PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)
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Item Crescimento inicial de Anaderanthera peregrina em competição com Urochloa brizantha(UFVJM, 2018) Soares, Fernando Miranda; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Pereira, Israel Marinho; Ferreira, Evander AlvesA restauração ecológica tem objetivo de restaurar processos ecológicos, respeitando as características regionais e buscando não induzir a clímaces pré-determinados. A degradação de um ecossistema florestal não implica, necessariamente, em desmatamento. Uma área degradada pode conter árvores, mas não exibir integridade ecológica, que pode ser descrita como a capacidade do ecossistema de sustentar e manter uma comunidade em equilíbrio, incluindo ainda questões como saúde do ecossistema, biodiversidade e estabilidade. Um percussor para tal processo podemos destacar a invasão biológica, onde representa a segunda maior ameaça mundial a biodiversidade, perdendo apenas para a destruição de habitats pela exploração humana direta. Em locais com limitações ambientais à sucessão de espécies, a regeneração natural pode ser potencializada por meio do plantio de espécies facilitadoras. Espécies leguminosas apresentam vantagem adicional por estabelecerem simbiose com bactérias fixadoras de N2 atmosférico. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação pertencente à Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus JK, em Diamantina/MG. O delineamento utilizado foi um Dic (Delineamento Inteiramente Casualizado) possuindo 6 tratamentos, com seis repetições, compostos pela inoculação ou não do angico por mix de rizobio (estirpes BR7701 e BR7702), em monocultivo ou em competição com Urochloa brizantha (braquiária). Os tratamentos adicionais foram um cultivo de angico com a braquiária inoculada ou não com o mix de rizóbio. Determinou-se a massa seca de folha, caule e raiz, parte aérea e total. Para a avaliação fisiológica das plantas, a fluorescência da clorofila a foi avaliada nas folhas completamente expandidas e fotossitéticamente ativas, utilizando-se de um fluorômetro portátil modelo MINI-PAM II. O crescimento inicial da altura do Angico não foi influenciado pela presença ou ausência de inoculação nas sementes, porem a presença da competição obteve diferença significativa. A inoculação de rizóbio não causou interferência na altura da espécie Urochloa brizantha, porem, a competição, foi o fator que contribuiu para que a variável número de perfilhos ocorresse significância nos valores encontrados.Item Propagação da Richeria grandis Vahl. (Phyllanthaceae)(UFVJM, 2017) Moura, Cristiane Coelho de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Titon, Miranda; Carvalho, Letícia Renata de; Pereira, Israel MarinhoCom o intuito de gerar informações para produção de mudas direcionadas à projetos de restauração de Matas de Galeria, objetivou-se neste estudo, descrever a morfologia e aspectos biométricos do fruto e da semente, as características morfofuncionais e desenvolvimento da plântula, e obter a classificação fisiológica quanto a capacidade de armazenamento das sementes da Richeria grandis Vahl. Verificou-se também a influência de diferentes composições de substratos e níveis de redução solar sob a emergência de plântulas e crescimento de mudas via propagação sexuada e a viabilidade da técnica de miniestaquia na propagação assexuada da R. grandis, submetidas a diferentes concentrações do regulador de crescimento ácido indolbutírico (AIB). A coleta de sementes ocorreu em 18 árvores-matrizes estabelecidas em Matas de Galeria inundáveis localizadas no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, MG e, todos os experimentos foram conduzidos em Viveiro Florestal e laboratório de Sementes pertencente ao Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais (CIPEF- UFVJM). A caracterização morfológica e biométrica de frutos e sementes se deu por observações a olho nu e mensurações utilizando um paquímetro universal. A fim de observar o comportamento fisiológico, sementes recém beneficiadas desta espécie foram armazenadas em sacos de papel ao ar livre, e foram submetidas a testes de germinação e umidade (%) periodicamente. As características morfofuncionais foram observadas, a olho nu, mediante processo de desenvolvimento (desde a protrusão radicular, emergência até o surgimento do primeiro protófilo) em laboratório e casa de vegetação. Utilizou-se três composições de substratos e três níveis de sombreamento para testar o efeito destas combinações sobre