Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional

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PPGREAB - Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional

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    Avaliação funcional e reabilitação do paciente com hanseníase: uma revisão
    (UFVJM, 2023) Dias, Kelha Márcia Muniz; Costa, Henrique Silveira; Ribeiro, Gabriela de Cássia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Alcantara, Marcus Alessandro de; Barroso, Heloisa Helena
    Introdução: A hanseníase ainda configura-se como um importante desafio para a saúde pública em diversos países, considerando o seu potencial em provocar incapacidades físicas. Com a evolução da doença, o paciente pode apresentar limitações em seu convívio social, no trabalho, e até mesmo problemas psicológicos em decorrência do estigma, da discriminação social do medo que sente do que possa vir a sofrer. O diagnóstico e o manejo clínico da hanseníase permanecem desafiadores, principalmente pela falta de conhecimento e de tecnologias sensíveis e acessíveis para diagnóstico. A doença também apresenta potencial impacto na funcionalidade dos pacientes, podendo levar às deformidades. Dessa forma é necessário reportar os aspectos funcionais da avaliação do paciente assim como estratégias de reabilitação. Objetivo: Verificar os achados acerca da avaliação e manejo funcional da hanseníase. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa baseada na busca eletrônica nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, Web of Science, Scopus, LILACS, Embase e documentos oficiais do Ministério da Saúde. Os descritores utilizados como estratégia de busca nas bases de dados serão relacionados a (“Leprosy” OR “Hansen Disease” OR “Hansen´s Disease”) AND (“Physical Therapy Modalities” OR “Physical Therapy Techniques” OR “Physical Therapies” OR “Group Physiotherapies” OR “Neurophysiotherapy”) OR (“Rehabilitation” OR “Exercise Therapy”), sendo alterados de acordo com cada base de dados. Resultados: A avaliação funcional do paciente com hanseníase deve ser baseada na avaliação da sensibilidade, na avaliação neurológica, força muscular, amplitude de movimento, da marcha, incapacidade e qualidade de vida relacionada à saúde. A reabilitação deve focar no autocuidado, facilitação neuromuscular proprioceptiva e mobilização neural. Orientações domiciliares também se mostraram eficazes. Conclusão: A avaliação funcional e reabilitação dos pacientes com hanseníase é complexa e deve ser realizada antes das deformidades.
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    Fatores associados à Autopercepção Negativa de Saúde de idosos do interior do Amazonas: análise baseada no modelo CIF
    (UFVJM, 2023) Ribeiro, Rosimary de Jesus Monteiro; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A autopercepção de saúde é uma medida epidemiológica frequentemente empregada em estudos na área do envelhecimento e está associada a vários fatores. Este estudo objetivou investigar, com base no modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), os fatores associados à autopercepção negativa de saúde de idosos residentes do interior do Amazonas. Trata-se de um estudo com delineamento transversal analítico. Foram incluídos idosos com idade ≥ 60 anos, cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde da área urbana e das comunidades ribeirinhas do município de Coari/AM. A autopercepção negativa da saúde (APNS) foi avaliada por meio da pergunta: “Em geral o senhor diria que sua saúde é?”. As respostas ruim e muito ruim foram consideradas como APNS. As variáveis independentes foram divididas segundo o modelo da CIF. Participaram do estudo 199 idosos, sendo 99 residentes da zona urbana e 100 das comunidades ribeirinhas. A maioria era do sexo feminino (57,7%) e encontrava-se na faixa etária de 60-69 anos (56,7%). Os fatores associados ao desfecho de forma independente foram: idade ≥ 80 anos (OR 5,029, IC95%= 1,774-14,253); renda ≤ 1 salário mínimo (OR 3,662, IC95%= 1,075-15,745); queda recorrente (OR 4,115, IC95%= 1,07515,745); morar sozinho (OR 3,357, IC95%= 1,180-9,549); ter cuidador (OR 10,900, IC95%= 3,252-36,535); não ter participação social (OR 5,759, IC95%= 1,274-26,033) e ter baixa performance funcional (OR 2,324, IC95%= 1,061-5,089). A APNS encontrou associação com os indicadores da CIF relacionados aos fatores pessoais, às condições de saúde, aos fatores ambientais e à funcionalidade, reforçando à necessidade de um cuidado integral à saúde do idoso.
