PPGPV - Doutorado em Produção Vegetal (Teses)

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    Estados de conservação de veredas do Brasil Central modificam a qualidade de seus solos
    (UFVJM, 2023) Araújo, Katharine Vinholte de; Dobbss, Leonardo Barros; Horák-Terra, Ingrid; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dobbss, Leonardo Barros; Terra, Fabrício da Silva; García, Andrés Calderín; Paula, Alessandra Monteiro de
    As veredas são zonas úmidas tropicais que desempenham serviços ecossistêmicos essenciais para a manutenção hídrica, estocagem de carbono orgânico no solo e para diversidade biológica no bioma Cerrado. No entanto, a antropização, aliada ao conhecimento limitado sobre aspectos importantes desse ecossistema tem levado ao aumento das perdas, má preservação e a redução de seus serviços ecossistêmicos. Neste sentido, visando a ampliação de pesquisas sobre a qualidade e conservação do solo do ecossistema de veredas os objetivos desse estudo foram: i) compreender como possíveis alterações nos atributos morfológicos, físicos, químicos e biológicos de solos de veredas com diferentes estados de conservação (conservado e antropizado) poderão ser utilizados como indicadores de suas qualidades; ii) avaliar atributos microbiológicos do solo, como a biomassa microbiana, a respiração basal e a atividade enzimática, bem como os índices obtidos a partir destas variáveis, como indicadores de qualidade, para compreensão das correlações, ou ausência delas, entre as suas funções no solo e as características do ecossistema de veredas; iii) avaliar as frações da matéria orgânica do solo por meio de seu fracionamento químico; iv) extrair, purificar e caracterizar química e espectroscopicamente os ácidos húmicos isolados dos solos de veredas em diferentes estados de conservação; e v) estabelecer uma possível interpretação da relação entre os atributos avaliados e a qualidade dos solos e da matéria orgânica por intermédio da utilização de análise multivariada. Para isto, foram estudadas quatro veredas com diferentes estados de conservação: conservada (V1 – vereda em unidade de conservação); e antropizadas (V2 – vereda com uso agrícola no entorno; V3 – vereda cortada por estrada; V4 – vereda em área urbana). Foi realizada a descrição morfológica e avaliados atributos físicos (umidade, densidade, porosidade e composição orgânica e mineral) e químicos (acidez, disponibilidade de nutrientes e fertilidade) do solo em perfis de um metro de profundidade nas diferentes veredas. Também foram avaliados nas camadas superficiais (0-20 cm) os atributos químicos relacionados a matéria orgânica (C no solo e frações da matéria orgânica) e microbiológicos do solo (atividade enzimática, biomassa e respiração microbiana), ainda, caracterizados os ácidos húmicos por meio da análise elementar, acidez total, de dados espectroscópicos (IF, UV-Vis, FTIR e ¹³C RMN). Os atributos avaliados e suas relações nos distintos estudos mostraram-se eficientes na avaliação da qualidade ambiental das veredas, de maneira geral, atestaram que a proximidade das veredas com áreas que são utilizadas por atividades antrópicas alteram a qualidade do solo e da matéria orgânica, em destaque, reduzindo expressivamente o teor de carbono orgânico no solo e nas frações húmicas da matéria orgânica, a capacidade de retenção de água, a biomassa e respiração microbiana, a atividade enzimática, bem como, refletindo em ácidos húmicos com menor evolução química (grau de humificação). Isso sustenta que as veredas são ecossistemas complexos e sensíveis às mudanças no uso do solo originárias de ações antrópicas e sugere-se sua proteção integral para manter suas funções ecossistêmicas.
