Pós-Graduação em Ensino em Saúde
Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/71e684a2-a99c-4598-9d7f-f226600d65a2
PPGES - Programa de Pós-Graduação em Ensino em Saúde
Browse
121 results
Search Results
Item Educação em saúde para gestantes na Atenção Básica: desafios e potencialidades na era tecnológica(UFVJM, 2023) Santos, Maria Carolina; Ferreira, Vanessa Alves; Rodrigues, Cíntia Maria; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Vanessa Alves; Rodrigues, Cíntia Maria; Guedes, Helisamara Mota; Paula, Fabiana Angélica deA educação em saúde é caracterizada como um conjunto de ações pedagógicas que promovem o conhecimento sobre boas práticas no cuidado. Nessa perspectiva, as atividades educativas direcionadas às gestantes são necessárias na promoção do autocuidado neste período da vida reprodutiva da mulher. Além disso, por intermédio dessas ações, é possível preencher as lacunas durante as consultas de pré-natal e promover um maior conhecimento das gestantes a respeito do processo gravídico puerperal. Nesta direção, o objetivo do trabalho foi realizar uma revisão integrativa sobre as ações de educação em saúde direcionadas às gestantes na Atenção Básica de Saúde do SUS nos últimos cinco anos. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter retrospectivo documental, voltada a identificar publicações relevantes sobre a temática e identificar suas contribuições para a construção do estudo. Buscou-se através da pesquisa em bases de dados nacionais e internacionais, responder a seguinte pergunta: “O que a literatura brasileira tem produzido sobre a temática da construção do conhecimento em saúde de gestantes particularmente nos grupos operativos de educação em saúde na Atenção Básica de Saúde ?”. Utilizou-se como suporte metodológico a estratégia PICO (Paciente, Intervenção, Comparação, Desfechos - Outcomes) que auxilia na construção da pergunta norteadora, organização da revisão integrativa, critérios de inclusão e exclusão (SANTOS, et al, 2007). Foram encontrados ao final da busca doze (12) artigos científicos. Observou-se que a educação em saúde tornou-se uma ferramenta essencial na ABS contribuindo de maneira positiva para o aprimoramento do conhecimento das gestantes sobre sua condição de saúde durante este período. Além disso, fomentou a tomada de consciência e a maior criticidade, a autonomia para o autocuidado e o empoderamento do grupo. Deste modo, para que haja melhor adesão às ações de educação em saúde são necessários investimentos públicos em ferramentas educacionais na ABS, incluindo os recursos tecnológicos e os materiais didáticos (internet, datashow, flipchart, modelos anatômicos, impressos, entre outros) no grupo das gestantes, em particular, tendo em vista os novos modelos de ensino-aprendizagem impostos pela era tecnológica contemporânea.Item Avaliação das práticas de segurança do paciente nas salas de vacinas(UFVJM, 2023) Rodrigues, Jéssica Aparecida Pereira; Gonçalves, Renata Patrícia Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonçalves, Renata Patrícia Fonseca; Guedes, Helisamara Mota; Ribeiro, Gabriela de CássiaEsse trabalho é composto por uma introdução e três capítulos que integra uma revisão integrativa de literatura, uma pesquisa observacional que avalia as práticas de segurança do paciente nas salas de vacinas e o conhecimento autorreferido dos profissionais em relação a essa temática e por uma intervenção educativa focada nas lacunas do processo de vacinação identificadas nos trabalhos anteriores. O objetivo dessa dissertação foi avaliar à luz da literatura científica, a incidência de erro de imunização com e sem de eventos adversos pós-vacinação e os fatores relacionados ao erro, no Brasil; bem como as práticas de segurança do paciente nas salas de vacinação de um município do Norte de Minas Gerais. No percurso metodológico para a revisão integrativa, foi feita uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed, considerando artigos originais publicados desde 2009, identificados em bases de dados por meio de descritores controlados em Ciências da Saúde, adotando-se a estratégia PICO, utilizado os descritores: Vacinação; Imunização Ativa; Imunização; Erros de Medicação; Evento Adverso e seus sinônimos em outros nos idiomas inglês e espanhol. O estudo seguinte trata-se de um estudo observacional, transversal, realizado de maio a junho de 2023, nas salas de vacina da cidade de Montes