PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Sítios arqueológicos de arte rupestre na região de Gouveia/MG: memória, ruralidades e identidade socioespacial
    (UFVJM, 2023) Nery, Saulo Ivan; Salgado, Hebert Canela; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O presente trabalho tem como finalidade contribuir para entendimento do processo de ocupação da paisagem da região de Diamantina, MG, buscando estabelecer conexões entre o momento presente e o passado, a intenção é contribuir para as dicussões acerca da formação da identidade territorial. Também contribuir nos levantamentos de dados a cerca da paisagem, fazendo estudo de análise da paisagem com coleta de dados arqueológicos e dados ambientais, além de somar informações na composição do quadro de pesquisas arqueológicas da região. A presente obra também busca relacionar o fato arqueológico com a realidade dos trabalhadores rurais que desenvolvem atividades na área de estudo. Percebe-se que as pessoas envolvidas em atividades de coleta de flores sempre-vivas e extração de cristais fazem uso dos abrigos sob-rocha e ocupam esses lugares muitas vezes onde existem pinturas rupestres. Dessa forma, os trabalhadores em questão estabelecem uma relação com os locais que já foram usados a milhares de anos por poulações caçadoras coletoras.
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    Trabalho rural análogo ao escravo no Brasil e as formas estatais de combate
    (UFVJM, 2023) Ramos Junior, Clever Rodrigues; Cambraia, Rosana Passos; Sousa, Claudiane Aparecida de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O trabalho escravo contemporâneo é uma realidade contextual no atual cenário mundial. Embora a escravidão tenha sido devidamente combatida e abolida em diversos países ao redor do mundo, ela possui, atualmente, uma roupagem diferente. O presente trabalho aprofunda o conceito de trabalho escravo contemporâneo, com ênfase no trabalho escravo rural, ao promover um paralelo entre o trabalho escravo no mundo e na América Latina e, por fim, direcionado para o trabalho escravo rural moderno no Brasil. Estudos demonstram que o Brasil, nos últimos anos, se tornou uma referência no combate ao trabalho escravo. Contudo, recentemente houve um aumento progressivo desse trabalho nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. O aumento desta modalidade de afronta aos direitos humanos decorre de diversos fatores, como o enfraquecimento das intutições de combate ao trabalho escravo rural, desde os órgão extrajudicias de fiscalização e combate, como o Ministério do Trabalho, devido à ausência de servidores/auditores do trabalho, e à falta de fiscalização adequada. Isso resulta na redução de denúncias aos órgãos judiciais, desmantelando um trabalho de luta e combate a essa atividade ilegal, que perdura há anos. Para compreender o aumento do trabalho escravo rural no Brasil e seu enfraquecimento no atual cenário, buscou-se compreender a evolução histórica, a produção bibliográfica, a legislação, os tratados e pactos internacionais sobre o trabalho escravo contemporâneo. Além disso, é importante contextualizar e caracterizar o trabalho escravo rural, no Brasil. A metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa, do tipo descritiva exploratória, com base em análises bibliográficas. Além do mais, também foi utilizada a abordagem quantitativa, por meio da coleta e análise de dados emitidos pelos órgãos oficiais. Os resultados desta pesquisa revelaram um período de descaso da legislação, evidenciando um aumento do trabalho escravo rural no país. Esse aumento pôde ser atribuído possivelmente à redução de fiscalização pelos principais órgãos de combate e proteção, tais como o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal e, sobretudo, do Grupo Especial de Fiscalização Móvel. As ações realizadas por esses órgãos têm sido eficazes para inibir as práticas dos escravocratas modernos.
