PPGCFAR - Mestrado em Ciências Farmacêuticas (Dissertações)
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Item Nanoesferas de blendas de poli(3-hidroxibutirato)/ poli-ε-caprolactona contendo sinvastatina: desenvolvimento e caracterização físico-química(UFVJM, 2015) Malaquias, Dalila Pinto; Leite, Elaine Amaral; Carvalho Júnior, Álvaro Dutra de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Elaine Amaral; Verly, Rodrigo Moreira; Roa, Juan Pedro Bretas; Carvalho Júnior, Álvaro Dutra deSistemas de liberação controlada são capazes de modificar a taxa de liberação de fármacos e direcioná-los aos locais de ação específicos, tornando-os mais eficazes além de reduzir a ocorrência de efeitos adversos, o que aumenta a aceitabilidade do tratamento pelo paciente. Polímeros biocompatíveis, seus copolímeros e blendas têm apresentado vantagens na formação destes sistemas mostrando resposta positiva quanto ao aprimoramento da terapêutica. O presente estudo visou desenvolver nanoesferas a partir de blendas de poli- (3- hidroxibutirato) (PHB) e poli-(ε-caprolactona) (PCL) e avaliar o seu potencial como carreadoras de sinvastatina. Para tanto, parâmetros físico-quimicos como tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta, quantidade de fármaco encapsulada, liberação in vitro e morfologia foram avaliados. As nanoesferas contendo sinvastatina foram preparadas pela técnica emulsão/evaporação do solvente, variando-se a quantidade de sinvastatina adicionada na formulação. O doseamento foi realizado por cromatografia liquida de alta eficiência, após validação prévia do método analítico. A formulação que obteve maior quantidade de fármaco associado apresentou diâmetro médio 265 ± 10 nm com polidispersão média de 0,091 ± 0,026. Esses valores revelam um sistema nanométrico, com uma distribuição estreita de tamanho e uma homogeneidade das nanoesferas. O potencial zeta médio foi de - 31,8 ± 3,59 mV, sugestivo de predomínio de forças repulsivas, as quais previnem agregações em função da colisão entre as partículas. Os resultados de DSC e liberação in vitro sugerem transporte por difusão e a maior parte do fármaco estar associada à superfície da esfera. Os testes de estabilidade preliminar não indicam degradação dos componentes e aglomeração das partículas. A análise morfológica das nanoesferas, realizada por microscopia de força atômica demonstrou a presença de partículas esféricas e de superfície rugosa. Dessa forma, os dados sugerem que a preparação de nanoesferas utilizando a blenda PHB-PCL é um sistema promissor para carrear a sinvastatina.Item Isolamento biomonitorado de alcaloides bisbenzilisoquinolínicos de Cissampelos sympodialis com atividade antiviral(UFVJM, 2019) Fonseca, Aventino Humberto; Silva, Taízia Dutra; Oliveira, Eduardo de Jesus; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Taízia Dutra; Oliveira, Eduardo de Jesus; Carvalho Júnior, Álvaro Dutra de; Kato, Kelly CristinaCissampelos sympodialis (Menispermaceae) é uma espécie popularmente conhecida como milona usada na medicina popular para o tratamento de várias condições, especialmente aquelas relacionadas a doenças respiratórias. Vários alcaloides bisbenzilisoquinolínicos já foram anteriormente isolados desta espécie. Neste trabalho, foi utilizado um método de Cromatografia líquida de Alta Eficiência preparativa para obter subfrações da Fração de Alcaloides Terciários Totais (FATTrz) preparada a partir dos rizomas da espécie e para isolar warifteína a partir da FAT. Seis subfrações e a warifteína isolada foram testadas frente ao sorotipo II do Vírus da Dengue (DENV-2) e frente à cepa do virus da Zika (ZIKV) circulante no Brasil. Foi utilizada uma linhagem de células epiteliais (Vero) para avaliar a citotoxicidade e selecionar concentrações a serem testadas das amostras contra DENV-2 e ZIKV. O efeito antiviral das amostras foi comparado