Claros - MG. A amostra desse estudo foi constituída de 1560 observações de procedimentos de vacinação e abordou 23 profissionais de saúde. Foi utilizado para coleta de dados um instrumento validado denominado Lista de Verificação de Segurança do Paciente em Sala de Vacina e um questionário autoaplicável. Os dados foram analisados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados do estudo de revisão mostram que a incidência de erro de imunização sem evento adverso pós-vacinação foi maior, no entanto, há uma tendência de crescimento do erro com evento adverso ao longo dos anos. Os erros mais encontrados foram de prescrição ou indicação, tipo de imunobiológico e intervalo inadequado entre doses. No artigo referente à avaliação das práticas seguras de vacinação, a adesão às normas recomendadas pelo Ministério da Saúde foi de 88,2% nos procedimentos anteriores a vacinação, seguido de 77,5% durante a vacinação e 59,3% nos procedimentos posteriores. Os itens de menor adesão estavam relacionados à investigação sobre a ocorrência de eventos adversos em doses anteriores, na obtenção de informações do estado de saúde do vacinado, na orientação da importância de completar os esquemas vacinais e dos possíveis eventos adversos pós-vacinais, na dupla conferência da vacina e na higienização das mãos. Evidenciou-se ainda que 100% dos profissionais responderam que conhecem a portaria sobre segurança do paciente, participaram de educação permanente sobre práticas segura de vacinação, conhecem todos os eventos adversos que podem ocorrer após a vacinação e 13% dos profissionais já presenciaram algum erro de vacinação. Os gestores devem disseminar a cultura de segurança do paciente entre os profissionais para que eles possam compreender a importância das notificações de eventos adversos com ou sem erro de imunização. A educação permanente em saúde para atender às recomendações para os procedimentos de vacinação, segundo o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do MS, pode favorecer a segurança do paciente e a identificação de riscos.Item Fatores preditores de morte em idosos após tratamento cirúrgico de fratura do terço proximal de fêmur na macrorregião de Diamantina(UFVJM, 2023) Coelho, Germano Martins; Guedes, Helisamara Mota; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Guedes, Helisamara Mota; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Gonçalves, Renata Patrícia Fonseca; Galvão, Endi LanzaCom o envelhecimento da população, os problemas de saúde relacionados aos idosos se tornam bastante prevalentes, como a fratura de fêmur proximal. Um dos principais desfechos dessa patologia é a morte, com taxas que chegam a 30%. Este estudo teve como objetivo identificar fatores preditores de morte em idosos com fratura de fêmur proximal tratados cirurgicamente. Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo com pacientes acima de 60 anos, portadores de fratura de fêmur proximal, operados no período entre 01 de novembro de 2019 e 31 de dezembro de 2021 em um hospital referência no serviço de ortopedia e traumatologia da região ampliada de saúde Jequitinhonha, Diamantina/Minas Gerais. Foram coletadas através do prontuário eletrônico, informações sociodemográficas, comorbidades apresentadas, circunstâncias das fraturas e suas características, tratamento instituído, período entre internação, cirurgia e alta hospitalar. Outros dados específicos como valor de hemoglobina pré operatória, valor Razão Normalizada Internacional (RNI ), necessidade de controle pós-operatório em centro de terapia intensiva (CTI) e de hemotransfusão, avaliação de risco cirúrgico de acordo com American Society Anesthesiology (ASA) e deambulação antes da alta hospitalar, também foram avaliados. Os dados após alta, foram coletados por meio de contato telefônico/meio eletrônico com paciente ou responsáveis/familiares. A taxa de mortalidade dos pacientes até 1 ano pós cirurgia foi de 30,5%. A mortalidade foi mais alta no sexo feminino, na faixa etária acima dos 85 anos, nas fraturas trocantéricas, nos pacientes com Hb pré-operatória < 12 g/dL, e nos pacientes que foram internados no CTI. Fatores prognósticos independentes associados com mortalidade pós-operatória, após análise univariada e multivariada pelo método de regressão de Cox foram: ter idade maior ou igual a 85 anos na admissão, ter sido internado em CTI e não realização de treino de marcha antes da alta