Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

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    Influência da reativação do herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade
    (UFVJM, 2021) Leite, Cleyde Amaral; Thomasini, Ronaldo Luis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Thomasini, Ronaldo Luis; Guerra, Ricardo Oliveira; Peixoto, Marco Fabrício Dias
    A síndrome da fragilidade é caracterizada como um estado clínico de vulnerabilidade aos fatores estressantes que resultam no declínio das reservas fisiológicas. O envelhecimento do sistema imune está entre os três fatores mais importantes que influenciam a síndrome da fragilidade. A determinação do comprimento telomérico pode ser considerada um marcador de envelhecimento biológico. A reativação herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) alcança a latência por integração na extremidade subtelomérica dos telômeros. A integração do genoma do HHV- 6 na região telomérica pode afetar no encurtamento e/ou na manutenção do comprimento telomérico. Objetivo: Investigar a influência da reativação do HHV-6 no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade em idosos. Métodos: Estudo observacional, transversal, em amostras provenientes de um estudo multicêntrico, realizado em idosos. A caracterização da amostra foi realizada por meio de dados clínicos e sociodemográficos. O ácido desoxirribonucleico (DNA) foi extraído do plasma usando protocolos padrão, o comprimento dos telômeros e o HHV-6 foram determinados através da reação em cadeia da polimerase (PCR) quantitativo em tempo real. A fragilidade foi classificada de acordo com fenótipo proposto por Fried et al. (2001). O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para analisar a correlação entre o comprimento dos telômeros e a carga viral para o HHV-6. O teste Kruskal-Wallis foi usado para verificar se havia diferenças significativas entre as categorias de grau de fragilidade: não-frágil, pré-frágil e frágil. O teste de Mann Whitney para análise grupo a grupo. O nível de significância aplicado foi α=0,05 para todas as variáveis investigadas. Resultados: Neste estudo, o comprimento telomérico relativo foi menor conforme aumenta a idade, entretanto, o comprimento telomérico não foi diferente entre indivíduos positivos ou negativos para HHV-6 e, também, não foi correlacionado com o grau de fragilidade e nem com a carga viral. A presença de HHV-6 no plasma foi frequente em idosos (~=40%) e a carga viral das amostras dos idosos foi correlacionada com o grau de fragilidade. Idosos classificados como frágeis e pré-frágeis apresentaram carga viral pelo HHV- 6 significativamente maior (média=12.597 cópias/mL e 3.564 cópias/mL, respectivamente) quando comparado com idosos não-frágeis (média=218 cópias/mL) e o padrão se manteve após o ajuste por sexo. Houve uma maior frequência de idosos pré-frágeis com poucos frágeis. Este é o primeiro estudo que analisou a relação entre o comprimento telomérico com a fragilidade e com a infecção pelo HHV-6. São necessários outros estudos que investiguem esta tríade com número amostral maior e mensuração dos telômeros em subtipos de células.
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    Efeitos do treinamento aeróbio por meio de caminhada na água ou no solo no desempenho físico-funcional e na qualidade de vida de mulheres idosas com osteoartrite de joelho.
    (UFVJM, 2011) Arrieiro, Arthur Nascimento; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A caminhada regular é recomendada como tratamento não-farmacológico da osteoartrite (OA) de joelho, porém não estão elucidadas as possíveis diferenças entre essa modalidade de exercício quando realizada na água e no solo. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de um programa de treinamento aeróbio de caminhada na água ou no solo no desempenho físico-funcional e na qualidade de vida em idosas com OA de joelho. Para tanto, dezesseis mulheres idosas (idade média: 68 ± 4 anos), com OA do joelho confirmada por exame clínico e radiográfico, foram divididas aleatoriamente em dois grupos: treino aeróbio com caminhada no solo (N=8) ou na água (N=8). O programa de treinamento teve a duração de doze semanas com carga controlada e progressiva (duração da sessão: 30-55 min; intensidade: 72-82% da frequência cardíaca máxima obtida no teste progressivo). Antes e após o período de treinamento, as voluntárias foram submetidas a avaliações do desempenho funcional por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6) e do teste de escada (TE); do desempenho físico por meio da análise do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e do limiar anaeróbio (LA), obtidos através da realização de um teste progressivo até a fadiga em uma esteira ergométrica; do auto-relato de dor, função física e rigidez por meio da aplicação do Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC) e da qualidade de vida utilizando o questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). Como resultados, a comparação entre grupos demonstrou que não houve diferença significativa em nenhuma das variáveis antes e após o programa de treino. No entanto, a análise intragrupo evidenciou melhora significativa no autorrelato de dor e função física, no desempenho do TC6 e TE, no VO2max e VO2max correspondente ao LA e em todos os domínios, excetuando aspectos sociais, do questionário SF-36 em ambos os grupos após o treinamento comparado com antes da interveção. Concluindo, a realização de um programa de caminhada com carga progressiva e controlada melhora o desempenho físico e funcional, bem como a qualidade de vida, independente do meio (água ou solo) em idosas com OA de joelho.
