PPGZOO - Mestrado em Zootecnia (Dissertações)
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Item Efeito do consumo alimentar residual sobre a fertilidade de touros: uma revisão sistemática e meta-análise(UFVJM, 2022) Silva, Milena Alves da; Siqueira, Jeanne Broch; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Siqueira, Jeanne Broch; Lobo Júnior, Adalfredo Rocha; Bento, Cláudia Braga Pereira; Passetti, Ludmila Couto GomesO consumo de ração residual (CAR) é uma medida avaliativa de eficiência alimentar, onde animais CAR negativos são considerados eficientes, enquanto animais CAR positivos, são ineficientes. O objetivo desta revisão sistemática foi selecionar artigos recentes que demostrassem o efeito do CAR sobre características de fertilidade em touros, para posteriormente através do estudo de meta-analise averiguar a há ou não concordância entre o CAR e a fertilidade, namaioria dos estudos avaliados. Para tal foi realizada busca na plataforma Scopus, utilizando uma associação entre termos relacionados a espécie, ao CAR e a eficiência alimentar e a fertilidade de machos, intercalados pelos operadores booleanos OR e AND, onde foram selecionadas publicações do tipo artigo, nos idiomas português e/ou inglês, que possuíssem ao menos um termo de cada grupo (espécie, eficiência alimentar/CAR, reprodução) no título, abstract e ou palavras-chave, que tratassem exclusivamente de machos, tivessem analises de variáveis semelhantes e que através de dados numéricos estabelecessem uma correlação entre o CAR e a fertilidade. A circunferência escrotal, motilidade espermática progressiva, viabilidade espermática, anormalidades de parte mediana e a intensidade de pixels, apresentaram valores superiores em animais considerados ineficientes para CAR, já as anormalidades de partes proximais foram melhores avaliadas em animais eficientes para CAR. A motilidade espermática, quantidade de espermatozoides normais, volume dos testículos, concentração do sêmen, anormalidade de cabeça, termografia da parte proximal do escroto e a termografia da parte distal do escroto não apresentaram diferença entre animais CAR eficientes e ineficientes. A heterogeneidade presente nas variáveis CAR e ME, e foi avaliada por meta-regressão e analise de subgrupos, onde a heterogeneidade pode ser explicada pela diversidade dos padrões raciais tanto quanto pela idade dos animais e consequente maturidade reprodutiva. Pode-se concluir que para algumas avaliações reprodutivas (circunferência escrotal, motilidade espermática progressiva, viabilidade espermática, anormalidades de parte mediana e a intensidade de pixels) os animais eficientes apresentam taxas inferiores se comparados aos animais ineficientes, e na grande maioria dos aspectos observados não houve disparidade entre os grupos analisados, o que demostra a necessidade de estudos subsequentes para analisar o efeito da seleção de CAR sobre a fertilidade.Item Inclusão de aditivos sobre o consumo e o desempenho de bovinos: uma revisão sistemática e metanálise(UFVJM, 2021) Fernandes, Leila das Dores; Bento, Cláudia Braga Pereira; Silva, Jenevaldo Barbosa da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Bento, Cláudia Braga Pereira; Gomes, Daiany Iris; Villela, Severino Delmar JunqueiraO objetivo deste estudo foi avaliar o uso de aditivos alimentares no desempenho de bovinos utilizando revisão sistemática e metanálise. Foi utilizada a base de dados eletrônica (Scopus) para a busca sistemática dos artigos científicos e utilizados critérios para a inclusão dos estudos. As medidas de interesse foram o ganho médio diário de peso (GMD) ou a produção de leite diária (PLD), o consumo de matéria seca (CMS) e a eficiência alimentar. Foi conduzida uma metanálise para efeito fixo ou efeitos aleatórios para cada medida separadamente com as médias dos grupos controle e tratamento. Na metanálise, foi aplicado o método de variância inversa e o método DerSimonian-Laird foi usado para estimar a variância entre estudos (τ2). Os resultados foram apresentados em diferença de médias (DM), intervalo de confiança a 95% (IC 95%) e I2 (porcentagem de variação total entre estudos que é devido a heterogeneidade). As análises estatísticas foram conduzidas no software estatístico R. Foram incluídas quarenta e três publicações, destes 12 estudos eram referentes a bovinocultura de corte e 31 estudos referentes a bovinocultura de leite. Os aditivos alimentares, antibióticos ionóforos, antibióticos não ionóforos, óleos essenciais, taninos, própolis, aditivos à base de leveduras