Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional

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PPGREAB - Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional

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    Isolamento social na dor de coluna cervical e lombar
    (UFVJM, 2023) Alves, Natália Christina de Moura; Oliveira, Vinícius Cunha de; Ferreira, Lucas Calais; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Introdução: O isolamento social é um fator contextual pessoal que se associa-se à morbimortalidade. É um fator que contribui para uma pior qualidade de vida dos indivíduos, estando associado com um pior prognóstico de diversas condições clínicas, dentre elas a dor lombar (DL) e cervical (DC). No entanto, informação sobre o que influencia o isolamento social e se esta consiste em um possível fator de risco para DC e DL é escassa. Os poucos estudos que investigaram o isolamento social na dor de coluna apresentam limitações por escopo ou metodológicas. Objetivo: O objetivo geral foi investigar se o isolamento social percebido pelo indivíduo está associado a DC e a DL. Como objetivos específicos, investigou-se a influência de fatores genéticos e ambientais no isolamento social percebido pelos indivíduos por meio de um estudo clássico de gêmeos; e investigou-se a associação entre o isolamento social percebido e a DC e a DL. Método: Esta dissertação foi composta por dois artigos para investigar os objetivos descritos acima. Os dois estudos seguem o modelo observacional transversal com amostra por conveniência de pares de gêmeos completos, ambos os sexo e acima de 18 anos. Os participantes foram cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos. A Escala de Amizade, adaptada para a população brasileira, avaliou o isolamento social percebido e um questionário autorrelatado avaliou ocorrência de DC e DL. Para estimar a contribuição dos fatores genéticos e ambientais na variância do isolamento social, utilizou-se uma amostra de 60 pares completos de gêmeos (30 monozigóticos/Mz e 30 dizigóticos/Dz) e usamos modelos de efeitos mistos ajustados para idade e sexo. Covariâncias, coeficientes de correlação intraclasse e componentes de variância de genética aditiva (A), ambiental compartilhado (C) e fatores ambientais únicos e erro de medição (E) foram calculados (modelo ACE). Para investigar a associação do isolamento social percebido com DC e DL, utilizou-se uma amostra de 141 pares completos (103 Mz e 38 Dz), o modelo foi ajustado para potenciais fatores de confusão (fatores familiares/genética e ambiente compartilhado, idade, sexo, qualidade do sono e nível de atividade física). Foi calculada a estimativa de risco para a presença de DC e DL, e para a intensidade da DC e DL. Resultados: No primeiro estudo, a amostra foi composta por adultos jovens, maioria do sexo feminino, boa renda familiar e bom nível de escolaridade. No modelo ACE, a variância residual no isolamento social foi explicada principalmente por E (14,27; IC95%:8,84-23,02; P<0,001), enquanto as estimativas de A e C não foram significativas. Um modelo mais simples que ajustou apenas os parâmetros A e E teve melhor ajuste em comparação com o modelo ACE, como comprovado pelos valores do Critério de Informação de Akaike, sendo 722,29 para o modelo AE e 724,29 para o modelo ACE. A correlação foi maior entre gêmeos Mz (0,38) em comparação com gêmeos Dz (0,19) mostrando que há influência genética, o que foi comprovado pelo modelo AE que estimou uma influência genética de 38,87% no isolamento social percebido. No segundo estudo, os resultados mostram que a mudança de um ponto em 25 na percepção das pessoas de menos isolamento social representou redução de 6% no risco de apresentar DC (OR:0,94; IC95%:0,84–1,05) e redução de 8% no risco de apresentar DL (OR:0,92; IC95%:0,81–1,05), após ajustar para potenciais fatores de confusão citados acima, no entanto os intervalos de confiança incluíram 1,0 sendo assim as estimativas não atingiram significância estatística. Conclusão: Nossos resultados sugerem uma estimativa de influência genética de 38,87% que corrobora com estudos prévios que demonstra A variando de 38 a 48% no isolamento social percebido. Fatores ambientais únicos (E) explicaram 61,13% da variância total deste desfecho. Além disso, resultados do presente estudo sugerem associação do isolamento social percebido com DC e DL, sendo um possível fator de risco que pode ser levado em consideração em abordagens preventivas focadas nos indivíduos.