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    Capacidade para o trabalho e Estresse ocupacional durante a pandemia COVID-19 entre servidores da Universidade Federal do Amazonas - UFAM
    (UFVJM, 2023) Freitas, Fulvia Bilby de; Alcantara, Marcus Alessandro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Considerando que a capacidade para o trabalho (CT) é uma condição resultante da interação entre os recursos humanos e as exigências físicas, mentais e sociais do trabalho. Cabe compreender a CT dos servidores da educação, frente às mudanças ocorridas da pandemia COVID-19 na dinâmica do trabalho, auxiliando a gestão a promover ambiente mais produtivo e saudável. O objetivo deste estudo foi realizar a identificação de subgrupos de servidores da Universidade Federal do Amazonas, com base em características sociodemográficas, hábitos de vida, saúde, estresse ocupacional e dimensões da capacidade para o trabalho. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, que incluiu docentes e técnicos-administrativos da educação (TAE) da Universidade Federal. Os participantes responderam um questionário em formato eletrônico via Google Formulários composto pelos questionários Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0), Job Stress Scale (JSS) e o Work Ability Score (WAS), que estavam incluídos e distribuídos em cinco blocos: Perfil sociodemográfico, Hábitos e estilos de vida, Estado de saúde, Características do trabalho e Capacidade para o trabalho. Para tanto, foi realizada a análise de cluster através do método de Gower e posteriormente a análise descritiva e identificação dos perfis. A amostra contou com 260 servidores, na qual a maioria são do sexo feminino (n=155; 59,6%), com idade entre 43 a 53 anos (n=67; 25,8%), pós-graduados [n=217; 83,5%], são TAE’s (n=193;74,2%), ativos fisicamente [n=137; 52,7%] e qualidade do sono ruim [n=133; 51,2%]. A análise de cluster identificou dois perfis de CT entre os participantes. O cluster 1 (n=206) agregou servidores com melhor CT segundo todos os indicadores avaliados, dentre eles a CT atual [8,9 (5-10)], melhor CF [18,4 (12-36)], menor TMC [16,0%], com média de sintomas pós Covid-19 inferior a 4 [3,8 (0-19)], AAS positiva [82,5%] e apoio social adequado [62,1%]. O cluster 2 (n=54), composto por servidores com CT mais comprometida, dentre eles a CT atual [6,9 (1-10)], pior CF [30,2 (17-48)], maior TMC [94,4%], com média de sintomas pós covid-19 superior a 9 [9,3 (0-20)], AAS negativa [77,8%] e apoio social inadequado [63,0%]. Quanto a sua caracterização, o cluster 2 apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação ao sexo feminino (p<0,05) e com a pior qualidade do sono (p<0,01). Assim, a identificação de grupos distintos de servidores é essencial para considerar as necessidades específicas de cada grupo, auxiliando no planejamento de ações para a promoção e manutenção da CT pós pandemia COVID-19.
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    Analysis of content, credibility, and quality of information on COPD treatment in YouTube™ videos: a cross-sectional observational study
    (UFVJM, 2023) Rodrigues, Ana Luíza da Silva Nunes Teixeira; Mendonça, Vanessa Amaral; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é causada pela exposição a partículas tóxicas e gases nocivos, tabagismo e/ou mutação genética, sendo caracterizada por sintomas respiratórios crônicos, anormalidades das vias aéreas, resultando em obstrução persistente ao fluxo aéreo. O tratamento dessa doença envolve intervenções farmacológicas e não farmacológicas que é fundamentado por diversos consensos e diretrizes da DPOC. O YouTube™ é uma das plataformas sociais mais populares da internet e pode ser usada com frequência para compartilhamento de informações sobre o tratamento de doenças crônicas como a DPOC, entretanto a credibilidade dessas informações pode não ser adequada. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a qualidade e a credibilidade das informações relativas ao tratamento da DPOC no YouTube™, a mais popular das plataformas de mídia social e avaliar seu alinhamento com a diretriz GOLD. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal que contou com a seleção de 200 vídeos da língua inglesa, postados no YouTube™. A avaliação dos vídeos incluídos no estudo foi através de instrumentos validados para qualidade e credibilidade das informações, Discern e HONcode respectivamente, e a partir de um instrumento criado pelos pesquisadores para observar a concordância com o GOLD, diretriz padrão ouro para DPOC. Resultados: A maioria dos vídeos (97,4%) demonstrou baixa concordância com as diretrizes, 75,7% obtiveram credibilidade alta de acordo com a avaliação do HONcode e em relação à qualidade das informações de saúde, avaliadas pelo Discern, 75,7% dos vídeos obtiveram classificação média. Conclusão: Os vídeos analisados demonstraram boa credibilidade, com qualidade variável entre média e baixa e pouca concordância com o GOLD, demonstrando que a análise contínua desse conteúdo pode ser utilizada para garantir o fornecimento de informações confiáveis no YouTube™.