ao do ribosídeo da 6-metilmercaptopurina (6MMPr), um análogo nucleosídeo com atividade antiviral recentemente caracterizada. Todas as subfrações da FAT demonstraram um efeito antiviral contra DENV-2 e ZIKV, mas o pico cromatográfico 6 em particular demonstrou uma atividade antiviral promissora frente a DENV-2 com concentração inibitória (IC50) de 3,3 μM e concentração citotóxica média (CC50) de 35,44 μM, apresentando índice de seletividade (IS) de 10,74, enquanto a warifteína demonstrou potente efeito antiviral frente ao ZIKV, com uma IC50 de 2,2 μM e CC50 de 150,3 μM, com um IS de 68,3. O pico 6 foi posteriormente identificado como metilwarifteína.Item Implementação de ações para melhorar indicadores de qualidade no Centro de Material e Esterilização de um hospital no Vale do Jequitinhonha, MG(UFVJM, 2019) Cordeiro, Cláudia Aparecida Fernandes; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Martins, Dulce Aparecida; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Dornas, Fábio Pio; Costa, Magnania Cristiane Pereira daA segurança do paciente demanda por estrutura capaz de oferecer uma assistência livre de danos e riscos, bem como atualização técnico-cientifica das equipes e gestão com foco na qualidade. A necessidade de controlar as infecções hospitalares, as quais atingem entre 3 e 60% dos pacientes internados, exige que os Centros de Material e Esterilização - CMEs implantem processos e controle de suas atividades. Com este intuito, este projeto tem por objetivo melhorar os indicadores de qualidade do CME. Trata-se de um ensaio clínico quase experimental, pré e pós teste, desenvolvido em hospital filantrópico no interior de Minas Gerais. Através da metodologia Plan, Do, Check, Act - PDCA foi utilizada uma lista de checagem com base na RDC 15/2012 da ANVISA. Os resultados apontam que no tempo inicial, 60,8% dos 161 itens avaliados estavam em compliance à legislação e 39,2% em não compliance. No total, 22 indicadores de estrutura que se tornaram compliance e 29 permaneceram não compliance. Quanto aos indicadores de Processo, 01 se tornou compliance e 12 permaneceram em não compliance. Obteve-se 14,2 % de adequações. Alguns indicadores requerem modificações na estrutura física e financeira de modo a atingirem 100% de adequação, bem como novas ações de gestão, de modo a atingir a excelência no produto final, a segurança do paciente. Dessa forma, além de atender aos objetivos de uma pesquisa que visa a expansão e contribuição ao conhecimento existente, fundamentando transformações sociais que possam repercutir em uma reflexão, este estudo contribui para a proposição de indicadores de qualidade que possibilitem a implementação de protocolos validados e controle de todos os processos.Item Características da força do trabalho do farmacêutico no cuidado em saúde para a tuberculose nos municípios da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, Minas Gerais, Brasil(UFVJM, 2019) Carvalho, Ivana Di Pietro; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Araújo, Lorena Ulhôa; Kato, Kelly CristinaA tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública mundial e o Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo. Diferentes estratégias são desenvolvidas para um controle mais eficaz da doença. O presente estudo epidemiológico descritivo foi realizado com 35 farmacêuticos das farmácias públicas dos municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina no período de agosto a outubro de 2018. