Browsing by Author "Nobre, Luciana Neri"
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Item Ambiente escolar: espaço para educação alimentar e nutricional e prevenção de excesso de peso infantil(UFVJM, 2020) Urquía, Yazareni José Mercadante; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Silva, Edson da; Bodolay, Adriana Nascimento; Silva, Maria de Fátima Gomes daNo atual cenário da saúde pública mundial e nacional, a obesidade e o sobrepeso são duas das problemáticas mais desafiantes ao manter uma prevalência crescente, sendo especialmente preocupantes na população infantil, pelas consequências na saúde e qualidade de vida dessas doenças e suas comorbidades em longo prazo. Nesse contexto, a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) tem se destacado como estratégia para prevenção e controle desses problemas. No Brasil, a EAN é uma estratégia de política pública inserida no ambiente escolar, o qual tem sido visto como um espaço privilegiado para a formação integral do ser humano, incluindo a promoção de hábitos de vida saudáveis. Apesar disso, desenvolver ações de EAN em ambiente escolar de forma transversal, com uso de tecnologias educacionais adequadas, e mantê-las em longo prazo, não é ainda uma realidade recorrente. Considerando esses aspectos, a elaboração e validação de tecnologias educacionais para apoio docente que facilitem a inserção do tema EAN de forma transversal no currículo escolar é de grande valia. Assim, o presente estudo apresenta um panorama sobre a prevalência de excesso de peso em escolares mineiros, reflete sobre a inserção da EAN no ambiente escolar no Brasil e apresenta ainda o processo de validação de uma tecnologia educacional elaborada para auxiliar docentes a promover o conhecimento sobre alimento/alimentação, com vistas a estimular a autonomia dos educandos para que esses façam suas escolhas alimentares por meio do desenvolvimento da reflexão, da ampliação da consciência e a formação de pensamento crítico.Item Avaliação do uso de preparações contendo milho sobre produção de leite humano(UFVJM, 2021) Azevedo Almeida, Marielly da Conceição; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Angelis Pereira, Michel Cardoso de; Morais, Harriman Aley; Guedes, Helisamara MotaO leite materno além de ser adequado às necessidades nutricionais do lactente exerce papel na proteção contra doenças infecciosas, e o protege contra doenças crônicas na vida adulta. Apesar disso, muitas mães não conseguem amamentar seus filhos, e a baixa produção de leite (hipogalactia) é uma das causas da não amamentação ou do desmame precoce. A hipogalactia ocorre mais frequentemente em mães de bebês nascidos prematuros, com baixo peso ou intercorrências neonatais, e que necessitem de cuidados intensivos. Para tentar estimular a produção de leite materno muitas mães, em todo o mundo, fazem uso de substâncias galactogogas, ou seja, de substâncias que aumentam a produção ou fluxo de leite, visando melhoria no suprimento de leite materno. Considerando esses aspectos a presente dissertação apresenta a um estudo de intervenção do tipo antes e depois com duas etapas, sendo elas: linha de base e de período de intervenção. O estudo ocorreu no hospital Nossa Senhora da Saúde na cidade de Diamantina/Minas Gerais no período de outubro de 2017 a julho de 2020. Participaram do estudo 35 lactantes com hipogalactia e foi testado se preparações com milho aumentam a produção de leite materno. As lactantes foram controles delas mesmas, e as preparações utilizadas na intervenção foram bolo de milho e canjica doce.Item Avaliação química e efeitos da farinha de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata) em ratos submetidos a dieta hiperlipídica(UFVJM, 2023) Pereira, Jeovana Thayse; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Nobre, Luciana Neri; Araújo, Clinascia Rodrigues RochaA Pereskia aculeata é uma cactácea encontrada e consumida como alimento na região de Diamantina. Além de sua importância como alimento regional, a literatura relata que esta possui elevados teores de proteínas, fibras dietéticas e minerais. