia floral, a viabilidade de pólen, a receptividade do estigma e diferentes métodos de polinização nas espécies Selenicereus undatus (Haw.) - D. R. Hunt e Hylocereus polyrhizus (F.A.C.Weber) Britton & Rose. As avaliações foram realizadas em plantas com cinco anos de idade, provenientes de propagação assexuada (estaquia). O pomar está situado a 18°04'43"S, 43°27'28"W e 728 m de altitude, no estado de Minas Gerais, Brasil. O clima da região é Aw, tropical de altitude, com inverno seco e verão chuvoso. No período de florescimento das plantas, os botões florais foram selecionados e identificados para a avaliação da morfologia floral. A viabilidade de pólen, a receptividade do estigma e a realização de diferentes métodos de polinização na antese foram avaliadas a partir da seleção e da proteção dos botões florais na fase de pré-antese. Os dados de morfologia floral, de receptividade do estigma e de viabilidade polínica foram avaliados a partir de uma análise descritiva para cada espécie. Os dados dos métodos de polinização foram submetidos à análise de variância e comparação de médias, utilizando-se o teste Tukey, a 5% de probabilidade de erro. As espécies H. polyrhizus e S. untadus apresentam diferenças na morfologia floral, diferindo na quantidade e na coloração dos tecidos de proteção dos botões florais. Ambas as espécies apresentam flores completas, com órgão masculino e feminino. A hercogomia é mais acentuada na H. polyrhizus. A antese nas duas espécies é coincidente, com maior duração na S. undatus. Durante a antese, ambas as espécies apresentam os estigmas receptivos e disponibilidade de grãos de pólen viáveis, com anteras deiscentes antes da abertura das flores. H. polyrhizus apresentou autoincompatibilidade e S. undatus, autocompatibilidade. As sementes de polinização cruzada manual entre espécies e natural apresentaram maior taxa de germinação que às de autopolinização e polinização com pólen da mesma espécie. A polinização cruzada manual é uma prática de manejo essencial no cultivo de espécies de pitaia. A autopolinização na espécie autocompatível (S. undatus) resulta em baixo índice de frutificação e na formação de frutos fora do padrão comercial. Na H. polyrhizus, a polinização cruzada manual promoveu incremento de produtividade de 244% em relação à polinização natural. Os frutos da polinização cruzada manual recebem melhor classificação e, com a polinização natural, a maioria dos frutos não alcança o tamanho mínimo para a comercialização.
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    Calagem, fertilização e polinização no cultivo de pitaia
    (UFVJM, 2023) Alves, Deilson de Almeida; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Maria do Céu Monteiro; Fialho, Cíntia Maria Teixeira; Rufini, José Carlos Moraes; Grazziotti, Paulo Henrique
    Informações relacionadas à calagem, fertilização e polinização no cultivo de espécies de pitaia contribuem para o aumento da produtividade, da qualidade das frutas e da rentabilidade dos pomares. Assim, este trabalho foi desenvolvido para contribuir com essas informações, que são relevantes para os produtores e pesquisadores e os resultados da pesquisa apresentados em três artigos científicos. No primeiro artigo, o objetivo foi avaliar a calagem e a fertilização NPK na produtividade, os teores de P, K, Ca e Mg no solo e de N, P e K nos cladódios de Hylocereus polyrhizus, em duas safras consecutivas. No primeiro ciclo de produção o incremento foi de 312% e, no segundo ciclo, de 185% na produtividade, com calagem e fertilizações de 303 e 166 kg ha-¹ de N, 106 e 96 kg ha-¹ de P2O5 e 237 e 175 kg ha-¹ de K2O, alcançando produtividade de 10,8 e 16,1 Mg ha-¹. Com o manejo da calagem e fertilizações NPK foi possível a correção de pH do solo (6,5), elevação da saturação por bases a 65%, o requerimento de Ca e Mg para 3,1 cmolc dm-³ e aumentar os teores de P para 64 a 165 mg dm-³ e de K para 646 a 623 mg dm-³, no solo e para 10 a 12 g kg-¹ o N, 1,32 a 2,35 g kg-¹ o P e 40 a 52 g kg-¹ o K, nos cladódios. A realização de calagem em solos ácidos adéqua as características químicas do solo para o cultivo de espécies de pitaia. A fertilização NPK em solo com baixos teores de nutrientes e matéria orgânica aumenta a produtividade de pomar de pitaia. No segundo artigo, o objetivo foi avaliar a exportação de nutrientes e a qualidade das frutas de H. polyrhizus em função da fertilização NPK e da calagem no solo. As quantidades de nutrientes exportados por tonelada de frutas de H. polyrhizus foram: de K, 12,65 kg; de N, 3,24 kg; de Ca, 1,53 kg; de P, 0,54 kg; de Mg, 0,33 kg; de Mn, 166,0 g; de Fe, 12,67 g e de Zn 3,49 g, com a realização de calagem no solo. A ordem de exportação de nutrientes pelas pitaias difere na casca e polpa, sendo, na casca, K>N>Ca>Mn>P>Mg>Fe>Zn e, na polpa, K>N>Ca>P>Mg>Mn>Fe>Zn. A calagem aumenta a quantidade de