Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

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    Associação da atividade física habitual com desenvolvimento infantil, biomarcadores do balanço redox e citocinas em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade: estudos exploratórios
    (UFVJM, 2023) Viegas, Ângela Alves; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O desenvolvimento infantil na fase pré-escolar é marcado pelo ganho de novas habilidades motoras e cognitivas, além do amadurecimento de sistemas biológicos como o sistema antioxidante. A atividade física habitual (AFH) pode impactar o desenvolvimento de habilidades motoras grossas e cognitivas durante a infância. Entretanto essas relações permanecem mal compreendidas na fase pré-escolar, especialmente na presença de excesso de peso. Além disso, ainda não foi explorada a relação entre AFH, balanço redox e citocinas em pré-escolares. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) investigar se o nível de AFH e a função cognitiva global podem predizer habilidades motoras grossas em pré-escolares e verificar seus possíveis mediadores; 2) investigar a associação das funções executivas com as habilidades motoras em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade; 3) avaliar o balanço redox e citocinas de pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade, e sua associação com a AFH em uma análise multivariada. Foram realizados duas coletas de dados com crianças matriculadas na rede pública de ensino (amostra 1: 166 pré-escolares; amostra 2: 50 pré-escolares, dos quais 25 com sobrepeso/obesidade pareados com 25 eutróficos pela idade, gênero, nível econômico, e escolaridade materna). A AFH foi avaliada de acordo com o tempo que a criança passa ao ar livre (amostra 1) e por acelerometria (amostra 2). As habilidades motoras foram avaliadas por meio do teste de desenvolvimento motor grosso (TGMD-2), enquanto a função cognitiva global foi avaliada pelo Mini-Mental para Crianças (MMC). As funções executivas foram avaliadas com os testes Stroop Dia-Noite, Marshmallow, Fluência Verbal (FV) e Torre de Hanói (TH). O balanço redox foi determinado pela capacidade antioxidante total (TAC), atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), e pelas concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As citocinas avaliadas foram os receptores solúveis de TNF (sTNFRs) e leptina. Foi utilizado o teste t para amostras independentes, qui-quadrado e correlação bivariada para verificar as associações. Em seguida foi realizada análise de regressão logística múltipla e de mediação (objetivo 1); regressão linear múltipla (objetivo 2); e regressão de mínimo quadrado parcial (objetivo 3). Pré-escolares pouco ativos (tempo ao ar livre < 60 min por dia), função cognitiva abaixo da média por idade e meninas foram mais propensos a ter desempenho motor grosso abaixo do esperado. Mas a AFH não mediou nenhuma das variáveis. Pré-escolares com sobrepeso/obesidade apresentaram pior desempenho de habilidades de locomoção comparado aos eutróficos com mesmo nível de AFH, mas diferentes padrões diários de HPA esporádicas de curta duração. Com relação às funções executivas, os resultados mostraram uma associação negativa de VF (número de erros) e TH (quebra de regra) com controle de objeto e com o quociente motor grosso apenas nos pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Além disso, pré-escolares com sobrepeso/obesidade tiveram níveis mais altos de TAC e de TBARS, mais baixa atividade da CAT, e maior concentração de sTNFRs e leptina comparado com seus pares eutróficos. O padrão multivariado de intensidade de AFH revelou mais forte associação de faixas de intensidade vigorosa com a antioxidação e anti-inflamação em pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Nos eutróficos, a associação com AFH foi na direção de menor antioxidação e maior inflamação, mas as faixas de intensidade mais importantes no padrão multivariado de AFH foram de intensidade leve a moderada. Embora não seja possível afirmar causalidade, os resultados sugerem que AFH durante o tempo ao ar livre pode prevenir o atraso nas habilidades motoras grossas em pré-escolares majoritariamente eutróficos. A função cognitiva global também poderia prevenir este atraso, entretanto as funções executivas podem ser mais importantes para as habilidades de controle de objetos apenas nas crianças com excesso de peso. Além disso, AFH em faixas de intensidade vigorosa pode exercer efeitos antioxidantes e antiinflamatórios somente em pré-escolares com sobrepeso/obesidade.