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    Calagem, fertilização e polinização no cultivo de pitaia
    (UFVJM, 2023) Alves, Deilson de Almeida; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Maria do Céu Monteiro; Fialho, Cíntia Maria Teixeira; Rufini, José Carlos Moraes; Grazziotti, Paulo Henrique
    Informações relacionadas à calagem, fertilização e polinização no cultivo de espécies de pitaia contribuem para o aumento da produtividade, da qualidade das frutas e da rentabilidade dos pomares. Assim, este trabalho foi desenvolvido para contribuir com essas informações, que são relevantes para os produtores e pesquisadores e os resultados da pesquisa apresentados em três artigos científicos. No primeiro artigo, o objetivo foi avaliar a calagem e a fertilização NPK na produtividade, os teores de P, K, Ca e Mg no solo e de N, P e K nos cladódios de Hylocereus polyrhizus, em duas safras consecutivas. No primeiro ciclo de produção o incremento foi de 312% e, no segundo ciclo, de 185% na produtividade, com calagem e fertilizações de 303 e 166 kg ha-¹ de N, 106 e 96 kg ha-¹ de P2O5 e 237 e 175 kg ha-¹ de K2O, alcançando produtividade de 10,8 e 16,1 Mg ha-¹. Com o manejo da calagem e fertilizações NPK foi possível a correção de pH do solo (6,5), elevação da saturação por bases a 65%, o requerimento de Ca e Mg para 3,1 cmolc dm-³ e aumentar os teores de P para 64 a 165 mg dm-³ e de K para 646 a 623 mg dm-³, no solo e para 10 a 12 g kg-¹ o N, 1,32 a 2,35 g kg-¹ o P e 40 a 52 g kg-¹ o K, nos cladódios. A realização de calagem em solos ácidos adéqua as características químicas do solo para o cultivo de espécies de pitaia. A fertilização NPK em solo com baixos teores de nutrientes e matéria orgânica aumenta a produtividade de pomar de pitaia. No segundo artigo, o objetivo foi avaliar a exportação de nutrientes e a qualidade das frutas de H. polyrhizus em função da fertilização NPK e da calagem no solo. As quantidades de nutrientes exportados por tonelada de frutas de H. polyrhizus foram: de K, 12,65 kg; de N, 3,24 kg; de Ca, 1,53 kg; de P, 0,54 kg; de Mg, 0,33 kg; de Mn, 166,0 g; de Fe, 12,67 g e de Zn 3,49 g, com a realização de calagem no solo. A ordem de exportação de nutrientes pelas pitaias difere na casca e polpa, sendo, na casca, K>N>Ca>Mn>P>Mg>Fe>Zn e, na polpa, K>N>Ca>P>Mg>Mn>Fe>Zn. A calagem aumenta a quantidade de nutrientes exportados para as frutas, principalmente Ca, P e Mg na casca. A fertilização com K2O melhora a qualidade das frutas nos pomares de pitaia. A calagem e a fertilização NPK devem ser realizadas no cultivo de pitaia para adequar os teores de nutrientes no solo visando repor os nutrientes exportados pelas colheitas das frutas. No terceiro artigo, o objetivo foi comparar a rentabilidade do pomar de pitaia com o manejo da polinização cruzada manual e a polinização natural em espécies autocompatíveis e autoincompatíveis. O manejo da polinização cruzada manual no pomar de pitaia incrementou a produtividade em mais de 150%, desde o primeiro ciclo de produção. A polinização cruzada manual possibilitou o retorno do capital investido em 1,0 hectare de pitaia, no segundo ciclo produtivo do pomar, com rentabilidade de 76%. Com a polinização natural, o retorno do investimento inicial ocorreu no terceiro ciclo produtivo, com rentabilidade de 72%. A rentabilidade do pomar de pitaia é maior com a polinização cruzada manual em espécies autocompatíveis e autoincompatíveis em relação à polinização natural. O cultivo de espécies de pitaia em áreas que apresentam solo ácido e baixos teores de nutrientes, é necessário o manejo da calagem, aliado a fertilização adequada com NPK, para a produção de pitaias com qualidade comercial e o aumento de produtividade dos pomares. Espécies de pitaia autocompatíveis e autoincompatíveis alcançam maior produtividade quando polinizadas manualmente e, mesmo que o custo de produção seja maior com esse manejo, a rentabilidade é maior em relação a pomares com polinização natural, devido a produção de frutas com maior tamanho e uniformidade, além de mais frutas por planta.