nutrientes exportados para as frutas, principalmente Ca, P e Mg na casca. A fertilização com K2O melhora a qualidade das frutas nos pomares de pitaia. A calagem e a fertilização NPK devem ser realizadas no cultivo de pitaia para adequar os teores de nutrientes no solo visando repor os nutrientes exportados pelas colheitas das frutas. No terceiro artigo, o objetivo foi comparar a rentabilidade do pomar de pitaia com o manejo da polinização cruzada manual e a polinização natural em espécies autocompatíveis e autoincompatíveis. O manejo da polinização cruzada manual no pomar de pitaia incrementou a produtividade em mais de 150%, desde o primeiro ciclo de produção. A polinização cruzada manual possibilitou o retorno do capital investido em 1,0 hectare de pitaia, no segundo ciclo produtivo do pomar, com rentabilidade de 76%. Com a polinização natural, o retorno do investimento inicial ocorreu no terceiro ciclo produtivo, com rentabilidade de 72%. A rentabilidade do pomar de pitaia é maior com a polinização cruzada manual em espécies autocompatíveis e autoincompatíveis em relação à polinização natural. O cultivo de espécies de pitaia em áreas que apresentam solo ácido e baixos teores de nutrientes, é necessário o manejo da calagem, aliado a fertilização adequada com NPK, para a produção de pitaias com qualidade comercial e o aumento de produtividade dos pomares. Espécies de pitaia autocompatíveis e autoincompatíveis alcançam maior produtividade quando polinizadas manualmente e, mesmo que o custo de produção seja maior com esse manejo, a rentabilidade é maior em relação a pomares com polinização natural, devido a produção de frutas com maior tamanho e uniformidade, além de mais frutas por planta.
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    Adubação potássica na qualidade, composição centesimal e exportação de nutrientes minerais de pitaia
    (UFVJM, 2018) Rabelo, Josimara Mendes; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Maria do Céu Monteiro; Rufini, José Carlos Moraes; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Silva, Enilson de Barros
    As frutas produzidas pelas espécies de pitaia têm se destacado por apresentarem aparência exótica, alto teor de água, baixas calorias, vitaminas e minerais, além de compostos bioativos que as tornam atrativas para consumo. Entretanto, a composição da fruta pode ser alterada de acordo com o local de cultivo, o manejo dos pomares, a época de colheita e o manuseio pós-colheita. Em relação ao manejo dos pomares, têm-se observado variações pelo fato de as espécies de pitaia serem consideradas rústicas, capazes de tolerar condições adversas de baixa disponibilidade de água e nutrientes, e, principalmente, por falta de informações sobre a adubação, devido ao fato de o cultivo ser recente no Brasil. Dessa forma, a pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a qualidade, a composição centesimal e a exportação de nutrientes em frutas das espécies Hylocereus undatus e Hylocereus polyrhizus, fertilizadas com diferentes doses de potássio. As análises foram realizadas em frutas maduras, colhidas em duas safras de um pomar localizado em Couto de Magalhães de Minas, Brasil. A região está situada a 726 m de altitude, apresenta clima Aw, classificado como tropical de altitude, com temperatura média anual de 21,5 °C. O solo da área de cultivo é do tipo Latossolo Amarelo-distrófico, com 60% de areia, 27% de argila, 13% de silte e 0,3% de matéria orgânica. A adubação potássica foi realizada em doses de 0; 50; 100 e 200 g de K2O por planta. A adubação complementar foi realizada com N 100 g por planta e, na época do plantio, foi realizada a calagem para elevar a saturação por bases para 60% e 50 g P e 10 L de esterco bovino foram incorporados ao solo. Os resultados evidenciaram que, com o manejo da adubação potássica, as frutas produzidas pelas espécies de pitaia alcançam maiores tamanhos e melhor sabor. A composição centesimal das frutas é alterada com o manejo da adubação dos pomares. As frutas produzidas por plantas com maior disponibilidade de K2O apresentam maiores teores de matéria seca, fibras, cinzas carboidratos e valor energético, e menor teor de umidade, possibilitando a conservação por mais tempo se for armazenada adequadamente. O K foi o nutriente mais exportado pelas duas espécies de pitaia, seguido pelo N, P, Ca e Mg. Em relação aos micronutrientes, o mais exportado foi o Mn, seguido por Fe, Cu, Zn e B. Pomares de pitaia que alcançam altas produtividades necessitam de maior quantidade de nutrientes, devido à maior exportação pelas frutas. Pomares que são fertilizados com potássio produzem frutas com melhor composição, maior quantidade de nutrientes e melhor qualidade final, aumentando a aceitação por parte dos consumidores, além de alcançar melhor classificação de tamanho e melhores preços na comercialização.
