Pós-Graduação em Produção Vegetal

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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

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    Avaliação ambiental da produção de suínos em sistema de camas sobrepostas e reaproveitamento dos resíduos como biofertilizante na cultura do milho.
    (2010) Veloso, Alessandro Vieira; Silva, Enilson de Barros; Campos, Alessandro Torres; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Colen, Fernando; Silva, Enilson de Barros; Campos, Alessandro Torres
    A criação de animais em regime de confinamento, na região do Alto Vale Jequitinhonha-MG, depara-se com condições térmicas ambientais altamente favoráveis e a suinocultura apresenta-se como uma atividade promissora, principalmente no âmbito da agricultura familiar, modalidade bastante compatível com a realidade dessa região. Nesse contexto, é importante considerar que embora tenha importância social e econômica para o Brasil, nos últimos anos, a suinocultura vem sofrendo severas críticas em virtude da poluição, sobretudo hídrica, constatada nas regiões de maior concentração animal, colocando sob questionamento o modelo produtivo atualmente adotado. Contudo, observa-se interesse crescente pela adoção de sistemas alternativos de criação de suínos, entre eles, a criação em cama sobreposta que reduz os riscos de contaminação ambiental pela conversão do manejo dos dejetos da fase líquida para a sólida, além da possibilidade de utilização do material orgânico resultante dessa prática como fertilizante. Os objetivos deste trabalho foram: (a) fazer a caracterização física e química da cama sobreposta de suíno como adubo orgânico, levando em conta a legislação brasileira vigente quanto às exigências para a destinação de compostos orgânicos; e (b) avaliar os efeitos da aplicação da cama sobreposta de suíno nos atributos químicos de um Neossolo Quartzarênico e na produção de massa seca e acúmulo de nutrientes em plantas de milho. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir: (1) há necessidade de um período de maturação, sem a presença dos animais, antes que a cama sobreposta seja utilizada como adubo orgânico; (2) os parâmetros da cama sobreposta avaliados neste estudo se enquadram na legislação brasileira como fertilizantes orgânicos simples; (3) embora tenha proporcionado incrementos na produção de massa seca do milho, os efeitos da adubação orgânica com cama sobreposta foram muito mais relevantes em promover melhorias nas propriedades físico-químicas do solo do que em fornecer nutrientes ao milho; (4) ainda são escassas as informações sobre o uso de cama sobreposta como fertilizante orgânico; e (5) um aspecto interessante a se avaliar em estudos futuros envolve, principalmente, a mineralização do nitrogênio de diferentes tipos de cama, bem como de camas submetidas a diferentes tempos de permanência no sistema de criação, a fim de que seja possível estabelecer o potencial fertilizante nitrogenado desse composto e recomendar doses desse fertilizante às culturas comerciais.
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    Sistema de pré-cultivo com crotalária na cultura do milho no Médio Vale do Jequitinhonha, MG.
    (2010) Massad, Marília Dutra; Oliveira, Fábio Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fávero, Claudenir; Brandão Júnior, Delacyr da Silva
    O trabalho foi realizado com o objetivo de conhecer os efeitos promovidos pelo manejo da adubação verde na forma de pré-cultivo com a crotalária, aliado a doses de esterco bovino, no desempenho da cultura do milho. O experimento foi desenvolvido na área da Escola Família Agrícola de Virgem da Lapa, no município de Virgem da Lapa-MG, no período de dezembro de 2008 a junho de 2009. Foi adotado o delineamento experimental de “blocos ao acaso”, apresentando quatro repetições, com os tratamentos correspondendo a pré-cultivo com crotalária e seis doses de esterco bovino e uma testemunha (pousio). A crotalária foi usada na forma de pré-cultivo. Antes da implantação do experimento, com a semeadura da crotalária, foi feita uma capina manual e efetuada a calagem. Após 99 dias, com a roçagem da crotalária e da vegetação espontânea (pousio), o milho foi implantado. As doses de esterco bovino foram parceladas em 50% no plantio e 50% em cobertura. Quantificou-se a matéria fresca e seca (t ha-1) do adubo verde, além da composição em macronutrientes. Foi estimada a contribuição da fitomassa de crotalária na retenção da umidade no solo, na temperatura do solo, na capacidade de abafamento da vegetação espontânea, e determinada a composição em macronutrientes. A cultura do milho foi colhida em estágio verde, procedendo-se as avaliações: número de folhas, altura das plantas e da inserção da espiga (m), comprimento e diâmetro da espiga (cm), acumulação de matéria fresca e seca (t ha-1) nas plantas de milho, grãos, palha e sabugo do milho, e produtividade (número de espigas ha-1). Foram determinados os teores de macronutrientes e a quantidade acumulada (kg ha-1) na parte aérea das plantas do milho. A crotalária apresentou grande potencial para uso na adubação verde, com grande acúmulo de fitomassa seca e nutrientes. As áreas cobertas com resíduos de crotalária apresentaram maior retenção de água no solo e redução na temperatura ao longo do seu perfil. A presença da fitomassa de crotalária promoveu redução no crescimento de plantas espontâneas, com 76,13% menos massa seca acumulada, durante o ciclo do milho, além de mudança na composição florística das áreas, com a redução do número de espécies presentes, em seis espécies a menos que no cultivo em solo com pousio. A crotalária, independente da dose de esterco aplicada, influenciou o desenvolvimento vegetativo e produtivo do milho, promovendo as maiores alturas de plantas e de inserção da espiga, maior número de folhas, valores de matéria verde e seca para as plantas inteiras, grãos, palhas da espiga e sabugo. O mesmo foi observado para os parâmetros produtivos de diâmetro, comprimento e produtividade de espigas de milho em estádio verde. As plantas de milho crescidas nas áreas pré-cultivadas com crotalária apresentaram valores superiores quanto aos teores de N e P. De forma geral, a fitomassa da crotalária pré-cultivada ao milho supriu as exigências da cultura, demonstrando o potencial de substituição ao uso do esterco bovino, como fertilizante alternativo.