PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)
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Item Estrutura, composição florística e relação vegetação-ambiente do compartimento arbustivo-arbóreo de cerrado.(UFVJM, 2011) Otoni, Thiago José Ornelas; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Santos, Rubens Manuel dos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Goulart, Maira FigueredoEste trabalho teve como objetivo conhecer a estrutura, composição florística e relação vegetação-ambiente em comunidades arbustivo-arbóreas de diferentes fitofisionomias de Cerrado. Os fragmentos situam-se na Fazenda Experimental do Moura em Curvelo-MG (cerrado sentido restrito – 18,84° S e 44,39° W; cerradão – 18°82’ S e 44°25’ W; altitude média de 715 m), sob clima do tipo Aw de Köppen e sobre substrato de Latossolos ácidos e distróficos. O Inventário florestal foi conduzido por meio de parcelas permanentes retangulares (20×50 m) com área de 1000 m²; para a regeneração natural (RN), utilizou-se sub-parcelas com área de 100 m² (2×50 m), instaladas no centro de cada parcela. Foram instaladas trinta unidades amostrais na área de cerrado sentido restrito (quinze para a vegetação adulta e quinze para a RN) e dez unidades na área de cerradão. O compartimento adulto foi representado por todos os indivíduos vivos dentro das parcelas com DAS (circunferência a 0,3 m do nível do solo) > 5,0 cm, e nas sub-parcelas, para a RN, registrou-se todo indivíduo vivo com comprimento de fuste > 10 cm e DAS < 5,0. Árvore com fuste bifurcado foi incluída como indivíduo único e no caso da vegetação adulta quando o valor dos DAS fundidos atendia ao critério. A RN foi subdividida em três classes de diâmetro: I – (DB entre 0,028 e 2,0 cm); II – (DB entre 2,0 e 4,0 cm) e III – (DB > 4,0 cm). Foram coletadas variáveis ambientais para cada parcela para subsidiar análises diretas de gradiente por meio de duas matrizes (vegetação e ambiente). Foram realizadas análises de diversidade alfa e beta temporal (cerrado sentido restrito entre adultos e RN). Foi registrado um total de 127 espécies nas três áreas, sendo 39 famílias identificadas e 89 gêneros identificados. As análises de correspondência canônica indicaram correlações significativas entre distribuição espacial da abundância de espécies com algumas variáveis ambientais para quatro das cinco análises realizadas (duas para o compartimento adulto e três para as classes da RN). As análises indicaram valores de diversidade alfa condizentes para áreas de Cerrado. Destacam-se em função da densidade, em toda a amostragem, os gêneros Annona, Byrsonima, Erythroxylum, Myrcia e Qualea e a espécie Magonia pubescens.Item Heterogeneidade do substrato e suas relações com a comunidade arbustivo-arbórea do cerrado na Cadeia do Espinhaço.(UFVJM, 2011) Mota, Sílvia da Luz Lima; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Santos, Rubens Manuel dos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Goulart, Maíra Figueredo; Oliveira, Márcio Leles Romarco deOs objetivos do presente estudo foram: (a) avaliar a similaridade florística, estrutural e ambiental, de três áreas de cerrado stricto sensu no Alto Vale do Jequitinhonha, inseridas na Cadeia do Espinhaço: área 1- Parque Estadual do Rio Preto (PERP) em São Gonçalo do Rio Preto; área 2- Parque Estadual do Biribiri (PEB) em Diamantina e área 3- Reserva Guapuruvu (RG) em Itamarandiba; Minas Gerais, com o intuito de colaborar para o conhecimento dos padrões da flora regional; (b) verificar como os afloramentos rochosos influenciam os padrões ecológicos das espécies arbustivo-arbóreas de um trecho de cerrado stricto sensu rupestre no PEB e averiguar se existem espécies indicadoras de um tipo específico de ambiente relacionado com os afloramentos; e (c) avaliar as correlações entre a distribuição e densidade das espécies arbustivo-arbóreas com as variáveis ambientais e realizar baseado nesta correlação uma estratificação da área e descrever a composição florística e a estrutura fisionômica da comunidade total e de cada ambiente formado na área de cerrado stricto sensu no PERP. Foram alocadas de forma sistemática parcelas de 20х50m (1.000m²), assim distribuídas: dezessete parcelas na área 1 (PERP), dez na área 2 (PEB) e dezenove na área 3 (RG), totalizando áreas amostrais de 1,7, 1,0 e 1,9 ha, respectivamente. Nessas parcelas registraram-se todos os indivíduos arbustivo-arbóreos vivos que atendessem ao critério de inclusão: diâmetro a 0,30m do solo (DAS) ≥ 5cm. Nas três áreas foram coletadas dez amostras simples de solo superficial (0-20cm de profundidade) em cada parcela, para se obter uma amostra composta homogênea de 300cm3. No PEB foram coletadas informações a respeito da cobertura de rochas em cada parcela. No PERP foi realizado o georreferenciamento e levantamento do relevo das parcelas e eventos antrópicos e naturais foram observados por parcela e utilizados para compor o conjunto de variáveis ambientais desta área juntamente com as variáveis de solo e relevo. Foram registrados nas três áreas de cerrado stricto sensu 5.078 indivíduos, sendo 1651 no PERP (971,18 ha-1), 440 no PEB (440 ha-1) e 2987 na RG (1.572,11 ha-1), totalizando 118 espécies distribuídas em 78 gêneros e 42 famílias botânicas. As áreas 1 e 2 são as mais semelhantes de acordo com o resultado da análise de correspondência retificada (DCA) e análise de componentes principais (PCA). A análise de agrupamento (dendrograma) e a DCA realizada com as dez parcelas do PEB, mostram que estas parcelas se dividem em dois grupos distintos de acordo com a ocorrência de afloramentos rochosos dentro de algumas destas parcelas; de acordo com a análise de espécies indicadoras (ISA), das espécies analisadas, quatro tem preferência significativa pelo ambiente sem afloramentos e três pelo ambiente com afloramentos. No PERP, a análise de correspondência canônica (CCA) apresenta cinco ambientes distintos, sob a maior influência da correlação entre a distribuição das espécies e as variáveis ambientais: solos rasos, % de areia, pH e t. Cada ambiente apresentou um conjunto de espécies de maior VI diferente, sendo os ambientes 1 e 5 os únicos dissimilares pela análise de Jaccard (Sj).Item Caracterização de áreas em Diamantina (MG) sob diferentes tipos de degradação: substrato, dinâmica da vegetação e paisagem(UFVJM, 2012) Amaral, Wander Gladson; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Pereira, José Aldo Alves; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Mucida, Danielle Piuzana; Dutra, Gleyce CamposAtividades antrópicas vêm de encontro com o paradoxo do desenvolvimento e da conservação. Assim a demanda por matéria-prima para sustentar os meios de produção, tem íntima relação com a exploração dos recursos naturais, que realizada de modo inadequado e insustentável, gera a degradação do meio ambiente. Neste contexto, diante dos desafios que se apresentam para a sustentabilidade, alternativas estas, que tenham eficácia no seu propósito (integração dos conhecimentos silviculturais e principios ecológicos) e retorno destas áreas às condições próximas das originais. O presente trabalho teve como objetivos estudar a dinâmica da paisagem e da vegetação arbustivo-arbóreo em áreas sob diferentes tipos de degradadação em Diamantina, MG. As comunidades das áreas degradadas pelo garimpo de diamante (ADGD) e ouro (ADGO), assim como, pelo processo de voçorocamento (ADV) contou com 50 (10 x 10 m), 30 (10 x 10 m) e 36 (5 x 3m) parcelas respectivamente, que no primeiro inventário, foram