Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas
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Item Efeitos dose e comprimento de onda-dependentes da fotobiomodulação sistêmica sobre parâmetros metabólicos em camundongos com obesidade induzida por dieta(UFVJM, 2023) Rocha, Maíra da Silva Almeida; Magalhães, Flávio de Castro; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Considerando a incidência da obesidade como um problema mundial de saúde pública, tornam-se iminentes estudos que busquem a investigação de novas estratégias terapêuticas. Em trabalhos realizados pelo nosso grupo, verificamos resultados satisfatórios da fotobiomodulação (PBM - photobiomodulation) em melhorar parâmetros relacionados à obesidade e à resistência à insulina em camundongos. Sendo esse nosso foco de estudo, realizamos dois experimentos no presente trabalho. No Experimento 1 foi elaborado um equipamento de LED para a realização de PBM sistêmica em roedores e foram testadas diferentes dietas de cafeteria para a indução da obesidade em camundongos (Balb/c) machos. Os animais foram alimentados durante 20 semanas e submetidos à PBM sistêmica nas últimas 4 semanas com o equipamento desenvolvido. Verificamos que a PBM sistêmica induziu ligeira redução no peso corporal dos animais obesos, sem alterações sobre o metabolismo da glicose. Com base nesses resultados preliminares, realizamos o Experimento 2 para avaliar a PBM sistêmica em diferentes doses e comprimentos de onda. Camundongos Swiss machos foram alimentados durante 14 semanas com dieta de cafeteria (CAF) e tratados com PBM sistêmica nas últimas 6 semanas. Foram formados oito grupos experimentais: Sham-Chow (PBM em animais controle com o dispositivo desligado), Sham-CAF (PBM em animais obesos com o dispositivo desligado), RED-1 e RED-2 (PBM em animais obesos no comprimento de onda 660 nm nas doses 1 ou 2 joules por ponto, respectivamente), INFRA-1 e INFRA-2 (PBM em animais obesos no comprimento de onda 850 nm nas doses 1 ou 2 joules por ponto, respectivamente), COMB-1 e COMB-2 (PBM em animais obesos com a combinação dos comprimentos de onda 660 e 850 nm nas doses 1 ou 2 joules por ponto, respectivamente). Concluímos que a PBM sistêmica com comprimento de onda vermelho (660 nm) e a dose 1 joule por ponto induziu melhoras sobre parâmetros relacionados à obesidade em camundongos com obesidade induzida por dieta.Item Treinamento com estímulo de vibração de corpo inteiro em aspectos clínicos, funcionais e status redox em mulheres com fibromialgia(UFVJM, 2023) Santos, Jousielle Márcia dos; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Introdução: A síndrome da fibromialgia (FM) é uma condição reumática de origem desconhecida, caracterizada por dor crônica generalizada, com duração mínima de três meses, de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. Além disso, está associada a limitação físico-funcional e prejuízo na qualidade de vida. A fisiopatologia da FM ainda é controversa, porém existem evidências de um estado inflamatório sistêmico, com alterações nas concentrações de biomarcadores neuroendócrinos sistêmicos e distúrbios metabólicos. Além disso, observa-se um aumento significativo do estresse oxidativo, causando um desequilíbrio entre fatores oxidantes e antioxidantes, favorecendo uma produção acentuada de espécies reativas de oxigênio (ERONs) e lise celular. A formação de ERONs ocorre no metabolismo celular normal; no entanto, parece ser agravado em doenças inflamatórias crônicas e durante exercícios físicos intensos. O exercício físico tem sido considerado uma importante ferramenta de tratamento não farmacológico, e seus possíveis efeitos na modulação da produção de ERONs, têm sido identificados, tornando-o interessante como auxílio terapêutico no tratamento da doença. Estudos recentes têm sugerido a utilização do estímulo de vibração de corpo inteiro (VCI) como estratégia alternativa de exercício físico de baixa intensidade e curta duração para promover melhorias em parâmetros clínico-funcionais e na qualidade de vida de pacientes com FM. Entretanto, até o momento, o efeito crônico dessa modalidade de exercício nos parâmetros do status redox em pacientes com FM ainda não foi investigado. Objetivo: O presente estudo teve como objetivos: 1). Caracterização de pacientes com fibromialgia quanto aos aspectos clínicos, físico-funcionais, emocionais, qualidade do sono e qualidade de vida. 2). Investigação de efeitos e interações do estímulo de vibração de corpo inteiro no status redox e Irisina em grupo de pacientes com FM. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado, participaram do estudo quarenta mulheres com FM que foram randomizadas em dois grupos. Um grupo intervenção (GI), que recebeu treinamento de VCI por 6 semanas e um grupo controle (GC) que não recebeu a intervenção. As variáveis, avaliadas na linha de base e após as 6 semanas em ambos os grupos, foram a avaliação da função física, trabalho e bem-estar geral realizada por meio da aplicação do questionário de impacto da fibromialgia (QIF), a dor avaliada pela escala visual analógica (EVA). A qualidade de vida caracterizada por meio do questionário genérico relacionado (SF36). O Inventário de depressão de Beck aplicado para avaliar a ansiedade e depressão. A qualidade do sono caracterizada por meio do índice de qualidade do sono de Pittsburgh (IQSP). O desempenho funcional dos membros inferiores avaliado por meio do teste de sentar e levantar da cadeira. Resultados: Os resultados demonstraram que houve interação (tempo e grupos) após a intervenção de treinamento de VCI. O GI em relação ao GC apresentou aumento das concentrações plasmáticas de catalase (CAT) (p = 0.02) e Irisina (p = 0.01), Além disso, o GI apresentou redução das concentrações plasmáticas de TBARS (p = 0.02), e do percentual tecido adiposo MTAV (p = 0.01), em relação ao GC. Conclusão: O treinamento de VCI promove alterações nas concentrações de biomarcadores de status redox e irisina, além de reduzir o percentual de tecido adiposo visceral (TAV) em pacientes com FM.Item Associação da atividade física habitual com desenvolvimento infantil, biomarcadores do balanço redox e citocinas em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade: estudos exploratórios(UFVJM, 2023) Viegas, Ângela Alves; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O desenvolvimento infantil na fase pré-escolar é marcado pelo ganho de novas habilidades motoras e cognitivas, além do amadurecimento de sistemas biológicos como o sistema antioxidante. A atividade física habitual (AFH) pode impactar o desenvolvimento de habilidades motoras grossas e cognitivas durante a infância. Entretanto essas relações permanecem mal compreendidas na fase pré-escolar, especialmente na presença de excesso de peso. Além disso, ainda não foi explorada a relação entre AFH, balanço redox e citocinas em pré-escolares. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) investigar se o nível de AFH e a função cognitiva global podem predizer habilidades motoras grossas em pré-escolares e verificar seus possíveis mediadores; 2) investigar a associação das funções executivas com as habilidades motoras em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade; 3) avaliar o balanço redox e citocinas de pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade, e sua associação com a AFH em uma análise multivariada. Foram realizados duas coletas de dados com crianças matriculadas na rede pública de ensino (amostra 1: 166 pré-escolares; amostra 2: 50 pré-escolares, dos quais 25 com sobrepeso/obesidade pareados com 25 eutróficos pela idade, gênero, nível econômico, e escolaridade materna). A AFH foi avaliada de acordo com o tempo que a criança passa ao ar livre (amostra 1) e por acelerometria (amostra 2). As habilidades motoras foram avaliadas por meio do teste de desenvolvimento motor grosso (TGMD-2), enquanto a função cognitiva global foi avaliada pelo Mini-Mental para Crianças (MMC). As funções executivas foram avaliadas com os testes Stroop Dia-Noite, Marshmallow, Fluência Verbal (FV) e Torre de Hanói (TH). O balanço redox foi determinado pela capacidade antioxidante total (TAC), atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), e pelas concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As citocinas avaliadas foram os receptores solúveis de TNF (sTNFRs) e leptina. Foi utilizado o teste t para amostras independentes, qui-quadrado e correlação bivariada para verificar as associações. Em seguida foi realizada análise de regressão logística múltipla e de