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos da farinha de Pereskia aculeata em ratos Wistar tratados com dieta hiperlipídica sobre os parâmetros nutricionais e metabólicos. Foram utilizados 48 ratos machos da linhagem Wistar com 21 dias de idade (recém desmamados). Os animais foram aleatoriamente distribuídos em 2 fases e em 4 grupos: grupo C (Controle): ração comercial durante 126 dias (n = 12); grupo CO (Controle + Pereskia aculeata): ração comercial durante 63 dias e ração acrescida de farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12); grupo O (Obeso/dieta hiperlipídica): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 126 dias (n = 12); grupo OO (Obeso/dieta hiperlipídica + Pereskia aculeata): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 63 dias e ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) mais farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12). Foram realizadas avaliações nutricionais, químicas e (sangue, fígado e fezes), e os dados submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Newman-Keuls quando necessário (p<0,05). Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata (CO e OO) no 126°dia, apresentaram menor peso corporal, ingestão de ração, calorias, circunferência naso-anal (CNA), índice de massa corporal (IMC), razão abdômen /tórax (RAT), gordura abdominal e menor peso do fígado. Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata apresentaram maior coeficiente de eficiência energética (CEE), uma redução da glicose sérica, colesterol total e aumento dos triglicerídeos e lipoproteínas de alta densidade (HDL). Conclui-se que, a farinha de Pereskia aculeata apresentou efeito positivo nos parâmetros avaliados, demonstrando ser um alimento com potencial no controle e tratamento da obesidade.Item Condições de saúde e de trabalho de profissionais que atuam na atenção básica(UFVJM, 2014) Rocha, Anna Luisa Alkmin; Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Leite, Maísa Tavares de Souza; Murta, Agnes Maria Gomes; Nobre, Luciana NeriAs condições do trabalho, a organização, a concepção e o ambiente das atividades laborais aos quais os profissionais da atenção básica do Sistema Único de Saúde estão inseridos podem ter grande influência sobre a condição de saúde devido à complexidade do serviço. Assim, a avaliação das condições de trabalho e saúde torna-se importante instrumento de análise com possibilidades de intervenção em busca de melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. Objetivou-se, assim, conhecer a condição de saúde e de trabalho dos profissionais da atenção básica dos quinze municípios que compõem a Região de Saúde de Diamantina/MG, através de um estudo transversal com base em um questionário semiestruturado e com análises antropométricas. A Organização Mundial da Saúde proclama os trabalhadores de saúde como seu mais valioso recurso, assim, como profissional da atenção básica é necessário que esse desperte para a própria condição de saúde, reconhecendo e analisando situações que possam influenciar e determinar a qualidade de vida. Participaram da pesquisa 290 profissionais da Estratégia Saúde da Família, 42,4% atuam na atenção básica por contrato temporário; 84% com dedicação exclusiva; 94,8% referem realizar carga horária de 40 horas semanais. A taxa de absenteísmo no serviço nos 12 meses anterior à pesquisa foi de 40,7% com destaque para as doenças osteomusculares, a prevalência de morbidade foi relatada por 34,8% dos profissionais. Entre os participantes, 55,2% afirmam que o trabalho interfere na condição de saúde. Destaca-se que 54% dos trabalhadores encontram-se acima do peso adequado e que 28,7% das mulheres e 8,6% dos homens apresentam risco aumentado para desenvolver doenças cardiovasculares. O acidente de trabalho foi relatado por 15,5% dos participantes. A automedicação foi relatada por 60,7% e a participação em atividades de promoção à saúde por 24,8%. Assim, foi possível verificar a condição de trabalho e saúde dos profissionais que atuam na atenção básica com o propósito que os resultados possam subsidiar a tomada de decisão para que a saúde do trabalhador fortaleça e seja valorizada no âmbito da gestão da saúde.Item Consumo alimentar e o diabetes tipo 2: um estudo com egressos da Coorte de Universidades Mineiras (CUME)(UFVJM, 2021) Dias, João Pedro Viana; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Pimenta, Adriano Marçal; Silva, Edson da; Esteves, Elizabethe AdrianaO Brasil ocupa o 5º lugar de maior prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em adultos no mundo. É uma doença multifatorial que envolve, dentre outras variáveis, um estilo de vida não saudável como um dos determinantes para o seu surgimento. Dentro deste contexto a presente dissertação tem três objetivos sendo eles: fazer uma revisão sistematizada para verificar o que as publicações recentes tem identificado sobre