PPGCFAR - Mestrado em Ciências Farmacêuticas (Dissertações)

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    Nanofibras eletrofiadas contendo nanopartículas lipídicas de óleo de copaíba como estratégia para o tratamento de Acnes Vulgares
    (UFVJM, 2023) Rocha, Bruna de Almeida; Carneiro, Guilherme; Silveira, João Vinícios Wirbitzki da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carneiro, Guilherme; Silveira, João Vinícios Wirbitzki da; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Verly, Rodrigo Moreira
    O óleo de copaíba (OC) tem ganhando atenção devido aos seus efeitos benéficos à saúde associados à sua composição rica em compostos anti-inflamatórios e antibacterianos. No entanto a utilização desse óleo é limitada por sua baixa solubilidade aquosa e instabilidade de seus compostos, limitações que podem ser contornadas através da sua encapsulação. A busca por mecanismos alternativos ao tratamento da Acnes Vulgaris é alta, visando reduzir os efeitos adversos do tratamento e aumentando assim a adesão do paciente. Uma alternativa interessante é a utilização de bioativos com propriedades farmacológicas. O ácido salicílico (AS) é um ativo tipicamente utilizando em administrações epidérmicas devido a suas propriedades queratolítica e bacteriostáticas. Entretanto, há algumas complicações relacionadas ao seu uso tópico, como irritação na pele, secura e sensação de queimação. A utilização de sistemas carreadores pode contornar essas adversidades. O objetivo deste trabalho foi desenvolver, otimizar e caracterizar nanofibras (NFs) poliméricas contendo nanocarreadores lipídico de óleo de copaíba (CLN-OC) como estratégia para o tratamento da acne. Bem como validar um método de baixo custo para a quantificação de AS incorporados nos nanocarreadores lipídicos (CLN). O método foi validado segundo critérios nacionais e internacionais, demostrando-se seletivo, linear, exato, preciso, robusto e com limites de detecção e quantificação baixos. Comprovando assim, sua eficácia na quantificação de AS em nanopartículas lipídicas de matriz complexa. Desenhos experimentais foram utilizados na produção dos nanocarreadores e das nanofibras. A validação experimental da CLN-OC foi satisfatória e o diâmetro médio obtido foi de 50,06±1,17 nm. Os valores de índice de polidispersão e potencial zeta indicam seu caráter relativamente neutro e a estabilidade química dos seus componentes. Essa estabilidade dos CLN-OC em dispersão aquosa foi observada ao longo de 90 dias. Para as NFs, a média e o desvio padrão apresentaram significância estatística e preditividade. A validação experimental das NFs foi adequada para as duas variáveis de entrada, sendo a média e o DP do diâmetro médio obtidos 126,54 e 9,53 nm, respectivamente. As NFs otimizadas apresentaram morfologia lineares, lisas e homogêneas e exibem uma semelhança entre os espectros de absorção no infravermelho das NFs contendo ou não CLN-OC, indicando que a incorporação dos CLNs em sua solução polimérica não interfere na produção de NFs pelo método de eletrofiação.