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    NutriGame - seu guia alimentar: serious game para comunicação do Guia Alimentar para a população brasileira para adolescentes
    (UFVJM, 2023) Garcia, Bruna Caroline Chaves; Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Bortolini, Gisele Ane; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane Gomes; Mendonça, Vanessa Amaral
    O Guia Alimentar para a População Brasileira 2ª edição apresenta as diretrizes alimentares brasileiras, importante recurso de prevenção da obesidade, que devem ser divulgadas à população por meio da educação alimentar e nutricional. A tecnologia Mobile Health (mHealth) tem mostrado resultados positivos na promoção da saúde podendo ser uma ferramenta importante em intervenções nutricionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar a efetividade de um jogo digital mHealth em comunicar as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira para adolescentes. O estudo foi realizado em 3 fases: na Fase I foi destinada ao desenvolvimento do jogo digital, do tipo aplicativo (app), para celular/tablet; a Fase II à avaliação da jogabilidade do aplicativo e a Fase III à avaliação do app como estratégia de comunicação do Guia Alimentar para População Brasileira para o público alvo. A Fase I aconteceu em três etapas: 1. Fundamentação teórica e conceituação, em que foram escolhidos os determinantes teóricos do jogo; 2. Desenvolvimento do app, quando foram definidas a mecânica e o formato do jogo; e 3. Testes preliminares de usuário, quando os próprios pesquisadores realizaram testes de usabilidade e viabilidade. Na Fase II, 7 adolescentes, com idade entre 14 e 16 anos, utilizaram o app por 30 dias para avaliação da usabilidade, viabilidade, engajamento e aprendizagem, que foram avaliados por meio de entrevistas guiadas. Na Fase III participaram do estudo, 65 adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, 38 do grupo app e 27 do grupo controle. Os adolescentes do grupo app usaram o jogo digital por 14 dias. Eles responderam a um questionário sobre alimentação que abordava questões de percepção, autoeficácia, conhecimento e atitude alimentar em três momentos: Pré (antes do uso do app) e Pós (14 dias após usar o app) e Pós-90 (90 dias após usar o app). Ao final dos 14 dias, o grupo app também respondeu a um questionário de imersão. O grupo controle não recebeu nenhuma intervenção e responderam ao questionário sobre alimentação no momento pré e pós. Foram calculados os escores de cada questionário para comparação do momento pré e pós utilização do jogo e entre os grupos controle e app. O jogo desenvolvido recebeu o nome de “Nutrigame - seu guia alimentar” e é um jogo de narrativa, onde a história é ambientada na rotina alimentar de um adolescente. Durante um ciclo de sete dias o jogador deve realizar escolhas alimentares, de ambiente e companhia. Essas escolhas impactam a saúde do avatar, demonstrada pelos indicadores de saúde, alertas e relatório final de saúde. Quando avaliado na Fase II, o NutriGame recebeu nota 8,75 em uma escala de 0 a 10 sobre o quanto os adolescentes gostaram do jogo, demonstrando bom engajamento. Além disso, ele apresentou resultados efetivos de usabilidade e viabilidade. Na Fase III, após utilizarem o NutriGame, os adolescentes relataram saber mais sobre alimentação saudável depois de jogar (pré 7,05 ± 1,83; pós 7,94 ± 1,33, p=0,031) e consideraram sua alimentação mais saudável (pré 6,50 ± 1,64; pós 7,16 ± 1,11, p=0,015). O escore de conhecimento aumentou de 27,82 ± 1,65 no momento pré para 29,05 ± 1,45 após jogarem o NutriGame (p=0,0001). O escore para intenção de mudança de hábitos (autoeficácia) foi de 43,47 ± 4,90 no momento pré, aumentando para 47,05 ± 3,36 depois da utilização do jogo (p<0,0001). Eles também apresentaram melhora na atitude alimentar (pré 20,58 ± 3,19; pós 22,53 ± 3,12, p=0,0009). Não foram observadas diferenças nos escores das respostas entre os dois momentos para o grupo controle. Para o grupo app, foi observada manutenção dos resultados após 90 dias da intervenção, demonstrando efeito do jogo a médio prazo nas variáveis analisadas. A média da imersão no jogo ao final dos 14 dias de teste foi de 27,25 ± 3,36 pontos, o que demonstrou alto envolvimento com a narrativa. Dessa forma, os dados mostram que o NutriGame - seu guia alimentar é eficaz na comunicação do Guia Alimentar para adolescentes.