amostrados todos os indivíduos arbóreo-arbustivo vivos com DAS30 ≥ 3 cm. No segundo inventário, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal e numero de indivíduos para cada área. Os valores de H’ obtidos para as áreas foram comparados aos pares pelo teste de t de Hutcheson. Em cada parcela, foi coletada uma amostra composta do substrato superficial (0-20 cm), sendo analisados os parâmetros químicos: pH em água; teores de P, K+, Ca2+, Mg2+ e Al3+; complexo sortivo (acidez potencial (H +Al), saturação por bases (V%), soma de bases (SB), CTC a pH 7 (T), CTC efetiva (t) e saturação por alumínio (m%)) e matéria orgânica (M.O); físicos: teores de areia, silte e argila, resistência mecânica à penetração ao longo da camada de 0-30 cm, umidade, cobertura de rocha e cascalho exposto. As variáveis ambientais foram comparadas pelo teste t para amostras independentes (P<0,05). Para analisar as correlações entre os gradientes ambientais e vegetacionais foi empregada a Análise de Correspondência Canônica (CCA). A área estudada na dinâmica da paisagem contou com 2.509,92 ha definidos entre os paralelos 7989545,95 e 7984296,35 sul e meridianos 646367,51 e 651117,89 oeste. O mapeamento e classificação da cobertura vegetal foi realizado por meio da interpretação visual de fotografias aéreas para os anos de 1950 e 2006. A quantificação estrutural da paisagem foi descrita por meio de índices de composição e configuração espacial resultantes do software Fragstats. No geral foram amostrados 1.152 indivíduos, pertencentes a 16 famílias e 38 espécies, sendo, 153 indivíduos, 5 famílias e 9 espécies pertencentes a ADGD; 921 indivíduos, 16 famílias e 36 espécies pertencentes a ADGO e 78 indivíduos, 9 famílias e 11 espécies pertencentes a ADV. A análise dos atributos físicos e químicos do substrato evidenciou alta limitação ao desenvolvimento de plantas colonizadoras, apresentando como restrições, substratos de textura arenosa com baixa fertilidade natural, acidez elevada além de classe de resistência a penetração média para as áreas degradadas pelo garimpo de ouro e diamante. Verificou-se que houve relação entre os gradientes ambientais e a abundância e composição florística da vegetação colonizadora, ficando a maioria das espécies mais fortemente correlacionada com as variáveis topográficas (desnível), químicas (M.O e m) e físicas (umidade). Todos os indicadores estruturais analisados mostraram que as áreas estão em processo de construção inicial, porém a área degradada pelo garimpo de ouro encontra-se em estágio sucessional mais avançado quando comparado com área degradada pelo processo de voçorocamento e a área degradada pelo garimpo de diamante. Os mapas temporais de cobertura do solo evidenciam que a área de estudo apresenta grande influência de atividades antrópicas. Contudo a quantidade de habitat natural na área de estudo foi bem superior ao limiar de percolação, passando de 99,26% (2491,59 ha) em 1950 para 89,62% (2249,35 ha) em 2006. Nesse contexto, é possível constatar que a paisagem se manteve estruturalmente conectada por meio de grandes fragmentos de vegetação nativa, proporcionando condições de sustentabilidade.Item Influência do desbaste e da fertilização na produção de um povoamento de eucalipto.(UFVJM, 2012) Silva, Jadir Vieira da; Nogueira, Gilciano Saraiva; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nogueira, Gilciano Saraiva; Leite, Hélio Garcia; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Santana, Reynaldo CamposO presente trabalho teve como objetivo avaliar as estimativas de produção de biomassa, conteúdo de nutrientes total na parte aérea e do tronco das árvores, em resposta a diferentes intensidades de desbaste e a fertilização pós-desbaste em um povoamento de clones de eucalipto. Foi instalado um experimento em povoamento clonal de eucalipto na empresa ArcellorMittal BioFlorestas, em Martinho Campos, MG. O experimento constituiu-se em um delineamento em blocos casualizados, com dois blocos, quatro intensidades de desbaste (0, 20, 35 e 50%), com e sem fertilização pós-desbaste. A idade técnica de desbaste foi determinada pelo método dos ingressos percentuais, sendo realizada aos 89 meses e a fertilização pós-desbaste determinada pelo método de exportação de nutrientes aos 107 meses. A análise dos dados foi feita aos 36 meses após o desbaste e 18 meses após a fertilização. Verificou-se que o método dos ingressos percentuais foi adequado do ponto de vista biológico para estimar a idade técnica do primeiro desbaste. O desbaste proporcionou maior influência na produção florestal, em relação à fertilização. O desbaste influenciou significativamente o crescimento do diâmetro, da área basal, do volume e da biomassa por hectare. A altura total e a altura de copa não diferenciaram estatisticamente dentre os tratamentos de desbastes. A fertilização realizada aos 18 meses pós-desbaste não afetou o crescimento e a produção das variáveis de povoamento analisadas. Não houve diferença estatística da eficiência de uso dos nutrientes em relação às intensidades de desbaste e à fertilização pós-desbaste. Observou-se relação positiva entre conteúdo de nutrientes e produção de matéria seca. O acúmulo de nutrientes para o conteúdo total na parte aérea e no tronco foi proporcional à intensidade de desbaste, sendo que o conteúdo reduziu à medida que aumentou a intensidade de desbaste, e não foi afetado significativamente pela fertilização pós-desbaste. O acúmulo de serrapilheira no solo não foi alterado significativamente em relação às intensidades de desbaste e à fertilização pós-desbaste; já o conteúdo de nutrientes, apresentou diferença estatisticamente significativa para o efeito desbaste apenas para o cálcio e para efeito fertilização para potássio, cálcio, magnésio e enxofre.Item Comportamento de espécies nativas e exóticas sob adubação mineral e orgânica em rejeito de mineração de quartzito.(UFVJM, 2012) Amaral, Cristiany Silva; Silva, Enilson de Barros; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Fernandes, Luiz Arnaldo; Pereira, Israel MarinhoO declínio da mineração de diamante na região de Diamantina-MG e entorno, com a interrupção das buscas e o gradativo esgotamento das minas em operação, está proporcionando a descoberta e a exploração de maciços de quartzito, o que ocasiona a degradação da vegetação existente e do solo, criando um ambiente bastante inóspito ao crescimento de plantas. Este trabalho objetivou caracterizar o rejeito proveniente de áreas de mineração de quartzito no município de Diamantina-MG e entorno, por meio da avaliação química e granulométrica dos rejeitos, bem como avaliar o comportamento de Brachiaria brizantha, Vetiveria zizanioides, Eremanthus erythropappus, Solanum lycocarpum e Dalbergia miscolobium, sob a influência da adubação mineral e orgânica quando cultivada em rejeito da mineração de quartzito, para apoiar a recuperação dessas áreas de exploração. Para tanto foram montados seis experimentos: no primeiro, foram coletadas 27 amostras compostas, cuidadosamente homogeneizadas, secas ao ar e passadas em peneira de malha de 2,0mm, para posterior caracterização química e granulométrica, sendo determinado para cada variável o teor mínimo, máximo, médio e mediano; com intervalo de confiança a 5% para média e coeficiente de variação e um estudo da frequência de ocorrência de resultados por faixa de classificação de interpretação da fertilidade do solo. Os demais experimentos foram realizados em condições de casa de vegetação, tiveram os tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco combinações de adubação orgânica (AO) e adubação mineral (AM) e um tratamento adicional (Controle), com quatro repetições. Para as forrageiras de cobertura, a dose recomendada de 100% AM (NPK) e AO (esterco de curral) corresponderam a 50kg ha-1 N, 50kg ha-1 P2O5, 40kg ha-1 K2O e 10 t ha-1 esterco bovino, por dm³ de rejeito, sendo avaliados a produção total de matéria seca, os teores e os conteúdos de nutrientes na parte aérea e nas raízes. Para as espécies nativas, a dose recomendada de 100% AM (NPK) e AO (esterco bovino) correspondeu a 150mg de N, 140mg de P, 150mg de K e 5g de esterco, por dm³ de rejeito, sendo avaliadas as seguintes variáveis: altura das mudas, diâmetro do caule, massa seca da parte aérea e de raízes, e teor de nutrientes na parte aérea das mudas. As amostras de rejeito analisadas apresentaram baixos teores de matéria orgânica, P, K, Ca e Mg e alta acidez. Os rejeitos apresentaram granulometria que dificulta o crescimento do sistema radicular de plantas, o que indica sérias restrições ao estabelecimento de espécies vegetais. A B. brizantha cv. Marandu respondeu à adubação mineral e orgânica com as doses recomendadas de 37kg N, 37kg P2O5, 30kg K2O e 2,6t esterco de curral por ha. Enquanto Vetiveria zizanioides respondeu à adubação mineral com as doses correspondentes de 50kg N, 50kg P2O5 e 40kg K2O por ha. Houve resposta das mudas de Eremanthus erythropappus à adubação mineral e orgânica com as doses recomendadas de 0,075g N, 0,35g P2O5 e 0,125g K2O e 2,5g esterco de curral por dm³ de rejeito de quartzito. A espécie nativa Solanum lycocarpum também respondeu à aplicação da adubação orgânica e mineral com as doses recomendadas de 0,036g N, 0,168 g P2O5 e 0,060g K2O e 2,5g esterco de curral por dm³ de rejeito de quartzito. Já Dalbergia miscolobium respondeu somente à adubação mineral com as doses recomendadas de 25mg N, 25mg P2O5, 20mg K2O por dm³ de rejeito. A adubação orgânica e mineral recomendada para aplicação ao rejeito de quartzito para máximo crescimento das mudas e produção de matéria seca possibilitou obter os teores adequados de nutrientes na parte aérea das espécies estudadas.Item Germinação e crescimento de mudas de sucupira - preta (Bowdichia virgilioides Kunth.)(UFVJM, 2012) Almeida, Jannaina Oliveira; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Titon, Miranda; Dias, Bruna Anair Souto; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco deO objetivo deste trabalho foi avaliar métodos de superação da dormência tegumentar e substratos na germinação de sementes de sucupira - preta (Bowdichia virgilioides Kunth.) e a influência de substratos, tamanhos de tubetes e ambientes no crescimento e qualidade de mudas da espécie. Os experimentos foram realizados no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF do Departamento de Engenharia Florestal da UFVJM, em Diamantina, Minas Gerais, constituindo os três capítulos apresentados seqüencialmente. No capítulo 1, sementes de sucupira - preta foram submetidas aos tratamentos pré-germinativos Controle (sem quebra de dormência), Imersão em H2SO4 puro por 5 minutos, Escarificação mecânica com lixa N°80, e Pré-embebição em água por 48h seguida de imersão em H2SO4 puro por 5 minutos, em dois substratos (Papel e Areia). Todos os tratamentos pré-germinativos promoveram a germinação da sucupira - preta nos dois substratos, sendo que a Imersão em H2SO4 puro por 5 minutos e a escarificação mecânica com lixa foram os que apresentaram maiores valores para as características avaliadas. No capítulo 2, os experimentos foram instalados em dois ambientes (Pleno Sol e Casa de Sombra), sendo avaliados os efeitos de dois tamanhos de tubetes (55 cm³ e 180 cm³) e quatro substratos (70% de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada; 70% de vermiculita + 30% de moinha de carvão; 70% de vermiculita + 15% de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de coco; e 40% de vermiculita + 30% de casca de arroz carbonizada + 30% de fibra de coco), sobre o crescimento em altura e diâmetro do coleto de mudas durante 270 dias. O maior crescimento em altura e diâmetro do coleto foram observados, em geral, com a utilização do substrato 70% de vermiculita + 15% de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de coco e do tubete de 180 cm³, nos dois ambientes. No capítulo 3, aos 270 dias após a semeadura, foram avaliados os efeitos dos tamanhos de tubetes, substratos e ambientes, semelhantes ao capítulo anterior, sobre as características morfológicas de qualidade de mudas (altura, diâmetro do coleto, peso de matéria seca da parte aérea, peso da matéria seca da raiz, peso da matéria seca total, relação peso de matéria seca da parte aérea/diâmetro do coleto, relação de altura da parte aérea / peso de matéria seca da parte aérea, relação entre o peso de matéria seca da parte aérea / peso de matéria seca das raízes e o índice de qualidade de Dickson). O substrato 70% de vermiculita + 15% de casca de arroz carbonizada + 15% de fibra de coco e o tubete de 180 cm³ foram superiores na maioria das características avaliadas, independente do ambiente estudado.Item Fitorremediação por espécies arbóreas de solo contaminado com herbicida clomazone: efeito na morfologia, anatomia e rizosfera.(UFVJM, 2012) Cabral, Cássia Michelle; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Pires, Fábio Ribeiro; Francino, Dayana Maria Teodoro; Ferreira, Evander AlvesO crescimento da população mundial ocasiona alta na demanda por alimentos. O processo produtivo gera importante montante de resíduos que funcionam como fontes poluidoras de água, solo e ar. Anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. Dentre estes se encontra o clomazone, do grupo das isoxazolidinonas, um inibidor da síntese de carotenóides e altamente lixiviável. De acordo com a problemática apresentada objetivou-se com este trabalho verificar a tolerância, por meio de avaliações de crescimento, intoxicação, análises anatômicas e de diversidade microbiana do solo, assim como a capacidade remediadora de doze espécies florestais nativas. Para montagem do experimento foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram feitas 3 aplicações do herbicida clomazone com intervalos de 20 dias (aos 60, 80 e 100 dias após o plantio), cada aplicação foi correspondente à metade da dose comercial de 2 L ha-1. Para as avaliações de crescimento foram mensuradas a altura da planta, o diâmetro do caule, o número de folhas, a área foliar e o acúmulo de biomassa seca. Para as verificações anatômicas foram coletadas 2 folhas de cada planta sempre aos 7 dias após a aplicação do herbicida, nas duas primeiras aplicações. Por meio de avaliações micromorfométricas foram medidas na secção transversal das folhas das espécies florestais, a espessura e a área ocupada pelos tecidos: epiderme adaxial e abaxial, parênquima paliçádico e parênquima lacunoso. Para estimativa de intoxicação pelas plantas testadas, avaliou-se o efeito do produto por meio de notas de toxicidade. Para verificação de capacidade fitorremediadora das espécies arbóreas procedeu-se a semeadura da espécie indicadora sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench.) para indicativo do resíduo do herbicida no solo. Posteriormente em amostras de solo provenientes do experimento procedeu-se a análise de T-RFLP com intuito de caracterizar a diversidade microbiana presente. As espécies florestais sobreviveram à aplicação de clomazone, sendo que I. marginata, C. ferrea e S. brasiliensis apresentaram