PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Propagação da Richeria grandis Vahl. (Phyllanthaceae)
    (UFVJM, 2017) Moura, Cristiane Coelho de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Titon, Miranda; Carvalho, Letícia Renata de; Pereira, Israel Marinho
    Com o intuito de gerar informações para produção de mudas direcionadas à projetos de restauração de Matas de Galeria, objetivou-se neste estudo, descrever a morfologia e aspectos biométricos do fruto e da semente, as características morfofuncionais e desenvolvimento da plântula, e obter a classificação fisiológica quanto a capacidade de armazenamento das sementes da Richeria grandis Vahl. Verificou-se também a influência de diferentes composições de substratos e níveis de redução solar sob a emergência de plântulas e crescimento de mudas via propagação sexuada e a viabilidade da técnica de miniestaquia na propagação assexuada da R. grandis, submetidas a diferentes concentrações do regulador de crescimento ácido indolbutírico (AIB). A coleta de sementes ocorreu em 18 árvores-matrizes estabelecidas em Matas de Galeria inundáveis localizadas no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina, MG e, todos os experimentos foram conduzidos em Viveiro Florestal e laboratório de Sementes pertencente ao Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais (CIPEF- UFVJM). A caracterização morfológica e biométrica de frutos e sementes se deu por observações a olho nu e mensurações utilizando um paquímetro universal. A fim de observar o comportamento fisiológico, sementes recém beneficiadas desta espécie foram armazenadas em sacos de papel ao ar livre, e foram submetidas a testes de germinação e umidade (%) periodicamente. As características morfofuncionais foram observadas, a olho nu, mediante processo de desenvolvimento (desde a protrusão radicular, emergência até o surgimento do primeiro protófilo) em laboratório e casa de vegetação. Utilizou-se três composições de substratos e três níveis de sombreamento para testar o efeito destas combinações sobre a qualidade de mudas jovens da R. grandis, para tal, foi mensurado ao longo de 210 dias, a altura, diâmetro do coleto, número de folhas, clorofila total e biomassas secas. Por fim, a base de estacas apicais provenientes de mudas jovens resgatadas em ambiente natural da R. grandis, foram emergidas em quatro concentrações de AIB e avaliadas aos 90 dias, mensurando o incremento em altura e diâmetro, sobrevivência (%), enraizamento (%), calogenia (%) e brotações (%). Ressalta-se que, para todos os experimentos, os princípios básicos da experimentação (repetição, casualização e controle local) foram atendidos, utilizando diferentes delineamentos experimentais. Diferentes ferramentas para análise estatística também foram utilizadas para auxiliar na tomada de decisão. O fruto da R. grandis é simples, seco, do tipo cápsula, deiscente, com comprimento médio de 16,24 mm e largura média de 8,57mm. A semente é elipsoide com presença de sarcotesta, apresentando comprimento médio de 7,40mm e largura média de 4,57 mm. A R. grandis apresenta sementes recalcitrantes, a emergência é do tipo Fanero-epígeo-foliáceo, e o processo de desenvolvimento para a semente se tornar uma plântula completa delonga por, no mínimo, 50 dias. Os substratos compostos por diferentes proporções de vermiculita, casca de arroz e Bioplant®, associado com os sombreamentos 30 e 50% foram responsáveis por promover mudas da R. grandis de melhor qualidade. A técnica de propagação vegetativa por miniestaquia é viável, uma vez que houve 100% de sobrevivência e alta porcentagem de enraizamento até para o tratamento sem adição do AIB.