PPGCTA - Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Item Micro e nanoencapsulação de óleo de semente de romã para aplicação em embalagens ativas(UFVJM, 2022) Lopes, Amanda Tibães; Molina, Franciele Maria Pelissari; Carneiro, Guilherme; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Molina, Franciele Maria Pelissari; Carneiro, Guilherme; Neves, Nathália de Andrade; Silveira, João Vinícios Wirbitzki daO óleo de semente de romã, obtido a partir da prensagem a frio das sementes da romãzeira (Punica granatum L.), vem ganhando atenção devido aos seus efeitos benéficos à saúde associados à sua composição rica em compostos antioxidantes. No entanto a utilização desse óleo é limitada por sua baixa solubilidade aquosa e elevada possibilidade de degradação oxidativa, limitações que podem ser contornadas através da sua encapsulação. A busca por soluções para melhorar a qualidade dos alimentos, reduzir o uso de aditivos sintéticos e diminuir os impactos ambientais é uma demanda crescente dos consumidores nos dias atuais. Uma alternativa interessante para a resolução desses problemas são as embalagens ativas provenientes de fontes naturais e renováveis. O objetivo desse trabalho foi a produção, caracterização e comparação entre a utilização de micro e nanopartículas lipídicas no desenvolvimento de embalagens biodegradáveis ativas. As nanopartículas foram produzidas pelo método de homogeneização a quente seguido por sonicação, já para obtenção das micropartículas o método de homogeneização a quente foi associado a agitação por rotor-estator. As formulações de nanopartículas apresentaram diâmetro médio na faixa de 308 a 325 nm, enquanto as micropartículas apresentaram diâmetros na faixa de 9,45 a 10,84 μm, demostrando eficácia dos métodos de obtenção das partículas. Os valores de índice de polidispersão das nanopartículas indicam formulações homogêneas e monodispersas. Os altos valores de potencial zeta negativo observados indicam estabilidade da dispersão coloidal. As análises de difração de raios X e espectroscopia no infravermelho evidenciaram a compatibilidade entre os componentes das amostras. Os valores de eficiência de encapsulação obtidos variaram de 40,0 a 66,1%, indicando encapsulação satisfatória do óleo na matriz. O processo de encapsulação promoveu a proteção da atividade antioxidante do óleo, visto que foi observada diminuição da porcentagem de inibição de DPPH de 55,4% para valores na faixa de 41,4 a 51,3% pela incorporação em carreadores lipídicos. A adição de partículas à matriz de amido de mandioca gerou filmes mais densos e solúveis que o filme controle. No geral, as amostras apresentaram superfície homogênea e propriedades mecânicas superiores às do filme controle. A capacidade de inibição do radical oxidante dos filmes (16,7 a 20,4%) indica que as partículas foram capazes de promover maior proteção dos compostos ativos do óleo durante o processo de produção e acondicionamento dos filmes, o que propicia sua aplicação para uma variedade de produtos sensíveis a oxidação.Item Propriedades antifúngicas e bioativas de óleo de café e desempenho de derivados do café em muffins(UFVJM, 2020) Silva, Sandra Júnia Monteiro; Schmiele, Marcio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Schmiele, Marcio; Jaekel, Leandra Zafalon; Neves, Nathália de AndradeO café está entre as grandes commodities mundiais, possui sabor e aroma que agrada a maioria das pessoas e apresenta propriedades bioativas, destacando-se as atividades antioxidantes e antimicrobianas, a presença de fibras alimentares e cafeína. A estratégia de incorporar o café em produtos de panificação apresenta-se como uma alternativa promissora. Os bolos tipo muffin são populares e encontram-se entre os três produtos mais consumidos pela população. Assim, o presente estudo visou: (i) isolar e identificar o gênero dos fungos do bolo tipo muffin e investigar a atividade antifúngica dos óleos de café verde e torrado sobre os fungos; (ii) analisar os compostos fenólicos e avaliar a capacidade antioxidade do óleos pelo método DPPH e FRAP; (iii) avaliar o desempenho do café torrado moído, extrato de café e óleo de café torrado como ingrediente alimentar adicionado ao bolo tipo muffin. Na primeira etapa foram identificados três tipos pertencente ao gênero Trichothecium sp., Aspergillus sp., Penicillium sp., dentre os fungos isolados do bolo. Não houve atividades antifúnficas dos óleos de café cru e torrado frente aos fungos isolados. Em relação a análise de compostos fenólicos, o óleo do café torrado foi o de maior quantidade desse composto. Para análise antioxidante pelo método DPPH, ambos óleos possuíram capacidade antioxidante e embora não tenham sido significativamente diferentes, o óleo de café torrado obteve maior valor. Pelo método FRAP, o óleo do café torrado também foi o mais eficiente, com diferença estatística. Com base nesses resultados pode-se inferir que o óleo de café torrado possui maior capacidade antioxidante que o óleo de café cru. Na segunda etapa foi avaliado o desempenho do café torrado moído, do extrato de café e do óleo de café torrado sobre a massa e os muffins. A estratégia experimental utilizada foi a metodologia de superfície de resposta através de um delineamento composto central rotacional com 3 variáveis independentes. As respostas avaliadas foram o pH e a gravidade específica (GE) da massa e o volume específico, a textura (firmeza e dureza), a cor (L*, a*, b*, ΔE) instrumentais, a umidade e a atividade de água dos bolos. Constatamos que as respostas que obtiveram significância estatística (p<0,10) foram a GE na massa e a firmeza e a cor instrumental (L*, b* e ΔE, do miolo; L*, a*, b* e ΔE da crosta) do bolo. Observando os parâmetros que foram significativos e avaliando a desejabilidade estatística, foram otimizadas duas formulações. As formulações otimizadas obtiveram menores valores de firmeza e dureza que a padrão, consequentemente, resultou em um produto com textura mais macia. A coloração foi mais escura que a padrão em decorrencia da adição de café torrado. Na análise da composição centesimal houve aumento significativo no teor de cinzas, lipídeos, fibras alimentares e umidade das formulações otimizadas em relação à padrão. O teor de carboidratos digeríveis menor para o ponto ótimo 1. Além disso, os bolos adicionados de café foram enriquecidos com maior quantidade de cafeína e fibras. Assim, duas formulações de bolos tipo muffins foram desenvolvidas com melhores carcterísticas físico-químicas e nutricionais que a padrão, demostrando que o café é um interessante ingrediente alimentar para ser incorporado a massa dos bolos.