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    Efetividade do Apoio Matricial da Fisioterapia na Atenção Primária a Saúde
    (UFVJM, 2023) Barbosa, Samara Maria Neves; Santos, Juliana Nunes; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Este trabalho investigou a efetividade do AM do profissional fisioterapeuta, com foco nas condições de saúde sensíveis a intervenção da fisioterapia na APS. O estudo propôs oficinas temáticas envolvendo conceitos e práticas de prevenção, promoção e reabilitação nos eixos saúde materno-infantil, do adulto, do idoso e desordens musculoesqueléticas, contendo condições de saúde de elevada prevalência na APS tais como dor lombar, incontinência urinária, tonturas, entre outras situações possíveis de serem encontradas na visita domiciliar do ACS. Os temas foram organizados em quatro encontros presenciais (16 horas) e atividades para serem feitas em casa (8 horas). Foram utilizados instrumentos de coleta de dados (pré e pós-teste) contendo questões relacionadas à atuação da fisioterapia na APS e um inquerido com levantamento de casos sensíveis a essa atuação na área de abrangência do agente. Para atingir os objetivos propostos, realizou-se dois estudos cuja intervenção foi a realização das oficinas de AM: I) Estudo de delineamento quase-experimental em um município de pequeno porte, com duas equipes de saúde da família e 13 ACS divididos em grupos intervenção (n=6) e controle (n=7); II) Um ensaio clínico randomizado em munícipio de médio porte, com 57 ACS, aleatorizados em grupos intervenção (n=28) e controle (n=29). Os resultados do estudo I revelaram diferença estatística na percepção de risco dos ACS dos grupos intervenção e controle na percepção dos casos envolvendo desordens musculoesqueléticas (p=0,032) e na identificação de casos de alterações infantis (p=0,012) após a participação nas oficinas de AM. No estudo II, e após o AM, houve diferença estatística entre os grupos intervenção e controle na percepção das desordens musculoesqueléticas (p=0,028), e quanto a demanda de encaminhamentos houve diferença estatística nos casos de alterações infantis (p<0,001), saúde do trabalhador (p=0,003), incontinência urinária (p=0,0012), risco de quedas (p=0,007), alterações vestibulares (p=0,002) e alterações venosas (p< 0,001). Com a realização do estudo observou-se aumento da percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis a intervenção do fisioterapeuta na APS e maior identificação dos usuários com condições a serem encaminhadas para a fisioterapia no nível primário. Os achados fornecem evidências da efetividade do AM do fisioterapeuta no primeiro nível de atenção à saúde como estratégia favorecedora da resolutividade da atenção.
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    Efeitos da joelheira de neoprene sobre a cinemática e a cinética do exercício front squat em indivíduos praticantes de CrossFit
    (UFVJM, 2023) Araújo, Vinicius Lopes; Trede Filho, Renato Guilherme; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Foi realizado um estudo para investigar se o uso da joelheira de neoprene de 7mm altera a cinética ou cinemática do exercício front squat em praticantes de crossfit. A amostra incluiu dezenove voluntários praticantes de Crossfit do sexo masculino, com média de idade de 28,9 ± 6,0 anos, altura média de 175,1 ± 5,9cm, massa corporal média de 80,0±12,0kg. No início das coletas foi realizado o procedimento de Uma Repetição máxima, front squat sem joelheira e com uso das joelheiras nas duas pernas. Após, foi realizada uma coleta de dados estática e uma coleta de dados dinâmica. Como resultado, foi demonstrado que o uso da joelheira diminui o momento externo de flexão plantar do tornozelo na excêntrica e de dorsiflexão na concêntrica; maior momento externo de abdução na excêntrica; maior ângulo de dorsiflexão na excêntrica, maior ângulo de abdução na concêntrica. Na articulação do joelho a joelheira diminuiu o momento externo de flexão na excêntrica, maior momento externo de flexão na concêntrica, menor momento externo de abdução na excêntrica e menor momento externo de abdução na concêntrica, maior momento externo de rotação externa na concêntrica; menor ângulo de flexão na excêntrica e maior ângulo de flexão na concêntrica. Na articulação do quadril a joelheira diminuiu o momento externo de flexão na concêntrica; diminuiu o ângulo de flexão na excêntrica e diminuiu o ângulo de abdução na concêntrica. Os resultados demonstram que o uso da joelheira de neoprene altera cinemática e cinética do front squat nas articulações do tornozelo, joelho e quadril.