a relação entre consumo de alimentos e risco de DM2, avaliar o efeito do consumo de bebidas açucaradas (BA) na incidência de DM2 em participantes de uma coorte mineira de adultos (CUME), e verificar se o consumo de selênio tem relação com a prevalência de DM2 entre os participantes do CUME. Assim esta dissertação foi organizada em três artigos, e cada um deles responde, respectivamente, a esses objetivos. O primeiro identificou que elevado consumo de alimentos como carnes vermelhas, bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados estão associados ao aumento no risco de DM2, enquanto uma dieta rica em alimentos integrais, orgânicos, frutas, vegetais, nozes e chás estão associados a uma redução desse risco. O segundo identificou que o consumo de BA associou com aumento da incidência de DM2 (RR= 1,73; p-valor=0,03). Os consumidores de BA apresentaram mais de 70% de chance de adquirirem DM2 ao longo do tempo de seguimento da coorte. Cerca de 9,0% do efeito das BA na indicência de DM2 é mediado pelo excesso de peso (p-valor=0,041). Cerca de 45% do efeito das BA na incidência de DM2 é mediada pela interação entre excesso de peso e consumo de BA (p-valor= <0,001). E em relação ao consumo de selênio e prevalência de DM2, foi identificado que a ingestão dietética de Se não foi associada à prevalência de DM2, apesar da elevada ingestão desse micronutriente pelos participantes do CUME. Esses achados indicam a necessidade de mais pesquisas para confirmar a relação entre DM2 e consumo extremos de selênio, e confirmam a importância de uma alimentação saudável para a prevenção do DM2.Item Diabetes nas escolas: conhecendo o diabetes tipo 1(UFVJM, 2022-01-27) Silva, Rosiane Rosa; Silva, Edson da; Toledo, Marileila Marques; Reis, Janice Sepúlveda; Nobre, Luciana Neri; Bodolay, BodolayEste e-book foi elaborado e validado para o Projeto Diabetes nas Escolas, sendo parte de uma dissertação do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição (PPGCN) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Foi criado com o intuito de orientar os pais de crianças e adolescentes de escolas parceiras do Projeto Diabetes nas Escolas. Seu conteúdo foi baseado nas diretrizes atuais para prevenção, controle e tratamento do diabetes e visa contribuir para a melhor compreensão sobre o diabetes mellitus Tipo 1 no ambiente escolar.Item Estágios de mudança de comportamento alimentar de adolescentes em relação ao consumo de frutas, legumes, doces e gorduras(UFVJM, 2023) Aguiar, Hérica Thaís Vieira; Ramos, Cíntia Lacerda; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Para avaliar o grau de modificação de comportamento dos jovens, o modelo transteórico de conduta tem sido amplamente utilizado. Este modelo estabelece uma abordagem que classifica os indivíduos com base em sua disposição para mudar, ocorrendo por meio de cinco princípios fundamentais, sendo eles a pré-contemplação, consideração, decisão, ação e manutenção. O objetivo deste estudo foi avaliar os estágios de mudança de comportamento alimentar de adolescentes em relação ao consumo de frutas, legumes, doces e gorduras e a associação entre frequência de consumo de grupos alimentares saudáveis com os estágios de mudança de comportamento. Trata-se de um estudo transversal com adolescentes de escolas públicas da cidade de Montes Claros, Brasil. Este estudo faz parte da pesquisa intitulada "Saúde escolar: avaliação nutricional e risco cardiovascular entre adolescentes de escolas pública”. O estudo ocorreu no segundo semestre de 2017 e a amostra foi selecionada por amostragem probabilística por conglomerados. Foi avaliado consumo alimentar, variáveis sociodemográficas (idade e sexo), antropométrica (índice de massa corporal), comportamental (tempo de tela e prática de atividade física), saúde (se recebeu acompanhamento por profissional nutricionista e se deseja perder peso) e estágio de mudança de comportamento alimentar segundo o modelo transteórico. O consumo dos marcadores alimentares foi avaliado por meio de questionário adaptado do VIGITEL, pesquisa nacional que dentre outras variáveis avalia marcadores de alimentação saudável e não saudável. A análise dos fatores que influenciaram a probabilidade de o estágio de mudança de comportamento alimentar afetar o consumo dos grupos de alimentos saudáveis (frutas e legumes) foi realizada por meio da regressão de Poisson. Participaram do estudo 880 adolescentes, e a maioria de autodeclararam estar nas fases de “manutenção” (25,6%) e “ação” (13,6%), respectivamente, para os diferentes grupos de alimentos avaliados (frutas, legumes, doces e gorduras). As meninas relataram consumir regularmente mais doces, enquanto os meninos relataram maior consumo de leite. Foi observado que idade (p-valor <0,001), gênero (p<0,001) e se o adolescente teve atendimento nutricional (p-valor <0,001) influenciaram na mudança de comportamento para o consumo de frutas, enquanto que gênero, tempo de tela e se pensa em fazer dieta influenciaram na mudança de comportamento para o consumo de legumes ( p-valor <0,001). Em relação ao grupo de alimentos não saudáveis, apenas a idade foi associada os estágios de mudança de comportamento alimentar para consumo de doces (p-valor <0,001) e nenhuma variável foi associada ao consumo de alimentos gordurosos. Os adolescentes classificados em “pré-contemplação”, “contemplação”, “decisão” e “ação” apresentaram maior probabilidade de não consumirem frutas diariamente quando comparados aos da fase de “manutenção”. No entanto, esta probabilidade foi maior entre aqueles em “pré-contemplação” (RP= 2,18; p-valor < 0,001). Os adolescentes em “pré-contemplação”, “contemplação”, “decisão” e “ação” apresentaram maior probabilidade de não consumirem legumes, e aqueles em “pré-contemplação” apresentaram maior probabilidade (RP= 2,50; p-valor < 0,001). Contudo, observa-se que o consumo de frutas e legumes é mais elevado entre os adolescentes que se encontram nas fases de “ manutenção” e “ contemplação”. Por outro lado, os adolescentes que estão na fase de “pré-contemplação” têm uma maior probabilidade de não consumir frutas. Além disso, à medida que o estágio de conscientização é menos avançado, a frequência de consumo de legumes tende a diminuir.Item Fatores associados à manutenção de vida ativa de egressos de universidades mineiras: um estudo de coorte(UFVJM, 2022) Rodrigues, Thamires Cristina Perdigão; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Nobre, Juliana Nogueira Pontes; Morais, Harriman AleyNo atual cenário de saúde pública, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis são as principais causas de morte e incapacidade na população mundial, fato que pode implicar gastos elevados no sistema público de saúde, aposentadorias precoces e absenteísmo no trabalho. Entretanto, sabe-se que a exercício físico é um dos pilares do tratamento e prevenção das doenças crônicas. Os benefícios do exercício físico regular incluem: controle de peso, fortalecimento de músculos e ossos, aumento do equilíbrio, melhora da disposição, promoção da interação social, melhorias na saúde mental e qualidade de vida relacionada à saúde - todos fatores afetados negativamente por doenças crônicas. Características sociodemográficas como sexo, idade, escolaridade, estado civil tem sido identificados como fatores determinantes de um estilo de vida ativo. O consumo de tabaco, de bebidas alcoólicas e de alimentação pouco saudável, rica em alimentos ultraprocessados, são alguns dos fatores comportamentais, que se encontram também associados à prática de exercício físico. Contudo, as diferenças na associação entre esses determinantes e o exercício físico, permanecem por esclarecer. Diante desse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a manutenção longitudinal da vida ativa dos participantes da coorte de adultos egressos de universidades públicas mineiras (CUME) e avaliar os fatores associados a esta manutenção. O projeto CUME é um estudo epidemiológico observacional, de coorte aberta, realizado no Brasil desde 2016 com ex-alunos de cinco universidades do estado de Minas Gerais. Seu objetivo é avaliar o impacto do padrão alimentar brasileiro e da transição nutricional nas doenças crônicas não transmissíveis.Item Hipoglicemia associada à atividade física em pessoas com diabetes: uma análise de vídeos do YouTube do Brasil(UFVJM, 2022) Silveira, Juciano Cesar da; Silva, Edson da; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Introdução: As mídias sociais para a autogestão de informações sobre saúde constituem uma prática recorrente de usuários leigos que vivenciam diferentes contextos de saúde. Embora facilitem o acesso e o compartilhamento de informações, as mídias sociais podem contribuir para a criação de possíveis riscos à saúde e ao bem-estar, uma vez que ampliam as experiências de vulnerabilidade emocional e desinformação. Objetivo: Esta dissertação teve como objetivo avaliar a qualidade dos vídeos mais assistidos no YouTube como ferramenta educativa para o