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    Reconstituição paleoambiental e relações entre a gênese de turfeiras e o estabelecimento de Capões de Mata na Serra do Espinhaço Meridional, Minas Gerais, Brasil
    (UFVJM, 2023) Costa, Camila Rodrigues; Silva, Alexandre Christófaro; Luz, Cynthia Fernandes Pinto da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Coe, Heloisa Helena Gomes; Horák-Terra, Ingrid; Tassinari, Diego
    As turfeiras são ecossistemas transicionais entre ambientes terrestres e aquáticos. Esses ambientes se formam a partir do acúmulo sequencial da matéria orgânica, que permanece preservada ao longo do tempo. Devido a essa capacidade de preservação do material orgânico, uma das muitas funções das turfeiras é a de atuar como arquivos de mudanças paleoambientais. As turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM) são ecossistemas complexos, atualmente colonizados por fitofisionomias de Campo Limpo Úmido e formações florestais chamadas de Capão de Mata. Apesar das áreas de campo serem estudadas há algum tempo, ainda são escassos os conhecimentos a respeito do estabelecimento dos Capões de Mata nos ecossistemas de turfeira da SdEM. Nesse sentido, os objetivos desse estudo foram: a) avançar nos estudos de reconstituição ambiental a partir de análise multiproxy de dados de amostras de turfa de testemunhos coletados nessas turfeiras e b) contribuir para o entendimento dos processos que levaram à gênese e formação das turfeiras e suas relações com o estabelecimento dos capões. Foram estudadas três turfeiras da SdEM situadas em diferentes posições altimétricas (Rio Preto e Rio Araçuaí – 1600 m; Pinheiro – 1250m), a partir da análise de amostras dos testemunhos coletados sob as fitofisionomias de Capão de Mata e Campo Limpo Úmido . Foi realizada a descrição morfológica e determinadas a composição elementar, geoquímica, isotópica (δ13C e δ15N), além de datações radiocarbônicas (14C). Também foram realizadas análises de fitólitos em amostras de turfa do testemunho coletado sob Campo Limpo Úmido (turfeira Rio Araçuaí). A análise conjunta dos proxys ambientais obtidos a partir de amostras de turfa do testemunho da turfeira rio Araçuaí permitiu inferir cinco fases de mudanças paleoambientais durante os últimos 8,9 k anos cal. AP: Fase I (8,9 a 6,6 k anos cal. AP) - ambiente local frio, muito úmido e com instabilidade da bacia hidrográfica; Fase II (6,6 a 3,9 k anos cal. AP) - ambiente local muito frio, com umidade reduzida em relação à fase anterior e maior estabilidade na bacia hidrográfica; Fase III (3,9 a 2,1 k anos cal. AP) - ambiente local mais quente e seco e instabilidade na bacia hidrográfica, com episódio de queda de temperatura e aumento de umidade no meio da fase; Fase IV (2,1 k a 0,25 k anos cal. AP) - clima mais frio, aumento da umidade do ambiente local e maior estabilidade na bacia hidrográfica; Fase V (0,25 k anos cal. AP até o presente) - aumento da temperatura, diminuição da umidade e aumento da instabilidade na bacia hidrográfica, possivelmente influenciada pela atividade humana. A gênese dos ecossistemas de turfeiras da SdEM e o estabelecimento dos Capões de Mata foram influenciados pela altitude: nas menores altitudes (Turfeira Pinheiro) as turfeiras começaram a se formar no Pleistoceno Tardio (33,3 k anos cal. AP) e os Capões de Mata se estabeleceram a partir da segunda metade do Holoceno (Holoceno Megalaino - 2,8 k anos cal. AP); nas maiores altitudes (Rio Preto) as turfeiras começaram a se formar na primeira metade do Holoceno (transição Holoceno Gronelandês/ Nortegripiano) e os capões se estabeleceram a partir do final do Holoceno Megalaino (1,7 k anos cal. AP). As condições topográficas locais influenciaram o nível do lençol freático e, consequentemente o estabelecimento dos Capões de Mata. A análise multiproxy dos dados obtidos a partir do testemunho orgânico da turfeira Pinheiro, coletado sob Capão de Mata, indicou quatro fases de mudanças paleoambientais: Fase I (33,3 a 32 k anos cal. AP) - período de forte instabilidade (local e regional), com maior ocorrência de plantas C4, provavelmente o capão de mata ainda não havia se estabelecido; Fase II (32 a 24,2 k anos cal. AP) - aumento do acúmulo de MO, principalmente no início da fase, diminuição da instabilidade da paisagem local e maior participação de material mineral regional; Fase III (24,2 a 5,4 k anos cal. AP) - aumento da instabilidade da paisagem local, com expansão de plantas C4 e aumento de participação de algas, apesar de ainda ocorrer um predomínio de plantas terrestres; Fase IV) (últimos 5,4 k anos cal. AP) - mudança no predomínio de espécies de plantas C4 para C3, indicando o estabelecimento do capão de mata e do aumento da participação de algas, o que pode estar relacionado a um ambiente mais úmido. Dado o valor dos ecossistemas de turfeiras da SdEM como arquivos de mudanças paleoambientais, é premente a proteção integral desses ecossistemas.