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a força do trabalho do farmacêutico na Assistência Farmacêutica (AF) nos cuidados em saúde aos pacientes com TB na Atenção Primária. Foram investigadas características dos farmacêuticos como: idade, gênero, formação, anos trabalhando na AF e recebimento de treinamento em cuidados sobre TB. O conhecimento sobre a TB, atitudes e práticas também foram avaliados. Os participantes foram questionados sobre atendimento ao paciente, gestão do serviço e interdisciplinaridade profissional. Dos 35 farmacêuticos que participaram da pesquisa, 31 (88,6%) responderam possuir conhecimento sobre a educação interprofissional e 15 (42,9%) consideraram boa interação com outros profissionais de saúde. Várias lacunas foram identificadas na descrição do cuidado em saúde sobre a TB pelos farmacêuticos entrevistados, tais como o desconhecimento sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose (57,1%) e sobre o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose (PNFT) (71,4%). Ressalta-se que 88,6% das repostas dos farmacêuticos mostraram que os medicamentos para o tratamento da TB eram armazenados na farmácia pública, e embora 62,9% afirmaram possuir a responsabilidade pela dispensação desses medicamentos, a responsabilidade pelo Tratamento Diretamente Observado (TDO) foi em 60,0% pelo enfermeiro. Sobre a percepção dos farmacêuticos para o planejamento dos cuidados em saúde para a TB, consideraram muito importante a escolaridade dos pacientes e das famílias (74,3%), a compreensão das implicações da educação em saúde (85,7%), o reconhecimento do significado do tratamento médico (80,0%) e o treinamento profissional para aprimorar conhecimentos e habilidades para prestação do serviço (65,7%). A maioria dos farmacêuticos relatou que devem ser compartilhadas com outras profissões as seguintes atividades: educação do paciente (94,3%), monitorização de sintomas (82,8%), fornecer outros serviços de cuidado em saúde (82,8%), assumir a responsabilidade legal pelas ações da equipe (77,1%) e coorganizar as atividades da equipe (71,4%). O relato dos profissionais estudados mostrou concordância plena de que o conhecimento profissional e a habilidade do trabalho em equipe são fundamentais para: tratamento integral do paciente (60,0%); melhor suporte aos cuidadores familiares (42,8%); atender melhor às necessidades quando comparado com outras formas de trabalho (34,3%); e ainda, melhorar a qualidade do cuidado (31,4%). Diante do desconhecimento de grande parte dos profissionais sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose e sobre o PNFT, assim como a pouca participação do farmacêutico na realização do TDO, uma maior integração deste profissional na gestão e acompanhamento do paciente com TB é uma estratégia para a obtenção de um cuidado de maior qualidade e o alcance das metas estabelecidas no PNFT.Item Caracterização bioquímica de peroxidase da abobrinha (Cucurbita pepo)(UFVJM, 2019) Santos, Emylle Thayssa Mendonça; Cardoso, Valéria Macedo; Thomasini, Ronaldo Luis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cardoso, Valéria Macedo; Thomasini, Ronaldo Luis; Carneiro, Guilherme; Morais, Harriman Aley; Molina, GustavoAs peroxidases podem ser obtidas de vários vegetais, como batata doce, rabanete, pepino, entre outros. A raiz forte (HRP) é a principal fonte comercial de peroxidase sendo geralmente cultivada em países de clima frio. No entanto, o alto custo da HRP restringe sua aplicação. A abobrinha (Cucurbita pepo) é um vegetal amplamente cultivado no Brasil, sendo relativamente acessível e de baixo custo, podendo vir a ser uma fonte promissora de peroxidase. Portanto, o objetivo deste estudo foi extrair, purificar e caracterizar a peroxidase produzida pela abobrinha (Cucurbita pepo) para avaliar a viabilidade desta fonte enzimática. O extrato bruto da casca e do fruto da abobrinha sem a casca foi obtido usando tampão fosfato 0,1 mol L-1, pH 7, sendo posteriormente precipitado com sulfato de amônio e aplicado a cromatografia de exclusão em gel. A peroxidase proveniente da casca da abobrinha apresentou maior atividade, concentração de proteína, atividade específica e rendimento que a enzima proveniente do fruto da abobrinha sem a casca. O processo