mediação (objetivo 1); regressão linear múltipla (objetivo 2); e regressão de mínimo quadrado parcial (objetivo 3). Pré-escolares pouco ativos (tempo ao ar livre < 60 min por dia), função cognitiva abaixo da média por idade e meninas foram mais propensos a ter desempenho motor grosso abaixo do esperado. Mas a AFH não mediou nenhuma das variáveis. Pré-escolares com sobrepeso/obesidade apresentaram pior desempenho de habilidades de locomoção comparado aos eutróficos com mesmo nível de AFH, mas diferentes padrões diários de HPA esporádicas de curta duração. Com relação às funções executivas, os resultados mostraram uma associação negativa de VF (número de erros) e TH (quebra de regra) com controle de objeto e com o quociente motor grosso apenas nos pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Além disso, pré-escolares com sobrepeso/obesidade tiveram níveis mais altos de TAC e de TBARS, mais baixa atividade da CAT, e maior concentração de sTNFRs e leptina comparado com seus pares eutróficos. O padrão multivariado de intensidade de AFH revelou mais forte associação de faixas de intensidade vigorosa com a antioxidação e anti-inflamação em pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Nos eutróficos, a associação com AFH foi na direção de menor antioxidação e maior inflamação, mas as faixas de intensidade mais importantes no padrão multivariado de AFH foram de intensidade leve a moderada. Embora não seja possível afirmar causalidade, os resultados sugerem que AFH durante o tempo ao ar livre pode prevenir o atraso nas habilidades motoras grossas em pré-escolares majoritariamente eutróficos. A função cognitiva global também poderia prevenir este atraso, entretanto as funções executivas podem ser mais importantes para as habilidades de controle de objetos apenas nas crianças com excesso de peso. Além disso, AFH em faixas de intensidade vigorosa pode exercer efeitos antioxidantes e antiinflamatórios somente em pré-escolares com sobrepeso/obesidade.Item NutriGame - seu guia alimentar: serious game para comunicação do Guia Alimentar para a população brasileira para adolescentes(UFVJM, 2023) Garcia, Bruna Caroline Chaves; Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Bortolini, Gisele Ane; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane Gomes; Mendonça, Vanessa AmaralO Guia Alimentar para a População Brasileira 2ª edição apresenta as diretrizes alimentares brasileiras, importante recurso de prevenção da obesidade, que devem ser divulgadas à população por meio da educação alimentar e nutricional. A tecnologia Mobile Health (mHealth) tem mostrado resultados positivos na promoção da saúde podendo ser uma ferramenta importante em intervenções nutricionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar a efetividade de um jogo digital mHealth em comunicar as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira para adolescentes. O estudo foi realizado em 3 fases: na Fase I foi destinada ao desenvolvimento do jogo digital, do tipo aplicativo (app), para celular/tablet; a Fase II à avaliação da jogabilidade do aplicativo e a Fase III à avaliação do app como estratégia de comunicação do Guia Alimentar para População Brasileira para o público alvo. A Fase I aconteceu em três etapas: 1. Fundamentação teórica e conceituação, em que foram escolhidos os determinantes teóricos do jogo; 2. Desenvolvimento do app, quando foram definidas a mecânica e o formato do jogo; e 3. Testes preliminares de usuário, quando os próprios pesquisadores realizaram testes de usabilidade e viabilidade. Na Fase II, 7 adolescentes, com idade entre 14 e 16 anos, utilizaram o app por 30 dias para avaliação da usabilidade, viabilidade, engajamento e aprendizagem, que foram avaliados por meio de entrevistas guiadas. Na Fase III participaram do estudo, 65 adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, 38 do grupo app e 27 do grupo controle. Os adolescentes do grupo app usaram o jogo digital por 14 dias. Eles responderam a um questionário sobre alimentação que abordava questões de percepção, autoeficácia, conhecimento e atitude alimentar em três momentos: Pré (antes do uso do app) e Pós (14 dias após usar o app) e Pós-90 (90 dias após usar o app). Ao final dos 14 dias, o grupo app também respondeu a um questionário de imersão. O