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    Estudo da alimentação de famílias da comunidade Mata dos Crioulos, Diamantina - MG
    (UFVJM, 2023) Sobrinho, Daniele Taís Silva; Fávero, Claudenir; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O estudo desenvolvido é do tipo transversal, de cunho qualitativo, com amostra intencional. O objetivo geral do estudo foi identificar e analisar o acesso, os tipos e o consumo dos alimentos por famílias da comunidade tradicional quilombola e apanhadora de flores sempre-vivas Mata dos Crioulos no município de Diamantina – MG. A coleta de informações foi realizada em duas etapas: a) apresentação da proposta de estudos; b) realização da entrevista semiestruturada com integrantes de três famílias da comunidade dispostos em contribuir com a pesquisa. A pesquisa tem como finalidade contribuir para a discussão e o entendimento das práticas alimentares a partir do contexto de vivência das famílias da Comunidade. Os resultados demonstram que a partir do modo de vida dos comunitários, a alimentação é diversificada e vinculada aos produtos da sociobiodiversidade. As práticas alimentares observadas vão desde a coleta de plantas nativas, cultivos agrícolas e criação de animais até a preparação dos alimentos para o consumo. A diversificação de alimentos, bem como das formas de obtenção, integra três espaços do sistema alimentar: o espaço do domínio da família, o espaço do domínio comunitário e o espaço da compra e troca. Os alimentos consumidos antes das refeições principais variam de acordo com a disponibilidade nas hortas e quintais, enquanto nas refeições o arroz e feijão estão sempre presentes. A forma de conservação dos alimentos por meio do uso de gordura animal ou mediante o processo de desidratação parcial do alimento se faz presente. A reunião de membros da família como também de visitantes é realizada especialmente durante o horário do almoço, sendo que as visitas têm preferência para se servirem à beira do fogão à lenha. A troca e/ou compra de alimentos ocorrem em situações de indisponibilidade de produtos nos espaços de domínio da família e comunitário. Foram registrados a ocorrência de conflitos na comunidade relacionados com o domínio territorial. Com o decorrer do tempo os hábitos alimentares mudaram de acordo com as mudanças provocadas pelas interferências externas, principalmente, em decorrência dos conflitos pelo domínio territorial.
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    Influência dos ecossistemas de referência e árvores isoladas na regeneração natural de uma pastagem degradada
    (UFVJM, 2023) Santos, Dalila de Oliveira; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    As áreas de pastagens ocupam grande parte das terras em uso no planeta, no entanto, boa parte dessas pastagens possuem algum nível de degradação, devido a esse avanço na degradação torna-se necessário ações para recuperar esses ambientes, sendo a restauração passiva um dos métodos mais eficiente e de baixo custo para essa finalidade. Por isso o objetivo desse trabalho foi conhecer as espécies nativas que colonizam pastagens degradadas e identificar fatores que facilitam ou dificultam a restauração passiva por meio da regeneração natural em área de pastagem degradada no Cerrado, na região da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, e assim contribuir para melhorar futuros projetos de restauração ecológica neste Bioma. Para a realização desse estudo foram selecionadas quatro áreas, sendo uma área de pastagem em regeneração e três ecossistemas de referência, onde foram lançadas 20 parcelas de 10×10m. Todos os indivíduos arbustivo-arbóreos presentes no interior das parcelas tiveram suas alturas, diâmetros a altura do solo mensurados. Na área de pastagem foi coletada uma amostra composta do solo superficial, para identificação dos parâmetros químicos e físicos do solo. Foi avaliado também a resistência mecânica à penetração ao longo da camada de 0-30 cm, a cobertura vegetal da parcela, solo exposto, presença de erosão e distância da parcela aos ecossistemas de referência, distância das árvores remanescentes. O inventário florístico das quatro áreas resultou em 22 famílias botânicas, 48 gêneros e 78 espécies. As síndromes de dispersão predominantes nas áreas foram a zoocoria e anemocoria. A maior similaridade foi verificada entre o ambiente de pastagem e o ecossistema de referência 3, sendo a segunda maior similaridade verificada entre a pastagem e o ecossistema de referência 2. As espécies que com maior IVI na área de pastagem foram: Campomanesia sessiliflora, Maprounea guianensis, Solanum lycocarpum e Erythroxylum deciduum. O Índice de Diversidade de Shannon (H’), foi de 3,73 nats/cobertura e Pielou 0,990. Verificou-se correlação positiva entre a distância do ecossistema de referência 2 e a área de pastagem, correlação negativa para a distância do ecossistema de referência 3 e área de pastagem e não houve correlação entre o ecossistema de referência 1 e a área de pastagem. A distância das parcelas até árvores remanescente apresentou correlação negativa com área basal e a diversidade das espécies encontradas na área de pastagem. O NDVI apresentou valores entre 0,21 a 0,46 e SAVI entre 0,08 e 0,20, indicando baixa cobertura vegetal e alta quantidade de solo exposto. Nos PCAs de solo e de variáveis ambientais houve influência da cobertura de gramíneas exóticas nos atributos analisados. Portanto, pode-se concluir que os parâmetros de cobertura do solo e atributos do solo influenciaram na chegada e estabelecimento de espécies regenerantes nas áreas de pastagem em estudo. Assim como a distância dos ecossistemas de referência e distância de árvores remanescentes até as parcelas foram fatores importantes, pois influenciaram na chegada de propágulo e no estabelecimento de espécies regenerantes na área de pastagem estudada.