de purificação demonstrou ser eficiente resultando em uma alta atividade específica (11,109 U.mg-1). A presença da peroxidase no gel, após eletroforese, foi confirmada pela presença de duas bandas com pesos moleculares de aproximadamente 50 kDa e 60 kDa, sugerindo a existência de duas isoenzimas. A enzima apresentou pH e temperatura ótimos na faixa de 7,0 a 8,0 e entre 25 ºC e 30 ºC, respectivamente. A estabilidade máxima ocorreu na faixa de pH entre 6,0 e 8,0, a 30 °C. A enzima demonstrou alta afinidade pelo guaiacol e também pelo peróxido de hidrogênio, apresentando Km de 4,68 mM e 4,76 mM, respectivamente. A enzima foi ativada na presença de Cu2+ e Fe3+ nas concentrações de 1 mM, 5 mM e 10 mM e Mn2+ e Ca2+ nas concentrações de 1 e 5 mM. A peroxidase de abobrinha não sofreu ativação pelos solventes orgânicos testados. O estudo possibilitou a obtenção da peroxidase extraída de uma fonte vegetal extremamente acessível, utilizando método de extração simples, rápido e econômico. Os resultados sugerem que a abobrinha pode ser uma fonte promissora para a obtenção de peroxidase a ser utilizada em várias aplicações como em diagnóstico, detoxificação de efluentes, tecnologia de alimentos, entre outras áreas.Item Carreadores lipídicos nanoestruturados como agentes potenciais para veiculação de óleo de cártamo(UFVJM, 2019) Almeida, Osmar Patricio; Carneiro, Guilherme; Suzart, Carlos Alberto Gois; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carneiro, Guilherme; Silveira, João Vinícios Wirbitzki da; Amaral, Tatiana NunesO óleo de cártamo (SO) é obtido a partir da prensagem a frio das sementes de Carthamus tinctorius. Em sua composição, estão presentes ácidos graxos essenciais, principalmente o ácido linoleico (ϖ-6) e oleico (ϖ-9), além de polifenóis, tocoferóis e outros bioativos. O SO apresenta potencial como antidiabético, termogênico, cardioprotetor, atividade citotóxica em algumas células tumorais, ação anti-inflamatória e antioxidante. A baixa solubilidade aquosa e a elevada possibilidade de degradação oxidativa constituem situações indesejadas para aplicação alimentar, que podem ser contornadas por meio da incorporação do óleo em nanopartículas lipídicas. Diante disso, o objetivo deste estudo foi desenvolver carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) contendo SO, determinar suas características e avaliar a capacidade de proteção da ação antioxidante do SO por meio da sua encapsulação. As nanopartículas foram produzidas pelo método de homogeneização a quente seguido por sonicação em sonda de ultrassom. A formulação otimizada (CLN-SO) apresentou morfologia esférica, tamanho de 222,0 ± 2,0 nm e potencial zeta de -43,0 ± 3,5 mV. O teor de óleo superficial e a eficiência de encapsulação foram respectivamente 24,1 ± 3,0 e 49,0 ± 2,8 %, sendo a encapsulação corroborada por estudos de espectroscopia no infravermelho, difração de raios-X, calorimetria exploratória diferencial e termogravimetria. Os estudos de análise térmica também demonstraram elevada termoestabilidade (até 228 °C) e a obtenção de um produto de características físico-químicas próprias. A formulação apresentou estabilidade por até 90 dias em dispersão aquosa, conforme os parâmetros avaliados. O CLN-SO liofilizado apresentou baixo teor de umidade e atividade de água (0,0066 ± 0,0032 % e 0,55 ± 0,03, respectivamente), valores considerados de baixo potencial para contaminação microbiológica e reações de degradação. O SO apresentou considerável atividade antioxidante frente à inibição dos radicais DPPH (EC50 = 4,4 mg/mL e 74,86 mg equivalentes de BHT/g de óleo). Na concentração de 25 mg/mL foi observada redução de quase três vezes na atividade antioxidante do SO após a encapsulação, indicando proteção dos compostos que exercem esta atividade. Estes resultados sugerem, portanto, que a formulação desenvolvida apresenta características