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    Cenário brasileiro de inoculantes e aplicações de bactérias endofíticas em Corymbia
    (UFVJM, 2023) Oliveira, Augusto Matias de; Costa, Márcia Regina da; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Grazziotti, Paulo Henrique; Zuffo, Alan Mario; Marriel, Ivanildo Evódio; Reis, Lílian Alves Carvalho
    As espécies de Corymbia têm sido colocadas como recalcitrantes ao enraizamento, e muitos plantios acabam sendo estabelecidos via seminal, no entanto o plantio clonal tem ganhado espaço cada vez mais, da mesma maneira que a busca por inoculantes e a inoculação de espécies florestais com bactérias promotoras do crescimento de plantas. Mas antes do desenvolvimento de uma tecnologia, é preciso realizar busca de anterioridade e estudo de mercado. Assim, objetivou-se avaliar o cenário brasileiro da produção de inoculantes e o efeito da inoculação com bactérias endofíticas em sementes de C. citriodora e de miniestacas de um híbrido de C. citriodora x C. torelliana na produção de mudas. Os inoculantes foram produzidos com Pantoea vagans estirpes 7URP1-6 (B07) e 45URP4-1 (B45), Priestia megaterium (B11), Exiguobacterium sibiricum (B19) e Bacillus sp. (B58). No Brasil, nas últimas quatro décadas, aumentou de sete para trinta e sete o número de depósito de patentes para formulações inoculantes, principalmente para leguminosas, inicialmente com uso de bactérias do gênero Rhizobium, e posteriormente com a aplicação de outros gêneros de fungos e bactérias. As bactérias endofíticas têm ganhado destaque nesse cenário de crescimento. A qualidade fisiológica das sementes de C. citriodora não é afetada pela inoculação com as bactérias individualmente. Na produção de mudas por sementes, a inoculação com as bactérias B07, B11 e B19 formou mudas mais altas, com maior diâmetro de coleto e massa seca de raízes, parte aérea e total, em especial as inoculadas com a B19, pois tiveram médias mais altas para altura, teor de clorofila b e massa seca da parte aérea e total, e maior capacidade de colonizar as raízes e rizosfera de C. citriodora, produzindo mudas de melhor qualidade. Na produção clonal de mudas de C. citriodora x C. torelliana, as miniestacas inoculadas com as bactérias B07, B11, B19 e B58 em relação às tratadas com 2.000 mg kg-¹ de ácido indolbutírico (AIB) tiveram tempo de produção das mudas diminuído; apresentaram sobrevivência semelhante; tiveram a porcentagem de enraizamento aumentada entre 29 e 36 %, e entre 27 e 34 % a altura das plantas; produziu mudas com maiores diâmetros de coleto, massa seca de raízes, parte aérea e total, e número de unidades formadoras de colônias por grama de tecido na rizosfera, raízes e parte aérea. O AIB na concentração de 2.000 mg kg-¹ inibe a colonização dos tecidos vegetais por bactérias endofíticas; já na concentração de 1.000 mg kg-¹, favorece a colonização. A inoculação das miniestacas de um híbrido de C. citriodora x C. torelliana com B07, B11, B19 ou B58 seguidas de imersão em 1.000 mg kg-¹ de AIB melhora o desenvolvimento das mudas.
