Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Uso de espécies florestais para a fitorremediação de solos contaminados por herbicidas
    (UFVJM, 2019) Cabral, Cássia Michelle; Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Francino, Dayana Maria Teodoro; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Pereira, Israel Marinho; Francino, Dayana Maria Teodoro; Pires, Fábio Ribeiro; Costa, Fabiane Nepomuceno da
    O ser humano opera diretamente nas alterações do ambiente. Para sua permanência no planeta foi imprescindível a procura por alternativas que viabilizem a eficiência na produção de alimentos, e o desenvolvimento de tecnologias capazes de tornar a vida mais confortável. No intuito de manter uma relação proporcional entre a produção agrícola e a demanda da população, foram necessárias transformações nas técnicas de plantio, com o fim, entre outros, de minimizar as perdas na produção. A utilização de moléculas herbicidas em mistura e até mesmo a aplicação sequencial de herbicidas em um único ciclo de culturas, para o máximo de controle das invasoras tornou-se prática habitual. Neste sentido, mesmo adotando-se todos os cuidados com a escolha do produto e adequada tecnologia de aplicação, o uso destes agroquímicos gera resíduos capazes de contaminar solo, água e ar. Dentre os herbicidas mais utilizados estão, 2,4-D, atrazine, diuron e hexazinona, todos com relatos de contaminação ambiental, notadamente pelo deslocamento via água. De acordo com a problemática apresentada objetivou-se com este trabalho verificar a tolerância a herbicidas, de cinco espécies florestais nativas: Inga vera Willd (Fabaceae), Calophyllum brasiliense Cambess (Calophyllaceae), Tapirira guianensis Aubl. (Anacardiaceae), Senna macranthera (DC. ex Collad.) H. S. Irwin Barneby (Fabaceae) e Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart (Bignoniaceae), por meio de avaliações de crescimento, intoxicação, análises anatômicas e fisiológicas, assim como verificar a capacidade remediadora. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições, sendo o experimento conduzido em campo durante três anos em unidades de contenção com capacidade para 210 dm3, cada. Foram realizadas 3 aplicações dos herbicidas 2,4-D, atrazine e a mistura hexazinone +diuron, por simulação da contaminação de lençol freático. Cada aplicação correspondeu a meia dose comercial do composto por hectare totalizando, para cada herbicida, 150% da dose média recomendada. Tais aplicações foram efetuadas a partir do vigésimo oitavo mês de desenvolvimento das plantas, iniciando-se pelo 2,4-D, após 60 dias, atrazine e após 60 dias, a mistura diuron + hexazinone. Aos 59 dias após a primeira aplicação de cada herbicida foram avaliados a altura da planta, o diâmetro do caule e o número de folhas. Adicionalmente foi verificado modificações anatômicas advindas da exposição aos herbicidas, além de análises fisiológicas: fluorescência da clorofila “a” e aferições em relação as trocas gasosas. Ao final de 40 meses avaliou-se a capacidade remediadora das espécies arbóreas por meio de análises cromatográficas do solo, material vegetal e água residual provenientes das unidades amostrais, para detecção do resíduo. Inga vera e C. brasiliense apresentaram sensibilidade a mistura 2,4-D + atrazine. Tapirira guianensis foi tolerante a mistura 2,4-D + atrazine, S. macranthera e C. antisyphilitica foram tolerantes à aplicação sequencial dos herbicidas. Senna macranthera se destaca como fitorremediadora dos herbicidas 2,4-D e atrazine, tolerando e reduzindo a quantidade de resíduo presente no solo, no entanto esta espécie é somente tolerante a mistura 2,4-D+atrazine+ hexazinona +diuron. Cybistax. antisyphilitica tolerou e fitorremediou o solo com a mistura de herbicidas, reduzindo os resíduos, mesmo com sintomas de intoxicação.
