Pós-graduação em Ciência Florestal
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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
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Item Caracterização de áreas degradadas pela extração de cascalho: substrato, estrutura horizontal e florística da regeneração natural(UFVJM, 2016) Lage, Mayara Ribeiro; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Silva, Michele Aparecida Pereira da; Pereira, Israel MarinhoUm trecho da BR- 367, que liga a cidade de Diamantina ao distrito de Guinda, em Minas Gerais, perpassa por áreas de campo rupestre na Serra do Espinhaço Meridional e apresenta diversas áreas de empréstimo, constituídas por jazidas de material granular consumidas em obra rodoviária da própria via entre as décadas de 1960 e 1980. Atualmente tais áreas ainda apresentam-se fortemente degradadas, caracterizando-se pela fraca cobertura vegetal, exposição do solo e inexistência de um sistema de drenagem superficial eficiente. Neste contexto, surge a necessidade de alternativas que tenham eficácia na integração dos conhecimentos silviculturais e princípios ecológicos visando o retorno destas áreas às condições próximas das originais. Este trabalho teve como objetivo entender a relação entre variáveis ambientais e a estrutura horizontal e florística das espécies colonizadoras destes ambientes degradados. Foram selecionadas quatro áreas degradadas, analisadas por fotografias aéreas referentes aos anos de 1960 e 1979 nas quais foi possível detectar das áreas degradadas pontuais. Para o estudo do substrato estratificou-se as quatro áreas selecionadas para a coleta de amostras deformadas e indeformadas de forma preferencial. Obteve-se as proporções de areia, silte, argila, dados de resistência à penetração, densidade de partículas e aparente, porosidade total, micro e macro porosidade. Para a análises químicas foram coletadas entre 5 subamostras de cada estrato com o intuito de se obter uma amostra composta do substrato superficial (0-20 cm), de forma a representar a heterogeneidade ambiental de cada área. Foram analisados: pH em água; teores de P, K+, Mg2+, Ca2+ e Al3+; complexo sortivo (acidez potencial (H+Al), saturação e soma por bases (V% e SB), CTC (T), CTC efetiva (t) e saturação por alumínio (m%) e matéria orgânica (MO). Os dados obtidos foram aferidos e submetidos a análises estatísticas. Realizou-se análise de componentes principais (PCA) pelo software PCORD versão 6, de modo a sintetizar as variáveis de maior relevância na correlação das variáveis analisadas. Para levantamento da comunidade vegetal foi empregado o método da interseção na linha no qual em cada área foram alocadas doze linhas com 10,0 m de comprimento, distribuídas em zigzag, seguindo as coletas de solo, para correlacionar características do solo e vegetação. Cada linha foi subdividida em dez unidades amostrais (UA) contínuas, totalizando 470 UAs e anotado a ocorrência de espécies de hábito herbáceo, arbustivo e arbóreo. Foram calculadoss parâmetros fitossociológicos: frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR), cobertura absoluta (CA), cobertura relativa (CR) e o valor de importância (VI). Para comparar os diferentes setores das áreas estudadas quanto ao perfil de estratégias ecológicas de espécies herbáceas, estas foram classificadas em sistemas de guildas de acordo com as estratégias de regeneração, estratificação e dispersão. Nas quatro áreas analisadas foram amostrados 1.517 indivíduos, pertencentes a 22 famílias e 109 espécies. A análise dos atributos físicos e químicos do substrato evidenciou alta limitação ao desenvolvimento de plantas colonizadoras, apresentando como restrições a alta resistência a penetração e substratos de textura arenosa com baixa fertilidade natural. Verificou-se que houve relação entre os gradientes ambientais e a abundância e composição florística da vegetação colonizadora, ficando a maioria das espécies mais fortemente correlacionada com as variáveis MO, H+Al e V além de proporção de Areia, PT, DMG e RP.Item Caracterização de áreas em Diamantina (MG) sob diferentes tipos de degradação: substrato, dinâmica da vegetação e paisagem(UFVJM, 2012) Amaral, Wander Gladson; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Pereira, José