PPGED - Mestrado Profissional em Educação (Dissertações)

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    Discurso de ódio sobre diferenças de gênero no currículo da página Catraca Livre
    (UFVJM, 2017) Silva, Silvana Soares; Ribeiro, Vândiner; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Vândiner; Costa, Maria do Perpétuo Socorro de Lima; Soares Júnior, Azemar dos Santos
    Esta dissertação tem como objeto de investigação o discurso de ódio sobre as diferenças de gênero reguladas pelo padrão heteronormativo no currículo do Catraca Livre, página de jornalismo e entretenimento no Facebook. A pesquisa está inserida na linha pós-crítica dos estudos em currículo, inspirada nos Estudos Culturais e no pós-estruturalismo. O discurso de ódio se manifesta, por meio da correção, da punição com palavras e atos que podem ofender, machucar e matar. A pesquisa investiga a produção e os efeitos do discurso de ódio nesse currículo ao demandar um padrão heteronormativo às mulheres, lésbicas, gays, travestis e transgêneros. Foram mapeadas publicações sobre gênero, que abordam os modos de ser, questões de gêneros divergente da norma binária, direitos e liberdade das mulheres, lésbicas, gays, travestis e transgêneros de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. A seleção das publicações foi feita por meio da reiteração do discurso de ódio presente nas postagens e expressadas nos comentários. Como metodologia analítica utiliza-se a análise de discurso de inspiração foucaultiana. O argumento central é o de que no currículo analisado circulam diversos discursos, como: o religioso, o biológico, o machista e moralista, que dão visibilidade e força ao discurso de ódio na tentativa de normalizar os sujeitos mencionados. Os conceitos centrais que funcionaram como ferramentas analíticas são: gênero, currículo, discurso, heteronormatividade, processos de subjetivação, poder-saber e diferença. Na perspectiva teórica adotada o currículo é compreendido como prática de significação que produz saberes, estabelece papéis, dita regras e ensina modos de ser. Entendido ainda como um artefato cultural, o currículo produz transformações e modificações, acionando processos de subjetivação em relações de poder desiguais. Os Estudos Culturais veem na mídia um papel educador, abrindo espaço para análises de currículos não escolares, como o aqui analisado, assim como para os estudos de gênero. Nesta pesquisa gênero e sexo são compreendidos como uma construção cultural a partir de uma matriz heterossexual. O gênero é performativo, é resultado fluido da prática reiterativa e citacional dos discursos que o nomeia. Em síntese, as análises empreendidas neste trabalho dão destaque aos efeitos da produção do gênero e do sexo ao serem nomeados, esquadrilhados e classificados pelo discurso de ódio divulgado no currículo investigado.
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    O atravessamento das questões de gênero nas escolhas profissionais de estudantes do Ensino Médio
    (UFVJM, 2019) Bezerra, Ludmila Lins; Braga, Denise da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Braga, Denise da Silva; Costa, Maria do Perpétuo Socorro de Lima; Silva, Jeane Félix da
    Partindo da discussão sobre currículo e gênero, a presente dissertação objetivou analisar como as questões de gênero participam nas escolhas profissionais de estudantes do Ensino Médio. Por meio da abordagem qualitativa estruturada com a técnica do Grupo Focal, a pesquisa traz a fala de estudantes do 3º ano do Ensino Médio na cidade de Diamantina-MG referente às suas escolhas profissionais. Com as contribuições de Carvalho (2010); Scott (1995); Louro (2003); Silva (2010) e Moreira (2001), organiza-se um referencial teórico sobre os conceitos de gênero e currículo. Para a interpretação do material coletado, serão utilizadas as categorias de análise de conteúdo de Bardin (2011). Os dados coletados por meio dos encontros do grupo focal foram organizados segundo a técnica de análise de conteúdo que a partir do processo de ‘categorização’ estabelece a classificação das seções que foram organizadas e discutidas de acordo com as falas dos/as participantes da pesquisa. Dentre os resultados, a pesquisa aponta uma visão dicotômica em relação às escolhas profissionais entre os/as jovens e seus pais/mães/responsáveis. Além disso, os/as jovens evidenciam acreditar que existem profissões para homens e outras para mulheres e usam o fator biológico como determinante para tal divisão. A divisão entre homens e mulheres não representa apenas uma divisão de tarefas, mas uma desigualdade de status e remuneração, no qual gênero é o fator preponderante para limitar e reduzir as possibilidades de mulheres atuarem nos diversos espaços profissionais, inclusive os de liderança. Ressalta-se por meio dessa pesquisa, a importância em discutir sobre gênero no espaço escolar. Para superar as desigualdades de gênero, é fundamental a desconstrução de papeis e espaços masculinos e femininos socialmente estereotipados.