e aditivos enzimáticos promoveram variados efeitos no desempenho de bovinos. Os antibióticos ionóforos, reduziram (DM = −0,48 kg/dia; P = 0,0004) a ingestão de alimento sem interferir (DM = 0,00 kg/dia; P = 0,9756) no ganho de peso e melhorou (DM = +0,01; P = 0,0067) a eficiência alimentar de bovinos de corte. Em bovinos leiteiros, os ionóforos aumentaram (DM = +0,06; P = 0,0079) a eficiência alimentar, sem efeitos (DM = +0,22 kg/dia; P = 0,4508) sobre a PLD e o CMS (DM = −0,67 kg/dia; P = 0,0971). Concluímos que houve a redução do CMS e o aumento da eficiência alimentar de bovinos de corte, e o aumento da eficiência alimentar de bovinos leiteiros pelos ionóforos; o aumento do GMD de bovinos de corte pela virginiamicina e pela própolis; e o aumento da PLD com a inclusão de aditivos enzimáticos na dieta de vacas leiteiras. A suplementação com óleos essenciais, taninos ou aditivos à base de leveduras não influenciou o desempenho de bovinos leiteiros. Por fim, são relatados diversos benefícios da inclusão de aditivos na dieta de bovinos, desde a prevenção de distúrbios metabólicos à redução das emissões de metano entérico, entretanto, os resultados encontrados sugerem que ainda existem lacunas a respeito dos efeitos destes sobre o desempenho animal.Item Consumo alimentar residual e sua relação com o desempenho, comportamento ingestivo e características de carcaça medidas por ultrassom de fêmeas da raça Nelore(UFVJM, 2017) Martins, Edilane Costa; Villela, Severino Delmar Junqueira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Villela, Severino Delmar Junqueira; Pereira, Idalmo Garcia; Bonafé, Cristina MoreiraObjetivou-se com este trabalho verificar se o consumo alimentar residual (CAR) apresenta influência sobre as características de carcaça, desempenho e comportamento ingestivo de fêmeas prenhes bovinas da raça Nelore. Foram utilizados dados provenientes de dois testes de eficiência alimentar realizado na Fazenda Rancho da Matinha, Uberaba – MG. Foram testadas 273 fêmeas prenhes da raça Nelore nos anos de 2015 e 2016. A mensuração do consumo de alimento e comportamento ingestivo foi realizado através do sistema GrowSafe® e as características de carcaça foram medidas através de ultrassom. Os animais foram distribuídos em dois piquetes idênticos em relação ao tipo de solo, tamanho e incidência solar, contendo oito cochos do sistema GrowSafe® em cada piquete, sendo que cada cocho atendeu nove animais, então cada piquete comportou 72 animais. Quatro modelos de predição de consumo foram testados para saber qual melhor explica a variação no consumo, para isto foi realizada a análise de regressão Stepwise para indicar a ordem de inclusão das características de carcaça ao modelo base. Foram gerados os coeficientes de correlação de Pearson fenotípicos (PROC CORR; SAS Inst. Inc.) entre as características ajustadas de eficiência alimentar, desempenho e composição da carcaça por ultrassom. Um modelo de efeitos fixos (PROC MIXED) foi utilizado para examinar o efeito fixo do grupo de CAR sobre o desempenho, a eficiência alimentar, a composição de carcaça por ultrassom e as características de comportamento ingestivo. O melhor modelo (modelo 4) de predição do consumo de matéria seca (CMS) explicou 55,36% da variação do consumo de matéria seca esperado. Os animais foram divididos em grupos de baixo, médio e alto CAR. Os animais de baixo CAR apresentaram CMS cerca de 1,9kg menor que os animais de alto CAR. As características de carcaça medidas como: espessura de gordura (EG), espessura de gordura na picanha (EGP8), marmoreio (MAR) e acabamento (ACAB) não apresentaram diferença significativa entre os grupos de CAR, logo o grupo de CAR em que o animal está inserido não influenciou a composição destas características na carcaça do animal. Houve diferença significativa entre os grupos de CAR para as características de comportamento ingestivo soma de duração da refeição (SDURR), tempo de visita (TEMPV), média de tempo de visita (MTEMPV) e visita dia (VISD), sendo que os animais pertencentes ao grupo de baixo CAR apresentaram os menores valores para estas características. Assim concluiu-se que a seleção de fêmeas prenhes para a medida de eficiência alimentar CAR não prejudica o desempenho e a composição de carcaça, principalmente se tratando da deposição de gordura. O comportamento ingestivo dos animais selecionados para baixo CAR mostrou que estes animais poupam energia ao passarem menos tempo se alimentando, possibilitando assim maior gasto de energia com a produção.Item Análise