Pós-Graduação em Ciências Humanas
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PPGCH - Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas
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Item Do Banco Mundial ao Vale do Jequitinhonha: entre a pobreza e o desenvolvimento(UFVJM, 2021) Lopes Neto, Antônio Augusto; Mattos, André Luís Lopes Borges de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mattos, André Luís Lopes Borges de; Stocco, Aline Faé; Pereira, Diogo Neves; Sprandel, Márcia AnitaEste texto buscar interpretar o surgimento do Vale do Jequitinhonha a partir das práticas e do discurso do desenvolvimento. Entretanto, nosso objetivo é explorar uma dimensão pouco abordada na pesquisa acadêmica sobre a região, que concerne ao papel desempenhado por entidades multilaterais na elaboração de estratégias de combate à pobreza e de desenvolvimento. Esta abordagem, portanto, à luz da bibliografia relacionada ao tema, pretende analisar a atuação do Banco Mundial em Minas Gerais, autor e financiador do “Projeto de Redução da Pobreza Rural em Minas Gerais”, executado pelo Estado entre os anos de 2005 e 2011. O projeto em questão foi inteiramente executado no Norte e Nordeste do estado de Minas Gerais, abarcando toda a região do Vales do Jequitinhonha e Mucuri.Item Desenvolvimento social e econômico em Grão Mogol (MG) a partir da atuação de empresas de eucalipto(UFVJM, 2020) Fidelis, Vinicius Paulino; Ramos, Davidson Afonso de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos, Davidson Afonso de; Teodoro, Pacelli Henrique Martins; Zucarelli, Marcos Cristiano; Jahn, Elisiane de FátimaNeste trabalho, tomamos como referência espacial a bacia hidrográfica do Rio Jequitinhonha e, como parte dela, o município de Grão Mogol-MG. Do ponto de vista histórico, a ocupação colonial desta região se deu a partir da descoberta da mineração, inicialmente na região central do estado, avançando pela Serra do Espinhaço até o alto Jequitinhonha. A partir desses fluxos de ocupação, temos a formação de povos e comunidades tradicionais que se adaptaram na convivência com o ambiente, no uso de grotas e chapadas. Entretanto, essa complexa relação vem perpassando, há algumas décadas, por modificações, principalmente, por parte dos projetos de desenvolvimento socioeconômico, incentivados pelo Estado, baseados na instalação da monocultura de eucalipto e pinus, construção de grandes barragens de água para a geração de energia elétrica, além das atividades minerárias. Considerando essa breve contextualização, a pesquisa teve por objetivo principal analisar se a monocultura de eucalipto proporciona o desenvolvimento econômico e social, no município de Grão Mogol. O percurso metodológico envolveu pesquisas bibliográficas e documentais dos atores no município, de dados secundários e do banco de dados do projeto Veredas Sol e Lares. Assim, os resultados indicam que, a partir das décadas de 1970, as empresas monoculturas de eucalipto começam a se instalar em Grão Mogol, seja por meio de compras, arrendamentos de áreas devolutas, ocupações de áreas coletivas etc., mas a forma de utilização dos recursos naturais pelas empresas é completamente oposta ao modo de vida já existente no local, inclusive das comunidades geraizeiras. A análise de dados secundários indicou que o município não se destacou; pelo contrário, em alguns casos, como aponta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, apesar de terem ocorrido alterações, perderam-se posições quando comparado ao ranking estadual e nacional. Em análise da situação das comunidades envolvidas no Projeto Veredas Sol e Lares - uma alternativa para o múltiplo aproveitamento energético em reservatórios de usinas hidrelétricas na região do semiárido mineiro, observamos que a monocultura de eucalipto não conseguiu proporcionar o desenvolvimento social e econômico, pois a expropriação das terras tem comprometido todo modo de vida tradicional geraizeiro, prejudicando a relação histórica com a condição de existência das famílias, da agrobiodiversidade e de todo conjunto de relações sociais e produtivas que caracterizavam o território.