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    Luz, câmera e ação: homofobia, heteronormatividade e resistência no currículo dos filmes "Billy Elliot", "Carol", "C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor" e "Madame Satã"
    (UFVJM, 2017) Rocha, Cristiane Lima; Ribeiro, Vândiner; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Vândiner; Soares Júnior, Azemar dos Santos; Santos, Rosana Baptista
    A presente dissertação analisa como os discursos homofóbicos que circulam nos currículos dos filmes "Billy Elliot (Inglaterra, 2000)", "Carol (Reino Unido/Estados Unidos, 2015)", "C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor (Canadá, 2005)" e "Madame Satã" (Brasil, 2002), demandam corpos normalizados em um padrão heteronormativo e que efeitos têm sobre as personagens. Tomo como metodologia a análise do discurso, de inspiração foucaultiana. As análises serão realizadas por meio das falas, as cenas, dos sons, das imagens, nas coisas explícitas e silenciadas. Bem como, os conceitos de currículo, gênero, homofobia, heteronormatividade, norma, discurso, relações de saber-poder e processos de subjetivação e posições de sujeito foram eleitos como ferramentas teórico-conceituais para essa pesquisa. Em termos teóricos, esta dissertação se inscreveu no campo dos Estudos Culturais, na versão dos estudos pós-críticos de currículo. Assim, o conceito central da investigação é currículo, compreendendo-se que ele ensina modos de ser, pensar e agir às pessoas, bem como produz determinados tipos de sujeitos e corpos. Igualmente, o conceito de discurso tem espaço importante, sendo entendido como "práticas que formam sistematicamente os objetos de que falam" (FOUCAULT, 1986, p. 56). Destaco que o discurso da homofobia circula nos mais diversos espaços produzindo efeitos sobre os corpos, demandando posições de sujeito, seja nos filmes, nas novelas, na escola, na família, na religião, na roda de amig@s. O problema central desta investigação é: como os discursos sobre gênero, por meio de discursos homofóbicos, têm demandado corpos normalizados em um padrão heteronormativo nos filmes em análise? Para isso, trago como objetivos específicos: verificar os processos de construção de práticas ditas femininas e masculinas nos filmes investigados; registrar quais marcas são nomeadas e classificadas como "normais" às posições de gênero; identificar quais posições de sujeito generificados são demandadas e produzidas em atividades cotidianas nos filmes em questão; investigar como se expressam as desigualdades de gênero nos longa-metragens pesquisados; analisar quais mecanismos, técnicas e estratégias de poder são utilizadas no reforço à homofobia nessas obras cinematográficas; identificar e analisar possíveis tentativas de apagamento de marcas homossexuais ou escapes nas personagens dos filmes. O argumento central é de que há uma reiteração do padrão heteronormativo no currículo dos filmes investigados mesmo quando se percebe uma suposta tentativa de romper com padrões tidos como ideais e normais. Desse modo, soma-se ao discurso homofóbico e heteronormativo, por exemplo, discursos biologicistas, religiosos, psicológicos e moralistas, demandando posições de sujeito heterossexuais.
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    Ensinar, formatar e moldar: práticas de um currículo generificado de uma escola do ensino fundamental
    (UFVJM, 2016) Fernandes, Viviane Carvalho; Ribeiro, Vândiner; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Vândiner; Fonseca, Ivana Alice Teixeira; Ramalho, Maria Nailde Martins
    Este trabalho buscou compreender como se constituem as feminilidades e as masculinidades no currículo de uma escola da rede municipal de ensino de Governador Valadares. A pesquisa está inserida no campo dos estudos de gênero e currículo, com inspiração em Michel Foucault. Para o desenvolvimento desta dissertação, foram selecionados alguns conceitos que serviram como ferramentas de trabalho, sendo eles: gênero, currículo, discurso, poder/saber, processo de subjetivação, norma, heteronormatividade, relação de poder e posições de sujeito. Como metodologia, foram utilizados procedimentos da pesquisa etnográfica para coleta de informações, tais como: observação com registro em diário de campo, conversas informais e entrevistas semiestruturadas. Para tratar essas informações, foram utilizados elementos da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Por meio dessas ferramentas metodológicas e com os conceitos que serviram de base para o desenvolvimento desse trabalho, analisou-se que a escola, de uma forma geral, por meio dos discursos biologicistas, machistas, pedagógicos, entre outros, tem naturalizado os corpos das meninas e dos meninos, constituindo feminilidades e masculinidades, como se houvesse apenas um único modo correto de ser homem e mulher, menino e menina. O argumento geral desenvolvido nesta dissertação é: apesar da reiteração constante de discursos heteronormativos, por meio das práticas curriculares, ensinando modos adequados de ser a meninas e meninos, a normalização dos corpos não é totalmente garantida, pois escapes podem ser encontrados. Os sujeitos são criativos e manifestam seus sentimentos e desejos. O currículo foi compreendido, aqui, como um artefato importante na constituição das feminilidades e das masculinidades, produzindo diversas posições de sujeito, mas, sobretudo, posições que se enquadram em um padrão heteronormativo, e que também estão fora da escola.