longitudinal do consumo alimentar residual em bovinos Nelore(UFVJM, 2018) Assis, Clélia Soares de; Bonafe, Cristina Moreira; Pereira, Idalmo Garcia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Bonafe, Cristina Moreira; Verardo, Lucas Lima; Sousa, Mariele Freitas; Pereira, Idalmo GarciaA estimação de parâmetros genéticos para o consumo alimentar residual (CAR) ao longo do período de teste pode propiciar a identificação dos períodos de teste em que há maior variabilidade genética. Objetivou-se ajustar um modelo de regressão aleatória com o uso de polinômios spline para CAR ao longo do período de avaliação, a fim de proporcionar um melhor entendimento do comportamento dos componentes de variância, bem como estimar os parâmetros e valores genéticos, e identificar os períodos de teste em que há maior variabilidade genética. Foram utilizados dados de ingestão de matéria seca e peso de 929 machos Nelore, provenientes de sete provas de desempenho com duração de 70 dias. O CAR foi avaliado em diferentes períodos de duração: 14, 28, 42, 56 e 70 dias. Para cada período de avaliação foram calculados: Ingestão de Matéria Seca (IMS), Ganho Médio em Peso Diário (GMD), Peso Vivo Metabólico (PVM 0,75) e Ingestão de Matéria Seca estimada (IMSe). Os componentes de variância foram estimados por meio de uma análise bayesiana, via amostragem de Gibbs. Utilizou-se modelo de regressão aleatória com polinômios lineares do tipo spline contendo cinco nós para o ajuste da trajetória média, dos efeitos aleatórios (genéticos aditivos e ambiente permanente) e considerou-se heterogeneidade de variância residual. As estimativas de herdabilidade variaram de 0,40 a 0,50. As correlações genéticas entre os períodos reduzidos e o período completo (70 dias) foram positivas e elevadas, variando de 0,87 a 0,94. O valor do coeficiente de correlação de Spearman entre o período completo e o período de 56 dias foi de 0,94. Portanto, entre os 93 animais selecionados no período de teste reduzido para 56 dias, 77 deles seriam selecionados no período de teste de 70 dias. A resposta correlacionada para o CAR, aos 56 dias, corresponde a 85% da resposta direta aos 70 dias. Os resultados apontaram que modelos de regressão aleatória com polinômios lineares do tipo spline podem ser empregados em estudos de eficiência alimentar em bovinos, e os testes de eficiência alimentar podem ter duração de 56 dias, sem que haja perda na predição dos valores genéticos dos tourinhos.Item Expressão do gene leptina, proteômica e modelos para estimação do CAR em animais da raça Nelore(UFVJM, 2014) Mota, Lúcio Flávio Macedo; Bonafé, Cristina Moreira; Pires, Aldrin Vieira; Fukumasu, Heidge; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Bonafé, Cristina Moreira; Pires, Aldrin Vieira; Toriyama, Érika; Duarte, Marcio de Souza; Villela, Severino Delmar JunqueiraObjetivou-se avaliar a influência da expressão da leptina e relacionar as concentrações de leptina plasmática com as características de desenvolvimento corporal, mudanças no proteoma do músculo Longissumus dorsi e o impacto o modelo na estimação de equações de predição de consumo de alimentos em bovinos Nelore e no ranking de desempenho alimentar, utilizando diferentes modelos para a estimativa do consumo alimentar residual (CAR). Foi utilizado um total de 97 animais classificados para alto e baixo CAR, medidos para características de ingestão, crescimento, eficiência alimentar, concentração plasmática de leptina e características de carcaça. Foram abatidos 20 animais classificados para alto e baixo CAR e coletadas amostras do músculo Longissimus dorsi, para análise da expressão do gene leptina e proteômica. Os modelos utilizados para estimação do CAR foram o modelo atualmente em uso e modelos que incluíram medidas de ultrassom de músculo e espessura de gordura. As amostras de proteínas extraídas do músculo Longissimus dorsi foram separadas em duas etapas: a primeira etapa de separação das proteínas foi realizada por migração eletroforética em tira de IPG (Immobilized pH Gel) até o ponto isoelétrico; a segunda, realizada pela migração eletroforética das proteínas focalizadas na tira de IPG (primeira dimensão) e em seguida, em gel de acrilamida de acordo com o peso molecular (segunda dimensão). Após as análises dos géis 2-D, os spots diferencialmente expressos nos grupos de CAR foram excisados para análise por dessorção a laser, assistida por matriz MALDI TOF/TOF. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o procedimento MIXED do SAS, as estimativas de correlação fenotípica, utilizando o procedimento CORR e a comparação dos valores de expressão entre as classes de CAR,utilizando o procedimentoCONTRAST do procedimento MIXED. Animais classificados para baixo CAR apresentaram maior expressão do gene leptina (2,80) e maior concentração plasmática (11,48) deste gene em bovinos Nelore. Os níveis mais elevados de leptina podem estar envolvidos na redução da ingestão de alimentos em animais classificados para baixo CAR, indicando ser um regulador na diferença de consumo de alimentos pelos animais. Embora os modelos de CAR tenham apresentado diferenças na estimação, as correlações entre cada um dos modelos indicaram que estes não foram diferentes uns dos outros na classificação dos animais para eficiência alimentar. A maior expressão de fibras de contração lenta em bovinos mais eficientes ocorre devido a uma redução preferencial das fibras musculares de contração rápida, como uma adaptação para melhor lidar com a redução da exigência nutricional, por apresentar diferenças no perfil metabólico da contração muscular. No entanto, a variação na eficiência do modelo que inclui os parâmetros de composição corporal é muito importante, sugerindo que a composição corporal pode ser fundamental para explicar a variação no consumo de alimentos e que ele precisa ser incluído no modelo de cálculo do CAR.Item Comportamento ingestivo de bovinos leiteiros alimentados com farelo de crambe(UFVJM, 2014) Oliveira, Kênia Maria de; Castro, Gustavo Henrique de Frias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Castro, Gustavo Henrique de Frias; Pires, Aldrin Vieira; Mourthé, Mário Henrique Fracça; Santos, Roseli Aparecida dosO objetivo desse trabalho foi estudar os efeitos da utilização de farelo de crambe em substituição ao farelo de soja sobre o comportamento ingestivo de bovinos leiteiros. Foram utilizados quatro machos castrados Holandês x Zebu, fistulados no rúmen, com peso vivo médio de 664 kg, distribuídos em delineamento quadrado latino 4 x 4. Os tratamentos consistiram em quatro dietas isoproteicas e isoenergéticas, formuladas com relação volumoso:concentrado 60:40 com base na matéria seca (MS). O volumoso foi composto de silagem de milho (51% MS) e feno de Tifton (49% MS), e o concentrado formulado com níveis crescentes de substituição do farelo de soja pelo farelo de crambe em 0%, 2,8%, 6,4% e 11,0% na MS da dieta. O comportamento ingestivo foi avaliado através do método direto de avaliação visual, em intervalos de 10 minutos, durante períodos de 24 horas. Registrou-se a frequência de alimentação, ruminação e ócio e a posição do animal (em pé ou em decúbito). As variáveis em pé e em decúbito não diferiram entre os tratamentos, assim como os tempos gastos em alimentação, ruminação e ócio. O consumo de matéria seca e de FDN expressos em g/dia e gFDN/dia respectivamente, a eficiência de ruminação expressa em gMS/min, a eficiência de ruminação expressa em gFDN/dia e o tempo de mastigação total não diferiram significativamente. No entanto, a eficiência de alimentação (gMS/min) variou de forma linear decrescente com a inclusão do farelo de crambe. Os períodos do dia influenciaram todas as atividades. O maior tempo de alimentação foi observado nos períodos após o fornecimento da dieta e a maior atividade de ruminação foi verificada no período noturno. A substituição de farelo de soja por farelo de crambe não afetou o comportamento ingestivo, exceto para o parâmetro eficiência de alimentação. Neste sentido, considerando o comportamento ingestivo, recomenda-se a substituição do farelo de soja por farelo de crambe para alimentação de bovinos leiteiros.Item Relações entre comportamento alimentar e temperamento com consumo alimentar residual em novilhos Nelore(UFVJM, 2013) Lage, Bruno Fagundes Cunha; Villela, Severino Delmar Junqueira; Cyrillo, Joslaine Noely dos Santos Gonçalves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leonel, Fernando de Paula; Mourthé, Mário Henrique FrançaObjetivou-se, com o presente estudo, estabelecer relações entre comportamento alimentar, temperamento e consumo alimentar residual em bovinos Nelore, na fase pós-desmame, submetidos ao confinamento. Foram utilizados 85 machos Nelore desmamados, em confinamento coletivo, durante 119 dias, sendo os 28 primeiros para adaptação à dieta e ao ambiente. O CAR foi calculado pela diferença entre o consumo observado e o predito, baseado no ganho de peso médio diário e no peso vivo metabólico, sendo classificados como alto CAR (>média + 0,5 DP), médio CAR (± 0,5 DP da média) e baixo CAR (