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    Caracterização e efeitos da adição de vibração de todo o corpo aos exercícios de agachamento em idosos com osteoartrite de joelho.
    (UFVJM, 2010) Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Garcia, Emerson Silami; Francischi, Janetti Nogueira de
    Quantificar o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca durante a adição de vibração de todo o corpo aos exercícios de agachamento em idosos e investigar os efeitos do treinamento com exercícios de agachamento associados à vibração de todo o corpo no desempenho funcional e no autorrelato do estado da osteoartrite de joelho em idosos foi o objetivo deste estudo. O consumo de oxigênio e a frequência cardíaca foram avaliados em repouso e durante os exercícios de agachamento com e sem vibração a 40 Hz de frequência e amplitude de 4 mm, de forma aleatória com intervalo mínimo de 24 horas em 18 idosos (15 mulheres e 3 homens, com idade média de 72+6 anos de idade). Para verificar os efeitos da adição de vibração de todo o corpo ao treinamento com exercícios de agachamento, 35 idosos com osteoartrite de joelho, com diagnóstico confirmado por exame clínico e radiográfico, foram avaliados em três momentos distintos: três semanas anteriores ao início do programa, antes e imediatamente após 12 semanas de intervenção. Os voluntários foram alocados aleatoriamente em três grupos: um grupo de intervenção que realizou o programa de agachamento em associação com o estímulo vibratório, promovido pela plataforma vibratória (GPV, N: 12), um grupo exercício que realizou o mesmo programa de agachamento sem vibração (GE, N: 11) e um grupo controle que não realizou nenhum exercício durante o período do estudo (GC, N: 12). Todos os voluntários realizaram quatro testes de desempenho funcional, mensurados de forma direta (Escala de Equilíbrio de Berg, Timed Get Up and Go, Teste de Levantar e Sentar na Cadeira e Teste de Caminhada de 6 Minutos), e avaliação do autorrelato do estado da osteoartrite pelo Western Ontário McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC). A vibração de todo o corpo associada aos exercícios de agachamento promoveu um aumento adicional de cerca de 20 % no consumo de oxigênio e de 7,5 % na frequência cardíaca. Além disso, verificou-se que o programa proposto para o GPV aprimorou o desempenho em todos os testes funcionais e em todos os domínios do WOMAC. Já o GE apresentou melhora no autorrelato da dor (WOMAC) e aprimorou o desempenho apenas nos testes de Equilíbrio de Berg e de Caminhada de 6 minutos. Não houve mudança nos testes de desempenho funcional e nos domínios do WOMAC no grupo controle. Embora o estímulo vibratório tenha intensificado o consumo de oxigênio e frequência cardíaca durante os exercícios de agachamento, esse aumento pode ser insignificante do ponto de vista clínico. Além disso, a adição da vibração ao treino com exercícios de agachamento melhorou o desempenho funcional e o autorrelato do estado da doença em idosos com osteoartrite de joelhos.
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    Efeitos da adição da vibração de todo o corpo ao exercício em cadeia cinética fechada (agachamento) sobre parâmetros inflamatórios e neuroendócrinos e a sua associação com o desempenho e a capacidade funcional em idosos com osteoartrite de joelho
    (UFVJM, 2013) Simão, Adriano Prado; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Francischi, Janetti Nogueira; Pereira, Leani Souza Máximo; Thomasini, Ronaldo Luis; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de
    Introdução: Recentemente, a vibração de todo o corpo (VTC) tem sido um método de exercício físico indicado para aumentar o desempenho e a capacidade físico-funcional de idosos com osteoartrite (OA) de joelho. No entanto, os mecanismos relacionados aos efeitos produzidos por essa modalidade ainda não foram completamente investigados. Objetivos: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da adição de VTC aos exercícios de agachamento na concentração plasmática de marcadores inflamatórios e no desempenho e capacidade funcionais de idosos com OA de joelho na fase remissiva da doença (Estudo 1) e investigar os efeitos da adição do treinamento de VTC ao exercício de agachamento em mulheres idosas com OA de joelho na fase remissiva da doença nos seguintes parâmetros: 1) força isométrica do músculo quadríceps; 2) concentração plasmática de BDNF; e 3) na concentração salivar da razão testosterona/cortisol (Estudo 2). Investigar a relação entre os níveis plasmáticos e no líquido sinovial do TNF- e seus receptores solúveis (sTNFR1 e sTNFR2) assim como de BDNF