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    Efeitos da terapia com fotobiomodulação sobre a via de sinalização da insulina e mecanismos subjacentes, nas células musculoesqueléticas, em modelos de obesidade in vivo e in vitro
    (UFVJM, 2022) Silva, Gabriela; Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Rocha Vieira, Etel; Branco, Renato Chaves Souto; Fernandes, Kristianne Porta Santos
    A epidemia global da obesidade é um problema crescente e diversas doenças estão associadas a ela, como o diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). O DM2 é caracterizado por resistência à insulina (RI). Em estudos anteriores observamos que a fotobiomodulação (PBM - photobiomodulation) melhorou a sinalização da insulina em adipócitos de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar se a PBM também melhora a sinalização da insulina em células musculoesqueléticas e os mecanismos envolvidos. No primeiro experimento, camundongos (Swiss albino) machos receberam dieta controle pobre em gordura (LFC - low-fat control) ou dieta rica em gordura (HFD - high-fat diet) por 12 semanas. Da 9ª a 12ª semana, receberam tratamento SHAM ou PBM (630 ± 20 nm; 780 mW/cm²; 31,2 J/cm²; 60 J) sendo subdivididos em: LFC-SHAM (n = 8), LFC-PBM (n = 8), HFD-SHAM (n = 9) e HFD-PBM (n = 9). A PBM foi aplicada em 5 pontos: centro do abdômen e membros superiores e inferiores, 1 vez ao dia, 5 dias por semana, durante 4 semanas. A PBM reverteu a deficiência da fosforilação da proteína quinase B (PKB/Akt) na serina 473 (ser473) e inibiu o aumento do conteúdo de β-L-hidroxiacil-CoA desidrogenase (HADH) e de mitofusina-2, induzidos pela HFD no quadríceps. No segundo experimento, mioblastos de camundongos (C2C12), após diferenciação, foram cultivados em meio high glucose apenas, controle (CTRL), ou contendo ácido palmítico (PAL), oleato de sódio e L-carnitina para indução da RI. Depois, receberam tratamento SHAM ou PBM (660 e 850 nm; 9,16 e 19,71 mW/cm²; 2 ou 4 ou 8 J/cm²; 24,4 ou 52,4 ou 76,8 J) aplicado 1 vez. A PBM, nas doses de 4 ou 8 J/cm², reverteu a deficiência da fosforilação da Akt (ser473) e da atividade máxima da citrato sintase e o aumento da fosforilação da c-Jun NH(2) terminal quinase (JNK) (thr183/tyr185), induzidos pelo ácido palmítico. Além disso, nas doses de 2, 4 ou 8 J/cm², a PBM reverteu o aumento do conteúdo de mitofusina-2 e da atividade da superóxido dismutase (SOD), induzidos pelo ácido palmítico. Em conclusão, a PBM melhorou a sinalização da insulina nas células musculoesqueléticas, in vivo e in vitro, e esse efeito parece envolver a modulação do estado redox e da função mitocondrial, além da atenuação da ativação de quinases de estresse.