adequadas para a administração oral, sendo assim uma alternativa promissora para suplementação alimentar.Item Estudo fitoquímico e avaliação de potencial tóxico da espécie Ageratum fastigiatum (Gardner) RM King & H. Rob (Asteraceae)(UFVJM, 2019) Faria, Filipe de Castro; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Santos, Antonio Sousa; Ruela, Fernando ArminiA utilização de plantas medicinais regionais pela população tem levado a um aumento dos estudos para analisar o potencial tóxico das plantas. Além disso, o interesse das indústrias e institutos de pesquisa por plantas medicinais também aumentou. A espécie Ageratum fastigiatum (Gardner) RM King & H. Rob (Asteraceae) é conhecida popularmente como Matapasto ou Enxota e, ocorre naturalmente na região de Cerrado, inclusive no município de Diamantina (MG), região do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Essa planta é utiliza com anti-inflamatório, analgésico e cicatrizante usado topicamente em preparações alcoólicas ou hidroalcoólicas. Assim se faz necessário a triagem toxicológica da espécie botânica. A planta foi colhida no Campus JK da UFVJM e foram preparados o extrato etanólico bruto das partes aéreas e suas fases hexânica, diclorometânica e hidroalcoólica através de partição liquido-liquido. Foi realizado um screening fitoquímico para a identificação das principais classes de metabólitos especiais nas fases. Na fase hexânica foram detectados cumarinas e triterpenos/esteroides; na fase diclorometânica foram detectados cumarinas, triterpenos/esteroides e taninos hidrolisáveis, na fase hidroalcoólica foram detectados alcaloides, cumarinas, saponinas, triterpenos/esteroides e taninos hidrolisáveis. Foi feita a análise das fases hexânica e diclorometânica em CG/EM e foram identificados sesquiterpenos, constituintes graxos, triterpenos, base nitrogenada, monossacarídeo, alcaloide pirrolizidínico (licopsamina), aldeído,cetona, compostos fenólicos. Foi utilizada CLAE/DAD para análise do perfil fitoquímico da fase hidroalcoólica, observando-se a presença de provável de constituintes poliinsaturados. Para a triagem toxicológica do extrato bruto e de suas fases foram empregadas duas metodologias: ensaio de letalidade com o microcrustáceo Artemia salina Leach, e o ensaio de viabilidade de células da linhagem L929, proveniente de tecido conjuntivo de camundongo. Os resultados demonstraram certa toxicidade do extrato e das fases, utilizando a artemia a fase hidroalcoólica apresentou maior toxicidade apresentando CL50 de 1,333mg/mL e o extrato etanólico bruto obteve CL50 de 4,814mg/mL, sendo o menos tóxico. No ensaio com as células L929 a fase diclorometânica foi a mais tóxica, chegando a reduzir 95,48% da viabilidade das células e apresentando CC50 de 11,39 µg/mL e a fase hidroalcoólica foi considerada a menos tóxica apresentando porcentagem de morte celular variando de 55,67 a 19,38, com CC50 de 174,2 µg/mL. O estudo sugere que o extrato etanólico de A. fastigiatum possui constitituintes que corroboram seu uso na medicina popular como anti-inflamatório e a detecção de toxicidade pode ser um indicativo para avaliar ação antitumoral do extrato e de substâncias isoladas da planta e para utilizar a planta na medicina popular de forma racional.Item Avaliação da atividade cicatrizante do extrato etanólico da Croton antisyphiliticus em feridas cutâneas de ratos(UFVJM, 2019) Siqueira, Vanessa Luciene; Santos, Cynthia Fernandes Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Cynthia Fernandes Ferreira; Pereira, Wagner de Fátima; Miranda, João Luiz deUma das formas utilizadas para recuperação de feridas pela população é o uso de produtos naturais como as plantas medicinais, dentre tais espécies temos a Croton antisyphiliticus que desde o século XIX é utilizada popularmente para tal tratamento. O presente trabalho objetivou avaliar a atividade