Influência da reativação do herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade
Date
2021
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
A síndrome da fragilidade é caracterizada como um estado clínico de vulnerabilidade aos
fatores estressantes que resultam no declínio das reservas fisiológicas. O envelhecimento do
sistema imune está entre os três fatores mais importantes que influenciam a síndrome da
fragilidade. A determinação do comprimento telomérico pode ser considerada um marcador de
envelhecimento biológico. A reativação herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) alcança a latência
por integração na extremidade subtelomérica dos telômeros. A integração do genoma do HHV-
6 na região telomérica pode afetar no encurtamento e/ou na manutenção do comprimento
telomérico. Objetivo: Investigar a influência da reativação do HHV-6 no comprimento
telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade em idosos. Métodos: Estudo
observacional, transversal, em amostras provenientes de um estudo multicêntrico, realizado em
idosos. A caracterização da amostra foi realizada por meio de dados clínicos e
sociodemográficos. O ácido desoxirribonucleico (DNA) foi extraído do plasma usando
protocolos padrão, o comprimento dos telômeros e o HHV-6 foram determinados através da
reação em cadeia da polimerase (PCR) quantitativo em tempo real. A fragilidade foi classificada
de acordo com fenótipo proposto por Fried et al. (2001). O coeficiente de correlação de
Spearman foi utilizado para analisar a correlação entre o comprimento dos telômeros e a carga
viral para o HHV-6. O teste Kruskal-Wallis foi usado para verificar se havia diferenças
significativas entre as categorias de grau de fragilidade: não-frágil, pré-frágil e frágil. O teste
de Mann Whitney para análise grupo a grupo. O nível de significância aplicado foi α=0,05 para
todas as variáveis investigadas. Resultados: Neste estudo, o comprimento telomérico relativo
foi menor conforme aumenta a idade, entretanto, o comprimento telomérico não foi diferente
entre indivíduos positivos ou negativos para HHV-6 e, também, não foi correlacionado com o
grau de fragilidade e nem com a carga viral. A presença de HHV-6 no plasma foi frequente em
idosos (~=40%) e a carga viral das amostras dos idosos foi correlacionada com o grau de
fragilidade. Idosos classificados como frágeis e pré-frágeis apresentaram carga viral pelo HHV-
6 significativamente maior (média=12.597 cópias/mL e 3.564 cópias/mL, respectivamente)
quando comparado com idosos não-frágeis (média=218 cópias/mL) e o padrão se manteve após
o ajuste por sexo. Houve uma maior frequência de idosos pré-frágeis com poucos frágeis. Este
é o primeiro estudo que analisou a relação entre o comprimento telomérico com a fragilidade e
com a infecção pelo HHV-6. São necessários outros estudos que investiguem esta tríade com
número amostral maior e mensuração dos telômeros em subtipos de células.
Description
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Keywords
Citation
LEITE, Cleyde Amaral. Influência da reativação do herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade. 2021. 101 p. Dissertação (Mestrado Multicêntrico em Ciências Fisiológicas) – Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2021.