Consumo alimentar residual e sua relação com o desempenho, comportamento ingestivo e características de carcaça medidas por ultrassom de fêmeas da raça Nelore
Date
2017
Authors
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
UFVJM
Abstract
Objetivou-se com este trabalho verificar se o consumo alimentar residual (CAR) apresenta
influência sobre as características de carcaça, desempenho e comportamento ingestivo de
fêmeas prenhes bovinas da raça Nelore. Foram utilizados dados provenientes de dois testes de
eficiência alimentar realizado na Fazenda Rancho da Matinha, Uberaba – MG. Foram testadas
273 fêmeas prenhes da raça Nelore nos anos de 2015 e 2016. A mensuração do consumo de
alimento e comportamento ingestivo foi realizado através do sistema GrowSafe® e as
características de carcaça foram medidas através de ultrassom. Os animais foram distribuídos
em dois piquetes idênticos em relação ao tipo de solo, tamanho e incidência solar, contendo
oito cochos do sistema GrowSafe® em cada piquete, sendo que cada cocho atendeu nove
animais, então cada piquete comportou 72 animais. Quatro modelos de predição de consumo
foram testados para saber qual melhor explica a variação no consumo, para isto foi realizada a
análise de regressão Stepwise para indicar a ordem de inclusão das características de carcaça
ao modelo base. Foram gerados os coeficientes de correlação de Pearson fenotípicos (PROC
CORR; SAS Inst. Inc.) entre as características ajustadas de eficiência alimentar, desempenho
e composição da carcaça por ultrassom. Um modelo de efeitos fixos (PROC MIXED) foi
utilizado para examinar o efeito fixo do grupo de CAR sobre o desempenho, a eficiência
alimentar, a composição de carcaça por ultrassom e as características de comportamento
ingestivo. O melhor modelo (modelo 4) de predição do consumo de matéria seca (CMS)
explicou 55,36% da variação do consumo de matéria seca esperado. Os animais foram
divididos em grupos de baixo, médio e alto CAR. Os animais de baixo CAR apresentaram
CMS cerca de 1,9kg menor que os animais de alto CAR. As características de carcaça
medidas como: espessura de gordura (EG), espessura de gordura na picanha (EGP8),
marmoreio (MAR) e acabamento (ACAB) não apresentaram diferença significativa entre os
grupos de CAR, logo o grupo de CAR em que o animal está inserido não influenciou a
composição destas características na carcaça do animal. Houve diferença significativa entre os
grupos de CAR para as características de comportamento ingestivo soma de duração da
refeição (SDURR), tempo de visita (TEMPV), média de tempo de visita (MTEMPV) e visita
dia (VISD), sendo que os animais pertencentes ao grupo de baixo CAR apresentaram os
menores valores para estas características. Assim concluiu-se que a seleção de fêmeas prenhes
para a medida de eficiência alimentar CAR não prejudica o desempenho e a composição de
carcaça, principalmente se tratando da deposição de gordura. O comportamento ingestivo dos
animais selecionados para baixo CAR mostrou que estes animais poupam energia ao passarem menos tempo se alimentando, possibilitando assim maior gasto de energia com a produção.
Description
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Keywords
Citation
MARTINS, Edilane Costa. Consumo alimentar residual e sua relação com o desempenho, comportamento ingestivo e características de carcaça medidas por ultrassom de fêmeas da raça Nelore. 2017. 77 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2017.