do extrato etanólico da Croton antisyphiliticus na cicatrização de feridas em ratos. Foram utilizados 07 ratos (Rattus norvegicus albinus) da linhagem Wistar. Em cada animal foram produzidas 4 feridas mecânicas paravertebrais submetidas cada uma a diferente tratamento. A primeira ferida não recebeu tratamento sendo denominada sem tratamento (ST), a segunda ferida foi tratada apenas com o veículo, sendo o gel de carbopol (G), a terceira ferida foi tratada com o gel associado ao extrato etanólico da Croton antisyphiliticusa 5% (G5%); e a quarta ferida foi tratada com o gel associado ao extrato etanólico da Croton antisyphiliticusa 10% (G10%). Para investigação do resultado experimental foi avaliado o período de retração das feridas e avaliação histológica de amostras dos tecidos cicatriciais coletados ao final do último dia de acompanhamento dos animais, com análise da angiogênese, células mononucleares, proliferação fibroblástica, re-epitelização e colagenização. Na avaliação macroscópica foi possível notar a diminuição gradativa das feridas e aumento da retração percentual das feridas no decorrer do estudo. As áreas das feridas regrediram de maneira expressiva em todos os grupos. Houve diferença entre o grupo G5% e o grupo ST nos dias 09, 10 e 13 de tratamento e entre o grupo G10% e o ST no 11º dia do tratamento. Com a avaliação microscópica foi obtido que de acordo com a avaliação da proliferação vascular foi observada presença de maior quantidade de novos vasos sanguíneos nos grupos G5% e G10%, os quais diferiram de ST. Em relação a intensidade de células mononucleares foi identificada diferença entre o grupo ST e os grupos G5% e G10%, sendo encontradas em maior quantidade em G5% e G10% que em ST. Na proliferação fibroblástica, colagenização e re-epitelização não foram identificadas diferenças entre os grupos. Os resultados do presente estudo permitem concluir que o uso tópico do extrato etanólico da Croton antisyphiliticus não apresenta efeito na cicatrização da pele em feridas cirúrgicas de ratos. Sua utilização no processo de cicatrização de feridas cutâneas permanece ainda campo aberto a estudos, no entanto é importante que se amplie o estudo experimental com outras doses e com análise de outros tempos do processo cicatricial, bem como possíveis mecanismos envolvidos no processo cicatricial.Item Caracterização de pacientes vivendo com HIV/AIDS em seguimento clínico acompanhados no serviço de assistência especializada do município de Diamantina, Minas Gerais(UFVJM, 2019) Siqueira, Karen Karina; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carneiro, Guilherme; Dias, Carlos Alberto; Morais, Harriman Aley; Seixas, Sérgio Ricardo StuckertO perfil epidemiológico da aids foi sofrendo algumas transformações, possibilitando que, difundida nas metrópoles, mais tarde, atingisse os municípios de médio e pequeno porte. A epidemia de ais é um relevante problema de saúde pública que atinge, de forma heterogênea, diferentes segmentos da população e acomete as diversas regiões, segundo algumas características sociodemográficas. Este estudo teve por objetivo caracterizar os pacientes vivendo com HIV/Aids em seguimento clínico acompanhados no Serviço de Assistência Especializada do município de Diamantina-MG. Trata-se de um estudo transversal, de caráter avaliativo com análise descritiva com base em dados secundários, levantados mediante a verificação direta em prontuários. Foram utilizados os anos e 2016 e 2017 como referência, considerando o registro de casos de HIV/Aids desde o início do programa em 1996. Foi traçado o perfil sociodemográfico e cultural, tendo sido encontrado maior prevalência de casos do sexo masculino, heterossexuais, com idade média de 44,12 (±11,5) anos, ensino fundamental incompleto, pardos. A média de tempo de diagnóstico foi de 8,17 anos e 34,18% passou por internação hospitalar. A