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    Investigação da relação entre a infecção pelo Herpesvírus humano tipo 7 (HHV-7) no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade e status sorológico para citomegalovírus e Epstein-Baar vírus
    (UFVJM, 2023) Andrade, Sabrina dos Santos; Thomasini, Ronaldo Luis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Thomasini, Ronaldo Luis; Bomfim, Fernando Russo Costa do; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de
    O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural decorrente de modificações genéticas, bioquímicas e fisiológicas inerentes a todo ser humano. O envelhecimento pode ocorrer associado à síndrome de fragilidade, um estado com importante grau de morbidade e mortalidade para população idosa. Objetivo: investigar se há relação da infecção pelo HHV-7 com o grau de fragilidade em idosos e se existe correlação com o comprimento telomérico relativo e, com o status sorológico para o CMV e EBV. Metodologia: Estudo observacional, transversal, em amostras provenientes de um estudo multicêntrico, realizado em idosos. Os idosos foram categorizados em três subgrupos: não frágeis (robusto), pré-frágil e frágeis. A determinação dos níveis de IgG contra o citomegalovírus e Epstein-Baar foram realizadas através de Kits comerciais marca Serion ELISA Classic, conforme instruções do fabricante. Amostras de plasma foram obtidas por centrifugação de sangue periférico coletado por punção venosa usando um sistema de vácuo comercial com ácido etilenodiaminotetracético anticoagulante (EDTA). As reações de PCR foram realizadas usando o protocolo de detecção SYBR® Green no equipamento de PCR em tempo real StepOne ™ PLUS. Resultado: O comprimento telomérico relativo (CTR) de leucócitos totais não foi significativamente diferente entre os indivíduos classificados como frágeis, pré-frágeis e não-frágeis. As reações de PCR para avaliar a latência em leucócitos e células mononucleares a fim de comparar o CTR entre os grupos definidos como positivos e negativos, não mostraram diferenças significativas. O número de positivos para HHV-7 no plasma foi de 6,5% demonstrando que infecção ativa não foi frequente entre os voluntários da pesquisa e o CTRs não foi afetado quanto a esse fator. Houve correlação inversamente proporcional do título de IgG contra o CMV com o grau de fragilidade. Conclusões: O presente estudo não suporta a hipótese de influência causada pela infecção latente ou reativação do HHV-7 no grau de fragilidade, no comprimento telomérico de leucócitos totais ou células mononucleares e status sorológico do CMV e EBV. Não se encontrou evidência de correlação do grau de fragilidade com o comprimento telomérico de leucócitos totais ou células mononucleares.
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    Levantamento de plantas medicinais citadas por naturalistas do século XIX com registro de exsicatas recentes depositadas no Herbário Dendrológico Jeanine Felfili (HDJF-UFVJM)
    (UFVJM, 2022) Guimarães, Mônica Maciel; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Kato, Kelly Cristina; Machado, Evandro Luiz Mendonça
    No século XIX, o Brasil foi visitado por naturalistas europeus, atraídos pelas riquezas naturais do país. Nesse período eram feitas expedições para explorar o “novo mundo”. Muitos dos que por aqui passaram eram grandes estudiosos que em meio a suas pesquisas botânicas deixaram um acervo enorme sobre dados etnobotânica em seus diários e anotações. Seguindo a perspectiva de estudar as plantas (muitas delas descritas por esses naturalistas), os Herbários são fontes importantes que contribuem com o registro e documentação das plantas, onde são depositadas em forma de exsicatas. Os objetivos deste trabalho foram: o levantamento das plantas medicinais citadas por naturalistas do século XIX e que tem exsicatas depositadas no Herbário Dendrológico Jeanine Felfili – HDJF; verificar se essas espécies vegetais têm sido estudadas sob os aspectos químico e farmacológico, além de observar se têm sido avaliadas quanto a outras atividades biológicas; fornecer os dados obtidos ao HDJF, que poderá disponibilizá-los para usuários e para eventuais pesquisadores que buscarem informações no herbário visando futuras pesquisas na área de produtos naturais. O levantamento bibliográfico delimitou publicações do período de 2015-2021 nas bases de dados Pubmed, Scielo e Periódicos Capes e Google acadêmico. Pode-se concluir que em meio a tantas plantas medicinais, muitas possuem atividade comprovada já citada pelos naturalistas, para outras há indicações de usos diferentes ou ainda faltam estudos acerca de suas atividades biológicas e fitoquímicas; sendo assim, o estudo dessas plantas é uma fonte promissora para novas descobertas e os herbários se mostram ferramentas que contribuem com esses estudos uma vez que são fontes para depósitos de espécies medicinais e/ou úteis à humanidade.