maior tolerância ao herbicida em relação às análise de crescimento, seguidas de S. parahyba, H. serratifolius repetindo-se I. marginata para avaliações da integridade anatômica. No entanto, não foi verificado, nas condições do experimento, remediação do solo para a maioria das espécies testadas. Contudo plantas de sorgo tiveram crescimento normal quando cultivadas em solo onde antes havia I. marginata. Os resultados de T-RFLP confirmaram a diversidade microbiana diferenciada associada a rizosfera de I. marginata.Item Proposta de indicadores para a avaliação de projetos de restauração de ecossistemas no Alto Jequitinhonha(UFVJM, 2012) Silveira, Carlos Jose Andrade; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Pereira, Israel Marinho; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz MendonçaO Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF) promove o fomento buscando a recuperação ou a restauração florestal em conjunto com o produtor rural. Desde 2007 até hoje, atingiu-se aproximadamente 50 mil hectares em projetos de fomento com o viés protetivo. As técnicas utilizadas nos projetos de fomento florestal são a promoção ou indução da regeneração natural, o enriquecimento por meio de mudas e quando necessário o plantio total da área com mudas de espécies florestais nativas de ocorrência natural da região. Para avaliar se tais ações vêm atingindo os seus objetivos, se os recursos investidos estão sendo bem empregados ou, ainda, se será necessário readequar as ações adotadas, faz-se necessário avaliar e monitorar as áreas restauradas no âmbito do programa. Diante deste esforço o monitoramento destas áreas trabalhadas permite que o programa de fomento avalie as melhorias no sentido de torná-los mais eficazes. A proposta deste estudo foi sugerir uma metodologia para a avaliação dos projetos de recuperação do programa de fomento florestal, orientados por princípios, critérios e indicadores, procurando verificar as tendências de sucesso dos projetos. Foram visitados aleatoriamente 19 projetos nos municípios de Conceição do Mato Dentro, Datas, Diamantina, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé e Serro e aplicada uma matriz com os indicadores baseados em dois critérios de forma que qualquer servidor da autarquia tenha a capacidade de aplicá-la, sem a necessidade de especialistas para a execução do monitoramento. Baseando-se nas recomendações técnicas e legislativas, desenvolveram-se parâmetros de referência para avaliar o estado do projeto de que foi executado. Por conta das diferentes fitofisionomias da região de estudo foram elaborados parâmetros de referência para a Floresta Estacional Semidecidual e Campo Rupestre. Os dados foram analisados por meio da análise do componente principal (PCA) e TWINSPAN. Com a metodologia proposta foi possível verificar se os projetos de fomento estão adequados quanto às recomendações técnicas e literárias. Este estudo demonstrou que é possível realizar o monitoramento dos projetos de recuperação/ restauração do programa de fomento florestal do IEF. Outra característica importante pauta-se na utilização de baixos recursos financeiros e apontar o desempenho dos projetos avaliados. A proposta não foi capaz de apontar todos os parâmetros ecológicos, mas detecta as alterações favoráveis e desaforáveis à resiliência dos projetos de recuperação, requerendo maiores estudos e ajustes a fim de agregar melhorias na qualidade do monitoramento.Item Produção de madeira de eucalipto em propriedades rurais no Alto Jequitinhonha – MG(UFVJM, 2012) Souza, Alberto Pereira de; Santana, Reynaldo Campos; Nogueira, Gilciano Saraiva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Souza, Álvaro Nogueira de; Angelo, Humberto; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Souza, Rodolfo Neiva deTrabalhos que avaliam os aspectos técnicos e econômicos do processo produtivo da cultura do eucalipto praticada pelos produtores rurais no Alto Jequitinhonha, região que possui uma das maiores áreas plantadas com essa espécie no estado de Minas Gerais, são pouco frequentes. A participação de Produtores Rurais (PR) tem se destacado nos últimos anos e socializa uma atividade então praticada predominantemente por grandes empresas florestais, fato este que suporta a escassez de trabalhos direcionados para produção em menor escala. Este estudo objetivou avaliar as práticas de silvicultura empregadas pelos PR tendo como referência as práticas adotadas por uma empresa que utiliza em seus plantios as melhores tecnologias silviculturais; estimar os custos de formação e condução de florestas conforme os procedimentos empregados pelos produtores em relação a diferentes opções tecnológicas; e analisar o retorno de investimentos estimados sob critérios econômicos. A população abrangida neste estudo correspondeu a 583 PR do Alto Jequitinhonha que apresentaram Declarações de Colheita e Comercialização no Instituto Estadual de Florestas entre janeiro de 2008 e outubro de 2009. Neste universo, 71 PR foram escolhidos aleatoriamente para responder um formulário com perguntas que abordaram a origem do material genético, espaçamento, rotação, todas as práticas de silvicultura, a colheita e comercialização da madeira adotada. Estas mesmas variáveis foram avaliadas em uma grande empresa florestal instalada na região que trabalha com as melhores práticas silviculturais. Após obtidos, os dados foram analisados pela estatística descritiva. Os PR do Alto Jequitinhonha têm significativa área plantada com Eucalyptus urophylla e E. cloesiana, entretanto a tecnologia de silvicultura adotada é obsoleta em relação às tecnologias empregadas por grandes empresas. Consequentemente, reduzem-se o potencial produtivo dos sítios florestais e o retorno econômico. De forma geral a madeira de eucalipto é direcionada para produção de carvão vegetal. A tecnologia utilizada pelos produtores rurais na região de estudo não ofereceu os melhores resultados econômicos em qualquer dos cenários de preços estudados quando comparadas com a tecnologia utilizada pela empresa que utiliza elevado nível tecnológico. Devido às suas propriedades tecnológicas e ao uso pelo mercado madeireiro, a melhor viabilidade econômica para a madeira do E. cloesiana é sua comercialização para a produção de postes de cerca, mourões e para a construção civil.Item Uso de composto orgânico e espécies do cerrado na revegetação de área remanescente da extração de cascalho em Diamantina - MG(UFVJM, 2012) Marques, Izabel Cristina; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Tinton, Miranda; Grazziotti, Paulo Henrique; Dias, Luiz Eduardo; Oliveira, Márcio Leles Romarco deO objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do uso de composto orgânico de indústria de fiação e tecelagem sobre a qualidade do substrato e crescimento de espécies arbóreas do cerrado em uma cascalheira no município de Diamantina, MG. A dissertação foi estruturada em quatro capítulos. O primeiro refere-se à revisão bibliográfica visando o entendimento dos conceitos que foram abordados no estudo. No segundo capitulo, a influência do composto no substrato foi avaliada por meio das alterações nos atributos químicos (pH, matéria orgânica (MO), soma de bases (SB), CTC, saturação por bases (V), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), acidez trocável (Al3+), acidez potencial (H + Al) e saturação por alumínio (m)) e físicos (resistência mecânica a penetração (Rp) e granulometria) do substrato. Foi avaliada também a atividade microbiana: carbono da biomassa