grupo controle não recebeu nenhuma intervenção e responderam ao questionário sobre alimentação no momento pré e pós. Foram calculados os escores de cada questionário para comparação do momento pré e pós utilização do jogo e entre os grupos controle e app. O jogo desenvolvido recebeu o nome de “Nutrigame - seu guia alimentar” e é um jogo de narrativa, onde a história é ambientada na rotina alimentar de um adolescente. Durante um ciclo de sete dias o jogador deve realizar escolhas alimentares, de ambiente e companhia. Essas escolhas impactam a saúde do avatar, demonstrada pelos indicadores de saúde, alertas e relatório final de saúde. Quando avaliado na Fase II, o NutriGame recebeu nota 8,75 em uma escala de 0 a 10 sobre o quanto os adolescentes gostaram do jogo, demonstrando bom engajamento. Além disso, ele apresentou resultados efetivos de usabilidade e viabilidade. Na Fase III, após utilizarem o NutriGame, os adolescentes relataram saber mais sobre alimentação saudável depois de jogar (pré 7,05 ± 1,83; pós 7,94 ± 1,33, p=0,031) e consideraram sua alimentação mais saudável (pré 6,50 ± 1,64; pós 7,16 ± 1,11, p=0,015). O escore de conhecimento aumentou de 27,82 ± 1,65 no momento pré para 29,05 ± 1,45 após jogarem o NutriGame (p=0,0001). O escore para intenção de mudança de hábitos (autoeficácia) foi de 43,47 ± 4,90 no momento pré, aumentando para 47,05 ± 3,36 depois da utilização do jogo (p<0,0001). Eles também apresentaram melhora na atitude alimentar (pré 20,58 ± 3,19; pós 22,53 ± 3,12, p=0,0009). Não foram observadas diferenças nos escores das respostas entre os dois momentos para o grupo controle. Para o grupo app, foi observada manutenção dos resultados após 90 dias da intervenção, demonstrando efeito do jogo a médio prazo nas variáveis analisadas. A média da imersão no jogo ao final dos 14 dias de teste foi de 27,25 ± 3,36 pontos, o que demonstrou alto envolvimento com a narrativa. Dessa forma, os dados mostram que o NutriGame - seu guia alimentar é eficaz na comunicação do Guia Alimentar para adolescentes.Item Os efeitos do treinamento de força sobre o comportamento ansioso, biomarcadores inflamatórios e morfologia do hipocampo em ratos submetidos à doses suprafisiológicas de esteroide anabólico androgênico(UFVJM, 2022) Oliveira, Lucas Renan Sena de; Cassilhas, Ricardo Cardoso; Sousa, Ricardo Augusto Leoni de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cassilhas, Ricardo Cardoso; Honorato Sampaio, Kinulpe; Machado, Frederico Sander MansurIntrodução: Os esteroides anabólicos androgênicos (EAA) são derivados sintéticos do hormônio masculino testosterona que exercem efeitos androgênicos (masculinização) e anabólicos (construção muscular). Os EAA foram criados para o uso terapêutico em diversas condições fisiopatológicas. Entretanto, começaram a se popularizar tanto para fins de melhoria do desempenho atlético que abrange aumento da massa muscular, diminuição da gordura corporal e quanto para objetivos estéticos. Dentre os efeitos colaterais pode-se destacar hipogonadismo, complicações no sistema cardiovascular, problemas hepáticos e renais, além de diversas complicações psicológicas. Paralelamente aos efeitos prejudiciais causados pelos abusos em altas doses dos EAA, o exercício físico mostrou ser eficaz em melhorar processos fisiopatológicos, tanto físicos quanto mentais dos abusos dos EAA. Portanto, é necessário entender se o treinamento de força (TF), poderia se opor aos efeitos prejudiciais para a saúde causados pelo EAA decanoato de nandrolona (DECA). Objetivo: Investigar os benefícios protetores do TF no comportamento ansioso, biomarcadores inflamatórios musculares e morfologia de neurônios do hipocampo de ratos submetidos a doses suprafisiológicas de DECA. Materiais e Métodos: Os animais foram distribuídos em quatro grupos (N= 12 por grupo): A) SED/Salina; B) SED/DECA; C) Exe/Salina e D) Exe/DECA. O EAA DECA foi administrado em doses suprafisiológicas. A dose usada nos animais foi de 15 mg/kg ao dia, por 8 semanas (5 dias por semana). O TF foi realizado em escada adaptada concomitantemente com as aplicações da DECA e consistiu em 40 dias de treinamento (8 semanas). Após as 8 semanas de intervenção experimental, os animais foram submetidos a testes de carga máxima, avaliação da composição