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    Exploração in silico da ação farmacológica da Hexadecilfosfocolina em ameba de vida livre Naegleria fowleri
    (UFVJM, 2022) Oliveira, Victor Valadares de; Dornas, Fábio Pio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dornas, Fábio Pio; Oliveira, Eduardo de Jesus; Oliveira, Danilo Bretas de
    A ameba de vida livre Naegleria fowleri é o agente etiológico da meningoencefalite amebiana primária. Uma infecção do sistema nervoso central de evolução fulminante com taxa de mortalidade de aproximadamente 97%. A hexadecilfosfocolina é um fármaco utilizado no tratamento dessa doença, um análogo de fosfolipídio com propriedades anti-tumoral e anti-protozoária. Apesar de amebicida, o mecanismo molecular subjacente ao efeito citopático em Naegleria fowleri não é conhecido. Análises in silico foram feitas a fim de esclarecer isso. Enzimas de vários organismos cujas atividades catalíticas são afetadas por interação molecular direta com a hexadecilfosfocolina foram identificadas em revisão bibliográfica. Tais enzimas foram utilizadas na detecção de enzimas de Naegleria fowleri através de buscas por alinhamento de sequências na base de dados AMOEBADB. As estruturas tridimensionais das enzimas recuperadas foram obtidas diretamente do PDB ou do repositório do Swiss-Model. Proteínas sem modelos prontos e não resolvidas experimentalmente foram modeladas pelo método de homologia de sequências. Os modelos foram validados através das métricas GMQE e QMEANDisCO do Swiss-Model, além dos softwares Errat, Prove, Verify 3D e PROCHECK. O Autodock Vina foi empregado em simulações de ancoramento molecular entre as enzimas detectadas e a hexadecilfosfocolina, empregando enzimas rígidas e ligante flexível. As energias de afinidade das melhores poses de ligação variaram entre -6.0 e -4.5 kcal/mol. Foram realizadas inferências do mecanismo de ação citopática baseando-se na avaliação das redes metabólicas hipoteticamente envolvidas, todas disponíveis nas bases KEEG e MetaCyC. Através das análises realizadas sugere-se que a hexadecilfosfocolina possa exercer efeito citopático sobre células de Naegleria fowleri ao inibir principalmente as enzimas CTP: fosfocolina-citidililtransferase (E.C. Number: 2.7.7.15) e Fosfatidilinositol 3-cinase (E.C. Number: 2.7.1.137), comprometendo os metabolismos de glicerofosfolipídios e de fosfato de inositol. Além disso, é possível que a Hexadecilfosfocolina interfira na atividade das fosfolipases C (E.C. Number: 3.1.4.11) e D (E.C. Number: 3.1.4.4) que participam do mecanismo de eliminação descrito da mesma. Foram propostos ensaios experimentais envolvendo a exposição de trofozoítos de Naegleria fowleri a hexadecilfosfocolina, principalmente estudos de cinética enzimática dos alvos detectados com a finalidade de comprovar os achados feitos. Limitações metodológicas foram levantadas e estratégias de resolução das mesmas elencadas. Por fim, foi apresentada uma proposta de pesquisa inédita de um novo protocolo terapêutico contra a meningoencefalite amebiana primária.