microbiana (CBM) respiração microbiana (C-CO2) e quociente metabólico (qCO2) após aplicação de cinco tratamentos: sem aplicação de composto orgânico e diferentes concentrações 0,0; 4,5; 9,0; 18,0 e 36,0 g dm-3 por cova. O delineamento foi sistemático tipo “leque” sendo os tratamentos dispostos em três blocos casualizados. A adição do composto proporcionou o aumento nos valores de pH, MO, SB, CTC, V e nutrientes (P, K, Ca2+ e Mg2+) e promoveu a redução de Al3+, H + Al e m. O substrato minerado apresentou valores elevados de Rp indicando a compactação na área degradada pela extração de cascalho, mesmo após a aplicação do composto. A adição de doses crescentes do composto promoveu o aumento significativo de CBM e C-CO2 ao substrato minerado. O maior valor de qCO2 indicou eficiência da biomassa microbiana com a incorporação das menores doses do composto ao substrato quando comparado ao controle. O terceiro capítulo refere-se ao estudo do crescimento das espécies nativas Kielmeyera lathrophyton Saddi (Pau santo), Plathymenia reticulata Benth (Vinhático), Dalbergia miscolobium Benth (Jacarandá do cerrado) e Bowdichia virgilioides Kunth (Sucupira-preta) plantadas em delineamento sistemático tipo “leque” submetidas a cinco tratamentos: sem aplicação de composto orgânico e diferentes doses de composto 0,0; 4,5; 9,0; 18,0 e 36,0 g dm-3 por cova dispostos em três blocos casualizados. Após 12 meses, verificou-se que não houve diferença significativa entre os tratamentos para sobrevivência e incremento em altura, diâmetro e cobertura de copa para cada espécie. Ainda, de forma preliminar foi possível determinar que a adição de 4,5 g dm-3 de composto na cova proporcionou maiores valores de incremento em altura, diâmetro e cobertura de copa para Plathymenia reticulata e Bowdichia virgilioides. No quarto capítulo, foi realizado o plantio em linha de Chamaecrista debilis submetida a quatro tratamentos, 0,0; 30,0; 60,0 e 120,0 g dm-3 de composto como adubo por cova, dispostos em três blocos casualizados. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as doses de composto aplicado para incremento em altura, diâmetro e cobertura de copa. O maior valor de incremento em altura e cobertura de copa ocorreu sem a adição de composto de resíduo orgânico de indústria de fiação e tecelagem e para diâmetro com a aplicação de 60,0 g dm-3, no entanto, é necessária a realização de avaliações futuras. A taxa de sobrevivência apresentou decréscimo significativo com a aplicação das maiores dosagens de composto orgânico. A espécie Chamaecrista debilis apresentou características importantes para recuperação de área degradada, como rápido crescimento e produção de biomassa.Item Flora e estrutura de remanescente de Floresta Estacional Decidual em Presidente Juscelino, MG.(UFVJM, 2012) Oliveira, Ana Carolina Ceron; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Rodal, Maria de Jesus Nogueira; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Pereira, Israel Marinho; Oliveira, Márcio Leles Romarco deEste trabalho teve como objetivo conhecer a estrutura da comunidade arbórea, diversidade, riqueza, as funções ecológicas das espécies, a influência das variáveis ambientais, espaciais e os padrões funcionais das espécies na distribuição da vegetação em um fragmento de Floresta Estacional Decidual. O estudo foi conduzido em áreas de reserva legal de propriedades particulares no município de Presidente Juscelino (MG), nas coordenadas 18°38’40”S e 44°04’57”W, com altitudes variando entre 600 e 890 m. O remanescente possui aproximadamente 150 ha, com relevo côncavo e declividades acentuadas. Foram observadas porções áreas com alto grau de distúrbios antrópicos. Há evidências de corte raso em uma faixa de vegetação, assim como de corte seletivo de algumas espécies de interesse comercial. Destaca-se também a existência de distúrbios como, a alta compactação do solo gerada pela entrada de gado em algumas parcelas, clareiras naturais e antrópicas; solo exposto e trilhas ao longo do fragmento. Para o inventário florestal foram alocadas 25 parcelas permanentes de 20 × 20 m (400 m²), totalizando área amostral de 1 hectare. Nestas foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com circunferência à altura do peito (CAP) > 15,7 cm, exceto lianas e indivíduos mortos. As espécies amostradas foram classificadas em cinco sistemas de guildas (grupo ecológico, dispersão, polinização, tolerância à dessecação e densidade da madeira), a fim de formar grupos funcionais. Para a avaliação das relações entre as variáveis ambientais e a distribuição do compartimento arbóreo, foram coletadas aleatoriamente no interior de cada parcela cinco amostras simples do solo superficial (0–20 cm), com cerca de 500 g de solo. Além do solo foram coletadas variáveis de relevo, dossel e matriz de impacto (natural e antrópico). Estas foram submetidas a uma Análise dos Componentes Principais (PCA), onde apenas cinco das 28 variáveis iniciais apresentaram alta correlação: Calcário (Ca); Potássio (k); Argila; rocha exposta e matéria orgânica. Três das cinco espécies de maior valor de importância apresentaram distribuições diamétricas relacionados com efeitos de resposta pós-distúrbio e a características da própria espécie. Foi verificado um alto valor de H’, o que indica uma área com diversidade relativamente alta e um baixo valor para J’ e uma forte dominância ecológica de espécies. Os resultados da análise de partição da variância a partir dos modelos de regressão múltipla feita para cada eixo da análise NMDS mostraram que a distribuição da vegetação está altamente correlacionada com a estrutura espacial e é influenciada em parte pelas variáveis ambientais argila e matéria orgânica. A análise de classificação Twinspan definiu quatro grupos distintos entre as espécies avaliadas os quais se diferenciaram em relação às suas funções ecológicas. A comparação da participação dos grupos de ordenação da NMDS em relação aos grupos funcionais de classificação Twinspan, mostrou que a área estudada apresenta um padrão funcional dominado por espécies pioneiras a secundárias iniciais, com dispersão anemocórica e germinação ortodoxa. O fragmento estudado encontra-se em um estádio inicial de sucessão secundária, onde as diferentes estratégias ecológicas das espécies ocuparam posições distintas ao longo do fragmento, apresentando tendências adaptativas das espécies as condições do ambiente. Os resultados reforçam a hipótese da grande importância de conservação deste fragmento de Floresta Estacional Decidual.Item Eficiência nutricional, área foliar e produtividade de plantações de eucalipto em diferentes espaçamentos estimados com redes neurais artificiais.