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    Descrição dos vídeos sobre dor lombar no YouTube TM
    (UFVJM, 2021) Maia, Laísa Braga; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Bastone, Alessandra de Carvalho; Oliveira, Juliana Souza de
    Introdução: A qualidade das informações sobre dor lombar oferecidas no YouTube TM não é clara. Objetivo: descrever as informações atuais sobre dor lombar disponíveis no YouTube TM e determinar se esses vídeos relatam informações que se alinham com as diretrizes clínicas. Uma análise mais aprofundada explorou se recursos específicos dos vídeos explicam sua popularidade. Métodos: Um estudo observacional transversal foi conduzido em vídeos relacionados à dor lombar no YouTube TM com os 200 vídeos mais vistos usando o termo “dor lombar”. Os vídeos foram vistos e avaliados de forma independente por dois pesquisadores quanto a características específicas de vídeo, conteúdo específico de dor lombar e conformidade com as diretrizes. A associação entre as características ou conteúdo do vídeo com a popularidade (ou seja, visualizações, gostos, não gostos e comentários) foi investigada usando modelos de regressão. Resultados: O número médio de visualizações foi 2.018.167. Apenas 59 (29,5%) dos vídeos relataram pelo menos uma recomendação diagnóstica de diretrizes clínicas, e apenas 100 (50%) relataram uma recomendação de tratamento alinhada com as diretrizes clínicas. Além do ano de upload, nenhuma variável foi identificada que estivesse independentemente associada à popularidade ou engajamento dos vídeos. Conclusão: As informações relacionadas à dor lombar oferecidas no YouTube TM muitas vezes não são baseadas em evidências e há uma tendência de priorizar informações sobre as intervenções ao invés de compreender o processo da dor lombar. Fatores relacionados ao envolvimento com conteúdo sobre dor lombar no YouTube TM permanecem incertos, indicando uma necessidade maior de tradução de conhecimento neste campo.
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    Prevenção das dores lombar e pélvica durante a gravidez: uma revisão sistemática e meta-análise
    (UFVJM, 2021) Santos, Flávia Franciele dos; Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinícius Cunha de; Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues
    As diversas alterações fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher durante a gravidez podem resultar no desenvolvimento de dor lombar (DL) ou dor pélvica (PP). As duas condições podem ocorrer separadamente ou juntas (dor lombopélvica / DLP) e normalmente aumentam com o avanço da gestação. A incidência de DL e DP durante a gravidez varia de 57% a 90% e 4% a 76%, respectivamente. Até metade dessas mulheres que apresentam um episódio de DLP durante a gravidez continuam a queixar-se um ano após o parto. A ocorrência de DLP durante a gravidez está relacionada a deficiências e altos custos diretos e indiretos. Diante disso, o objetivo desta revisão sistemática foi investigar a eficácia e aceitabilidade das intervenções para a prevenção de episódios de DL, DP e DLP e licença médica devido a essas condições durante a gravidez em curto e longo prazo. Esta revisão sistemática seguiu a lista de verificação PRISMA e as recomendações Cochrane. As buscas foram realizadas até 6 de janeiro de 2021 no MEDLINE, PEDRO, COCHRANE COCHRANE LIBRARY, SPORTDISCUS, CINAHL, AMED, EMBASE e PSYCINFO. Incluímos ensaios quasi- e randomizados que investigam a eficácia de qualquer estratégia de prevenção em comparação com o controle (ou seja, sem intervenção, placebo, simulação ou lista de espera) na incidência de DL e DP e licença médica durante a gravidez. Aceitabilidade das intervenções também foi avaliada. Dois revisores independentes realizaram a triagem, extração de dados e avaliação da qualidade metodológica (usando a escala de 0-10 PEDro). Discrepâncias foram resolvidas por um terceiro revisor. A meta-análise foi realizada usando o modelo de efeitos aleatórios. Riscos relativos (RRs) e intervalos de confiança de 95% (ICs) foram relatados para cada estratégia de prevenção específica em curto e longo prazo. Dois revisores independentes avaliaram a qualidade das evidências atuais usando a abordagem GRADE. O protocolo foi registrado prospectivamente no PROSPERO (CRD42020216377) e no Open Science Framework (https://osf.io/sha7k/). Seis ensaios clínicos randomizados (RCTs) contendo 2.231 participantes foram incluídos na revisão. Houve evidência de qualidade moderada de que exercícios isolados são aceitáveis para mulheres grávidas com lombalgia [0,60 (0,42-0,84)] e são capazes de prevenir episódios de lombalgia [0,92 (0,85-0,99)], em longo prazo. Evidências de qualidade moderada a muito baixa sugeriram nenhuma eficácia de outras intervenções para prevenir um episódio de DL, DP e DLP ou uso de licença médica de curto ou longo prazo (p> 0,05). Concluímos que a eficácia das estratégias de prevenção de episódios de DLP e uso de licença médica durante a gravidez não é apoiada por evidências de alta qualidade. A evidência atual sugere que o exercício é aceitável e promissor para prevenir episódios de DL em longo prazo.