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    Estudos para triagem eletroquímica do canabinoide sintético 5F-MDMB-PICA em amostras forenses usando eletrodo de diamante dopado com boro
    (UFVJM, 2022) Araújo, Daniel de Souza; Santos, Wallans Torres Pio dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Wallans Torres Pio dos; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Silva, Rodrigo Amorim Bezerra da
    O uso de canabinoides sintéticos (CS), como uma possível alternativa à Cannabis, tem crescido bastante nos últimos anos ao redor do mundo. Todavia, os CS são também considerados drogas ilegais em vários países, como no Brasil. Um dos CS que vem sendo mais reportado é conhecido como 5F-MDMB-PICA. No sentido de combater tráfico e uso destes entorpecentes é de extrema importância o desenvolvimento de métodos analíticos mais eficientes para realizar uma identificação preliminar (triagem) simples e rápida de CS em amostras forenses. Neste contexto, este trabalho apresenta, pela primeira vez, um método eletroquímico para determinação de 5F-MDMB-PICA em amostras apreendidas. O método proposto é baseado na detecção voltamétrica do 5F-MDMB-PICA usando o eletrodo de diamante dopado com boro (BDDE). Nestas condições, este CS apresentou apenas um processo de oxidação irreversível em torno 1,19 V (vs Ag/AgCl) em meio de H2SO4 0,1 mol L−¹. Como a mólecula do 5F-MDMB-PICA apresentou adsorção no BDDE, a técnica de voltametria de pulso diferencial com redissolução adsortiva (AdSDPV) foi otimizada para detecção deste analito com tempo de acumulação de 2 min. Uma ampla faixa linear de trabalho foi obtida (1,0 a 100 μmol L-¹) pelo método proposto para determinação de 5F-MDMB-PICA com um baixo limite de detecção de 0,08 μmol L−¹. A seletividade do BDDE com AdSDPV foi avaliada usando outros seis CS encontrados em amostras forenses, tendo em vista que testes falso-positivos são possíveis na presença de outras drogas ilícitas. Por outro lado, testes falsos-negativos para indentificar o 5F-MDMB-PICA em amostras forenses mostram ser improváveis usando o método proposto. Além disso, o BDDE mostrou uma boa estabilidade do sinal analítico para detecção deste CS. A identifição do 5F-MDMB-PICA em amostras reais apreendidas foi realizada e confirmada por métodos definitivos (HPLC-MS). Estudos de adição-recuperação também nestas amostras apresentaram valores próximos de 100%. Portanto, o método proposto demonstra um grande potencial para aplicação na detecção e triagem do 5F-MDMB-PICA em análises forenses.
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    Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro de peptídeos sintéticos Piscidinas e Fenilseptinas
    (UFVJM, 2021) Aguiar, Janne Karlla de; Martins, Helen Rodrigues; Kato, Kelly Cristina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Santos, Talita Lopes dos; Carneiro, Guilherme
    A atividade antimicrobiana de peptídeos bioativos tais como as piscidinas e a s fenilseptinas tem sido evidenciada, tornando-os uma possível alternativa para contornar problemas relacionados aos tratamentos convencionais, que incluem a limitação terapêutica ou a resistência. O mecanismo de ação desses peptídeos não é totalmente conhecido, porém, a membrana plasmática parece ser o alvo principal destas moléculas. Desta forma, neste trabalho, foram avaliados dois grupos de peptídeos sintéticos: 1) as piscidinas ecPis 2s, ecPis 4s e a forma modificada D ecPis 2s e as; 2) fenilseptinas L Phes, D Phes e a Phes modificada. Nos ensaios de atividades antimicrobianos foi utilizado um painel de microrganismos que incluíram cinco espécies de bactérias Gram negativas, três de bactérias Gram positivas, três de fungos leveduriformes e dois de fungos filamentosos. A avaliação da citotoxicidade dos compostos foi realizada utilizando o modelo fibroblastos 929-clone da linhagem L. Na avaliação da piscidina ecPis 2s embora essa tenha mostrado atividade antimicrobiana a concentração ativa foi próxima ou mesma superior à citotoxicidade. Já em seu análogo, o D ecPis 2s que teve alteração na isomeria do segundo aminoácido, foi observada maior atividade e seletividade. O ecPis 4s foi a piscidina de maior destaque, uma vez que apresentou atividade contra a maioria dos microrganismos testados e seletividade para quatro espécies de bactérias e para quatro fungos. Ele também apresentou atividade fungicida e bactericida que não foi observado para outros peptídeos estudados. Nas fenilseptinas foi observado resultados satisfatórios e o L Phes, obteve atividade, seletividade e menor citotoxicidade. E seu análogo D Phes apresentou melhora pouca expressiva da atividade, embora tenha aumentado a citotoxicidade. A Phes modificada apresentou diminuição da citotoxicidade, mas sem melhoria na atividade antimicrobiana em relação as demais fenilseptinas. No caso dos análogos estereoquímicos, a mudança isomérica no segundo aminoácido N terminal foi mais promissora, apesar também, de ter resultado em aumento na citotoxicidade. A maior efetividade foi observada para os isômeros D, principalmente para as piscidinas em relação as fenilseptinas. Diante dos resultados observados as piscidinas e as fenilseptinas apresentaram resultados promissores, que de modo geral tiveram boa atividade antimicrobiana. As características determinantes da melhoria da atividade não estão ainda elucidadas. Porém, a carga residual positiva, somado a conformação helicoidal e hidrofobicidade considerável podem explicar a potencial melhoria de atividade antimicrobiana. Dessa forma mais estudos são importantes para explicar o mecanismo de ação destes peptídeos, além de fornecer dados para desenhos racionais de outros peptídeos que consigam incorporar em sua estrutura maior atividade antimicrobiana e menor citotoxidade.