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    Isolamento social na dor de coluna cervical e lombar
    (UFVJM, 2023) Alves, Natália Christina de Moura; Oliveira, Vinícius Cunha de; Ferreira, Lucas Calais; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Introdução: O isolamento social é um fator contextual pessoal que se associa-se à morbimortalidade. É um fator que contribui para uma pior qualidade de vida dos indivíduos, estando associado com um pior prognóstico de diversas condições clínicas, dentre elas a dor lombar (DL) e cervical (DC). No entanto, informação sobre o que influencia o isolamento social e se esta consiste em um possível fator de risco para DC e DL é escassa. Os poucos estudos que investigaram o isolamento social na dor de coluna apresentam limitações por escopo ou metodológicas. Objetivo: O objetivo geral foi investigar se o isolamento social percebido pelo indivíduo está associado a DC e a DL. Como objetivos específicos, investigou-se a influência de fatores genéticos e ambientais no isolamento social percebido pelos indivíduos por meio de um estudo clássico de gêmeos; e investigou-se a associação entre o isolamento social percebido e a DC e a DL. Método: Esta dissertação foi composta por dois artigos para investigar os objetivos descritos acima. Os dois estudos seguem o modelo observacional transversal com amostra por conveniência de pares de gêmeos completos, ambos os sexo e acima de 18 anos. Os participantes foram cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos. A Escala de Amizade, adaptada para a população brasileira, avaliou o isolamento social percebido e um questionário autorrelatado avaliou ocorrência de DC e DL. Para estimar a contribuição dos fatores genéticos e ambientais na variância do isolamento social, utilizou-se uma amostra de 60 pares completos de gêmeos (30 monozigóticos/Mz e 30 dizigóticos/Dz) e usamos modelos de efeitos mistos ajustados para idade e sexo. Covariâncias, coeficientes de correlação intraclasse e componentes de variância de genética aditiva (A), ambiental compartilhado (C) e fatores ambientais únicos e erro de medição (E) foram calculados (modelo ACE). Para investigar a associação do isolamento social percebido com DC e DL, utilizou-se uma amostra de 141 pares completos (103 Mz e 38 Dz), o modelo foi ajustado para potenciais fatores de confusão (fatores familiares/genética e ambiente compartilhado, idade, sexo, qualidade do sono e nível de atividade física). Foi calculada a estimativa de risco para a presença de DC e DL, e para a intensidade da DC e DL. Resultados: No primeiro estudo, a amostra foi composta por adultos jovens, maioria do sexo feminino, boa renda familiar e bom nível de escolaridade. No modelo ACE, a variância residual no isolamento social foi explicada principalmente por E (14,27; IC95%:8,84-23,02; P<0,001), enquanto as estimativas de A e C não foram significativas. Um modelo mais simples que ajustou apenas os parâmetros A e E teve melhor ajuste em comparação com o modelo ACE, como comprovado pelos valores do Critério de Informação de Akaike, sendo 722,29 para o modelo AE e 724,29 para o modelo ACE. A correlação foi maior entre gêmeos Mz (0,38) em comparação com gêmeos Dz (0,19) mostrando que há influência genética, o que foi comprovado pelo modelo AE que estimou uma influência genética de 38,87% no isolamento social percebido. No segundo estudo, os resultados mostram que a mudança de um ponto em 25 na percepção das pessoas de menos isolamento social representou redução de 6% no risco de apresentar DC (OR:0,94; IC95%:0,84–1,05) e redução de 8% no risco de apresentar DL (OR:0,92; IC95%:0,81–1,05), após ajustar para potenciais fatores de confusão citados acima, no entanto os intervalos de confiança incluíram 1,0 sendo assim as estimativas não atingiram significância estatística. Conclusão: Nossos resultados sugerem uma estimativa de influência genética de 38,87% que corrobora com estudos prévios que demonstra A variando de 38 a 48% no isolamento social percebido. Fatores ambientais únicos (E) explicaram 61,13% da variância total deste desfecho. Além disso, resultados do presente estudo sugerem associação do isolamento social percebido com DC e DL, sendo um possível fator de risco que pode ser levado em consideração em abordagens preventivas focadas nos indivíduos.