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    Efeitos agudos da mobilização fascial toracolombar na dor e na funcionalidade de indivíduos com lombalgia crônica: ensaio clínico controlado cruzado
    (UFVJM, 2020) Paulo, Luana Rocha; Martins, Fábio Luiz Mendonça; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Fábio Luiz Mendonça; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Murilo Xavier; Fonseca, Sueli Ferreira da
    INTRODUÇÃO: A multicausalidade e variedade de desfechos presentes em indivíduos com dor lombar crônica (DLC), além da interação não linear decorrente da complexidade da interação de fatores causais, dificulta sua resolução. Embora a terapia manual (TM) para alívio da dor seja usada como adjuvante combinado ao exercício físico e/ou estabilização do core em indivíduos com DLC, ainda existe a crença de que uma única sessão de liberação miofascial seria eficaz. A TM é o meio de tratamento fisioterapêutico mais utilizado e estudos evidenciam sua ação na atenuação da inflamação em tecidos conectivos e prevenção de fibroses, auxílio na regeneração tecidual, redução da dor e aumento da mobilidade. Estudos observaram alterações na fáscia toracolombar que podem ser fatores predisponentes de dor lombar. Ainda não há consenso na literatura e há escassez de estudos quanto às técnicas específicas para a mobilização tecidual e os resultados na alteração da dor e funcionalidade. OBJETIVOS: Avaliar se uma única sessão da técnica específica de liberação miofascial toracolombar reduz a dor e a incapacidade de indivíduos com DLC. MÉTODOS: Quarenta e um indivíduos foram randomizados em três situações - experimental (Exp), placebo (Plac), controle (C) -, de maneira equilibrada e cruzada. Os indivíduos foram avaliados em termos de dor [Limiar da Dor por Pressão (PPT), Escala Visual Numérica de Dor (EVND)] e incapacidade (Índice de Incapacidade Oswestry ODI). Todas as análises foram realizadas antes e após os procedimentos, sendo que apenas o momento intervenção realizou a mobilização da fáscia toracolombar. RESULTADOS: Testes de comparação múltipla revelaram que não havia efeitos entre, dentro dos testes e interação. De fato, nossos resultados mostraram IC 95% na situação Exp para PPT pré 24,70 a 36,06 N / m2 e pós 28,01 a 41,32 N / m2, EVND pré 2,30 a 3,69 e pós 2,38 a 3,89 e ODI pré 16,29% a 22,23 % e pós 16,22% a 22,36%. CONCLUSÃO: Uma única sessão de mobilização manual da fáscia toracolombar não foi efetiva para reduzir a dor em sujeitos com DLC. Mais estudos precisam ser realizados em relação às técnicas e as respostas teciduais.
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    Dor lombar em hospitais financiados pelo Sistema Único de Saúde brasileiro entre 2013 e 2018: custos diretos, prevalência e perfil dos pacientes notificados
    (UFVJM, 2020) Mendonça, Alysson Geraldo; Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinicius Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Bastone, Alessandra de Carvalho; Nunes, Ana Paula Nogueira
    Introdução: A dor lombar é um sintoma altamente incapacitante, que leva a desfechos negativos nas atividades laborais e de vida diária, nos aspectos psicossociais para os pacientes e econômicos para os sistemas de saúde dos países. Devido ao impacto econômico e social que a dor lombar tem ocasionado em vários países, o interesse em estudos observacionais aumentou, buscando auxiliar no estabelecimento de diretrizes e políticas públicas futuras. O objeto deste estudo foi analisar dados secundários sobre a dor lombar em hospitais públicos brasileiros, entre 2013 e 2018, estabelecendo: o número e a prevalência de notificações; o número de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados; as características sociodemográficas dos pacientes notificados; e os custos diretos investidos para o tratamento da dor lombar no Brasil e nas suas cinco regiões. Metodologia: Os dados foram extraídos do website do Departamento de Informática do SUS, na sessão de Sistema de Informações Hospitalares, utilizando para busca os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) referentes aos seguintes termos: lombalgia com ciática, dor lombar baixa, dorsalgias e outras dorsalgias. Após a extração, os dados foram analisados no software TABWIN (que permite a análise exploratória de informações de saúde que foram financiados pelo Ministério da Saúde brasileiro) e em seguida foi realizada a estatística descritiva, os cálculos de prevalência, média e porcentagem, e os cálculos dos custos diretos de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados. Resultados: Dos 59.954 casos de dor lombar foram notificados nos seis anos analisados, sendo a maior prevalência para o sexo feminino (média de 4,5 notificações para cada 100.000 mulheres no país), e para os idosos (média de 10.3 notificações para cada 100.000 idosos no país). A maioria dos pacientes notificados procuraram serviços de urgência hospitalar (média nos seis anos de 92%) e permaneceram poucos dias (0-2 dias) internados pelo sintoma (média nos seis anos de 45,7%). Os custos diretos dos seis anos somaram US$5,857,851 e houve um aumento gradual no número de cirurgias realizadas (passou de 2 em 2013 para 642 cirurgias em 2018). Os custos diretos totais e de cada cirurgia realizada aumentaram de forma substancial (aumentos nos custos totais com cirurgias passou de US$479 em 2013 para US$441.552 em 2018). A região Sudeste brasileira foi a que mais notificou casos e gastou recursos financeiros para tratamento da dor lombar. Foi observado ainda que as regiões com maior índice de desenvolvimento humano do país tiveram mais casos notificados. Conclusão: Os dados apresentados mostram características das notificações para pacientes com dor lombar em hospitais públicos brasileiros diferentes das preconizadas na literatura, tais como: aumento no número de cirurgias para a condição e apresentação dos pacientes aos serviços de emergência hospitalar para tratamento. Desta forma, em uma perspectiva de saúde pública, este estudo pode ser útil no auxílio de políticas futuras para o tratamento do sintoma.