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    Nanoesferas de blendas de poli(3-hidroxibutirato)/ poli-ε-caprolactona contendo sinvastatina: desenvolvimento e caracterização físico-química
    (UFVJM, 2015) Malaquias, Dalila Pinto; Leite, Elaine Amaral; Carvalho Júnior, Álvaro Dutra de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Elaine Amaral; Verly, Rodrigo Moreira; Roa, Juan Pedro Bretas; Carvalho Júnior, Álvaro Dutra de
    Sistemas de liberação controlada são capazes de modificar a taxa de liberação de fármacos e direcioná-los aos locais de ação específicos, tornando-os mais eficazes além de reduzir a ocorrência de efeitos adversos, o que aumenta a aceitabilidade do tratamento pelo paciente. Polímeros biocompatíveis, seus copolímeros e blendas têm apresentado vantagens na formação destes sistemas mostrando resposta positiva quanto ao aprimoramento da terapêutica. O presente estudo visou desenvolver nanoesferas a partir de blendas de poli- (3- hidroxibutirato) (PHB) e poli-(ε-caprolactona) (PCL) e avaliar o seu potencial como carreadoras de sinvastatina. Para tanto, parâmetros físico-quimicos como tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta, quantidade de fármaco encapsulada, liberação in vitro e morfologia foram avaliados. As nanoesferas contendo sinvastatina foram preparadas pela técnica emulsão/evaporação do solvente, variando-se a quantidade de sinvastatina adicionada na formulação. O doseamento foi realizado por cromatografia liquida de alta eficiência, após validação prévia do método analítico. A formulação que obteve maior quantidade de fármaco associado apresentou diâmetro médio 265 ± 10 nm com polidispersão média de 0,091 ± 0,026. Esses valores revelam um sistema nanométrico, com uma distribuição estreita de tamanho e uma homogeneidade das nanoesferas. O potencial zeta médio foi de - 31,8 ± 3,59 mV, sugestivo de predomínio de forças repulsivas, as quais previnem agregações em função da colisão entre as partículas. Os resultados de DSC e liberação in vitro sugerem transporte por difusão e a maior parte do fármaco estar associada à superfície da esfera. Os testes de estabilidade preliminar não indicam degradação dos componentes e aglomeração das partículas. A análise morfológica das nanoesferas, realizada por microscopia de força atômica demonstrou a presença de partículas esféricas e de superfície rugosa. Dessa forma, os dados sugerem que a preparação de nanoesferas utilizando a blenda PHB-PCL é um sistema promissor para carrear a sinvastatina.
