Pós-graduação em Ciência Florestal
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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
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Item Comparação florística e estrutural entre os diferentes estratos de uma floresta estacional decidual no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu(UFVJM, 2016) Gonçalves, Thamyres Sabrina; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Mucida, Danielle Piuzana; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Catuzzo, HumbertoAs florestas estacionais deciduais exercem grande importância para biodiversidade brasileira pela imensa diversidade biológica apesar das inúmeras adversidades a que são impostas. No entanto, por terem solos ricos e demandados para agricultura têm sido submetidas à intensa fragmentação e ameaças. A diversidade beta dessa vegetação é imensa por ocorrer geralmente em áreas ecotonais e por isso a singularidade florística é o destaque na fitogeografia dessas formações. O objetivo desse estudo foi avaliar as variações florístico-estruturais entre os estratos de uma floresta estacional decidual no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, na região norte de Minas Gerais. Os dados desse trabalho são provenientes da amostragem de 25 parcelas totalizando um hectare. No estrato arbóreo, foram mensurados os indivíduos com Diâmetro a Altura do Peito ≥ 5 cm (1,3m do solo) excluindo-se indivíduos mortos, lianas e trepadeiras, mensurando-se a circunferência à altura do peito. Para amostragem dos dois estratos da regeneração, foi alocada de forma padronizada dentro de cada parcela do arbóreo uma parcela de 5x5 m para a amostragem das arvoretas, os indivíduos com a altura superior a 1m, e dentro desta uma de 2x2m para a amostragem dos juvenis, tendo-se como critério de inclusão indivíduos com altura até 1m. Em todos os estratos os indivíduos amostrados foram mensurados quanto à altura total. Foram encontrados 2.383 indivíduos, 28 famílias, 64 gêneros e 92 espécies entre os três estratos, sendo no arbóreo, 24 famílias, 54 gêneros e 71 espécies, nas arvoretas 21 famílias, 42 gêneros e 58 espécies, e nos juvenis 15 famílias, 24 gêneros e 38 espécies. O índice de diversidade de Shannon variou de 2,62 a 3,53 e a Equabilidade de Pielou foi de 0,72 a 0,84 indicando uma maior aproximação entre o estrato arbóreo e as arvoretas bem como uma menor diversidade e maior dominância de espécies nos juvenis. As famílias mais bem representadas na comunidade entre os três estratos, foram Fabaceae, Myrtaceae, Anacardiaceae, Bignoniaceae e Combretaceae respectivamente. As espécies de maior destaque em Valor de Importância Ampliado foram Myracroduon urundeuva, Campomanesia sessiliflora, Combretum duarteanum, Anadenanthera colubrina, Bauhinia caatingae, Caesalpinia pluviosa, Inga cylindrica, Bauhini cheilantha, Machaerium floridum e Myrciaria floribunda. As espécies do estrato arbóreo que não possuíam indivíduos representados nos demais tiveram importância menor na comunidade com relação ao VIA, por outro lado, as espécies dos demais estratos que também foram encontradas no arbóreo aumentaram sua importância na comunidade a partir da análise do VIA.Item Diversidade florísca, filogenéca e estrutura em fragmentos de florestas estacionais semideciduais no Espinhaço Meridional(UFVJM, 2020) Silva, Leovandes Soares da; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Botrel, Rejane Tavares; Costa, Fabiane Nepomuceno da; Oliveira, Paula Alves; Mendonça Filho, Carlos VictorA heterogeneidade ambiental e os distúrbios antrópicos são capazes de influenciar a diversidade florística e filogenética em florestas tropicais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a estrutura, diversidade florística e a diversidade filogenética em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual – FESD localizados no Planalto Diamantina, Reserva da Biosfera, Serra do Espinhaço e outras regiões do estado de Minas Gerais, com o propósito de identificar se a composição das espécies está relacionada com as variáveis edáficas, e se a diversidade filogenética varia entre regiões. Para isso, foram estudados dois fragmentos de FESD, sendo um localizado no Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), onde foram alocadas 30 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), o outro fragmento se encontra no Parque Estadual do Biribiri (PEB), onde foram alocadas 25 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), ambos distribuídas de forma sistemática. Em cada parcela foram identificados e mensurados os indivíduos vivos com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm. Foi calculada a distribuição diamétrica, índice de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J´). A diversidade filogenética foi determinada a partir da lista de espécies coletadas nos dois fragmentos (PNSV e PEB) representando o Planalto de Diamantina, e um banco de espécies regionais coletado em fragmentos de FESD, em diferentes regiões e bacias hidrográficas do estado de Minas Gerais: bacia do Rio Doce, Bacia do Rio Jequitinhonha e do Rio São Francisco. Foi encontrada alta diversidade florística, as famílias que mais se destacaram em número de espécies foram: Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae, Melastomataceae e Rubiaceae. As análises multivariadas de redundância (RDA) mostram que a composição de espécies foi pouco explicada pelo ambiente, o que reforça a ideia de que o padrão de distribuição das espécies ocorre por meio de eventos estocásticos como proposto pela Teoria Neutra. O índice de diversidade de Shannon (H’) variou entre 3,8 a 4,1 nats. Ind-1 e equabilidade de 0,85 (J). Os fragmentos do Planalto Diamantina são auto-regenerantes, onde a maioria dos indivíduos se concentram nas primeiras classes diamétricas. Nas comunidades do Planalto Diamantina, bacia do Rio Jequitinhonha e São Francisco as espécies apresentaram agregação filogenética, sendo o efeito da agregação mais pronunciado no Planalto Diamantina. No fragmento do Rio Doce as espécies tenderam a sobredispersão filogenética. No Planalto Diamantina as espécies são mais próximas, a distância média de pares padronizada (sesMPD < 0), enquanto que no fragmento da bacia do Rio Doce são distantes filogeneticamente. Por fim, a elevada diversidade florística bem como as espécies ameaçadas de extinção, tornam esses fragmentos importantes para conservação e manutenção da biodiversidade.