autogerenciamento da hipoglicemia diabética associada à prática de exercício físico. Desenho: Trata-se de um estudo exploratório, transversal, de abordagem qualiquantitativa da avaliação de vídeos do YouTube. Os termos de pesquisa para identificação dos vídeos foram “hipoglicemia” + “atividade física” + “diabetes”; “hipoglicemia + exercício + diabetes” e “dieta para diabetes” e “tratamento para diabetes”. Os vídeos foram avaliados por dois revisores treinados de forma individual. As divergências neste processo foram resolvidas em consenso com um terceiro examinador em caso de discordância A busca e análise dos vídeos ocorreram entre os meses de junho a outubro de 2022. A confiabilidade e a qualidade dos vídeos foram avaliadas por meio dos instrumentos modificados DISCERN, mJAMA, Global Quality Score (GQS) e a avaliação da abrangência das informações por meio de um Checklist elaborado pelos autores da pesquisa. O coeficiente Kappa de Cohen foi utilizado para medir a confiabilidade interexaminador e os resultados foram apresentados como média e desvio padrão, quando apropriado. Resultados: Foram avaliados os 100 vídeos mais assistidos no YouTube sobre diabetes e exercício físico. O resultado das análises dos vídeos segundo os instrumentos DISCERN modificado, mJAMA e GQS indicou que os vídeos tem baixa qualidade e representam risco para uma pessoa leiga, que ao utilizá-los para se orientar sobre o tratamento da hipoglicemia diabética, associado ao exercício físico, pode não obter o resultado esperado, e pode inclusive afetar negativamente a hipoglicemia da pessoa com DM. Conclusão: Os vídeos mais assistidos no YouTube sobre hipoglicemia diabética associado ao exercício físico, não é uma ferramenta educativa para o autogerenciamento da hipoglicemia diabética. Assim, é desaconselhável recomendar o uso do YouTube como ferramenta educativa, caso não sejam sugeridos vídeos específicos como fonte de informação.Item NutriGame - seu guia alimentar: serious game para comunicação do Guia Alimentar para a população brasileira para adolescentes(UFVJM, 2023) Garcia, Bruna Caroline Chaves; Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Bortolini, Gisele Ane; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane Gomes; Mendonça, Vanessa AmaralO Guia Alimentar para a População Brasileira 2ª edição apresenta as diretrizes alimentares brasileiras, importante recurso de prevenção da obesidade, que devem ser divulgadas à população por meio da educação alimentar e nutricional. A tecnologia Mobile Health (mHealth) tem mostrado resultados positivos na promoção da saúde podendo ser uma ferramenta importante em intervenções nutricionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar a efetividade de um jogo digital mHealth em comunicar as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira para adolescentes. O estudo foi realizado em 3 fases: na Fase I foi destinada ao desenvolvimento do jogo digital, do tipo aplicativo (app), para celular/tablet; a Fase II à avaliação da jogabilidade do aplicativo e a Fase III à avaliação do app como estratégia de comunicação do Guia Alimentar para População Brasileira para o público alvo. A Fase I aconteceu em três etapas: 1. Fundamentação teórica e conceituação, em que foram escolhidos os determinantes teóricos do jogo; 2. Desenvolvimento do app, quando foram definidas a mecânica e o formato do jogo; e 3. Testes preliminares de usuário, quando os próprios pesquisadores realizaram testes de usabilidade e viabilidade. Na Fase II, 7 adolescentes, com idade entre 14 e 16 anos, utilizaram o app por 30 dias para avaliação da usabilidade, viabilidade, engajamento e aprendizagem, que foram avaliados por meio de entrevistas guiadas. Na Fase III participaram do estudo, 65 adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, 38 do grupo app e 27 do grupo controle. Os adolescentes do grupo app usaram o jogo digital por 14 dias. Eles responderam a um questionário sobre alimentação que abordava questões de percepção, autoeficácia, conhecimento e atitude alimentar em três momentos: Pré (antes do uso do app) e Pós (14 dias após usar o app) e Pós-90 (90 dias após usar o app). Ao final dos 14 dias, o grupo app também respondeu a um questionário de imersão. O grupo controle não recebeu nenhuma intervenção e responderam ao questionário sobre alimentação no momento pré e pós. Foram calculados os escores de cada questionário para comparação do momento pré e pós utilização do jogo e entre os grupos controle e app. O jogo