corporal, teste de campo aberto, seguida de pesagem dos tecidos, análise dos biomarcadores inflamatórios e morfologia dos neurônios do hipocampo. Resultados: O TF induziu incremento da carga de trabalho em ambos os grupos treinados, porém o grupo que tiveram a associação do DECA e TF esse incremento foi ainda maior. Vimos que o uso do DECA sozinho não levou incremento da força. Avaliamos a massa corporal total e observamos uma diminuição significativa em gramas dos dois grupos que utilizaram o DECA em relação ao grupo SED/Salina. Quando avaliamos a gordura corporal total, observamos diminuição significativa dos grupos Exe/Salina e Exe/DECA em comparação ao grupo SED/Salina. No percentual de gordura também encontramos diminuição dos grupos SED/DECA, Exe/Salina e Exe/DECA em comparação ao grupo SED/Salina. No teste de campo aberto, observamos aumento do comportamento ansioso no grupo SED/DECA em relação aos outros grupos experimentais, indicando que o TF evitou esse efeito ansiogênico. Avaliamos os níveis de biomarcadores inflamatórios no músculo sóleo e observamos aumento nos níveis de Il-10 do grupo Exe/Salina em comparação aos grupos SED/Salina, SED/DECA e Exe/DECA. Além disso, vimos um aumento nos níveis de TNF-α no grupo SED/DECA em relação aos grupos SED/Salina, Exe/Salina e Exe/DECA. Observamos aumento nos níveis de Il-6 do grupo Exe/salina em comparação ao grupo SED/DECA. Observamos aumento significativo da espessura da camada de neurônios granulares do DG do grupo Exe/Salina em comparação aos grupos SED/Salina e grupo Exe/DECA em comparação ao grupo SED/DECA. Conclusão: O uso do DECA em doses suprafisiológicas induziu diversos prejuízos à saúde, causando aumento do comportamento ansioso, alterações em biomarcadores inflamatórios e mudança na anatomia do hipocampo. Em paralelo aos efeitos prejudiciais do DECA, observamos que 8 semanas de TF protegeu os animais contra os efeitos deletérios desse EAA, levando à melhoria do comportamento ansioso, impedindo o aumento de biomarcadores inflamatórios e induzindo um aumento na espessura da camada celular dos neurônios do DG do hipocampo, além de promover aumento do músculo esquelético e da força muscular.Item Efeitos do treinamento físico aeróbico e da terapia estrogênica em alterações centrais em modelo de ondas de calor com ratas ovarectomizadas(UFVJM, 2022) Domingues, Talita Emanuela; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Sampaio, Kinulpe Honorato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Sampaio, Kinulpe Honorato; Reis, Adelina Martha dos; Dornelles, Rita Cássia Menegati; Dias Peixoto, Marco FabrícioO declínio do estradiol (E2) no período da menopausa, tem como principal consequência para a maioria das mulheres as ondas de calor, caracterizada pela ativação acentuada de mecanismos de dissipação de calor. Há indícios de que o treinamento físico aeróbico seja capaz de modular as vias cerebrais envolvidas nessa disfunção termorregulatória. Investigamos o efeito do treinamento físico aeróbico antes ovariectomia na modulação termorreguladora de vias hipotalâmicas e noradrenérgicas em modelo animal de ondas de calor da menopausa. Ratas Wistar foram divididas em tres grupos: ovariectomizadas não treinadas tratadas com placebo (OVX-NT), ovariectomizadas não treinadas tratadas com estradiol (OVX-E2) e ovariectomizadas treinadas (OVX-T) Todos os grupos realizaram teste de esforço máximo até a fadiga (VO2max) antes e depois de oito semanas. Em seguida, todos os grupos foram submetidos a cirurgia de ovariectomia bilateral e implante de capsulas de silastic. Foram registrados parametros de temperatura da pele da cauda (Tc), temperatura interna (Tint) e consumo basal de oxigênio (VO2 ). Subsequentemente foramregistrados parâmetros atividade neuronal (imuno-histoquímica), expressão neuronal cerebral (tempo real reação em cadeia da polimerase) e os níveis de noradrenalina central (NA) (alta performance cromatografia liquida). Apesar de não haver alteração na Tint basal e no VO2 , as ratas OVX-NT apresentaram Tc mais alta em comparação com ratas OVX-T e OVX-E2. Em comparação com o OVX-NT, ratas OVX-T e OVX-E2 tiveram menor imunorreatividade a Fos nos núcleos paraventricular (PVN) e arqueado (ARC), e menor marcação para tirosina hidroxilase (TH) e Fos no