PPGCFAR - Mestrado em Ciências Farmacêuticas (Dissertações)
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Item Acesso ao componente especializado da assistência farmacêutica: análise centrada no paciente renal crônico e na força de trabalho farmacêutica para obtenção de melhores resultados em saúde(UFVJM, 2018) Souto, Carlos Tobias Pires; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Araújo, Lorena Ulhôa; Kato, Kelly CristinaConsiderando a escassez de estudos brasileiros que tratam do acesso geográfico às farmácias públicas e da força de trabalho farmacêutica, sendo necessários novos estudos sobre essas temáticas, o objetivo do estudo foi conhecer a distribuição e o acesso geográficos das farmácias públicas e a força de trabalho do farmacêutico, a fim de orientar os cuidados primários aos pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC). Estudo descritivo, que utilizou o banco de dados do Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica. A amostra foi formada por pacientes portadores de DRC que utilizaram os medicamentos eritropoetina e/ou sacarato de hidróxido férrico para correção da anemia, entre julho de 2014 e dezembro de 2017, na Superintendência Regional de Saúde de Diamantina (SRSD), Minas Gerais, Brasil. As coordenadas geográficas dos endereços das farmácias públicas e dos pacientes e o cálculo das distâncias percorridas foram obtidas através do Google Maps® e Google Earth®. Todos os 33 municípios da SRSD possuíam uma farmácia pública; com pelo menos 1 farmacêutico na assistência farmacêutica básica; 22 apresentaram pacientes usuários dos medicamentos estudados; 16 apresentaram acesso geográfico facilitado à pé e/ou de automóvel para os pacientes com DRC. Considerando os resultados encontrados, a oferta de serviços farmacêuticos pelas farmácias públicas da região pode ser uma estratégia para obtenção de melhores resultados em saúde dos pacientes renais crônicos. Em um cenário de incertezas e ameaças ao Sistema Único de Saúde devido ao Novo Regime Fiscal, conhecer a realidade de alguns municípios do Vale do Jequitinhonha, no que se refere ao acesso geográfico aos serviços de farmácia, representa importante estratégia de garantia ao acesso e uso racional dos medicamentos.Item Características da força do trabalho do farmacêutico no cuidado em saúde para a tuberculose nos municípios da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, Minas Gerais, Brasil(UFVJM, 2019) Carvalho, Ivana Di Pietro; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Araújo, Lorena Ulhôa; Kato, Kelly CristinaA tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública mundial e o Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo. Diferentes estratégias são desenvolvidas para um controle mais eficaz da doença. O presente estudo epidemiológico descritivo foi realizado com 35 farmacêuticos das farmácias públicas dos municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina no período de agosto a outubro de 2018. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a força do trabalho do farmacêutico na Assistência Farmacêutica (AF) nos cuidados em saúde aos pacientes com TB na Atenção Primária. Foram investigadas características dos farmacêuticos como: idade, gênero, formação, anos trabalhando na AF e recebimento de treinamento em cuidados sobre TB. O conhecimento sobre a TB, atitudes e práticas também foram avaliados. Os participantes foram questionados sobre atendimento ao paciente, gestão do serviço e interdisciplinaridade profissional. Dos 35 farmacêuticos que participaram da pesquisa, 31 (88,6%) responderam possuir conhecimento sobre a educação interprofissional e 15 (42,9%) consideraram boa interação com outros profissionais de saúde. Várias lacunas foram identificadas na descrição do cuidado em saúde sobre a TB pelos farmacêuticos entrevistados, tais como o desconhecimento sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose (57,1%) e sobre o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose (PNFT) (71,4%). Ressalta-se que 88,6% das repostas dos farmacêuticos mostraram que os medicamentos para o tratamento da TB eram armazenados na farmácia pública, e embora 62,9% afirmaram possuir a responsabilidade pela dispensação desses medicamentos, a responsabilidade pelo Tratamento Diretamente Observado (TDO) foi em 60,0% pelo enfermeiro. Sobre a percepção dos farmacêuticos para o planejamento dos cuidados em saúde para a TB, consideraram muito importante a escolaridade dos pacientes e das famílias (74,3%), a compreensão das implicações da educação em saúde (85,7%), o reconhecimento do significado do tratamento médico (80,0%) e o treinamento profissional para aprimorar conhecimentos e habilidades para prestação do serviço (65,7%). A maioria dos farmacêuticos relatou que devem ser compartilhadas com outras profissões as seguintes atividades: educação do paciente (94,3%), monitorização de sintomas (82,8%), fornecer outros serviços de cuidado em saúde (82,8%), assumir a responsabilidade legal pelas ações da equipe (77,1%) e coorganizar as atividades da equipe (71,4%). O relato dos profissionais estudados mostrou concordância plena de que o conhecimento profissional e a habilidade do trabalho em equipe são fundamentais para: tratamento integral do paciente (60,0%); melhor suporte aos cuidadores familiares (42,8%); atender melhor às necessidades quando comparado com outras formas de trabalho (34,3%); e ainda, melhorar a qualidade do cuidado (31,4%). Diante do desconhecimento de grande parte dos profissionais sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose e sobre o PNFT, assim como a pouca participação do farmacêutico na realização do TDO, uma maior integração deste