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    Microrganismos endofíticos em Eucalyptus
    (UFVJM, 2021) Ramires, Roberta de Vasconcelos; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Costa, Márcia Regina da; Gandini, Andrezza Mara Martins; Marriel, Ivanildo Evodio; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de
    Atualmente, a tendência no setor agrícola é utilizar técnicas e estratégias biotecnológicas que possam atuar no aumento da produtividade e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente. Os microrganismos endofíticos desempenham um papel ecológico fundamental para suas plantas hospedeiras, conferindo diversos benefícios como produção compostos antimicrobianos que protegem a planta contra o ataque de fitopatógenos, fixação biológica de nitrogênio, produção de ácido indol acético e sideróforos. Estes endofíticos produzem uma variedade de substâncias, sendo uma fonte importante de compostos biologicamente ativos que têm aplicações medicinais, industriais ou agrícolas promissoras. Os objetivos deste trabalho foram realizar uma revisão enfatizando a importância dos microrganismos endofíticos nos processos de penetração e colonização na planta, seu potencial biotecnológico e sua aplicação na agricultura, destacando-se os microrganismos endofíticos de eucalipto e quantificar microrganismos, isolar e caracterizar bactérias endofíticas em plantas jovens de Eucalyptus ocorrendo em ambientes com e sem adubação. Os tratamentos foram estabelecidos pelo fatorial 6 x 3, sendo 6 espécies de plantas de Eucalyptus, três grupos funcionais de microrganismos (actinobactérias, bactérias e fungos), com quatro repetições. Quatro espécies de diferentes lugares, Eucalyptus urophylla, E. camaldulensis, E. grandis 1, E. grandis 2, com 100 cm de altura, de ocorrência espontânea e sem adubação, foram coletadas a beira de estrada, na cidade de Diamantina-MG. E duas plantas, sendo uma hibrido de E. grandis x E. urophylla e E. cloeziana com 120 dias, 20 – 30 cm de altura e adubadas foram coletadas no viveiro em Itamarandiba. As células das bactérias isoladas foram caracterizadas por meio dos descritores morfológicos e bioquímicos e a caracterização foi estimada pela distância de dissimilaridade. As unidades formadoras de colônias (UFC) por grama de tecidos das plantas foram influenciadas pelo ambiente (espécie e adubação) e grupo funcional, tanto nas folhas quanto nas raízes analisadas. O índice de similaridade para o número de actinobactérias e fungos endofíticos nas folhas de Eucalyptus permitiu o agrupamento das plantas em dois grupos principais: aquelas que cresciam espontaneamente sem adubação e as plantas que foram coletadas em viveiro comercial de mudas clonais. O número de bactérias foi maior que o número de actinobactérias e fungos, exceto nas folhas de E. grandis x E. urophylla adubado, em que não diferiu do de fungos. Em relação as características promotoras de crescimento, foram testadas 71 estirpes endofíticas. A maior frequência de estirpes com capacidade de produzir ácido indol acético (AIA) foi obsevada a partir de amostras de folhas (100 %) e das raízes (87,9 %) com destaque para a estirpe endofítica radicular 45URP4-1, com maior produção 129 µg mL-¹ de AIA. Alguns isolados de bactérias endofíticas de eucalipto foram produtores de enzimas, metabólitos voláteis, ácido cianídrico (HCN) e ácido indol acético (AIA), além de serem capazes de solubilizar fosfato e fixar nitrogênio, sendo possível relacionar a produção de alguns metabólitos avaliados com os índices de biocontrole e promoção de crescimento.
