Pós-Graduação em Produção Vegetal

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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

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    Fenologia, biologia reprodutiva, germinação e desenvolvimento inicial de Cipocereus minensis subsp. leiocarpus N.P. Taylor & Zappi (Cactaceae) no planalto de Diamantina-MG
    (2012) Lopes, Liliane Teixeira; Oliveira, Maria Neudes Sousa de; Mendonça Filho, Carlos Victor; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça Filho, Carlos Victor; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Antonini, Yasmine
    (Fenologia, biologia reprodutiva, germinação e desenvolvimento inicial de Cipocereus minensis subsp. leiocarpus N.P.Taylor & Zappi (Cactaceae) no planalto de Diamantina-MG). No Brasil a família Cactaceae é representada por 160 espécies, das quais 26% ocorrem em campos rupestres. Cipocereus minensis é uma Cactaceae endêmica dos campos rupestres da porção mineira da cadeia do Espinhaço. Neste estudo pretendeu-se avaliar os ritmos de produção de flores e frutos da espécie, sua biologia floral e reprodutiva, além de conhecer seus visitantes florais e prováveis dispersores de sementes, numa área de campo rupestre do planalto de Diamantina-MG. Foram realizados testes de germinação de sementes e avaliado o desenvolvimento inicial das plantas em diferentes substratos. A espécie apresentou características florais como antese noturna, flores brancas, volume abundante de néctar e estruturas do perianto rígidas que sugeriram polinização por morcegos. No entanto, observou-se também a presença de polinizadores diurnos como beija-flores. O sistema reprodutivo de C. minensis é alogâmico, auto-incompatível e os visitantes noturnos foram mais eficientes que os diurnos na formação de frutos. O padrão fenológico de floração e frutificação é subanual, com picos de floração no início e meio da estação seca, em abril e julho, respectivamente. Um outro pico foi observado na estação úmida, em novembro, com menor produção de flores, porém com maior taxa de conversão flor/fruto. C. minensis é uma espécie bem adaptada à sazonalidade climática. Os frutos apresentaram diferenças significativas com relação à época de coleta quanto ao comprimento, diâmetro e peso, com maiores valores na estação úmida. A média do número de sementes por fruto foi de 958,63 ± 369,35, o peso de 1000 sementes foi de 0,53 g e a média do comprimento das sementes foi de 1,5 mm. As maiores taxas de germinação foram obtidas após nove e doze meses de armazenamento (75% e 72%, respectivamente), ou em frutos coletados no estágio mais avançado de maturação (72%). No crescimento inicial as plantas apresentaram maiores diâmetros e alturas no substrato preparado na proporção 1:1:1, composto de areia, solo vermelho e esterco de boi. O armazenamento favoreceu a germinação, que também foi alta em frutos coletados em estágios mais avançados de maturação. Substratos com melhor drenagem e aeração favoreceram um melhor desenvolvimento inicial de plantas dessa espécie. Estas informações darão subsídios para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo da espécie.