núcleo do trato solitário (A1), núcleo caudal ventrolateral da medula (A2) e Locus Coeruleus (LC). Apenas ratas OVX-T exibiram menor expressão de kisspeptina (Kiss1), neurocinina B e prodinorfina no ARC além d maiores níveis de NA central em comparação com OVX-NT. Esses achados fornecem evidências de que os efeitos benéficos do treinamento físico aeróbico antes da menopausa sobre ondas de calor da menopausa são semelhantes aos da terapia com E2. O treinamento físico aeróbico antes da menopausa previne o desequilíbrio da dissipação de calor induzido pelo declínio de E2 através da redução da expressão de kisspeptina, neurocinina B e prodinorfina e pelo aumento da NA no ARC.Item Efeitos da terapia com fotobiomodulação sobre a via de sinalização da insulina e mecanismos subjacentes, nas células musculoesqueléticas, em modelos de obesidade in vivo e in vitro(UFVJM, 2022) Silva, Gabriela; Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Rocha Vieira, Etel; Branco, Renato Chaves Souto; Fernandes, Kristianne Porta SantosA epidemia global da obesidade é um problema crescente e diversas doenças estão associadas a ela, como o diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). O DM2 é caracterizado por resistência à insulina (RI). Em estudos anteriores observamos que a fotobiomodulação (PBM - photobiomodulation) melhorou a sinalização da insulina em adipócitos de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar se a PBM também melhora a sinalização da insulina em células musculoesqueléticas e os mecanismos envolvidos. No primeiro experimento, camundongos (Swiss albino) machos receberam dieta controle pobre em gordura (LFC - low-fat control) ou dieta rica em gordura (HFD - high-fat diet) por 12 semanas. Da 9ª a 12ª semana, receberam tratamento SHAM ou PBM (630 ± 20 nm; 780 mW/cm²; 31,2 J/cm²; 60 J) sendo subdivididos em: LFC-SHAM (n = 8), LFC-PBM (n = 8), HFD-SHAM (n = 9) e HFD-PBM (n = 9). A PBM foi aplicada em 5 pontos: centro do abdômen e membros superiores e inferiores, 1 vez ao dia, 5 dias por semana, durante 4 semanas. A PBM reverteu a deficiência da fosforilação da proteína quinase B (PKB/Akt) na serina 473 (ser473) e inibiu o aumento do conteúdo de β-L-hidroxiacil-CoA desidrogenase (HADH) e de mitofusina-2, induzidos pela HFD no quadríceps. No segundo experimento, mioblastos de camundongos (C2C12), após diferenciação, foram cultivados em meio high glucose apenas, controle (CTRL), ou contendo ácido palmítico (PAL), oleato de sódio e L-carnitina para indução da RI. Depois, receberam tratamento SHAM ou PBM (660 e 850 nm; 9,16 e 19,71 mW/cm²; 2 ou 4 ou 8 J/cm²; 24,4 ou 52,4 ou 76,8 J) aplicado 1 vez. A PBM, nas doses de 4 ou 8 J/cm², reverteu a deficiência da fosforilação da Akt (ser473) e da atividade máxima da citrato sintase e o aumento da fosforilação da c-Jun NH(2) terminal quinase (JNK) (thr183/tyr185), induzidos pelo ácido palmítico. Além disso, nas doses de 2, 4 ou 8 J/cm², a PBM reverteu o aumento do conteúdo de mitofusina-2 e da atividade da superóxido dismutase (SOD), induzidos pelo ácido palmítico. Em conclusão, a PBM melhorou a sinalização da insulina nas células musculoesqueléticas, in vivo e in vitro, e esse efeito parece envolver a modulação do estado redox e da função mitocondrial, além da atenuação da ativação de quinases de estresse.Item Avaliação dos efeitos do excesso de massa corporal em marcadores trombo-inflamatórios nas formas grave e leve de CoViD-19(UFVJM, 2022) Lucena, Daniel Macedo de; Rocha Vieira, Etel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Villela, Daniel Campos; Costa, Karine BeatrizA CoViD-19 é uma doença que teve seus primeiros casos na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019, sendo causada pela infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Essa doença se espalhou por todo o mundo causando, em alguns casos, problemas respiratórios e de coagulação, em decorrência de uma resposta inflamatória exacerbada, levando diversos indivíduos infectados ao óbito. Estudos indicam que indivíduos com obesidade possuem maior chance de desenvolver a CoViD-19 grave, tendo problemas respiratórios e de coagulação mais severos. Isso possa ocorrer devido ao acúmulo de tecido adiposo, que pode contribuir para um ambiente pró-inflamatório agravado e de maior