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    O fenômeno migratório e as políticas públicas no município de Couto de Magalhães de Minas-MG
    (UFVJM, 2022) Cruz, Elias Moisés Barbosa; Salgado, Hebert Canela; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O Vale do Jequitinhonha é uma região que apresenta um número relevante de imigrantes e emigrantes, o município de Couto de Magalhães de Minas, localizado na região do Alto Jequitinhonha, também fez parte desse fenômeno social constante na nação brasileira, pois, o fenômeno migratório no Brasil foi um processo muito relevante na história dos brasileiros, em relação a este contexto, observa-se que o sistema migratório está muito presente na atualidade, onde os motivos dos fluxos migratórios são diversos, e as políticas públicas tem um papel fundamental em erradicar a migração, pois, uns dos motivos dos fluxos migratórios, é o fator econômico, assim, o objetivo geral da pesquisa é investigar de que forma o Programa Bolsa Familiar (PBF) e a Agricultura Familiar atuam na dinâmica migratória no município de Couto de Magalhães de Minas-MG. Os objetivos específicos são, identificar o contexto histórico do fenômeno migratório no município de Couto de Magalhães de Minas; investigar os dados sobre o aspecto migratório, o Programa Bolsa Família (PBF), o Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (PRONAF) no qual é vinculado a Agricultura Familiar no município de Couto de Magalhães de Minas. A urbanização e o êxodo rural foram peças-chave no contexto brasileiro, e as políticas públicas tiveram uma influência considerável nesse processo. O município de Couto de Magalhães de Minas está completando 58 anos de emancipação política, com isso, as políticas públicas tiveram um papel fundamental na dinâmica do município, programa como Bolsa Família (PBF) e a Agricultura Familiar (PRONAF), são respectivamente, essenciais para transferência de renda e geração de renda, sendo assim significativos para erradicação do fenômeno migratório.
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    O modo de vida tradicional da Comunidade Boiadas no município de Veredinha – MG
    (UFVJM, 2023) Amaral, Paulo André Alves de; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A pesquisa foi desenvolvida de forma exploratória, descritiva e analítica e se realizou na Comunidade Groteira-Chapadeira Boiadas no município de Veredinha-MG. Discutiu o processo de organização para a busca da certificação enquanto comunidade tradicional que está em andamento. A comunidade pesquisada já tem assento na Comissão Estadual Para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais – CEPCT. O objetivo geral foi: “Compreender sobre o modo de vida tradicional da Comunidade Boiadas e suas contribuições para a afirmação identitária Groteira – Chapadeira” e vincula-se com a linha de pesquisa “Sociedade e Cultura no Mundo Rural”. Nos relatos foram explicitadas as formas de como foram atingidos e afetados pela perda da chapada, de onde retiravam alimentação, remédios e criavam na solta, sendo parte intrínseca do seu território de vida e reprodução. A pesquisa trata das vivências e memórias da comunidade Boiadas e também do seu autor, num diálogo de várias linguagens como contos e fotografias e externou a vida e labuta deste povo que enraizado nesta “grota” como gostam de chamar, enfrentou e ainda enfrenta as várias investidas do capital, como a monocultura do eucalipto, que atualmente os cerca. No diálogo reflexivo foram articulados saberes da antropologia, apoiados principalmente em Brandão (2010) e Martins (2013), saberes do feminismo negro, o resgate da história social brasileira, via memória social (GONZALEZ, 2020) e a expropriação de territórios de Jequitinhonha.