a qualidade de mudas jovens da R. grandis, para tal, foi mensurado ao longo de 210 dias, a altura, diâmetro do coleto, número de folhas, clorofila total e biomassas secas. Por fim, a base de estacas apicais provenientes de mudas jovens resgatadas em ambiente natural da R. grandis, foram emergidas em quatro concentrações de AIB e avaliadas aos 90 dias, mensurando o incremento em altura e diâmetro, sobrevivência (%), enraizamento (%), calogenia (%) e brotações (%). Ressalta-se que, para todos os experimentos, os princípios básicos da experimentação (repetição, casualização e controle local) foram atendidos, utilizando diferentes delineamentos experimentais. Diferentes ferramentas para análise estatística também foram utilizadas para auxiliar na tomada de decisão. O fruto da R. grandis é simples, seco, do tipo cápsula, deiscente, com comprimento médio de 16,24 mm e largura média de 8,57mm. A semente é elipsoide com presença de sarcotesta, apresentando comprimento médio de 7,40mm e largura média de 4,57 mm. A R. grandis apresenta sementes recalcitrantes, a emergência é do tipo Fanero-epígeo-foliáceo, e o processo de desenvolvimento para a semente se tornar uma plântula completa delonga por, no mínimo, 50 dias. Os substratos compostos por diferentes proporções de vermiculita, casca de arroz e Bioplant®, associado com os sombreamentos 30 e 50% foram responsáveis por promover mudas da R. grandis de melhor qualidade. A técnica de propagação vegetativa por miniestaquia é viável, uma vez que houve 100% de sobrevivência e alta porcentagem de enraizamento até para o tratamento sem adição do AIB.Item Avaliação de controle de Pteridium aquilinum (l.) Kuhn. na RPPN Fartura em Capelinha, MG(UFVJM, 2016) Costa, Danilo César de Abreu; Santos, José Barbosa dos; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fartura possui área de 1,5 mil ha, dos quais aproximadamente 40 se encontram dominados por Pteridium aquilinum (samambaia). Esta espécie está oferecendo grande risco a biodiversidade do local, visto que a mesma apresenta elevado potencial invasor e capacidade de competição, podendo inibir a regeneração natural e atrasar a sucessão por séculos. Diante disso, objetivou-se com este trabalho definir técnicas de controle populacional de Pteridium aquilinum e induzir a regeneração natural, assim como avaliar a resposta de algumas espécies de rápido crescimento submetidas a doses crescentes de calcário, com potencial para serem utilizadas na restauração desta área. O primeiro estudo foi desenvolvido em uma área dominada por samambaia, utilizando delineamento em blocos casualizados arranjado em esquema fatorial 3 x 2, consistindo em três técnicas de controle (roçada mecanizada, glyphosate e paraquat), removendo ou não a serrapilheira das parcelas. Foram alocadas parcelas de 10 x 10 m distribuídas em 3 blocos. Após seis meses, foram avaliados a porcentagem de cobertura de samambaia e de radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente sobre o solo, assim como o número de indivíduos regenerantes e a diversidade para cada tratamento. Os resultados indicaram que o controle químico, tanto por glyphosate quanto por paraquat, promoveu maior redução de samambaia e que a remoção da serrapilheira favoreceu o ingresso de indivíduos e o aumento da diversidade. O segundo estudo foi realizado em casa de vegetação, na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, em delineamento em blocos casualizados com 3 repetições. Os tratamentos consistiram em elevar a saturação por bases do substrato a 50, 70 e 90%, além do tratamento controle (sem correção). O substrato utilizado foi coletado na área do primeiro estudo com o máximo de raízes de samambaia, corrigido com a quantidade de calcário determinada para cada tratamento e distribuído em vasos de 10 dm³, onde as mudas de quatro espécies arbóreas foram plantadas. As espécies utilizadas foram: Anadenanthera colubrina (angico), Enterolobium contortisiliquum (orelha de macaco), Inga sessilis (ingá) e platycyamus regnelii (pau pereira). As variáveis avaliadas foram diâmetro e altura das mudas e a massa seca de samambaia. As espécies angico e orelha de macaco se mostraram sensíveis à acidez do solo, sendo responsivas ao aumento da saturação por bases. Já as espécies ingá e pau pereira são mais tolerantes às condições de acidez do solo, porém, também obtiveram melhor desenvolvimento com a calagem. A samambaia apresentou aumento da massa seca com a elevação da saturação por bases, mostrando que a calagem não é uma prática adequada para o controle dessa espécie.