Aldo Alves; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Mucida, Danielle Piuzana; Dutra, Gleyce CamposAtividades antrópicas vêm de encontro com o paradoxo do desenvolvimento e da conservação. Assim a demanda por matéria-prima para sustentar os meios de produção, tem íntima relação com a exploração dos recursos naturais, que realizada de modo inadequado e insustentável, gera a degradação do meio ambiente. Neste contexto, diante dos desafios que se apresentam para a sustentabilidade, alternativas estas, que tenham eficácia no seu propósito (integração dos conhecimentos silviculturais e principios ecológicos) e retorno destas áreas às condições próximas das originais. O presente trabalho teve como objetivos estudar a dinâmica da paisagem e da vegetação arbustivo-arbóreo em áreas sob diferentes tipos de degradadação em Diamantina, MG. As comunidades das áreas degradadas pelo garimpo de diamante (ADGD) e ouro (ADGO), assim como, pelo processo de voçorocamento (ADV) contou com 50 (10 x 10 m), 30 (10 x 10 m) e 36 (5 x 3m) parcelas respectivamente, que no primeiro inventário, foram amostrados todos os indivíduos arbóreo-arbustivo vivos com DAS30 ≥ 3 cm. No segundo inventário, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal e numero de indivíduos para cada área. Os valores de H’ obtidos para as áreas foram comparados aos pares pelo teste de t de Hutcheson. Em cada parcela, foi coletada uma amostra composta do substrato superficial (0-20 cm), sendo analisados os parâmetros químicos: pH em água; teores de P, K+, Ca2+, Mg2+ e Al3+; complexo sortivo (acidez potencial (H +Al), saturação por bases (V%), soma de bases (SB), CTC a pH 7 (T), CTC efetiva (t) e saturação por alumínio (m%)) e matéria orgânica (M.O); físicos: teores de areia, silte e argila, resistência mecânica à penetração ao longo da camada de 0-30 cm, umidade, cobertura de rocha e cascalho exposto. As variáveis ambientais foram comparadas pelo teste t para amostras independentes (P<0,05). Para analisar as correlações entre os gradientes ambientais e vegetacionais foi empregada a Análise de Correspondência Canônica (CCA). A área estudada na dinâmica da paisagem contou com 2.509,92 ha definidos entre os paralelos 7989545,95 e 7984296,35 sul e meridianos 646367,51 e 651117,89 oeste. O mapeamento e classificação da cobertura vegetal foi realizado por meio da interpretação visual de fotografias aéreas para os anos de 1950 e 2006. A quantificação estrutural da paisagem foi descrita por meio de índices de composição e configuração espacial resultantes do software Fragstats. No geral foram amostrados 1.152 indivíduos, pertencentes a 16 famílias e 38 espécies, sendo, 153 indivíduos, 5 famílias e 9 espécies pertencentes a ADGD; 921 indivíduos, 16 famílias e 36 espécies pertencentes a ADGO e 78 indivíduos, 9 famílias e 11 espécies pertencentes a ADV. A análise dos atributos físicos e químicos do substrato evidenciou alta limitação ao desenvolvimento de plantas colonizadoras, apresentando como restrições, substratos de textura arenosa com baixa fertilidade natural, acidez elevada além de classe de resistência a penetração média para as áreas degradadas pelo garimpo de ouro e diamante. Verificou-se que houve relação entre os gradientes ambientais e a abundância e composição florística da vegetação colonizadora, ficando a maioria das espécies mais fortemente correlacionada com as variáveis topográficas (desnível), químicas (M.O e m) e físicas (umidade). Todos os indicadores estruturais analisados mostraram que as áreas estão em processo de construção inicial, porém a área degradada pelo garimpo de ouro encontra-se em estágio sucessional mais avançado quando comparado com área degradada pelo processo de voçorocamento e a área degradada pelo garimpo de diamante. Os mapas temporais de cobertura do solo evidenciam que a área de estudo apresenta grande influência de atividades antrópicas. Contudo a quantidade de habitat natural na área de estudo foi bem superior ao limiar de percolação, passando de 99,26% (2491,59 ha) em 1950 para 89,62% (2249,35 ha) em 2006. Nesse contexto, é possível constatar que a paisagem se manteve estruturalmente conectada por meio de grandes fragmentos de vegetação nativa, proporcionando condições de sustentabilidade.