replicação viral. Além disso, indivíduos com obesidade geralmente apresentam outras comorbidades e possuem complicações respiratórias, logo esses indivíduos são mais vulneráveis à infecção do pelo SARS-CoV-2. Nesse estudo foram comparados marcadores inflamatórios (contagem de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos) e de coagulação como o tempo de protrombina e tromboplastina parcialmente ativada (TP e APTT) e contagem de plaquetas, entre indivíduos eutróficos e indivíduos com sobrepeso e obesidade com CoViD-19 leve ou grave durante a fase aguda da doença. A gravidade da CoViD-19 foi determinada de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Participaram do estudo 98 voluntários, sendo desses 63 com CoViD-19 leve e 35 com CoViD-19 grave. Trinta e dois pacientes eram eutróficos e 66 tinham sobrepeso ou obesidade. Nossos resultados mostram que a contagem de neutrófilos foi maior e a de linfócitos menor (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak) nos pacientes com CoViD-19 grave, independente do excesso de peso. Já a contagem de monócitos e de plaquetas foi menor apenas nos pacientes com excesso de peso com CoViD-19 grave comparados aos casos com a forma leve da doença (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak). Concluímos com esse estudo que existem diferenças de percentual e contagem de células circulantes relacionadas a resposta imunológica e de coagulação entre indivíduos com CoViD-19 leve e CoViD-19 grave na fase aguda da doença, e que o sobrepeso e obesidade contribuem para alterações específicas na CoViD-19 grave.Item Adiposidade, prática de esporte e exercícios e estresse são preditores para o desempenho de crianças e adolescentes obesos em tarefas de funções executivas e memória(UFVJM, 2022) Freitas, Daniel Almeida; Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Esteves, Elizabethe Adriana; Lanza, Fernanda de Cordoba; Souto, Deisiane Oliveira; Tossige Gomes, RosalinaA obesidade é uma doença crônica, em que há acúmulo excessivo de gordura no tecido adiposo, sua prevalência tem aumentado em crianças e adolescente. A obesidade é caracterizada por inflamação crônica de baixo grau, e alteração do padrão de secreção de biomarcadores, tais como o cortisol e a proteína C-reativa. A obesidade está associada a doenças cardiometabólicas, ao estresse e ao declínio cognitivo. A persistência até a idade adulta desta condição promove efeitos deletérios nas funções executivas, como diminuição da velocidade de processamento, memória de trabalho, raciocínio e da memória episódica. A aptidão cardiorrespiratória, tem se mostrado um fator protetor das funções executivas. Contudo, não está definido se a prática regular de exercícios físicos pode ser um fator protetor das funções executivas em indivíduos obesos na infância e adolescência. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar quais são os preditores que influenciam as funções executivas e memória em crianças e adolescente obesos. Avaliou-se como possíveis preditores: composição corporal, biomarcadores sanguíneos, estresse, nível econômico, aptidão cardiorrespiratória e prática regular de exercícios físicos e problemas de saúde materna durante a gestação. Para tal foi realizado um estudo transversal com crianças e adolescentes obesos entre 7 e 18 anos de idade (n=32) participantes. As funções executivas foram avaliadas pelos testes de trilhas, torre de Hanoi e teste de Stroop, a memória episódica pelo Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT) e a memória semântica pelo teste de fluência verbal. A composição corporal avaliada pelo dual energy X-rays absormetry (DEXA), os biomarcadores de estresse e inflamação o cortisol e a proteína C-reativa a aptidão cardiorrespiratória pelo shutlle walking test modified (SWTM), o estresse pela escala de estresse de Lipp (EE), e o nível econômico pelo questionário de bens de consumo da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP) e a prática regular de exercícios físicos, por meio do questionário de atividade física habitual de Baecke. Foi utilizado o teste T para amostras independentes para comparar de participantes com mães com problemas na gestação (sim ou não), correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis, e para as correlações