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    Por detrás da porta: um estudo de caso sobre a violência doméstica em Turmalina a partir da escuta das mulheres agredidas
    (UFVJM, 2023) Ribeiro, Viviane da Silva; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O presente trabalho tem como foco o estudo de caso de mulheres que enfrentaram as violências domésticas e que tiveram acesso às políticas públicas protetivas em Turmalina/MG. O estudo tem por análise as violências domésticas como um dos fenômenos que afeta a sociedade e adquire diversas facetas no espaço e no tempo. A sociedade brasileira, no processo de construção democrática, parece refazer seus conceitos sobre o que é opressão, violência, preconceito. Neste processo há uma nova análise do que oprime seus indivíduos, as famílias, os grupos excluídos e práticas que eram “naturais” até então são consideradas, hoje, como violação de direitos. Com as mulheres, o que percebemos é que as violências são uma imensurável agressão aos direitos humanos, mas ainda fazem parte do nosso cotidiano e são naturalizadas e silenciadas pelo patriarcado. Neste estudo, assumimos o entendimento de compreender o fenômeno a partir do diálogo e da escuta das mulheres vitimadas pelas violências domésticas, do município de Turmalina (Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil), e conhecer como elas (re)significam suas trajetórias, após romper e enfrentar o ciclo das violência via políticas de proteção. Interessa-nos, ainda, evidenciar pelas narrativas os desafios e os impactos destas políticas, sobretudo no que tange à Lei Maria da Penha. A participação efetiva das mulheres como sujeitas desta pesquisa foi parte importante do processo deste trabalho para possibilitar o rompimento do silêncio e a invisibilidade que marcam as violências do patriarcado. O metodologia utilizada foi o estudo de caso, por intermédio de entrevistas semiestruturadas com as mulheres em questão, para assim analisar o conteúdo de forma qualitativa e qualitativa, por meio dos dados de violência disponibilizados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais/Observatório de Segurança Pública/Núcleo de Pesquisa e Extensão, entre os anos de 2018 a 2021.
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    As religiões de matrizes africanas e suas práticas: mapeamento das práticas de Candomblé e Umbanda no distrito de São João da Chapada e nos bairros urbanos da cidade de Diamantina-MG
    (UFVJM, 2023) Fonceca, Natália Pereira; Nascimento, Alan Faber do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A presente pesquisa analisa as Religiões de Matrizes Africanas juntamente com as práticas ritualísticas presentes no município de Diamantina-MG e em seu distrito, São João da Chapada. Através da espacialidade na qual estão inseridas, as práticas ritualísticas, incorporam traços específicos do lugar, se tornando símbolos da cosmologia afrorreligiosa em constante transformação e ressignificação. A princípio busca-se aprofundar no universo mítico-religioso, identificando arquétipos culturais das práticas e comparando-as com a territorialidade presentes na região de estudo. Em seguida busca-se analisar a história de Diamantina e de São João da Chapada a partir de uma filosofia africana, advinda da própria ritualística, para que posteriormente, sejam mapeadas as práticas de Candomblé e Umbanda em ambas territorialidades.
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    Comparação florística e estrutural entre os diferentes estratos de uma floresta estacional decidual no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
    (UFVJM, 2016) Gonçalves, Thamyres Sabrina; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Mucida, Danielle Piuzana; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Catuzzo, Humberto
    As florestas estacionais deciduais exercem grande importância para biodiversidade brasileira pela imensa diversidade biológica apesar das inúmeras adversidades a que são impostas. No entanto, por terem solos ricos e demandados para agricultura têm sido submetidas à intensa fragmentação e ameaças. A diversidade beta dessa vegetação é imensa por ocorrer geralmente em áreas ecotonais e por isso a singularidade florística é o destaque na fitogeografia dessas formações. O objetivo desse estudo foi avaliar as variações florístico-estruturais entre os estratos de uma floresta estacional decidual no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, na região norte de Minas Gerais. Os dados desse trabalho são provenientes da amostragem de 25 parcelas totalizando um hectare. No estrato arbóreo, foram mensurados