(UFVJM, 2012) Lafetá, Bruno Oliveira; Santana, Reynaldo Campos; Nogueira, Gilciano Saraiva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Nogueira, Gilciano Saraiva; Neves, Júlio César Lima; Couto, Laércio; Abrahão, Christóvão PereiraO emprego de práticas silviculturais apropriadas associado ao uso de métodos de avaliação nutricional e técnicas estatísticas avançadas pode ser uma alternativa viável no estabelecimento de critérios práticos de caracterização e classificação nutricional, além de permitir obter informações sobre a dinâmica de crescimento dentro de povoamentos florestais, enriquecendo estudos sobre a sustentabilidade e produção de um ecossistema florestal. O presente trabalho foi dividido em três capítulos. Os objetivos foram avaliar os coeficientes de utilização biológicos (CUB’s) dos nutrientes pelo eucalipto, a eficiência e possibilidade de utilização das redes neurais artificiais (RNA) para obter os CUB’s e estimativas para a biomassa de tronco sob diferentes espaçamentos. O experimento foi instalado em dezembro de 2002 utilizando-se um híbrido de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden x Eucalyptus camaldulensis Dehnh sobre Latossolo Vermelho-Amarelo em relevo plano a 1097 m altitude. Adotou-se o delineamento em blocos ao acaso sendo estudado, em três blocos, o efeito de cinco espaçamentos de plantio: T1 - 3,0 x 0,5 m; T2 - 3,0 x 1,0 m; T3 - 3,0 x 1,5 m; T4 - 3,0 x 2,0 m e T5 - 3,0 x 3,0 m. Realizou-se o inventário florestal contínuo nas idades de 48, 61, 73, 85 e 101 meses. Em cada árvore-amostra por unidade experimental na última idade foram: quantificada a biomassa; mensurada a área e perímetro foliar, área foliar específica e realizada a análise química de N, P, K, Ca, Mg e S para amostras composta (ao longo do fuste) e simples (região do DAP) dos componentes. Os resultados foram submetidos à ANOVA, regressão e a aplicação das RNA. A modelagem por redes neurais artificiais demonstrou-se adequada para estimar a produção de biomassa de tronco em função da idade sob diferentes espaçamentos, utilizando o DAP e perímetro foliar como variáveis preditoras. Não houve grande variação da eficiência de uso dos nutrientes entre os espaçamentos, principalmente para o tronco. A rede neural artificial foi eficiente em estimar a eficiência de uso dos nutrientes. A modelagem por redes neurais artificiais utilizando-se apenas amostra da casca na região do DAP demonstrou ser adequada para a estimativa do coeficiente de utilização biológico do tronco.Item Efeito da degradação ambiental e do fluxo de corrente em comunidades meiofaunais de um ecossistema lótico no cerrado brasileiro(UFVJM, 2012) Araújo, Thiago Quintão; Garraffoni, André Rinaldo Senna; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Garraffoni, André Rinaldo Senna; Wieloch, Alfredo Hannemann; Lourenço, Anete PedroA qualidade da água vem sendo alterada pelo crescimento populacional, industrial e outras atividades antrópicas, onde se retira água dos mananciais e retorna, ao meio ambiente, resíduos líquidos não tratados, alterando drasticamente a sua qualidade. Além disso, essa degradação ambiental pode potencializar ainda mais os efeitos dos distúrbios naturais sobre todo ecossistemas aquáticos. Os microinvertebrados aquáticos são um grupo de organismos que possuem uma resposta eficiente e rápida a essas alterações, uma vez que seus ciclos de vida são relativamente curtos e possuem baixa mobilidade. Eles são compostos por organismos de até 2mm e possuem como representantes diversos grupos, dentre eles Gastrotricha, Rotifera, Copepoda e Tardigrada. Esses organismos não são comumente utilizados em estudos de monitoramento de qualidade de água doce, mesmo sendo facilmente encontrados em ambientes lênticos e lóticos.Assim, o presente trabalhotem como objetivo estudar o efeito da degradação ambiental e da variação do fluxo de correnteza sobre comunidades microinvertebrados de água doce em ambientes lóticos no Parque Estadual do Rio Preto, MG (PERP) e em seu entorno. Além disso,objetivou-se demonstrar sua possível utilização como bioindicador de qualidade de água, para avaliação da saúde do ecossistemaestudadp. Foram escolhidos setesítios amostrais, cincodentro do PERP e doisno entorno do Parque. Em cada sítio amostral foi realizado um transecto de 50m, o qual foi divido igualmente em cincopartes iguais (réplicas), e duas amostras aleatórias foram coletadas dentro de cada parte. Foram realizadas 12 excursões entre outubro de 2011 a setembro de 2012.Para a retirada do sedimento, utilizou-se um amostrador de 2,5cm de diâmetro e 5cm de comprimento. Logo após a extração de sedimento foi adicionada em cada pote água gaseificada, com intuito de anestesiar os organismos. Apósuma hora, a água gaseificada foi substituída por formol 4% tamponado. Foram coletadas amostras de água para análises físico-químicas e os coliformes fecais. Apesar dos parâmetros físico-químicos indicarem que o rio possui um bom estado de preservação, eles contrastam com o resultado biológico, o qual indica que após um evento chuvoso, a pressão da degradação ambiental limitou a abundancia e riqueza dos microinvertebrados. Sete espécies foram amostradas apenas em locais bem preservados, antes e após o período de chuva, indicando potencial para serem bons indicadores de qualidade de água. Os microinvertebrados apresentaram como reais candidatos a serem utilizados em estudos na avaliação da qualidade da saúde dos ambientes lóticos.Item Emergência e crescimento de plântulas de matrizes de Caryocar brasiliense camb. em diferentes condições ambientais(UFVJM, 2012) Lima, Vinícius Orlandi Barbosa; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Gonçalves, Janaina Fernandes; Fernandes, José Sebastião Cunha; Titon, Miranda; Lopes, Paulo Sergio NascimentoO objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de ambientes, substratos, progênies e procedências na emergência e crescimento de plântulas de pequi. O experimento foi conduzido nos ambientes casa de vegetação, casa de sombra e céu aberto, onde foram avaliadas diferentes matrizes dentro dos substratos S1(terra de subsolo de textura média), S2(70% de vermiculita e 30% de moinha de carvão) e S3 (30% de moinha de carvão, 50 % de vermiculita e 20% de areia). Os dados de germinação foram analisados pelo teste de qui-quadrado para independência, enquanto as variáveis de diâmetro e altura de plântulas pela análise de variância. Os resultados foram significativos (p<1%) para progênies, substratos e ambientes em relação à taxa de emergência. O substrato S1 e o ambiente céu aberto obtiveram os maiores percentuais de emergência de plântulas (7,54% e 7,59%), já o substrato S1 dentro da casa de sombra foi a interação que proporcionou o melhor resultado (12,61%). A emergência se correlacionou positivamente com a densidade e temperatura dos substratos e negativamente com sua capacidade de retenção de água, além de ser inversamente proporcional à pressão de vapor d’água do ambiente. O substrato S3 e a casa de vegetação contribuíram isoladamente para as maiores médias de diâmetro do coleto e altura de plântulas, sendo sua interação significativamente superior às demais combinações de substratos e ambientes para a variável altura.Item Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional: mapeamento e estoque de matéria orgânica(UFVJM, 2012) Silva, Márcio Luiz da; Silva, Alexandre Christofaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Torrado, Pablo Vidal; Dutra, Gleyce Campos; Mucida, Danielle PiuzanaA Serra do Espinhaço Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio São Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartzíticas e é caracterizada por apresentar áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento, onde, nas depressões, ocorrem as turfeiras, grandes reservatórios de matéria orgânica e de água. A turfeira pode ser definida como um substrato constituído por restos de vegetais mortos, em diferentes estágios de decomposição, que se acumulam em sucessão em lugares úmidos ou encharcados onde haja uma considerável redução na atividade biológica devido às inóspitas condições do meio. É formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Outro papel importante reservado para as turfeiras é sua utilização como arquivo ambiental e cronológico da evolução das paisagens, das mudanças climáticas e da deposição