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    Confiabilidade e validade de constructo do Patient Generated Index (PGI) em pacientes pós-Hemorragia Subaracnoidea
    (UFVJM, 2023) Coelho, Ludmila Santos; Alcântara, Marcus Alessandro de; Lima, Vanessa Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Bastone, Alessandra de Carvalho; Costa, Bruno Silva
    Introdução: A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) é uma emergência médica causada pelo sangramento cerebral no espaço subaracnóideo. Apesar da baixa incidência em relação à totalidade de Acidente Vascular Encefálico (AVE), é uma doença com alta morbimortalidade e prognóstico ruim para a funcionalidade e qualidade de vida entre os sobreviventes. Estudos têm mostrado que fatores como déficit cognitivo, limitação à participação social e dificuldade de retorno ao trabalho estão significativamente associados à incapacidade a longo prazo e redução da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A mensuração da QVRS em pacientes pós-HSA é realizada por meio do Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36) ou pelo Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL). Embora usados internacionalmente, as propriedades psicométricas desses questionários não foram avaliadas na população de HSA. Além disso, eles apresentam estruturas padronizadas pré-determinadas que, muitas vezes, não consideram a percepção subjetiva do indivíduo sobre a vida e sua multidimensionalidade. Considerando a evolução da HSA e o ônus que essa condição impõe aos seus sobreviventes, é de suma importância melhorar a avaliação da QVRS nessa população. O questionário Paciente Generated Index (PGI) é um instrumento não estruturado, na qual se avalia a QVRS na perspectiva do paciente e traz um conceito contemporâneo de avaliação de qualidade de vida. Entretanto, a confiabilidade e validade em pacientes pós-HSA não foi estudada. A validação do PGI para pacientes pós-HSA permitirá o seu uso nos serviços de reabilitação, contribuindo para um planejamento da assistência direcionado de acordo com necessidades especificas do indivíduo. Objetivo: avaliar a confiabilidade e validade da versão brasileira do PGI em pacientes em reabilitação pós-HSA. Método: Trata-se de um estudo de análise de propriedade de medida que incluiu 51 pacientes em tratamento no setor de reabilitação da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte após diagnóstico de HSA. Foram incluídos os pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, com um mínimo de 30 dias após o evento da HSA e capazes de oferecer autorização por escrito do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para fins de validade de construto, os participantes responderam aos instrumentos Patient Generated Index e Stroke Specific Quality of Life Scale. Para avaliar a confiabilidade os participantes responderam ao questionário duas vezes, com um intervalo de 7 a 14 dias entre eles. Os resultados foram analisados pelo software estatístico IBM SPSS Statistics Software®. Resultados: Quanto à validade de constructo, encontrou-se uma correlação moderada (r=- 0,53; p<0,05) entre os escores totais do PGI e SSQOL. Quanto a confiabilidade, foi encontrado um CCI de 0,91 (p<0,05) indicando uma boa estabilidade entre as medidas. A análise do diagrama de Bland-Altman mostrou uma excelente concordância entre as medidas do PGI. A confiabilidade interobservador (r= -0,94; p<0,05). Conclusão: Os achados deste estudo mostraram que o PGI é um instrumento válido e confiável para medir qualidade de vida em pacientes pós-HSA.