hospitalar. Gênero, comorbidades, tipo de fratura, tipo de implante, lado acometido, escore ASA, nível de hemoglobina pré-operatória, necessidade de hemotransfusão, valor do RNI, tempo entre fratura e cirurgia, e dias de internação hospitalar não demonstraram ter influência na mortalidade. Desta forma, considerando que dentre os fatores preditores, a realização de treino de marcha é modificável, fizemos como produto final da dissertação um folder explicativo com as principais informações necessárias aos pacientes e profissionais responsáveis pelo cuidado pós-operatório sobre o tema, com intuito de minimizar o desfecho mortalidade.Item O uso do peptídeo angiotensina-(1-7) no tratamento de lactantes com fissuras mamárias(UFVJM, 2023) Aguilar, Sonuellany Sena de; Villela, Daniel Campos; Santos, Robson Augusto Souza dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é mundialmente recomendado como a melhor prática nutricional, permitindo um maior contato da mãe com o filho e atuando como uma substância ativamente imunomoduladora. Porém, um dos motivos para o desmame precoce é o surgimento de fissuras mamárias que ocasionam dor, desconforto e até sangramento nos mamilos. A Ang-(1-7), via receptor Mas, desempenha um importante papel de proteção/reparo durante as condições fisiopatológicas, ligadas, principalmente, ao sistema cardiovascular. E justamente, pelo seu efeito vasodilatador, de remodelamento e por ser um peptídeo biodegradável, o uso de peptídeo Ang-(1-7) pode se mostrar altamente eficaz na cicatrização de fissuras mamárias sem interferir no processo de aleitamento materno. Portanto, este estudo teve como objetivo testar a efetividade do peptídeo Ang-(1-7) no tratamento de lactantes com fissuras mamárias no período puerperal, que estivam incapazes de amamentar pela mama lesionada. Metodologia: realizou-se um estudo com abordagem quantitativa, experimental, prospectivo, com um grupo de puérperas do pós-parto imediato, as quais apresentaram queixa/diagnóstico de fissura mamária em uma das mamas, a que esteve impossibilitada para amamentação devido à lesão. Para tal, analisou-se a regressão das fissuras por meio de fotografias convencionais e de temperatura, escala visual analógica de dor, índice de avaliação do trauma e escala de satisfação ao tratamento. Para análise estatística, utilizou-se o teste Manova não paramétrica de medidas repetidas com delineamento misto e χ² de independência. Resultados: o estudo apontou p < 0,005 na interação entre os grupos e tempos, possibilitando produzir dados que nos permitiram avaliar os efeitos benéficos do peptídeo Ang-(1-7) no tratamento de fissuras mamárias.Item Análise da presença do SARS-CoV-2 em águas residuais, superficiais e ictiofauna em 8 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha(UFVJM, 2023) Macedo, Mariana Chayene Viana; Oliveira, Danilo Bretas de; Abreu, Filipe Vieira Santos de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Coronaviridae é uma grande família de vírus de RNA que podem provocar doenças em seres humanos e animais. Em humanos, os coronavírus causam infecções respiratórias, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). No final do ano de 2019 foi descoberto um novo coronavírus, causador da COVID-19. É pacificado na literatura que o SARS-CoV-2 disseminase predominantemente por meio de aerossóis, porém há possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente. É de amplo conhecimento que indivíduos contaminados pelo SARS-CoV-2 eliminam o vírus em suas fezes, podendo o RNA viral ser detectado no esgoto. A Epidemiologia do Esgoto vem sendo explorada fortemente em todo o mundo para monitorar o esgoto urbano a fim de detectar a presença do vírus da COVID-19. Com essa ferramenta, é possível monitorar a presença ou não do RNA viral em determinada população através de análises moleculares. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar a presença de SARS-CoV-2 em esgotos sanitários, em amostras de água e de peixes coletadas em rios que compõem a área da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha ao longo do tempo. As coletas foram feitas mensalmente em 8 municípios da bacia do Jequitinhonha - Minas Gerais, sendo eles: Almenara, Araçuaí, Francisco Badaró, Grão Mogol, Jequitinhonha, Minas Novas, Padre Carvalho e Salinas, de dezembro 2020 a fevereiro de 2022. Em cada cidade foram coletados 3 litros de água de rio e 3 litros de esgoto bruto através de amostragem composta (1 litro a cada 30 minutos) que em seguida foram filtrados e armazenados em criotubos com RNAlater no freezer -80°. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. Ao total foram analisadas 109 amostras de esgoto, 128 amostras de água de rio e 444 amostras de muco de peixes. Todas as amostras de água de rio e peixes apresentaram resultados negativos para a detecção do RNA viral do SARS-CoV-2 por meio da técnica de PCR em tempo real. O RNA viral do SARS-CoV-2 foi detectado em 63,3% das amostras de esgoto. As maiores frequências de detecção no esgoto foram identificadas entre os meses de maio a setembro de 2021 (86,2%) e dezembro de 2021 a março de 2022 (77,8%). Esses achados evidenciam o grande potencial do uso de detecção do RNA viral no esgoto para monitorização ambiental do SARS-COV-2 em cidades. Além disso, nosso estudo evidencia que a técnica de epidemiologia baseada em águas residuais, pode ser fundamental para esse monitoramento em pequenas cidades distantes dos grandes centros urbanos, onde o acesso das pessoas ao diagnóstico individual é muito restrito. Outro fator que nosso estudo salienta é que apesar do vírus estar frequentemente presente no esgoto ele não é detectado nos rios e nem nos peixes da região, demonstrando uma restrição na disseminação ambiental.Item Atuação de uma profissional de Educação Física no Centro Especializado em Reabilitação: um relato de experiência(UFVJM, 2023) Miranda, Karenina Santos de; Oliveira, Sandra Regina Garijo de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Este estudo trata-se de um relato de experiência vivido por uma residente de educação física durante dois anos no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), e tem como objetivo relatar a atuação do Profissional de Educação Física no Centro Especializado em Reabilitação (CER), tendo em vista a importância deste relato, justifica-se discutir sobre a atuação do profissional de educação física dentro da temática intra-hospitalar , possibilitando novas experiências e perspectivas de atuação, contribuindo para a melhoria do serviço ofertado e bem-estar físico e mental de pacientes, acompanhantes e colaboradores. Conclui-se que a atuação do profissional de educação física e de fundamental importância para o processo de reabilitação e recuperação dos pacientes, auxiliando na capacidade funcional de cada indivíduo, melhorando a qualidade e expectativa de vida desses idosos, sendo importante buscar novos estudos da educação física hospitalar para o desenvolvimento de ações através desta prática.Item Cuidados de Enfermagem e qualidade da assistência ao paciente idoso hospitalizado: uma revisão narrativa(UFVJM, 2023) Trindade, Sissy Araújo; Queiroz, Ana Carolina Lanza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Introdução: A população brasileira está envelhecendo rapidamente, de forma inevitável e progressiva. Logo, é extremamente necessário atentar-se ao processo diante dos cuidados necessários, voltados para esse público. O processo de fragilização da pessoa idosa pode repercutir diretamente no aumento de internações hospitalares que, por sua vez, podem desencadear em alterações em da sua capacidade funcional, e piora de qualidade de vida. Objetivo: Neste sentido, o presente trabalho buscou identificar e discutir sobre a qualidade da assistência hospitalar ao paciente idoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de caráter descritivo, na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), com foco na qualidade da assistência prestada ao paciente idoso no contexto hospitalar. A pesquisa bibliográfica foi limitada à língua portuguesa, com um recorte temporal a partir de 2013, ano em que se tornou obrigatória a notificação de eventos adversos nos serviços de saúde. Resultados: Foram identificados cinco artigos, que enfocaram o processo de alta qualificada e da transição de seus cuidados (TC); a assistência hospitalar ao idoso vítima de Fratura Proximal de Fêmur; o uso terapêutico de sangue e seus componentes; a satisfação de pacientes idosos no que tange à prática do jejum pré-operatório. A partir da leitura e discussão de cada um, reforça-se a importância de estratégias voltadas para a segurança do paciente, o ambiente hospitalar e no processo de desospitalização, investindo no acolhimento, na escuta qualificada, estratificação do risco, e comunicação com o paciente idoso e seus familiares.Item