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    Espécies arbóreas potenciais para fitorremediação de herbicidas em ambientes sombreados
    (UFVJM, 2019) Vieira, Keila Cristina; Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Pereira, Israel Marinho; Santos, Leonardo David Tuffi; Cabral, Cássia Michelle
    Diante da expansão agrícola e o cenário atual de demanda no uso de defensivos agrícolas existe uma grande preocupação quanto ao potencial de contaminação do ambiente por herbicidas em decorrência da lixiviação e/ou escoamento superficial destas substâncias. Neste sentido, pesquisas com espécies tolerantes e potenciais fitorremediadoras na revegetação e descontaminação dos ecossistemas com histórico de uso de herbicidas tornam-se motivadoras. O objetivo geral desta tese foi avaliar as modificações na fisiologia e crescimento bem como sintomas de intoxicação ocasionados por diferentes herbicidas em ambientes contrastantes de radiação fotossinteticamente ativa (RFA), a fim de verificar se o sombreamento influencia na tolerância de espécies a herbicidas em ambientes com diferentes condições de sombreamento. No primeiro capítulo, os tratamentos consistiram do cultivo de Schinus terebinthifolius (aroeira) e Copaifera langsdorffii (copaíba) em substrato com resíduos de atrazine e hexazinone em dois níveis de intensidade luminosa. A fisiologia e crescimento das espécies, à exceção da altura, não foram afetados pelos herbicidas nos dois ambientes. Essas espécies apresentam tolerância aos herbicidas, contudo, a radiação incidente interfere no processo. Assim, o sombreamento proporcionou maior tolerância das espécies aos herbicidas. No segundo capítulo, os tratamentos consistiram do cultivo de Senna macranthera (fedegoso), Tibouchina granulosa (quaresmeira-roxa), Inga edulis (Ingá) e Handroanthus impetiginosus (Ipê-roxo) em seis ambientes com diferentes intensidades luminosas. A Radiação Fotossinteticamente Ativa afeta o crescimento e fisiologia das plantas, sendo mais significativo do que o resíduo dos herbicidas para a maioria das variáveis. Para as espécies Senna macranthera e H. impetiginosus, tolerantes aos herbicidas, maiores taxas de RFA potencializam o processo de descontaminação. Portanto, a quantidade de radiação fotossinteticamente ativa pode ser considerada o fator chave no processo de fitorremediação por espécies arbóreas.
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    Fitorremediação por espécies arbóreas de solo contaminado com herbicida clomazone: efeito na morfologia, anatomia e rizosfera.
    (UFVJM, 2012) Cabral, Cássia Michelle; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Pires, Fábio Ribeiro; Francino, Dayana Maria Teodoro; Ferreira, Evander Alves
    O crescimento da população mundial ocasiona alta na demanda por alimentos. O processo produtivo gera importante montante de resíduos que funcionam como fontes poluidoras de água, solo e ar. Anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. Dentre estes se encontra o clomazone, do grupo das isoxazolidinonas, um inibidor da síntese de carotenóides e altamente lixiviável. De acordo com a problemática apresentada objetivou-se com este trabalho verificar a tolerância, por meio de avaliações de crescimento, intoxicação, análises anatômicas e de diversidade microbiana do solo, assim como a capacidade remediadora de doze espécies florestais nativas. Para montagem do experimento foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram feitas 3 aplicações do herbicida clomazone com intervalos de 20 dias (aos 60, 80 e 100 dias após o plantio), cada aplicação foi correspondente à metade da dose comercial de 2 L ha-1. Para as avaliações de crescimento foram mensuradas a altura da planta, o diâmetro do caule, o número de folhas, a área foliar e o acúmulo de biomassa seca. Para as verificações anatômicas foram coletadas 2 folhas de cada planta sempre aos 7 dias após a aplicação do herbicida, nas duas primeiras aplicações. Por meio de avaliações micromorfométricas foram medidas na secção transversal das folhas das espécies florestais, a espessura e a área ocupada pelos tecidos: epiderme adaxial e abaxial, parênquima paliçádico e parênquima lacunoso. Para estimativa de intoxicação pelas plantas testadas, avaliou-se o efeito do produto por meio de notas de toxicidade. Para verificação de capacidade fitorremediadora das espécies arbóreas procedeu-se a semeadura da espécie indicadora sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench.) para indicativo do resíduo do herbicida no solo. Posteriormente em amostras de solo provenientes do experimento procedeu-se a análise de T-RFLP com intuito de caracterizar a diversidade microbiana presente. As espécies florestais sobreviveram à aplicação de clomazone, sendo que I. marginata, C. ferrea e S. brasiliensis apresentaram maior tolerância ao herbicida em relação às análise de crescimento, seguidas de S. parahyba, H. serratifolius repetindo-se I. marginata para avaliações da integridade anatômica. No entanto, não foi verificado, nas condições do experimento, remediação do solo para a maioria das espécies testadas. Contudo plantas de sorgo tiveram crescimento normal quando cultivadas em solo onde antes havia I. marginata. Os resultados de T-RFLP confirmaram a diversidade microbiana diferenciada associada a rizosfera de I. marginata.