Pós-graduação em Ciência Florestal
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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
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Item Diversidades florística e funcional de Campo Rupestre na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço(UFVJM, 2023) Roberto, Bruno Gomes; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Rech, André Rodrigo; Morais, Marcelino Santos deEste trabalho teve como objetivo verificar se os parâmetros da teoria dos OCBIL, como a dispersibilidade de espécies reduzida, alto endemismo local e raridade comum, explicariam os padrões de diversidades taxonômica e funcional da flora entre micro-habitats de um Campo Rupestre quartzítico na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. Para isso comparou-se as diversidades taxonômica e funcional entre os micro-habitats rocha, fenda, areia, cupinzeiro e forófito. A hipótese assume que a diversidade taxonômica entre os micro-habitats é diferente, enquanto que a diversidade funcional é similar. Isso porque os Campos Rupestres, mesmo em áreas próximas, possuem alta diversidade taxonômica. Porém, os filtros ambientais similares resultariam em adaptações convergentes nos traços funcionais. A área de estudo encontra-se próxima ao distrito de Extração, Diamantina, Minas Gerais, Brasil. No local foi alocada uma parcela de 100x50 metros e subdivida em 50 subparcelas de 10x10 metros. Nestas foi realizado o censo das angiospermas adultas vivas, indicando o micro-habitat em que se encontravam. As plantas coletadas foram depositas no Herbário Dendrológico Jeanine Felfili. A análise da diversidade taxonômica foi medida pelos índices de similaridade de Jaccard e Czekanowski, e pelo índice de diversidade de Shannon e Equabilidade de Pielou. Na diversidade funcional utilizou-se os índices multidimensionais: riqueza, equabilidade, divergência e dispersão funcional. Foi verificado, através de modelos nulos para a riqueza e dispersão funcionais, se a montagem da comunidade é influenciada por fatores abióticos. Foram encontrados 14600 indivíduos, compreendendo 35 famílias e 110 espécies. Os táxons mais ricos e abundantes foram a família Velloziaceae e o gênero Vellozia. Muitas espécies endêmicas foram amostradas. O micro-habitat mais diverso taxonomicamente foi a areia e o menos os forófitos. O índice de Jaccard mostrou que as espécies dos cupinzeiros e dos forófitos são dissimilares dos outros micro-habitats, exceto na comparação cupinzeiro x rocha. No restante dos micro-habitats, as espécies foram similares. Enquanto que, o índice de Czekanowski indicou similaridade apenas entre areia e fenda. O índice de Shannon variou entre 3,98 na areia e 0,861 nos forófitos. A Equabilidade de Pielou evidenciou que os indivíduos se encontram melhor distribuídos no cupinzeiro e mais concentrados nos forófitos. A análise dos índices multidimensionais de diversidade funcional, baseou-se na forma de vida, consistência da folha e presença de tricomas, síndrome de dispersão de sementes e tipo de fruto. Eles demostraram que a areia obteve o maior valor de riqueza funcional, enquanto que o cupinzeiro mostrou ter a maior equabilidade funcional. Já os índices de divergência e dispersão funcionais foram maiores na rocha. As plantas epífitas alcançaram os menores valores em todos os quatro índices. Os modelos nulos confirmaram que o ambiente influencia na montagem das comunidades. Com isso, corroborou-se parcialmente a hipótese quanto à diversidade taxonômica e totalmente quanto à diversidade funcional. Foi atestado que o Campo Rupestre amostrado atende à expectativa da condição biótica para sua classificação como um OCBIL.