Estudo dos efeitos de diferentes doses do diurético furosemida na indução de diurese e nos parâmetros bioquímicos, inflamatórios e histológicos de ratos com nefropatia induzida pela doxorrubicina(UFVJM, 2023) Trindade, Thaís; Pereira, Wagner de Fátima; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A Síndrome Nefrótica (SN) é uma doença renal caracterizada por proteinúria maciça, hipoalbuminemia, hiperlipidemia e edema decorrentes de anormalidades na permeabilidade da membrana dos capilares glomerulares. O tratamento baseia-se no uso de corticosteroides e de medidas para controle de sinais e sintomas, dentre as quais se destaca o uso de diuréticos, como a furosemida, para resolução do edema. Além dos comprovados efeitos diurético e anti-hipertensivo, alguns estudos evidenciaram possível efeito inibidor da furosemida sobre a resposta inflamatória, bem como efeito protetor sobre a função renal e o estado redox. Contudo, a literatura carece de estudos que avaliem esses efeitos no âmbito da SN. Diante disso, no presente estudo, avaliou-se os efeitos de diferentes doses de furosemida em parâmetros bioquímicos, inflamatórios e histológicos de ratos com nefropatia induzida pela doxorrubicina. Foram utilizados 30 ratos Wistar machos com peso médio de 250 gramas. Os animais foram divididos em 5 grupos experimentais: grupo controle (CON): animais que receberam injeção endovenosa (EV) de solução salina estéril e gavagem com água filtrada, grupo DOXO: animais que receberam injeção EV de doxorrubicina e gavagem com água filtrada, e grupos F10, F25 e F50: animais que receberam injeção EV de doxorrubicina e gavagem com furosemida nas respectivas doses de 10, 25 e 50 mg/kg de peso corporal. Em diferentes tempos experimentais (T0, T7, T14, T21, T28 e T35), os animais foram pesados e colocados em gaiolas metabólicas por 24 horas. No dia 0 do experimento, foi realizada a indução da nefropatia por injeção EV de dose única de doxorrubicina (7,5mg/kg). Os tratamentos com furosemida ou água filtrada tiveram início 7 dias após a indução da SN e foram administrados por gavagem, diariamente, durante 28 dias. No 35º dia, os animais foram anestesiados e eutanasiados. As análises incluíram: mensuração do peso corporal, peso renal, consumo de água, volume de urina, análises histológicas, bioquímicas, avaliação do estado redox e leucometria. Conforme esperado, a doxorrubicina induziu proteinúria, hipoalbuminemia, hiperlipidemia e alterações histológicas compatíveis com a SN. A furosemida na dose de 10 mg/kg demonstrou poucas alterações nos parâmetros analisados. Já a dose de 25mg/kg foi a mais efetiva em induzir diurese a longo prazo, embora com menor efeito sobre a excreção urinária de sódio. Além disso, reduziu os níveis de LDL e o percentual de monócitos sanguíneos e aumentou a creatinina plasmática. A dose de 50mg/kg foi a mais efetiva na indução de diurese a curto prazo, promoveu maior natriurese, reduziu o score de lesão glomérulo-tubular e o percentual de monócitos e linfócitos circulantes, bem como aumentou a celularidade intersticial renal, a creatinina plasmática e as respostas oxidativa e antioxidante no tecido renal. Portanto, conclui-se que, a depender da dosagem utilizada, o tratamento com a furosemida mostrou diferentes efeitos positivos, como redução do percentual de monócitos circulantes, melhora do perfil lipídico e redução na intensidade das lesões no tecido renal. Contudo, alguns efeitos negativos também foram observados, como o aumento da concentração plasmática de creatinina e da resposta oxidativa do tecido renal em modelo experimental de nefropatia induzida pela doxorrubicina.Item Participação do sistema interferon na COVID-19 em crianças e sua relação com a evolução da doença, capacidades cognitiva e funcional e habilidades motoras(UFVJM, 2023) Ferreira, Alice dos Santos Nunes; Rocha Vieira, Etel; Matos, Mariana Aguiar de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Crianças infectadas por SARS-CoV-2 podem desenvolver a Síndrome Pós-COVID-19, apresentando sintomas persistentes, como dificuldade de concentração, perda de memória, fadiga, dispneia, entre outros. Em infecções virais, o sistema interferon (IFN) constitui a primeira linha de defesa e sabe-se que o SARS-CoV-2 pode inibir a via de indução do IFN. Desta forma, a Síndrome Pós-COVID-19 pode estar ligada à ativação deficiente ou insuficiente do sistema IFN. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a ativação do sistema IFN e as capacidades cognitiva e funcional e habilidades motoras em crianças acometidas pela COVID-19. Trata-se de um estudo longitudinal e prospectivo, em que foi realizado o levantamento de dados clínicos das crianças diagnosticadas com COVID-19; avaliada a resposta antiviral pela quantificação da expressão de IFNA2, IFNB e IFNL2/3 e ISG 6-16 e OAS, em amostras de nasofaringe; e avaliada a capacidade cognitiva através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), teste de Fluência Verbal e Torre de Hanoi; funcional através do Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) e habilidades motoras pelo Teste de Desenvolvimento Motor Grosso (TGMD-2), 6 meses após a infecção. Foram incluídas no estudo 16 crianças que tiveram COVID-19 no período de novembro de 2021 a março de 2022, sendo 68% do sexo feminino e idade média de 7,20 ± 1,90 anos. O sintoma mais frequente apresentando pelos participantes durante a infecção foi febre (87,54%). Em relação à avaliação cognitiva, 31% das crianças obtiveram resultado abaixo do esperado no MEEM e na avaliação das funções executivas pela Torre de Hanoi, os participantes erraram em média 1,20 ± 1,56 vezes, fizeram 13,40 ± 7,80 movimentos e executaram a tarefa em 56,00 ± 56,58 segundos. De acordo com o desempenho no TGMD-2, 36% das crianças ficaram abaixo da média. A distância média percorrida pelos participantes do estudo foi de 474,38 ± 149,94 m, sendo aproximadamente 2,62 vezes menor que a distância predita para o grupo. As crianças que ficaram abaixo da média no TGMD-2 tiveram maior expressão nasofaríngea de IFNB. No entanto, não foi encontrada relação entre as capacidades cognitiva e funcional, habilidades motoras e a expressão dos genes do sistema IFN na infecção pelo SARS-CoV-2.Item Depressão e ansiedade em mulheres no climatério: estudo sobre o impacto do histórico de Síndrome dos ovários policísticos e da idade(UFVJM, 2023) Mourão, Renara de Pinho Caldeira; Honorato Sampaio, Kinulpe; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Depressão e Ansiedade são transtornos de humor que impactam significativamente a vida dos indivíduos. O climatério, caracterizado pela diminuição dos hormônios sexuais femininos, representa um período crítico no ciclo de vida da mulher e está associado ao aumento do risco de sintomas depressivos e ansiosos. Já a síndrome dos ovários policísticos (SOP), outro distúrbio reprodutivo endócrino feminino, também está associado a uma maior prevalência de depressão e ansiedade. Este estudo teve como objetivo investigar a presença de sinais e sintomas de depressão e ansiedade em mulheres climatéricas com e sem histórico de SOP. Trata-se de um estudo transversal com 73 mulheres em climatério, com idade entre 45 e 65 anos, e sem histórico prévio de depressão. Os dados clínicos, bioquímicos e hormonais foram analisados quanto à sua associação com escores de depressão e ansiedade obtidos através dos inventários de depressão e ansiedade de Beck. Observou-se que não existia diferença na prevalência de sinais e sintomas de ansiedade e depressão entre mulheres com e sem o histórico de SOP. Outros dados relacionados à sintomatologia de depressão e ansiedade, tais como alterações na qualidade de sono, apetite, interesse sexual, e irritabilidade também não apresentaram diferenças significativas. A análise de correlação de Pearson evidenciou correlação positiva entre peso corporal e índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura e níveis de triglicerídeos. Já os níveis de FSH e LH correlacionaram entre si e com a idade feminina. Os níveis de estradiol correlacionaram-se com FSH, LH e pressão arterial sistólica. Como esperado, os escores de depressão e ansiedade também apresentaram correlação positiva. Já os escores de depressão mostraram uma correlação negativa com a idade em mulheres na perimenopausa, enquanto os escores de ansiedade não apresentaram o mesmo padrão. Nosso estudo teve a limitação da amostragem ser por conveniência. No entanto, permitiu-nos concluir que não existe relação entre um histórico de SOP e o desenvolvimento de ansiedade e depressão durante a perimenopausa. Além disso, a maior prevalência de sintomas de depressão em mulheres mais jovens indica a importância dos profissionais de saúde estarem atentos às queixas de saúde mental, principalmente quando as mulheres estão nas fases iniciais do climatério.