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    Caracterização molecular e modelagem de nicho ecológico para Bedellia somnulentella (Zeller, 1847) (Lepidoptera: Bedelliidae), praga foliar de batata doce
    (UFVJM, 2022) Santos, Marinalva Martins dos; Soares, Marcus Alvarenga; Costa, Márcia Regina da; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Marcus Alvarenga; Melo, Janaína de Oliveira; Azevedo, Alcinei Místico; Santos, Thiago
    Bedellia somnulentella é praga invasiva e com novos registros no território brasileiro alimentando-se de Ipomoea batatas, a batata doce. I. batatas pode proporcionar segurança alimentar e pode amenizar a crise de alimentos pós-pandemia da COVID-19. Este estudo apresenta a caracterização molecular e um exercício de modelagem mecanicista para previsão de riscos globais atuais e futuros de invasão da praga B. somnulentella alimentando-se em I. batatas. Extração e sequenciamento do DNA do gene COI mitocondrial (região COI 5’) de B. somnulentella foram realizadas, analisadas e comparadas com as sequências NCBI e BOLD Systems (Barcode of Life Data Systems). Árvores filogenéticas foram construídas para análise da distribuição biogeográfica e incursões da praga. Para identificar e prever riscos globais de invasão da praga, modelos no software CLIMEX foram projetados. A análise da sequência barcoding do gene COI rotulada como 2_H04.seq identificou o organismo como da espécie Bedellia somnulentella (Zeller, 1847) (Lepidoptera: Bedelliidae), corroborando a indicação prévia feita por análise morfológica, e confirmando sua introdução recente em Diamantina, Minas Gerais, Brasil. As projeções para a praga indicaram que mudanças climáticas poderiam reduzir áreas de alta aptidão na faixa paralela de latitude 0°, o equador. Por outro lado, as regiões temperadas nos paralelos com latitudes acima de 30°S e 30°N podem aumentar o stress quente e húmido e tornarem-se mais adequadas para esta praga. Este levantamento é baseado apenas em dados meteorológicos. Os dados aqui apresentados são úteis para o desenvolvimento de políticas, estudos e estratégias para o manejo da praga B. somnulentella no campo. É importante que organizações de planejamento agrícola e alimentar em vários países façam planos estratégicos e de longo prazo para evitar perdas por ataques de B. somnulentella.
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    Adubação NPK para cultivo de Moringa oleifera Lam.
    (UFVJM, 2022) Fontan, Ivan da Costa Ilhéu; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Cruz, Maria do Céu Monteiro da; Grazziotti, Paulo Henrique; Paula, José Roberto de
    Moringa oleifera Lam. (Moringaceae) é uma espécie arbórea de médio porte, com origem no sopé da cordilheira do Himalaia e milenarmente conhecida e cultivada por suas propriedades nutricionais e medicinais. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar doses de NPK para M. oleifera, bem como níveis críticos de N, P e K na parte aérea das plantas e de P e K no solo. O experimento foi conduzido a campo em LATOSSOLO VERMELHO distrófico em São João Evangelista – Minas Gerais e organizado em um delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial fracionado (4x4x4)¹/² com quatro blocos de oito unidades. As doses de nutrientes aplicadas foram: N (0; 40; 80 e 160 kg ha-¹ de N), P (0; 45; 90 e 180 kg ha-¹ de P2O5) e K (0; 20; 40 e 80 kg ha-¹ de K2O). Adotou-se o espaçamento de 1,0 m x 6,0 m (16.666 plantas ha-¹) em cultivo não irrigado com colheitas da parte aérea das plantas a cada 60 dias a partir do plantio das mudas. Os dados de incremento em diâmetro do caule, produtividade de matéria fresca e seca da parte aérea, teor, conteúdo e coeficiente de utilização biológica de N, P e K foram agrupados em três períodos (1º semestre: 0-6 meses; 2º semestre: 7-12 meses; e ano 1: 0-12 meses) e submetidos à análise de regressão. Aos 6 e 12 meses de cultivo foi realizada uma amostragem de solo (0-0,20 m) para determinação dos teores de P e K (Mehlich-1). Nestas ocasiões uma amostra composta da matéria seca da parte aérea foi utilizada para determinação dos teores de N, P e K no tecido vegetal. A produtividade da matéria seca da parte aérea acumulada de plantas de M. oleifera foi influenciada apenas pelas doses de N. A produtividade de máxima eficiência econômica após um ano de cultivo foi de 9.324,3 kg ha-¹ para matéria fresca e 1.875,6 kg ha-¹ para matéria seca, obtidas respectivamente com as doses de 37,6 e 36,3 kg ha-¹ de N. Os níveis críticos de N, P e K nas folhas de M. oleifera para o primeiro ano de cultivo foram de 3,44 dag kg-¹ para N, 0,45 dag kg-¹ para P e 2,40 dag kg-¹ para K. A ordem de acúmulo nutricional na parte aérea de M. oleifera após o primeiro ano de cultivo foi N > K > P, sendo verificada uma extração anual de 65,24 kg ha-¹ para N, 7,87 kg ha-¹ para P e 42,66 kg ha-¹ para K. Os níveis críticos de P e K no solo pelo extrator Mehlich-¹ no primeiro ano de cultivo da M. oleifera foram 15,25 mg dm-³ para P e 59,65 mg dm-³ para K.