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    Medo de cair é maior em idosos com neuropatia diabética
    (UFVJM, 2023) Silva, Carla Taynah Nascimento e; Bastone, Alessandra de Carvalho; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Bastone, Alessandra de Carvalho; Santos, Ana Paula; Anjos, Daniela Maria da Cruz dos
    A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, incapacitante e uma das principais causas de perda de anos de vida. Caracteriza-se por hiperglicemia persistente, resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina ou de ambas as respostas, sendo a neuropatia uma de suas principais complicações. Devido às alterações decorrentes das neuropatias diabéticas (ND), principalmente em membros inferiores, é muito comum associar o medo de cair à DM, uma vez que essa doença traz uma deficiência excessiva de equilíbrio e limitação de mobilidade. Com isso, o objetivo do estudo foi comparar o medo de cair em idosos sem DM e idosos diabéticos, sem e com ND, assim como comparar o desempenho funcional entre os diferentes grupos. Trata-se de um estudo transversal, conduzido com uma amostra de conveniência de idosos comunitários. O medo de cair foi avaliado por meio da Falls Efficacy Scale-International-Brazil (FES-I Brasil). O risco de quedas foi avaliado por meio do teste de alcance, o desempenho físico e cognitivo foi avaliado pelo Timed Up and Go (TUG), TUG associado à tarefa manual e a tarefa cognitiva, força de preensão palmar, teste de sentar e levantar e teste de fluência verbal categoria animal. Participaram da pesquisa 120 idosos divididos em 3 grupos: idosos sem DM (grupo SD, n=40), idosos com DM e sem ND (grupo D, n=40) e idosos com DM e ND (grupo ND, n=40). Em relação ao medo de cair, o grupo ND apresentou maior escore na FES-I quando comparado ao grupo SD (28,5±10,0 vs21,9±5,8; p = 0,001), assim como quando comparado ao grupo D (28,5±10,0 vs23,4±7,4; p = 0,012). O grupo ND apresentou maior risco de quedas quando comparado ao grupo SD, pior desempenho físico nos testes força de preensão palmar, TUG associado à tarefa manual e sentar e levantar quando comparado aos grupos SD e D e pior performance no TUG associado à tarefa cognitiva quando comparado ao grupo SD. A performance cognitiva avaliada pelo teste de fluência verbal não diferiu entre os grupos. De forma geral, idosos com ND apresentaram maior medo de cair, maior risco de quedas e pior performance física quando comparados com idosos sem DM e idosos com DM, mas sem ND.
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    Viabilidade do exercício de vibração de corpo inteiro e seu efeito imediato nas funções executivas e físicas em idosos com 80 anos ou mais com comprometimento cognitivo leve residentes na comunidade
    (UFVJM, 2023) Prates, Ana Caroline Negreiros; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Sá Caputo, Danúbia da Cunha de; Oliveira, Murilo Xavier
    Introdução: O comprometimento cognitivo leve (CCL) está frequentemente associado ao envelhecimento, com possível impacto nas funções físicas e executivas. O exercício físico pode retardar o declínio dessas habilidades. Assim, a vibração de corpo inteiro (VCI) parece ser uma terapia complementar que pode ter efeitos benéficos na cognição e na função física. Todavia, os estudos que demonstram tais efeitos apresentam limitações metodológicas que podem influenciar nos resultados. Objetivo: Investigar a viabilidade do exercício de VCI e o seu efeito imediato sobre os aspectos das funções executivas e físicas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico de grupo único, pré e pós-intervenção, com idosos (>80 anos) com CCL. O protocolo consistiu em 5 séries de 1 minuto de agachamento isométrico (joelhos fletidos em 20º) em uma plataforma vibratória síncrona (FitVibe, Bélgica – Frequência 35 Hz, amplitude 2 mm, aceleração 3,26 g) com 40 segundos em repouso entre as séries. A viabilidade da intervenção foi o desfecho primário e os desfechos secundários foram as funções executivas e físicas avaliadas pelos testes Trail Making Test, Stroop Color and Word Test, teste de fluência verbal e Short Physical Performance Battery, força de preensão manual e o teste de dupla-tarefa. Resultados: 320 voluntários em potencial foram identificados. Destes, 63 foram selecionados, mas apenas 18 idosos de ambos os sexos (84 ± 3 anos) foram elegíveis. A principal razão da exclusão foi a presença de alguma contraindicação para a VCI. A intervenção mostrou-se segura e viável, já que somente um participante não tolerou o exercício e três relataram vertigem durante a familiarização. Nenhum outro evento adverso foi relatado. O tempo para completar a intervenção foram 10 minutos. Dentre os resultados clínicos, o teste de dupla-tarefa motora (p=0,05) e o Trail Making Test- parte A (p=0,004) demonstraram possível melhora nas funções físicas e executivas, apontando perspectivas de ensaios clínicos controlados com um protocolo de treinamento com exercícios de VCI. Conclusão: A VCI demonstrou ser viável para idosos da comunidade com CCL.