atmosférica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. O objetivo deste trabalho foi mapear as turfeiras da porção norte da SdEM, determinar seu estoque de matéria orgânica armazenada e utilizar isótopos de carbono para identificar mudanças ambientais regionais que ocorreram no Quaternário. Turfeiras pré-selecionadas foram mapeadas através de trabalhos de campo e de técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando os softwares Arcgis 9.3, Envi 4.5 e GPS Trackmaker Pro. A caracterização dos organossolos foi realizada de acordo com metodologia preconizada no Sistema Brasileiro de classificação de Solos. Amostras foram enviadas para determinação da composição isotópica (δ13C) e datações radiocarbônicas (14C) por espectrometria de cintilação líquida de baixa radiação de fundo. Numa primeira aproximação foi possível mapear 14.287,55 hectares de turfeiras distribuídas ao longo de 1.180.109 hectares da SdEM, o que representa 1,2% da área total. Essas turfeiras ocupam um volume médio de 170.021.845,00 metros cúbicos, armazenam 4.488.576,71 toneladas de matéria orgânica e acumulam em média 314,16 t ha-1. A maioria das turfeiras mapeadas segue o seguinte padrão ambiental: ocorrem em áreas aplainadas da superfície S2, tendo em sua base rochas quartzíticas, entre 1100 e 1350 metros de altitude, onde as temperaturas e precipitações anuais médias são respectivamente menores que 19°C e maiores que 1200 mm e estão colonizadas por vegetação campestre, com esparsos capões de mata. Nas turfeiras da SdEM predominam os estágios de decomposição da matéria orgânica avançado (sáprico), seguido do intermediário (hêmico). A taxa de crescimento vertical variou entre 0,058 e 0,43 mm ano-1, enquanto a taxa de acúmulo de carbono oscilou entre 0,95 e 53,91 g m-2 ano-1. As turfeiras que se situam em posições altimétricas de 1.000 a 1.200m e acima de 1.700 m são mais recentes (Holocênicas), ao passo que aquelas que ocupam posições entre 1.200 e 1.700 metros de altitude são mais antigas (Pleistocênicas). As turfeiras da SdEM, começaram a ser formadas no Pleistoceno Superior (42.175± 3390 anos A.P.), quando estavam colonizadas predominantemente por plantas de ciclo fotossintético CAM. A vegetação foi mudando gradativamente para plantas do ciclo fotossintético C3 ao longo da transição Pleistoceno-Holoceno, processo associado a mudanças paleoclimáticas. Através de mapeamentos via técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto foi possível entender melhor a natureza geológica, geomorfológica e hidroclimatológica das turfeiras e sua inserção na paisagem regional. Os ambientes turfosos da SdEM guardam significativa importância no armazenamento de carbono orgânico e água e enquanto testemunho de mudanças paleoambientais, o que fundamenta uma necessidade urgente e emergente no sentido de proporcionar maior proteção e preservação a esses pedoambientes.Item Micropropagação de sucupira-preta (Bowdichia virgilioides Kunth.)(UFVJM, 2012) Moura, Luciana Coelho de; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Titon, Miranda; Dias, Bruna Anair Souto; Fernandes, José Sebastião Cunha; Santana, Reynaldo CamposEste trabalho teve por objetivo avaliar a germinação in vitro de sucupira-preta (Bowdichia virgilioides) e adaptar um procedimento básico de micropropagação para essa mesma espécie. Para a germinação in vitro, sementes escarificadas e não escarificadas foram inoculadas em diferentes concentrações e formulações de meios de cultura suplementados com aditivos (PVP e carvão ativado). Posteriormente, as plantas foram transferidas para tubetes e aclimatadas em casa de vegetação. Para a micropropagação, explantes foram inoculados em meio de cultura WPM, suplementado com concentrações de BAP, constituindo a fase de multiplicação. No alongamento, os tratamentos foram constituídos de combinações de ANA e BAP adicionadas ao meio de cultura. Para a fase o enraizamento, brotações foram inoculadas em meio contendo concentrações de AIB ou combinações dos aditivos (PVP e carvão ativado) com concentrações de ANA. Na aclimatação, as plantas foram transplantadas para substrato e cobertas com saco de polietileno que foram, posteriormente, retirados, perfurados ou não-retirados, e mantidas em ambiente de laboratório, constituindo os tratamentos da pré-aclimatação. A aclimatação em casa de vegetação foi realizada após o período de pré-aclimatação. A germinação in vitro de sementes escarificadas de sucupira-preta foi alcançada utilizando-se os meios de cultura MS e WPM a 50% e ocorreu independentemente do tipo de aditivo utilizado. A aclimatação de plantas germinadas in vitro ocorreu independentemente do histórico de aditivos ou meios de cultura utilizados. Durante a micropropagação da espécie, a multiplicação foi alcançada utilizando-se segmentos cotiledonares e a concentração de 0,3 mg.L-1 de BAP adicionada ao meio. A combinação de 0,3 mg.L-1 de ANA com 0,03 mg.L-1 de BAP promoveu o alongamento. A indução de raízes ocorre na ausência de AIB ou em resposta às concentrações de 0,5 e 2,5 mg.L-1. O carvão ativado adicionado ao meio de cultura de enraizamento melhorou a qualidade das brotações. A aclimatação foi alcançada utilizando-se uma cobertura plástica entorno da planta.Item Autoecologia de Baccharis platypoda DC. (Asteraceae): distribuição espacial, fenologia e herbivoria(UFVJM, 2012) Fonseca, Darliana da Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Pereira, Israel Marinho; Nunes, Yule Roberta FerreiraO presente trabalho teve como objetivo compreender alguns parâmetros acerca da história natural da espécie Baccharis platypoda, um arbusto dioico pertencente à família Asteraceae, com indivíduos masculinos e femininos que apresentam dimorfismo sexual e habitam áreas de campo rupestre, campos e bordas de matas ciliares. Para compreender alguns pontos sobre sua autoecologia, foram analisadas a distribuição espacial, a fenologia e as interações ecológicas entre a espécie e insetos endófagos. O estudo foi realizado em três áreas pertencentes à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, localizados no Campus JK, próximo ao Córrego do Soberbo. A área é composta por mosaicos de vegetação, onde há predomínio de afloramentos rochosos e campos úmidos. Em cada área, foram selecionados dez indivíduos de B. platypoda, sendo cinco indivíduos de cada sexo, onde, por um período de um ano (set./2010 a set/2011) foram feitas visitas quinzenais para a observação dos estágios fenológicos. Nesse período, foram coletados capítulos quinzenalmente para criação de insetos endófagos em recipientes vedados com algodão e que, após a eclosão, foram conservados em álcool 70%; os capítulos foram dissecados para análise dos danos às estruturas florais. Para o estudo da distribuição espacial, todos os indivíduos foram localizados por meio das coordenadas x e y de cada planta, com altura 30 cm através das distâncias, obtidas com uma trena, e identificados quanto ao sexo ou como jovem, pela ausência de estruturas reprodutoras. O padrão de distribuição espacial foi determinado através da Função K de Ripley univariada e bivariada, enquanto que os padrões fenológicos foram determinados através da análise de intensidade de Fournier, correlação de Spearman e análise circular. O padrão de herbivoria foi analisado através da análise de regressão linear, teste de Kruskal-Wallis e análise de agrupamento pelo método de Two-Way-joining. Foi aplicado o teste de qui-quadrado para o estudo de distribuição espacial e para o padrão de herbivoria. Baccharis. platypoda apresentou padrão agregado com variações em escalas diferentes para jovens e adultos e semelhança espacial entre indivíduos de ambos os sexos. No entanto, a independência espacial entre os indivíduos da espécie se mostrou uma constante. A fenologia reprodutiva da espécie esteve associada a algumas variáveis ambientais (precipitação e temperatura), enquanto que a fenologia vegetativa, de modo geral, apresentou-se relacionada à fenologia reprodutiva das espécies. Insetos endófagos apresentaram preferências quanto ao sexo e estágio fenológico dos capítulos, havendo maior predação em capítulos masculinos e em estágios mais desenvolvidos. Assim, a espécie apresentou correlação entre a sua distribuição espacial, os estágios fenológicos (principalmente a fenologia reprodutiva) e os padrões de ataque de insetos endófagos, sugerindo a utilização deste conhecimento na elaboração de possíveis estratégias de preservação e manejo.Item Impacto do uso de herbicidas na regeneração e no banco de sementes em áreas em processo de recuperação.