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    Infecções virais no sistema nervoso central em pacientes submetidos à internação hospitalar: investigação baseada em uma plataforma de “mini-arranjo” de PCR em tempo real singleplex
    (UFVJM, 2021) Silva, Thyago José; Thomasini, Ronaldo Luis; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Thomasini, Ronaldo Luis; Costa, Sandra Cecília Botelho; Martins, Helen Rodrigues
    As infecções no Sistema Nervoso Central (SNC) apresentam distribuição global e são importantes causas de morbidade e mortalidade. Estas infecções podem ser causadas principalmente por bactérias, fungos e vírus, sendo as infecções virais as mais frequentes. As etiologias das infecções virais no SNC mais frequentes são os enterovírus, herpesvirus, adenovírus e os arbovírus. No Brasil, entretanto, na maioria dos casos, o agente causador não é identificado. Métodos baseados em biologia molecular estão sendo cada vez mais aplicados no diagnóstico de doenças infeciosas. Assim, este estudo visou a aplicação de uma plataforma de “mini-arranjo” de Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real (qPCR) para a identificação de agentes virais causadores de infecções no SNC. Para tal, amostras de líquor de pacientes com suspeita de infecção viral internados no hospital Santa Casa de Caridade de Diamantina/MG no período de janeiro de 2019 a julho de 2021 foram coletadas e analisadas pela plataforma. Foram testadas 73 amostras, sendo que em 39 foram identificados material genético de vírus. Houve maior número de casos de Zika vírus (ZIKV) 27/73 (36,99%), seguido por Citomegalovírus (CMV) 5/73 (6,85%), Epstein-Barr vírus (EBV) 4/73 (5,48%), Herpesvirus Humano-6 (HHV-6) 4/73 (5,48%), Adenovírus (ADV) 4/73 (5,48%) e Enterovírus (ENTV) 4/73 (5,48%), Herpesvirus Humano-7 (HHV-7) 3/73 (4,11%), Herpes simples vírus 1/2 (HSV-1/2) e John Cunninghan vírus (JCV) 2/73 (2,74%). O Varicela-Zóster vírus (VZV), o Dengue vírus (DENV), o Chikungunya vírus (CHIKV) e também o Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) não foram detectados em nenhuma das amostras analisadas. Foram detectados 9 casos de coinfecção entre o ZIKV, ADV, ENTV e os vírus da família Herpesviridae e 4 casos de coinfecção entre vírus e outros patógenos não virais. Nossos achados evidenciam a circulação de Zika vírus durante o período de coleta das amostras, além de reforçar a importância de se considerar este agente como causador de infecções no sistema nervoso central. A plataforma desenvolvida mostrou que pode ser útil para o diagnóstico de infecções virais no SNC e de utilidade para aplicação na rotina clínica laboratorial. Os resultados de testes moleculares precisam ser interpretados com cautela, especialmente, os que apresentam baixa carga viral. Sugere-se que determinação de carga viral com valores de corte definidos possam ser mais elucidativos que testes qualitativos.
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    Triagem e determinação de Modafinil em saliva humana e amostras farmacêuticas usando métodos eletroquímicos
    (UFVJM, 2021) Souza, Fernando de Jesus; Santos, Wallans Torres Pio dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Wallans Torres Pio dos; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Munoz, Rodrigo Alejandro Abarza
    O Modafinil (MODA) é um fármaco usado para os tratamentos da narcolepsia, sonolência diurna e apneia do sono. Todavia, devido a essa droga não apresentar aparentemente efeitos colaterais, vários usuários estão administrando-a para privação do sono e aumento do poder de concentração. Esses efeitos levaram o MODA a ser vulgarmente conhecido como “pílula da inteligência”, sendo também inserido em 2004 na lista de substâncias proibidas em competições esportivas pela WADA (World Anti-Doping Agency). O controle de doping e de qualidade de medicamentos utilizam geralmente métodos analíticos de grande porte baseados na cromatografia com diversos detectores. No entanto, métodos mais simples e rápidos para triagem e doseamento de medicamentos são uma alternativa atraente para ampliar os exames antidoping de atletas e diminuir custos no controle de qualidade da rotina