maioria dos encaminhamentos foram direcionados para psicólogo e assistente social. As coinfecções e comorbidades mais frequentes foram o alcoolismo, tabagismo, candidose, anemia, herpes e depressão. Foi realizada a caracterização e quantificação das medicações ARV em uso obteve-se o valor de 52,5% para TDF+3TC+EFZ com o maior número de casos. A quantidade de paciente com carga viral detectável foi de 21,5% e seis foram os casos de abandono de tratamento ARV. Quanto ao padrão comportamental de adesão ao tratamento antirretroviral 10,5% dos pacientes não buscaram medicamentos periodicamente. Entre os usuários cadastrados 7,7% não realizaram consulta no ano de 2016 e 8,3% passaram por falta de medicamentos na unidade de saúde. Os pacientes com carga viral detectável necessitam de um acompanhamento individualizado por parte da equipe multidisciplinar durante todo o período de tratamento, devendo esses profissionais levar em consideração o perfil biopsicossocial dos assistidos.Item Levantamento etnobotânico de plantas utilizadas com fins medicinais e cosméticos em comunidades tradicionais do município de Araçuaí, Minas Gerais(UFVJM, 2018) Otoni, Thaísa Clara Ornelas; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Sivieri Junior, Disney Oliver; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Sivieri Junior, Disney Oliver; Santos, Antonio Sousa; Machado, Evandro Luiz MendonçaO Brasil é reconhecido pela sua alta biodiversidade, sendo um dos países que apresenta a maior biodiversidade vegetal do mundo. Mas essa riqueza vai além da biológica, a sua cultura também é riquíssima, devido às várias etnias que compõem sua população. Alguns desses povos guardam conhecimentos repassados entre as gerações, entre eles há conhecimentos associados à biodiversidade que podem servir como fonte para a descoberta de substâncias tóxicas e medicamentosas. A Etnobotânica resgata e registra os conhecimentos tradicionais e pode servir como base para a definição de estratégias de uso racional das espécies nativas; dessa forma, ela contribui para a manutenção dos conhecimentos tradicionais e dos recursos naturais. O principal objetivo desse trabalho foi resgatar e registrar os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas como agentes terapêuticos e cosméticos nas comunidades quilombolas Arraial dos Crioulos e Baú e na comunidade indígena Cinta Vermelha-Jundiba em Araçuaí, MG. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi estruturadas, sendo entrevistadas no total 23 pessoas consideradas nas comunidades como detentoras dos conhecimentos tradicionais sobre plantas. As plantas citadas pelos participantes e encontradas na região, foram coletadas para identificação botânica. Dentre os entrevistados houve um predomínio de mulheres e a faixa etária variou entre 20 e 91 anos. A principal forma de transmissão dos conhecimentos tradicionais nas comunidades é a oral, sendo as mães a fonte mais citada de transmissão desses conhecimentos. Foram registradas um total de 185 plantas, segundo o nome popular, 98 foram identificadas até nível de espécie, 36 ao nível de gênero e 1 ao nível de família pelo Herbário Dendrológico Jeanine Felfilli da UFVJM. As espécies nativas corresponderam a 55,22% das plantas identificadas. Obteve-se Senna occidentalis (espécie nativa) como a espécie de maior índice de importância relativa e Plectranthus barbatus (espécie exótica naturalizada) a de maior índice de concordância de uso corrigida. Esse trabalho foi importante para registrar os conhecimentos tradicionais nas comunidades de Araçuaí, possuindo papel significativo para a manutenção deles. Cientificamente esse estudo pode servir como fonte para pesquisas futuras em farmacologia, na busca por novos fármacos ou fitoterápicos como também, em pesquisas de validação do uso popular das plantas, que promovem o uso seguro delas pela população.