(UFVJM, 2012) Machado, Vinícius de Morais; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dosObjetivou-se com esse trabalho avaliar o impacto do uso de herbicidas na regeneração e no banco de sementes em áreas em processo de recuperação. Para isso, foram desenvolvidos quatro experimentos sendo três em ambiente de campo e um em ambiente protegido. No primeiro experimento, avaliou-se a infestação de gramíneas exóticas sobre o processo de regeneração natural. No segundo, avaliou-se a influência do banco de sementes no processo de restauração de áreas infestadas com plantas daninhas gramíneas. No terceiro trabalho, foi avaliada a sensibilidade de algumas espécies arbóreas nativas à ação do herbicida glyphosate e no quarto e último experimento foi avaliado o efeito desse herbicida e do paraquat no controle das gramíneas invasoras em áreas degradadas, comparado à roçada, visando à adequação de métodos mais eficientes no controle de plantas daninhas. A partir de uma cobertura de plantas daninhas acima de 50% há retrocesso no processo de regeneração natural, porém, há um grupo de plantas capaz de colonizar tal área. Verificou-se também que o banco sementes é composto basicamente por espécies herbáceas com caráter invasor, não contendo sementes de espécies arbustivo-arbóreas, logo, não é recomendada a recuperação dessas áreas utilizando o banco de sementes local. No ensaio com doses do glyphosate, concluiu-se que três das quatro espécies florestais avaliadas possuem características que indicam tolerância ao herbicida testado, porém, recomenda-se a realização de testes em campo em estádios alternativos de desenvolvimento. Na comparação de métodos de controle das gramíneas, embora não observadas diferenças entre os herbicidas aplicados, parcelas tratadas com glyphosate apresentaram emergência de espécies presentes no banco edáfico ao passo que nas parcelas tratadas com paraquat somente foram observadas brotações. De modo geral, práticas no controle químico das plantas daninhas gramíneas devem ser adotadas para que a área atinja a plena restauração. Recomenda-se a inclusão de outras técnicas de recuperação para que haja a entrada de espécies arbóreas adaptadas ao local.Item Influência do espaçamento e da idade na produção de biomassa e na rotação econômica em plantios de eucalipto(UFVJM, 2012) Paulino, Erik Júnior; Nogueira, Gilciano Saraiva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nogueira, Gilciano Saraiva; Souza, Álvaro Nogueira de; Santana, Reynaldo Campos; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Oliveira, Márcio Leles Romarco deObjetivou-se com este trabalho estudar o efeito do espaçamento de plantio e do tempo na produção de biomassa, na rotação econômica, e em variáveis de povoamento e dendrométricas de plantios clonais de eucalipto. Foi instalado um experimento em áreas da empresa APERAM BIOENERGIA, no município de Itamarandiba - MG, utilizando o delineamento experimental, blocos ao acaso. As parcelas foram constituídas por cinco espaçamentos iniciais de plantio (3,0 x 0,5 m; 3,0 x 1,0 m; 3,0 x 1,5 m; 3,0 x 2,0 m e 3,0 x 3,0 m) e as épocas de medição ocorreram aos 7, 12, 18, 24, 48, 61, 77, 85 e 102 meses. A partir das informações coletadas em campo, foram estimados para cada tratamento o volume e a biomassa por hectare, a densidade básica, o poder calorífico superior, além de outras variáveis dendrométricas e de povoamento. Verificou-se que o espaçamento e a idade influenciaram significativamente nos valores de diâmetro médio, de altura total, de área basal por hectare, de volume total por hectare, de biomassa por hectare, de densidade básica da madeira e de poder calorífico superior. O crescimento em volume por hectare em biomassa por hectare e em área basal por hectare apresentou relação direta com a densidade de plantio, sendo os maiores valores obtidos nos menores espaçamentos. Por outro lado, o diâmetro médio e a altura total das árvores apresentaram correlação negativa com a densidade de plantio. A densidade básica tende a aumentar com o espaçamento e com a idade das árvores. E o poder calorífico tende a elevar-se com a idade e com o espaçamento de plantio. Os espaçamentos estudados não influenciaram a porcentagem de sobrevivência das árvores. A rotação técnica e a rotação econômica ocorreram mais cedo nos plantios com espaçamento menor. Para todos os espaçamentos a idade técnica de corte foi inferior à idade econômica de corte. O espaçamento 3,0 x 1,5 mostrou-se como a opção mais atrativa segundo os critérios VPL e BPE, considerando a venda de madeira em pé.Item Avaliação de métodos de amostragem de indivíduos adultos de pequi.(UFVJM, 2012) Bruzinga, Josiane Silva; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Márcio Leles Romarco deO objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência de métodos de amostragem para quantificação de indivíduos de Caryocar brasiliensis Camb. (Pequi). A hipótese é que o método da amostragem adaptativa cluster, seja mais eficiente na quantificação da densidade, do que os métodos que não contemplam o padrão de distribuição espacial da espécie. Foi feito um censo dos indivíduos adultos de pequi em uma área de cerrado de 36,5 ha no Parque Estadual do Rio Preto/MG, e elaborada uma metodologia de inventário de prospecção para populações em áreas de formato irregular. Foram mapeados todos os indivíduos que a 0,30 cm de altura apresentavam diâmetro ≥ 5 cm. Para análise da estrutura diamétrica foram testadas as funções Gamma, Gamma 3p, SB de Johnson, Log-Normal, Weibull e Exponencial. E posteriormente empregado a função univariada K de Ripley K(h), para verificação do padrão. Constatado o padrão agregado de distribuição, dividiu-se o mapa em unidades de 20 × 20 m e unidades de 20 × 50 m, onde foram testados os diferentes procedimentos de amostragem, ora usando parcelas de 20 × 20 m ora parcelas de 20 × 50 m. Foram avaliados 70 procedimentos, resultado da combinação entre tamanho de parcela; método de amostragem (Amostragem Adaptativa Cluster, Amostragem Casual Simples e Amostragem Sistemática) e intensidade amostral. A comparação entre eles foi feita através da análise da precisão e exatidão obtidas da média das 30 simulações de cada procedimento. Não foi possível destacar nenhum método como o mais eficiente, visto que a diferença nas estimativas da precisão e exatidão entre eles foi mínima. Rejeitando a hipótese inicial de que a AAC seria mais eficiente na quantificação do pequi dos que os métodos tradicionais.