farmacêutica. Além disso, métodos portáteis para triagem em amostra de saliva podem auxiliar o controle de doping e aumentar consideravelmente o número de análises em atletas durante grandes competições esportivas. Nessas perspectivas, o presente trabalho propõe a detecção e quantificação do MODA em saliva humana e formulações farmacêuticas por métodos eletroanalíticos usando o eletrodo de diamante dopado com boro (BDDE). Os métodos eletroanalíticos avaliados neste trabalho foram baseados nas técnicas de voltametria e amperometria de múltiplos pulsos (MPA) acoplada a análise por injeção em batelada (BIA). O BDDE acoplado ao BIA-MPA apresentou uma detecção seletiva e sensível com um limite de detecção (0,10 μmol L-¹) suficientemente baixo para determinação de MODA em saliva humana e em formulações farmacêuticas. O sistema BDDE-BIA-MPA proporcionou ainda uma boa estabilidade da resposta eletroquímica para detecção do MODA com um baixo desvio padrão relativo (DPR) de 3,1% (N=10). A determinação do MODA usando esse sistema de detecção foi extremamente rápida (aproximadamente 150 determinações por hora), permitindo uma grande vantagem frente aos demais métodos reportados para aplicações em análises de rotina ou métodos de triagem desta droga. Portanto, o desempenho analítico do método proposto apresenta uma análise portátil, simples, rápida e de baixo custo com grande potencial para aplicação no controle de doping do MODA em amostras de saliva, bem como no controle de qualidade deste fármaco em medicamentos nas indústrias farmacêuticas.
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    Desenvolvimento de uma metodologia eletroanalítica utilizando voltametria de pulso diferencial para a determinação de benznidazol
    (UFVJM, 2021) Nunes, Ana Mara Fonseca; Malagutti, Andréa Renata; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Malagutti, Andréa Renata; Ferreira, Lucas Franco; Santos, Wallans Torres Pio dos
    O benznidazol (BZN) é o único fármaco disponível no Brasil para o tratamento da doença de Chagas (DC) embora não seja o ideal, pois possui alta toxicidade, farmacocinética irregular e seu efeito na fase crônica da doença ainda é questionável. Tais fatores tornam necessário o desenvolvimento de métodos alternativos confiáveis e eficazes para a determinação analítica do fármaco em amostras biológicas e farmacêuticas. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi desenvolver um método eletroanalítico para a determinação do BZN em urina e em formulação farmacêutica usando a voltametria de pulso diferencial (VPD) e o eletrodo carbono vítreo (GCE). Inicialmente a voltametria cíclica (VC) foi empregada para realizar um estudo preliminar do perfil voltamétrico do BZN sobre a superfície do GCE e verificar a influência do pH, da velocidade de varredura, e do eletrólito suporte no comportamento do analito. Durante a varredura catódica por VC, verificou-se a presença de um pico bem definido irreversível no potencial de -0,58 V. Tendo como base esse pico catódico, um método eletroanalítico foi otimizado e validado em consonância com guias nacionais e internacionais para a determinação do fármaco por VPD. Este método foi aplicado em urina e em uma formulação farmacêutica de BZN incorporado a carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN-BZN). Todos os paramêtros analisados foram atendidos de maneira satisfatória, apresentando baixos limites de detecção e quantificação (0,044 e 0,135 μmol L-¹ respectivamente) e uma faixa linear no intervalo de concentração de 1,00 a 10,6 μmol L-¹. A precisão foi avaliada por meio do valor do desvio padrão relativo (DPR) entre análises realizadas inter-dia e intra-dia, apresentando resultados inferiores a 2,50 %. Por meio do estudo de interferentes o método se mostrou seletivo para o BZN uma vez que não houve interferência significativa dos potenciais interferentes em nenhuma das amostras. A exatidão foi avaliada por estudos de adição e recuperação, onde foram obtidos percentuais de recuperação dentro dos limites recomendados pela literatura. Portanto, o método desenvolvido pode ser aplicado com sucesso como uma alternativa na determinação do BZN em urina e em CLN-BZN.