os indivíduos com Diâmetro a Altura do Peito ≥ 5 cm (1,3m do solo) excluindo-se indivíduos mortos, lianas e trepadeiras, mensurando-se a circunferência à altura do peito. Para amostragem dos dois estratos da regeneração, foi alocada de forma padronizada dentro de cada parcela do arbóreo uma parcela de 5x5 m para a amostragem das arvoretas, os indivíduos com a altura superior a 1m, e dentro desta uma de 2x2m para a amostragem dos juvenis, tendo-se como critério de inclusão indivíduos com altura até 1m. Em todos os estratos os indivíduos amostrados foram mensurados quanto à altura total. Foram encontrados 2.383 indivíduos, 28 famílias, 64 gêneros e 92 espécies entre os três estratos, sendo no arbóreo, 24 famílias, 54 gêneros e 71 espécies, nas arvoretas 21 famílias, 42 gêneros e 58 espécies, e nos juvenis 15 famílias, 24 gêneros e 38 espécies. O índice de diversidade de Shannon variou de 2,62 a 3,53 e a Equabilidade de Pielou foi de 0,72 a 0,84 indicando uma maior aproximação entre o estrato arbóreo e as arvoretas bem como uma menor diversidade e maior dominância de espécies nos juvenis. As famílias mais bem representadas na comunidade entre os três estratos, foram Fabaceae, Myrtaceae, Anacardiaceae, Bignoniaceae e Combretaceae respectivamente. As espécies de maior destaque em Valor de Importância Ampliado foram Myracroduon urundeuva, Campomanesia sessiliflora, Combretum duarteanum, Anadenanthera colubrina, Bauhinia caatingae, Caesalpinia pluviosa, Inga cylindrica, Bauhini cheilantha, Machaerium floridum e Myrciaria floribunda. As espécies do estrato arbóreo que não possuíam indivíduos representados nos demais tiveram importância menor na comunidade com relação ao VIA, por outro lado, as espécies dos demais estratos que também foram encontradas no arbóreo aumentaram sua importância na comunidade a partir da análise do VIA.
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    Esperança - Comunidade “Tradiçional” Mãe Natureza: da ocupação ao cumprimento da função social
    (UFVJM, 2023) Morais, Isabela Angélica de; Cambraia, Rosana Passos; Sousa, Claudiane Aparecida de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Essa investigação busca a partir de uma pesquisa empírica, compreender a liberdade dita por Paulo Freire, relacionando-a com o Acampamento Rural Esperança, situado na região do Vale do Rio Doce, no município de Açucena (MG), em que foi verificada como se dá a conquista da terra como forma de educação emancipatória e de resistência entre os trabalhadores e trabalhadoras rurais acampados, nos seus modos de vida, suas identidades e suas culturas. Foi proposto um deslocamento da in(eficácia) da legislação além do texto constitucional de 1988. Tal escolha justifica-se devido à necessidade de, no acampamento acender, entre os trabalhadores e trabalhadoras rurais acampados um tipo de identidade em que eles se reconheçam, superando assim a falta de adesão que eles padecem. Dito isso, o corpus de análise compreendeu os questionários semiestruturados aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa quanto ao surgimento do acampamento, de onde vieram os acampados, qual a pretensão com a conquista da terra, o conceito de qualidade de vida/boa alimentação, a reforma agrária e por derradeiro o significado de educação. Enquanto nos itinerários de campo, foram 08 (oito) idas no acampamento, in loco, além de ter recebido por whatssap fotos e relatos dos momentos de chuva pelo qual os acampados viveram em 2022. A metodologia foi uma abordagem qualitativa de propensão etnográfica, cuja coleta de dados teve como instrumento a observação participante e as entrevistas com as famílias acampadas. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo, que por sua vez destinou-se a interpretação do objeto de estudo por meio de métodos empíricos divididos em fases: a) a pré-análise do material selecionado b) o exame do material e c) os tratamentos dos resultados, em que contextos micro e macro se trespassam e se inter-relacionam para articular os eixos que percorrem a pesquisa (reforma agrária, direitos fundamentais, educação, trabalho, movimentos sociais, alimentação saudável, saberes e culturas e comunidades tradicionais). Logo, a investigação teve encaminhamentos distintos quanto aos resultados alcançados. Como por exemplo, a maioria dos acampados são pardos e negros; existe dificuldade de sobreviver da terra, uma vez que estão acampados em um parque estadual; a sua grande maioria é composta por mulheres e mães solos; plantar, colher e produzir foi para a maioria sinônimo de qualidade de vida e boa alimentação e ainda a educação como forma de respeito.