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    Avaliação dos efeitos do excesso de massa corporal em marcadores trombo-inflamatórios nas formas grave e leve de CoViD-19
    (UFVJM, 2022) Lucena, Daniel Macedo de; Rocha Vieira, Etel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Villela, Daniel Campos; Costa, Karine Beatriz
    A CoViD-19 é uma doença que teve seus primeiros casos na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019, sendo causada pela infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Essa doença se espalhou por todo o mundo causando, em alguns casos, problemas respiratórios e de coagulação, em decorrência de uma resposta inflamatória exacerbada, levando diversos indivíduos infectados ao óbito. Estudos indicam que indivíduos com obesidade possuem maior chance de desenvolver a CoViD-19 grave, tendo problemas respiratórios e de coagulação mais severos. Isso possa ocorrer devido ao acúmulo de tecido adiposo, que pode contribuir para um ambiente pró-inflamatório agravado e de maior replicação viral. Além disso, indivíduos com obesidade geralmente apresentam outras comorbidades e possuem complicações respiratórias, logo esses indivíduos são mais vulneráveis à infecção do pelo SARS-CoV-2. Nesse estudo foram comparados marcadores inflamatórios (contagem de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos) e de coagulação como o tempo de protrombina e tromboplastina parcialmente ativada (TP e APTT) e contagem de plaquetas, entre indivíduos eutróficos e indivíduos com sobrepeso e obesidade com CoViD-19 leve ou grave durante a fase aguda da doença. A gravidade da CoViD-19 foi determinada de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Participaram do estudo 98 voluntários, sendo desses 63 com CoViD-19 leve e 35 com CoViD-19 grave. Trinta e dois pacientes eram eutróficos e 66 tinham sobrepeso ou obesidade. Nossos resultados mostram que a contagem de neutrófilos foi maior e a de linfócitos menor (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak) nos pacientes com CoViD-19 grave, independente do excesso de peso. Já a contagem de monócitos e de plaquetas foi menor apenas nos pacientes com excesso de peso com CoViD-19 grave comparados aos casos com a forma leve da doença (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak). Concluímos com esse estudo que existem diferenças de percentual e contagem de células circulantes relacionadas a resposta imunológica e de coagulação entre indivíduos com CoViD-19 leve e CoViD-19 grave na fase aguda da doença, e que o sobrepeso e obesidade contribuem para alterações específicas na CoViD-19 grave.
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    Adiposidade, prática de esporte e exercícios e estresse são preditores para o desempenho de crianças e adolescentes obesos em tarefas de funções executivas e memória
    (UFVJM, 2022) Freitas, Daniel Almeida; Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Esteves, Elizabethe Adriana; Lanza, Fernanda de Cordoba; Souto, Deisiane Oliveira; Tossige Gomes, Rosalina
    A obesidade é uma doença crônica, em que há acúmulo excessivo de gordura no tecido adiposo, sua prevalência tem aumentado em crianças e adolescente. A obesidade é caracterizada por inflamação crônica de baixo grau, e alteração do padrão de secreção de biomarcadores, tais como o cortisol e a proteína C-reativa. A obesidade está associada a doenças cardiometabólicas, ao estresse e ao declínio cognitivo. A persistência até a idade adulta desta condição promove efeitos deletérios nas funções executivas, como diminuição da velocidade de processamento, memória de trabalho, raciocínio e da memória episódica. A aptidão cardiorrespiratória, tem se mostrado um fator protetor das funções executivas. Contudo, não está definido se a prática regular de exercícios físicos pode ser um fator protetor das funções executivas em indivíduos obesos na infância e adolescência. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar quais são os preditores que influenciam as funções executivas e memória em crianças e adolescente obesos. Avaliou-se como possíveis preditores: composição corporal, biomarcadores sanguíneos, estresse, nível econômico, aptidão cardiorrespiratória e prática regular de exercícios físicos e problemas de saúde materna durante a gestação. Para tal foi realizado um estudo transversal com crianças e adolescentes obesos entre 7 e 18 anos de idade (n=32) participantes. As funções executivas foram avaliadas pelos testes de trilhas, torre de Hanoi e teste de Stroop, a memória episódica pelo Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT) e a memória semântica pelo teste de fluência verbal. A composição corporal avaliada pelo dual energy X-rays absormetry (DEXA), os biomarcadores de estresse e inflamação o cortisol e a proteína C-reativa a aptidão cardiorrespiratória pelo shutlle walking test modified (SWTM), o estresse pela escala de estresse de Lipp (EE), e o nível econômico pelo questionário de bens de consumo da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP) e a prática regular de exercícios físicos, por meio do questionário de atividade física habitual de Baecke. Foi utilizado o teste T para amostras independentes para comparar de participantes com mães com problemas na gestação (sim ou não), correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis, e para as correlações moderadas e significativas, ou p<0,20 realizou-se regressão linear. Os resultados mostraram que a adiposidade (avaliada pelo % de gordura) e o z-escore do IMC está associada a pior memória episódica de acordo com o índice de Evocação do RAVLT. A fluência verbal apresentou associação com a gordura visceral. As funções de planejamento e flexibilidade cognitiva na torre de Hanoi, apresentaram associação do tempo para resolução da torre de Hanoi (TH) com a gordura visceral, enquanto o número de movimentos tem associação com a prática de esporte e exercícios físicos (PEEF), a prática regular de exercícios favorece o planejamento de crianças e adolescentes obesos, o número de erros está diretamente associado ao escore da escala de estresse. Assim, o presente estudo, mostrou a associação da composição corporal, à memória e as funções executivas de flexibilidade cognitiva e controle inibitório. As funções executivas e memória em crianças e adolescentes parecem estar associadas ao estresse, e ao hábito de prática regular de exercícios físicos independentemente da intensidade.
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    Efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) no conteúdo de transportadores intestinais de nutrientes em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica
    (UFVJM, 2020) Silva, Paulo Henrique Evangelista; Esteves, Elizabethe Adriana; Silva, Francemilson Gourlart da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Rocha Vieira, Etel; Moreno, Lauane Gomes
    A absorção intestinal de macronutrientes exerce um papel chave no desenvolvimento da obesidade. Ela é condicionada ao seu transporte através do enterócitos por proteínas específicas, cuja expressão e conteúdo podem ser afetados pela dieta. O óleo de pequi é rico em ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e carotenoides, os quais poderiam afetar o transporte intestinal de nutrientes, mas ainda não foi estudado neste contexto. O objetivo deste estudo foi investigar efeitos da ingestão do óleo de pequi em biomarcadores metabólicos, na histomorfometria do epitélio intestinal e no conteúdo de transportadores intestinais de nutrientes em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Para tal, camundongos da linhagem C57BL/6 machos foram distribuídos em quatro grupos experimentais: C, que recebeu dieta controle, CP que recebeu dieta C e 150 mg de óleo de pequi; HFD, que recebeu dieta hiperlipídica e HFDP, que recebeu HFD e 150 mg de óleo de pequi. O óleo de pequi foi administrado por gavagem e o experimento teve duração de 8 semanas. Os animais do grupo CP tiveram ingestão alimentar e calórica, massa corporal e gordura visceral, semelhantes aos C. No grupo HFDP houve maior ingestão alimentar e calórica em comparação ao grupo HFD, mas isso não reverteu em maior massa corporal e gordura visceral. Embora o grupo HFDP tenha apresentado glicemia em jejum menor que o HFD, a tolerância oral à glicose foi igualmente menor em ambos os grupos, em comparação a C e CP. A largura das vilosidades e o conteúdo de GLUT5 do epitélio intestinal foram reduzidos nos grupos CP e HFDP em comparação a C e HFD. O menor conteúdo da proteína FAT/CD36 foi no grupo HFDP, seguido pelo CP e HFD e por último o C. A dieta hiperlipídica elevou o conteúdo de L-FABP e NHE3 e reduziu o conteúdo de GLUT2, NPC1L1 e de PEPT1 e não houve efeito do óleo de pequi. O óleo de pequi, quando ingerido com a dieta hiperlipídica provavelmente reduziu a absorção de frutose e ácidos graxos. Além disso, melhorou a estrutura intestinal. Em conjunto esses eventos podem ter contribuído, pelo menos em parte, para a menor glicemia de jejum e podem ter protegido contra maior incorporação de gordura visceral nesses animais.