moderadas e significativas, ou p<0,20 realizou-se regressão linear. Os resultados mostraram que a adiposidade (avaliada pelo % de gordura) e o z-escore do IMC está associada a pior memória episódica de acordo com o índice de Evocação do RAVLT. A fluência verbal apresentou associação com a gordura visceral. As funções de planejamento e flexibilidade cognitiva na torre de Hanoi, apresentaram associação do tempo para resolução da torre de Hanoi (TH) com a gordura visceral, enquanto o número de movimentos tem associação com a prática de esporte e exercícios físicos (PEEF), a prática regular de exercícios favorece o planejamento de crianças e adolescentes obesos, o número de erros está diretamente associado ao escore da escala de estresse. Assim, o presente estudo, mostrou a associação da composição corporal, à memória e as funções executivas de flexibilidade cognitiva e controle inibitório. As funções executivas e memória em crianças e adolescentes parecem estar associadas ao estresse, e ao hábito de prática regular de exercícios físicos independentemente da intensidade.Item Treinamento Intervalado de Alta Intensidade com 1 sessão diária (tradicional) versus Treinamento Intervalado de Alta Intensidade 3 sessões diárias (acumulado): efeitos em parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa(UFVJM, 2022) Costa, Bruna Oliveira; Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Schetino, Luana Pereira LeiteA menopausa é caracterizada pela perda total dos folículos ovarianos, iniciando-se por volta dos 45-50 anos. A queda na produção dos hormônios sexuais femininos nessa fase pode provocar disfunções cardiovasculares e doenças metabólicas. A prática regular de exercício físico aumenta a longevidade e diminui a taxa de mortalidade/morbidade, prevenindo problemas cardiometabólicos causados pela menopausa. O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade e o Treinamento físico realizado com exercícios acumulados (duas ou mais sessões diárias) são modalidades de treinamento físico tempo-eficientes que promovem efeitos positivos em parâmetros cardiometabólicas tais como, redução na pressão arterial, aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL) e controle da glicemia. Considerando a ausência de estudos sobre o efeito dessas modalidades de treinamento na menopausa, investigamos e comparamos os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade tradicional, realizado em 1 sessão diária (1xHIIT), versus o treinamento intervalado de alta Intensidade acumulado, realizado em 3 sessões diárias (3xHIIT), sobre parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa com ratas ovariectomizadas. Foram utilizadas ratas fêmeas Wistar (idade 90 dias), com protocolo de treinamento de 5 dias/semana, durante 8 semanas. Os animais foram divididos em 4 grupos: 1) grupo não-ovariectomizado sedentário (SHAM); 2) grupo ovariectomizado sedentário (OVX); 3) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 1 sessão diária (1xHIIT); 4) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 3 sessões diárias (3xHIIT). Foram realizadas as seguintes análises: consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX), calorimetria indireta em repouso, absorciometria radiológica de dupla energia (DEXA), teste oral de tolerância à glicose (TTOG), teste intraperitoneal de resposta à insulina (TTIP), glicemia em jejum e histologia do tecido adiposo retroperitoneal e do músculo sóleo. Os dados demonstraram que ambas as formas de treinamento promoveram melhorias metabólicas após a ovariectomia, como: redução do ganho de peso corporal, redução da gordura visceral e aumento de massa magra, e preveniram da redução do VO2MÁX, sendo o 3xHIIT superior ao 1xHITT na redução do tamanho dos adipócitos e hipertrofia das fibras musculares. Apesar de não ter sido observada diferença significativa do TTOG e TTIP entre os grupos, o grupo 3xHIIT apresentou diminuição significativa da glicemia em jejum em relação ao grupo OVX. Esses dados mostraram que os protocolos de exercício preveniram os prejuízos metabólicos induzidos pela ovariectomia, indicando que ambas modalidades de treinamento são benéficas contra disfunções metabólicas induzidas pela redução dos hormônios sexuais, semelhante ao observado na menopausa, destacando-se o 3xHIIT.