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    Origem e evolução fitogeográfica dos capões de mata associados aos ecossistemas de turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional - MG
    (UFVJM, 2021) Gonçalves, Thamyres Sabrina; Silva, Alexandre Christófaro; Mendonça Filho, Carlos Victor; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Calegari, Marcia Regina; Grazziotti, Paulo Henrique; Barral, Uidemar Morais
    O objetivo foi compreender a dinâmica evolutiva dos Capões na paisagem. Estes conhecimentos podem subsidiar estratégias de conservação dos ecossistemas de turfeiras de montanhas tropicais e mostram como diferentes elementos interagem na formação da paisagem. Etapas da pesquisa: a) vegetação: caracterização florística, fitogeográfica, fenológica, coleção de referência de fitólitos; b) solo: deposição de serrapilheira, análises isotópicas de 13C e 15N, fitólitos, datações por 14C, caracterização morfológica e geoquímica. O estudo foi realizado em quatro Capões, dois em um ecossistema de turfeira no distrito de Pinheiro (Diamantina -MG), no limite com o Parque Estadual do Biribiri, e outros dois em um ecossistema de turfeira da nascente do Rio Preto, em uma superfície de aplainamento conhecida como Chapadão do Couto, no Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto – MG), onde as altitudes são de 1.240 e 1.600 m respectivamente. Em cada área foram estudados dois Capões, um inserido totalmente dentro da turfeira e outro na transição para o Campo Limpo Seco. Os resultados mostram que a vegetação possui uma estrutura diferente em cada Capão, com variações na intensidade da deposição de serrapilheira e diferenças no processo de dispersão de sementes. Apresentam composição florística que inclui espécies de Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica, majoritariamente de fitofisionomias de florestas estacionais disjuntas do domínio tropical atlântico. Algumas espécies produzem fitólitos e nunca haviam sido estudadas sobre essa produção. As análises isotópicas de δ13C na matéria orgânica do solo sugerem que a vegetação na zona de fluxo hídrico superficial dos ecossistemas de turfeira aparentemente sempre foi mais arborizada, com maior contribuição de plantas C3, com ciclos de expansão e retração dos Capões, evidenciados pela variação na contribuição de plantas C4 no sinal isotópico da MOS. Os teores de δ15N sugerem que o lençol freático passou por muitas oscilações, tornando os Capões ora mais ora menos influenciados por ele. A morfologia dos testemunhos mostrou a existência de processos de acúmulo de matéria orgânica e sedimentação de material mineral distintos em todos os Capões, ao que se supõe bastante influenciados pela posição pedogeomorfológica de cada Capão.
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    Distribuição espacial e diversidade genética de Mauritia flexuosa
    (UFVJM, 2022) Nassau, Bárbara Rayane Ramos Muniz; Costa, Márcia Regina da; Pimenta, Márcio Antônio Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Pimenta, Márcio Antônio Silva; Cavallari, Marcelo Mattos; Sanglard, Demerson Arruda
    O estudo e a compreensão relacionada à distribuição espacial e a diversidade genética são relevantes para o manejo dos recursos genéticos florestais, planejamento de inventários amostrais e também para avaliar os impactos da exploração e fragmentação, além de estabelecer estratégias de amostragem em populações naturais. Mauritia flexuosa (Buriti) é considerada como um recurso-chave e trata-se de uma espécie com alto potencial agronômico e biotecnológico. Devido à importância socioeconômica e ecológica, nos últimos anos tem crescido o número de pesquisas envolvendo M. flexuosa. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar o padrão espacial e a diversidade genética de uma população de Mauritia flexuosa contendo três gerações (G1, G2 e G3) em uma vereda localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Pandeiros, município de Bonito de Minas, Norte de Minas Gerais. Foi realizado o censo da área demarcada da população onde as 61 plantas adultas (G1), 47 juvenis (G2) e 52 regenerantes (G3) foram identificadas e o registro das coordenadas geográficas realizado com o auxílio de um aparelho de GPS, totalizando 160 indivíduos. A área amostral foi de aproximadamente 301.785 m2. Para o cálculo da distribuição espacial, foi aplicado a função K de Ripley univariada (software R). As classes G1 (Adulto), G2 (Juvenil) e G3 (Regenerantes) apresentaram padrão espacial agregado, aleatório e isolado variando em função da distância. Os padrões registrados são resultados das síndromes de dispersão das espécies, padrão de distribuição de frutos ou sementes, reprodução da germinação e heterogeneidade do habitat. Para estudar a diversidade e estrutura genética, foram coletadas folhas dos indivíduos das três classes (G1, G2 e G3) para extração de DNA, sendo utilizados cinco primers microssatélites. Os marcadores apresentaram alto grau de polimorfismo, as estimativas de diversidade genética indicaram média de 7,8 alelos/loci e a heterozigosidade observada (Ho) foi menor que a heterozigosidade esperada (He) na população e nos níveis de locos. O índice de Shannon (I) indicou diversidade e riqueza genotípica moderadas na população; presença de alelos exclusivos em diferentes gerações; moderada estrutura de distribuição populacional e maior diversidade entre as gerações. As classes G1 e G2 apresentaram similaridade genética maior, enquanto G3 exibiu características genéticas mais distantes. Tais resultados revelaram menor diversidade genética entre indivíduos regenerantes e maior entre adultos, além da presença de estruturação, provavelmente, devido a região deste estudo ser fragmentada e degradada, o que contribui para redução da diversidade genética de Mauritia flexuosa ao longo das gerações. Assim, este trabalho visou fornecer informações que possam subsidiar ações de conservação, manejo e programas de melhoramento e recuperação de áreas degradadas.
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    Calagem para o cultivo da amoreira-preta (Rubus spp.)
    (UFVJM, 2021) Lima, Ramony Cristina; Silva, Enilson de Barros; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Silva, Ricardo Siqueira da; Cruz, Maria do Céu Monteiro da; Santos, Rafael Carlos dos
    A maioria dos solos brasileiros tem elevada acidez prejudicando o desenvolvimento de grande parte das culturas. A calagem é possível corrigir quimicamente os solos, tornando-os agricultáveis. A amora-preta é uma fruta que vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Existe a necessidade de obter os índices adequados de acidez do solo e estudar a eficiência nutricional das amoreiras-pretas. O objetivo deste trabalho foi obter os índices de acidez do solo que melhor expressam o potencial produtivo e eficiência nutricional de cultivares de amoreira-pretas em solos ácidos submetidos à calagem. Para isso, quatro cultivares de amoreira-preta foram utilizadas, sendo elas a ‘BRS Tupy’, ‘Brazos’, ‘Guarani’ e ‘BRS Xavante’, cultivadas em dois solos ácidos, classificados como LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO distrófico e LATOSSOLO VERMELHO distrófico. O experimento foi realizado em delineamento em blocos casualizados, com três repetições em casa de vegetação, com quatro doses de calcário dolomítico, sendo as doses de 0; 1,5; 3,0 e 6,0 Mg ha-1 para ambos os solos. Foram avaliados os atributos químicos do solo como pH em água, teores de K, Ca, Mg e Al, saturação de Al, saturação por bases, saturação de Ca, Mg e K, além da produção e matéria seca de frutos, hastes, folhas e raízes, os teores de nutrientes em cada parte da planta e a eficiência nutricional de cada cultivar. Não houve diferença significativa entre os solos. A resposta da produção de frutos das quatro cultivares foi semelhante à aplicação da calagem. A cultivar ‘BRS Tupy’ se destacou com a maior produção de frutos e matéria seca, até mesmo sem calagem com maiores conteúdos de nutrientes nos frutos e maior eficiência nutricional em relação à ‘Brazos’, ‘BRS Xavante’ e ‘Guarani’. A calagem é uma prática essencial para o cultivo da amoreira-preta em solos ácidos, pois foram por intermédio dessa prática que se atingiu atributos químicos adequados para maior expressão do potencial produtivo da cultura cultivada em solos ácidos que foram: pH em água de 5,6, saturação de alumínio máxima tolerada de 6 %, requerimento de Ca e Mg de 45,3 mmolc dm-3 e saturação por bases de 48,3 %.