profissional na gestão e acompanhamento do paciente com TB é uma estratégia para a obtenção de um cuidado de maior qualidade e o alcance das metas estabelecidas no PNFT.Item Desconformidades no atendimento e nos registros dos usuários diabéticos da atenção primária no município de Diamantina-MG em 2015: implicações no cuidado ao paciente(UFVJM, 2017) Almeida, Carole Gusmão de; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Ferreira Júnior, Cláudio Luiz; Xavier, Marcelo de Sousa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Araújo, Lorena Ulhôa; Santos, Antonio SousaO Diabetes Mellitus (DM) é considerado um problema de saúde pública, os principais fatores de risco para seu desenvolvimento são sedentarismo, excesso de peso, tabagismo e alimentação inadequada. A necessidade no desenvolvimento de estudos com ênfase na prevenção primária, controle da incidência e complicações do DM demonstra a importância deste estudo que teve como objetivo, traçar o perfil epidemiológico do paciente diabético usuário da rede pública no município de Diamantina- MG no decorrer do ano de 2015. Os dados foram coletados a partir de 112 prontuários armazenados nas ESFs deste município, onde se constatou que: aproximadamente 50% dos pacientes receberam cerca de 2 consultas ao ano (índice considerado baixo), a média de idade destes pacientes era de 63 anos sendo prevalente o sexo feminino e predomínio do diabetes tipo 2, cerca de 60% destes foram classificados como acima do peso. Foram consumidos em média 5 medicamentos/dia por paciente; 10,7% apresentaram relatos de automedicação, 30% dos pacientes entre 51-60 anos tiveram algum tipo de reação aos medicamentos. A politerapia foi o esquema terapêutico dominante, sendo a metformina associada com glibenclamida os hipoglicemiantes mais utilizados; aproximadamente 25% dos indivíduos tiveram alterações na dose do medicamento consumido no decorrer do estudo. Sobre as comorbidades, destacaram-se: hipertensão, acometendo cerca de 80% dos usuários e problemas oftalmológicos abrangendo 23% dos usuários. Houve elevado índice de pacientes com valor glicêmico alterado e deficiência no monitoramento através de análises laboratoriais. Ao todo 17 pacientes apresentaram diabetes de forma descompensada. Averiguou-se através dos dados deficiência na implantação de grupos de acompanhamentos coletivos assim como falhas nos registros por meio de prontuários, houve também limitação na disponibilidade da oferta de acompanhamento através de equipe multiprofissional. Tais análises trouxeram como conclusão a deficiência da equipe em fornecer atendimento integral aos usuários do SUS, com falhas na padronização de atendimento e implantação das normas preconizadas pelos protocolos fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde - Minas Gerais. Ressalta-se também a importância de se registrar os procedimentos o que propiciaria a continuidade de informações colaborando para um atendimento íntegro ao paciente.Item Prontuários médico das unidades de atenção primária à saúde: segurança do medicamento na Rede de Atenção à Saúde(UFVJM, 2017) Cruz, Hellen Lilliane da; Santos, Delba Fonseca; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Costa, Magnania Cristiane Pereira da; Araújo, Lorena UlhôaA maioria das doenças crônicas são consideradas problemas de saúde pública, e são conhecidas mundialmente como as principais causas de óbitos e internações hospitalares. A hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus estão incluídos neste grupo, representando as principais causas de morte em todo o Brasil. Considerando seus múltiplos fatores, é necessário repensar os modelos assistenciais. Para isso estratégias para promover acesso ao cuidado primário, têm sido desenvolvidas, com o objetivo de garantir a segurança do paciente, no uso do medicamento. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar as características dos sistemas de informações de saúde e prontuários médicos, para analisar os sinais de segurança do pacientes com doença crônica na atenção primária de Diamantina, Minas Gerais. A pesquisa consistiu em um estudo transversal, descritivo observacional de associação e exploratório. A análise de dados mostra uma cobertura populacional de 94,1%; média consulta médica de 0,76 consultas/ano; dentre os atendimentos, 23,1% foram destinados aos usuários hipertensos e 7,30% aos diabéticos; no sistema hospitalar foi registrada 12,2% das internações por condições sensíveis a atenção primária sendo a angina responsável por 18,9% das internações. Nos prontuários médicos, a média de idade do paciente foi de 62,1 ± 14,3 anos. O número de cuidados básicos de enfermagem (95,5%) prevaleceu e as consultas médicas foram de 82,6%. A polifarmácia foi registrada em 54,0% da amostra e a revisão das listas de medicamentos revelou que 67,0% dos medicamentos incluíam pelo menos um risco. Os riscos mais comuns foram: interação medicamentosa (57,8%), risco renal (29,8%), risco de queda (12,9%) e duplicidade terapêutica (11,9%). Os fatores associados à história de erros de medicamentos foram doenças crônicas e polifarmácia, que persistiram em análises multivariadas, com doenças crônicas RP ajustadas, diabetes RP 1.55 (95% IC 1.04-1.94), diabetes / hipertensão RP 1.6 (95% IC 1.09-1.23) e polifarmácia RP 1,61 (95% IC 1,41-1,85), respectivamente. Os resultados indicam que a atenção primária como coordenadora da rede de atenção à saúde de Diamantina, para doenças crônicas, é complexa e precisa ser reestruturada. Para isso é necessário sincronizar os serviços de saúde por meio da transferência e processamento de informações, para alcançar o objetivo comum fornecer cuidado continuo e centrado no paciente.