em idosos com OA de joelho e ainda verificar a relação destes com a gravidade da OA e o autorrelato de dor, rigidez e função física com o WOMAC (Western Ontario and McMaster University Osteoarthritis Index) em idosos com OA de joelho na fase inflamatória aguda (Estudo 3). Metodologia: No estudo 1, trinta e dois idosos com OA de joelho foram divididos em três grupos: grupo que realizou exercício de agachamento associado a plataforma vibratória (grupo plataforma N=11), grupo que realizou exercício de agachamento sem vibração (grupo agachamento N=10) e o grupo controle (N=11). Um programa estruturado de exercícios de agachamento foi executado três vezes por semana em dias alternados por doze semanas nos grupos plataforma e agachamento. A concentração plasmática de receptores solúveis de TNF- (sTNFR1 e sTNFR2) foi analisada usando a técnica de ELISA. O WOMAC foi usado para avaliar o autorrelato da função física, dor e rigidez. O teste de caminhada de 6 minutos, a escala de Berg e o teste de velocidade da marcha foram utilizados para avaliar a função física. No estudo 2, foram selecionadas quinze mulheres idosas com idade maior ou igual a 60 anos que tinham sido diagnosticadas com OA em pelo menos um joelho. A intervenção consistiu de doze semanas seguidas de exercícios de agachamento, 3 vezes por semana. O protocolo de exercício foi similar em ambos os grupos diferindo apenas da presença de vibração. Já no estudo 3 participaram vinte e sete idosos diagnosticados com osteoartrite de joelho e dezenove idosos saudáveis. Radiografias ântero-posteriores do joelho foram realizadas para determinar a gravidade da doença no joelho afetado. A classificação radiográfica da OA do joelho foi realizada utilizando os critérios Kellgren-Lawrence. Os níveis de TNF-α, sTNFR1, sTNFR2 e BDNF no plasma e no líquido sinovial foram determinados por ELISA. Resultados: No estudo 1, o grupo que realizou exercícios de agachamento na plataforma vibratória mostrou diminuição nas concentrações plasmáticas dos marcadores inflamatórios sTNFR1 e sTNFR2 (p<0,001 e p<0,05, respectivamente), no autorrelato da dor (p<0,05), melhora no equilíbrio (p<0,05) e na velocidade e distância caminhada (p<0,05 e p<0,001, respectivamente) comparado com o grupo controle. O teste de velocidade da marcha também apresentou aumento no grupo plataforma quando comparado ao grupo agachamento (p<0,01). Os resultados do estudo 2 demonstraram uma variação (∆) positiva dos valores da força isométrica muscular do quadríceps (p=0,02) e da concentração plasmática de BDNF (p=0,03) no grupo vibração após o período de intervenção. A variação (∆) na razão testosterona/cortisol (T/C) não diferiu significativamente, entre os grupos (p=0,61). No estudo 3, os níveis de BDNF no líquido sinovial correlacionou-se significativamente com dor autorrelatada [WOMAC] (rs = 0,39, p=0,04). Com relação aos receptores solúveis para TNF-α, observou-se uma diferença entre os níveis de sTNFR1 e de sTNFR2, tanto no plasma quanto no líquido sinovial em pacientes com OA do joelho (1091 ± 99,48 pg / mL versus 2249 ± 126,3 pg / mL e 2587 ± 66,12 pg / mL versus 2021 ± 107,0 pg / mL, respectivamente). Além disso, os níveis de sTNFR1 no líquido sinovial foram, negativamente, correlacionadas com a dor e a função física autorrelatada (rs -0,6785, p<0,0001 e rs -0,4194; p=0,03, respectivamente). Ao passo que, os níveis de sTNFR2 no líquido sinovial foram negativamente correlacionadas com dor e rigidez articular (rs -0,5433, p=0,01 e rs -0,4249; p=0,02, respectivamente). Conclusões: Os resultados dos estudos supracitados indicam que a adição da vibração de todo o corpo ao treinamento com exercício de agachamento, nas condições experimentais propostas, melhora o equilíbrio estático e dinâmico e o desempenho da marcha e ao mesmo tempo reduz a autopercepção de dor e a concentração de marcadores inflamatórios (sTNFR1 e sTNFR2) em idosos com OA de joelho na fase de remissão da doença. Além disso, a associação da vibração de todo o corpo ao exercício de agachamento promove uma melhora na força muscular de membros inferiores em mulheres idosas com OA de joelho na fase de remissão da doença e proporciona uma resposta adaptativa na concentração de BDNF sem alteração na relação muscular de anabolismo/catabolismo. Já os resultados da relação entre sistêmico e local, indicam que os níveis de BDNF sistêmicos estão associados com o mecanismo da dor articular na OA de joelho. Com relação aos receptores solúveis de TNF-α, evidenciou-se a presença de receptores solúveis para TNF- no líquido sinovial de pacientes com OA primária de joelho e a relação destes receptores com parâmetros clínicos.