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    Calagem para o cultivo da pitaia
    (UFVJM, 2018) Reis, Letícia Alves Carvalho; Cruz, Maria do Céu Monteiro da; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Moreira, Rodrigo Amato; Cruz, Maria do Céu Monteiro da
    O cultivo das espécies de pitaia no Brasil teve aumento na última década e, em função disso, têm-se buscado informações relacionadas ao manejo dos pomares, para que seja possível alcançar altas produtividadese frutas com qualidade comercial. Para isso, a prática da calagem é fundamental, considerando os tipos de solo cultivados no Brasil, que são ácidos, em sua maioria. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de avaliar a necessidade de calagem para determinar a saturação de alumínio tolerada, a saturação por bases desejada e o requerimento de cálcio e magnésio para o cultivo das espécies de pitaia Hylocereus undatus e H. polyrhizus. A pesquisa foi realizada em dois tipos de solo diferentes, o Neossolo Quartzarênico e o Latossolo Vermelho Amarelo distrófico, estudados em dois experimentos. Os experimentos foram conduzidos casa de vegetação, organizados em esquema fatorial 2 x 4, sendo duas espécies de pitaia, H. undatus e H. polyrhizus e quatro necessidades de calagem, 0; 0,8; 1,2 e 1,7 t ha-1, para Neossolo e 0; 1,3; 2,0 e 2,8 t ha-1, para Latossolo, distribuídos em blocos casualizados, com cinco repetições. A calagem foi realizada com calcário dolomítico para elevar a saturação por bases desejada a partir da saturação de bases inicial dos solos. A calagem elevou o pH, aumentou os teores de K, Ca e Mg, a saturação de Ca, a saturação de Mg e a saturação por bases nos solos. Os teores de P, Ca e Mg aumentaram e os teores de N, K, Zn, Mn e Fe diminuíram, nas brotações das duas espécies de pitaia, com o aumento da quantidade de calcário aplicada. As necessidades de calagem para a maior produção de matéria seca nas duas espécies de pitaia foi de 1,7 t ha-1, no Neossolo e de 1,9 t ha-1, para a espécie H. polyrhizus e de 2,8 t ha-1 para a espécie H. undatus cultivadas em Latossolo. A calagem é uma prática que deve ser realizada para o cultivo das espécies de pitaia em solos ácidos para elevar o pH, a saturação por bases, reduzir a saturação de alumínio e adequar o requerimento de cálcio e de magnésio. As espécies H. undatus e H. polyrhizus cultivadas em Latossolo Vermelho Amarelo distrófico apresentam maior crescimento quando a saturação de alumínio no solo está entre 1% e 4%, saturação por de bases entre 55% e 70% e requerimento de cálcio e magnésio em 3,0 cmolcdm-3. As espécies de pitaia cultivadas em Neossolo Quartzarênico apresentam maior crescimento quando a saturação de alumínio no solo está entre 13% e 16%, a saturação por bases em 70% e o requerimento de cálcio e magnésio em 2,5 cmolc dm-3. A acidez do solo interfere no crescimento das espécies de pitaia, que preferem solos com pH entre 6,6 e 7,0. A calagem para atender às exigências das espécies de pitaia deve ser realizada de acordo com os atributos químicos de cada tipo de solo.