Pós-Graduação em Produção Vegetal
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PPGPV - Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal
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Item Cera epicuticular e anatomia foliar de espécies do gênero Sida spp.(2011) Cunha, Viviane Cristina da; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Passos, Juliana Lanna; Ferreira, Evander AlvesDiversas espécies do gênero Sida são importantes plantas daninhas, principalmente em pastagens e culturas anuais. O conhecimento da anatomia e morfologia é fundamental para o controle químico das plantas, bem como o estudo dos mecanismos de penetração dos herbicidas. Características morfofisiológicas e composições químicas estão diretamente relacionadas à habilidade competitiva superior das culturas. O objetivo do trabalho foi fazer uma análise comparativa da produção de matéria seca, área foliar, quantidade de cera epicuticular e estudar a anatomia foliar de três espécies de Sida spp., em diferentes estádios de desenvolvimento, visando obter informações de possíveis barreiras à penetração de agroquímicos além de outras características envolvidas na capacidade competitiva pelos recursos naturais. A partir de criterioso trabalho fitossociológico em áreas de pastagens, observou-se maior índice de valor de importância para as espécies Sida urens, Sida spinosa e Sida rhombifolia. Essas espécies foram coletadas em três estádios fenológicos caracterizados como V1: formação de até 10 folhas completamente expandidas; V2: entre 11 folhas e antes do florescimento e R: após florescimento. As plantas foram cortadas rente ao solo e levadas ao laboratório para quantificação da área foliar, extração e quantificação da cera epicuticular, quantificação da matéria seca da parte aérea e trabalhos anatômicos a partir de cortes e impressões paradérmicas das folhas. Verificou-se, para os estádios V2 e R, maior número de folhas para a espécie Sida rhombifolia, seguida por S. spinosa em V2 e S. urens em R. Esses resultados foram relativamente proporcionais à área foliar para todas as espécies. S. spinosa na fase vegetativa produziu os maiores valores de AFE, não se observando diferenças entre as espécies avaliadas no estádio caracterizado por R. Para a quantidade de cera por unidade de área foliar, entre as espécies num mesmo estádio, verificou-se diferença somente na fase reprodutiva, onde S. spinosa produziu valor superior. Entre os estádios para cada espécie, observou-se decréscimo na quantidade de cera com a idade das plantas. A espécie Sida spinosa apresentou maior densidade estomática na fase R. As três espécies apresentaram menor densidade estomática, maior densidade tricomática e parede celular mais espessa no estádio V2. Conclui-se que as três espécies podem ser mais tolerantes à entrada de produtos químicos na fase vegetativa e a espécie S. spinosa pode ser mais susceptível na fase reprodutiva. De maneira integrada, os resultados esclarecem melhor as diferenças de sensibilidade das espécies a herbicidas e em relação à habilidade competitiva frente às diferentes plantas cultivadas.