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    Efeitos do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) em elementos da resposta imune da mucosa intestinal de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica
    (UFVJM, 2020) Prates, Rodrigo Pereira; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Moreno, Lauane Gomes; Martins, Helen Rodrigues
    Evidências científicas apontam que compostos da dieta, tais como ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e carotenoides, em sua forma isolada ou extraída, parecem modular a resposta imune da mucosa intestinal. O óleo de pequi (OP) é rico em MUFA e carotenoides. Nós mostramos previamente efeito imunomodulador do OP na mucosa intestinal de camundongos saudáveis e com colite ulcerativa aguda. Entretanto, este efeito ainda não foi investigado no contexto da obesidade. O objetivo deste estudo foi investigar efeitos do óleo de pequi sobre elementos da resposta imune da mucosa intestinal de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Para tal, 48 camundongos C57BL/6 machos foram distribuídos em quatro grupos: C, que recebeu dieta controle, CP que recebeu dieta C e OP; HL que recebeu dieta hiperlipídica e HLP, que recebeu dieta HL e OP. O OP foi ofertado diariamente em uma dose de 150 mg. O experimento teve duração de 10 semanas. Foram avaliados indicadores clínicos da obesidade, biomarcadores metabólicos sanguíneos e os fenótipos de leucócitos do compartimento intraepitelial e das placas de peyer da mucosa do intestino delgado e dos linfonodos mesentéricos. As massas corporais finais do grupo HLP se igualaram às dos grupos C e CP e foram igualmente inferiores ao grupo HL (p<0,05). Apesar de o ganho de massa corporal do grupo HLP ter sido inferior ao HL (p<0,05), não se igualou ao C e ao CP. A ingestão alimentar diária dos grupos HLP e CP foi igualmente menor que a do grupo C e ambas superiores ao HL (p<0,05). A menor ingestão calórica foi a do grupo CP (p<0,05) e não houve diferença entre HL e HLP. Os animais que ingeriram OP (CP e HLP) tiveram a adiposidade visceral semelhante ao grupo C e inferior ao HL (p<0,05). A tolerância à glicose foi menor para os animais dos grupos HL e HLP em comparação aos controles (C e CP) (p<0,05). O OP na dieta controle reduziu a contagem global de leucócitos no sangue (p<0,05), mas este efeito foi perdido quando ele foi ingerido na dieta hiperlipídica. No compartimento intraepitelial, o OP elevou os leucócitos totais tanto no grupo CP quanto no grupo HLP e não afetou os linfócitos intraepiteliais em comparação ao HL (p<0,05). Por outro lado, a dieta hiperlipídica elevou os linfócitos Tγδ e não houve efeito do OP (p<0,05). Nos linfonodos mesentéricos, houve aumento percentual dos linfócitos para o grupo HLP em relação aos grupos C e HL, porém não foi significativo. Houve uma redução dos lintócitos T auxiliares no grupo CP em relação ao C (p<0,05). Nas placas de peyer os leucócitos totais aumentaram no grupo HLP em relação aos grupos HL e C (p<0,05). Não houve alterações expressivas nos demais tipos celulares entre os tratamentos. O óleo de pequi promoveu um aumento de leucócitos totais no epitélio intestinal do grupo HLP, possivelmente células da imunidade inata, como os macrófagos M2, com consequente reparo do epitélio intestinal, uma vez que os animais alimentados com dieta hiperlipídica e óleo de pequi apresentaram redução da massa corporal.