desenvolvido recebeu o nome de “Nutrigame - seu guia alimentar” e é um jogo de narrativa, onde a história é ambientada na rotina alimentar de um adolescente. Durante um ciclo de sete dias o jogador deve realizar escolhas alimentares, de ambiente e companhia. Essas escolhas impactam a saúde do avatar, demonstrada pelos indicadores de saúde, alertas e relatório final de saúde. Quando avaliado na Fase II, o NutriGame recebeu nota 8,75 em uma escala de 0 a 10 sobre o quanto os adolescentes gostaram do jogo, demonstrando bom engajamento. Além disso, ele apresentou resultados efetivos de usabilidade e viabilidade. Na Fase III, após utilizarem o NutriGame, os adolescentes relataram saber mais sobre alimentação saudável depois de jogar (pré 7,05 ± 1,83; pós 7,94 ± 1,33, p=0,031) e consideraram sua alimentação mais saudável (pré 6,50 ± 1,64; pós 7,16 ± 1,11, p=0,015). O escore de conhecimento aumentou de 27,82 ± 1,65 no momento pré para 29,05 ± 1,45 após jogarem o NutriGame (p=0,0001). O escore para intenção de mudança de hábitos (autoeficácia) foi de 43,47 ± 4,90 no momento pré, aumentando para 47,05 ± 3,36 depois da utilização do jogo (p<0,0001). Eles também apresentaram melhora na atitude alimentar (pré 20,58 ± 3,19; pós 22,53 ± 3,12, p=0,0009). Não foram observadas diferenças nos escores das respostas entre os dois momentos para o grupo controle. Para o grupo app, foi observada manutenção dos resultados após 90 dias da intervenção, demonstrando efeito do jogo a médio prazo nas variáveis analisadas. A média da imersão no jogo ao final dos 14 dias de teste foi de 27,25 ± 3,36 pontos, o que demonstrou alto envolvimento com a narrativa. Dessa forma, os dados mostram que o NutriGame - seu guia alimentar é eficaz na comunicação do Guia Alimentar para adolescentes.Item Práticas alimentares segundo o Guia Alimentar na pandemia da COVID-19 e fatores associados entre professores da educação básica de Minas Gerais(UFVJM, 2022) Lopes, Amanda Palma; Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Miranda, Aline Elizabeth da Silva; Pinho, Lucinéia deNos dois primeiros anos da pandemia da COVID-19, devido à elevada contaminação do vírus, o distanciamento social foi indispensável. Nesse período ocorreram diversas modificações comportamentais nas pessoas. Para os professores, foi um período desafiador, visto o ensino presencial ter sido substituído pelo ensino remoto, e muitas vezes, sem o devido preparo para esta mudança. Assim, nesse período foi deflagrado novos comportamentos ou exacerbando outros pré-existentes, especialmente os que oferecem risco à saúde, como alterações psicológicas, sedentarismo e hábitos alimentares não saudáveis. Os hábitos alimentares não saudáveis estão em desacordo com o recomendado pelo Guia Alimentar para a população brasileira. Considerando esses aspectos, o presente estudo objetivou avaliar as práticas alimentares segundo o Guia Alimentar para a população brasileira em professores do ensino básico de Minas Gerais no segundo ano da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal do tipo Web Survey realizado com professores que atuam na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) da rede pública de ensino do estado de Minas Gerais. Este estudo é um recorte do Projeto ProfsMoc Etapa Minas Covid “Condições de saúde e trabalho entre professores (as) da rede estadual de ensino de Minas Gerais”. A pesquisa ocorreu entre outubro a dezembro do ano de 2021 e seguiu todos os preceitos éticos determinados pela Resolução nº466, com a aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual de Montes Claros, mediante parecer consubstanciado nº 4.200.389/2020 e foi conduzido com autorização da secretaria estadual de ensino de Minas Gerais. Para o estudo foi utilizado questionário autoaplicável online no qual foi avaliado, dentre os aspectos, variáveis sociodemográficas, condições de trabalho, de saúde mental e de saúde e comportamento e práticas alimentares (24 itens; escore 0-72), baseada nas recomendações do Guia Alimentar brasileiro. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para determinar os fatores associados às práticas alimentares. Participaram do estudo 1.907 professores, dentre eles a maioria são mulheres (77,2%), vivem com companheiro/a (60,8%), tem pós-graduação (60,2%) e trabalhavam mais de 40 horas por semana (45,1%). Sobre as práticas alimentares, 50,9% apresentaram práticas alimentares saudáveis, 38,7% com necessidade de modificação e 10,4% inadequadas. Práticas alimentares não saudáveis mostraram-se associadas ao sexo masculino (RP=1,14; p- valor=0,016), a menor idade (RP=0,87; p-valor=0,004), ter jornada de trabalho superior a 40 horas semanais (RP=1,15; p-valor=0,042), apresentar transtornos mentais comuns (RP=1,52; p-valor=0,000), ter qualidade de sono ruim (RP=1,23; p-valor= 0,000) e ser sedentário ou irregularmente ativo (RP=1,30; p-valor=0,000). Metade dos professores relataram práticas alimentares com necessidade de modificação ou inadequada, e estas associaram a variáveis importantes e modificáveis. Em relação à saúde mental, satisfação com trabalho e qualidade do sono, apesar da maioria não ter relatado problemas quanto a estas questões, um percentual elevado de professores apresentou escores alterados nos questionários, que sinaliza quadros indicativos de depressão, ansiedade, transtornos mentais comuns e qualidade de sono ruim. Esse resultado indica necessidade de um olhar mais cuidadoso com esses professores, especialmente nesse período de pandemia que exigiu resiliência dos professores diante de todas as adequações necessárias para o ensino remoto e híbrido.Item Resistência à ação da insulina em idosos com osteoartrite: caracterização e fatores associados(UFVJM, 2020) Silva, Fabiulla Cristiane da; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Guimarães, Fábio Tadeu Lourenço; Prates, Júlia Tereza Aparecida CaldeiraDiversos estudos têm documentado a associação entre inflamação e desfechos metabólicos. Considerando esses aspectos o presente estudo tem como objetivo verificar a prevalência de resistência à insulina em idosos com osteoartrite do joelho (OAJ) e verificar os fatores associados a este problema. Trata-se de um estudo transversal realizado com idosos com osteoartrite do joelho em tratamento fisioterapêutico e nutricional numa Clínica Escola de Fisioterapia. Os idosos foram submetidos à avaliação socioeconômica, marital, de saúde, antropométrica e bioquímica. Para análise estatística foi utilizada a regressão logística. Adotou-se nível de significância 0,05. Participaram deste estudo 33 idosos dos quais 18,2% está com resistência à insulina, tem idade média de 72 anos. A maioria é do gênero feminino (n=30, 90,0%), com excesso de peso (n= 24; 72,7%), elevado risco cardiovascular (n=29; 87,9%) e baixo grau de escolaridade (n=20; 60,7%). Grande parte dos idosos utilizam 5 ou mais medicamentos por dia, sendo esses para tratar da hipertensão (n=25; 75,5%), seguido de osteoartrite (n=14; 42,0%), dislipidemia (n=9; 27,3%) e diabetes (n=7; 21,2%). Nenhuma variável avaliada apresentou associação com resistência à insulina. Os resultados desse estudo indicam que os idosos avaliados apresentam quadro preocupante, apresentam problemas que em conjunto os coloca em elevado risco cardiovascular, ou seja, apresentam excesso de peso, circunferência da cintura elevada, hipertensão, diabetes e resistência à ação da insulina, no entanto, não foi identificado fatores associados a resistência à ação da insulina. Essas características os torna um grupo de grande necessidade de intervenção educativa.Item As significações atribuídas à educação alimentar e nutricional por professores do ensino fundamental I das escolas municipais de Diamantina/MG(UFVJM, 2017) Silva, Ana Carolina Souza; Murta, Nadja Maria Gomes; Murta, Agnes Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Murta, Agnes Maria Gomes; Nobre, Luciana Neri; Machado, Virgínia Campos; Lessa, Angelina do CarmoEstudo que objetivou desvelar as significações atribuídas à Educação Alimentar e Nutricional (EAN) a partir da análise e interpretação dos sentidos e significados que professores do ensino fundamental I constituíram em relação à mesma. Como pressupostos epistemológicos orientadores do estudo, adotamos a Psicologia Sócio-histórica e as categorias subjetividade, sentidos e significados (significações). Esse referencial teórico-metodológico permitiu o reconhecimento das questões subjetivas como constitutivas do sujeito e da realidade e, portanto, fundamental para entender o processo de inclusão da EAN pelos professores no contexto escolar. A pesquisa de campo foi desenvolvida em três escolas municipais de Diamantina/MG, com a participação de seis professores do ensino fundamental I. Utilizamos como técnica de produção de informações a entrevista semiestruturada e, para proceder a sua análise e interpretação, nos inspiramos na proposta de Aguiar e Ozella dos Núcleos de Significação e também na estratégia complementar dos Núcleos Temáticos. Sistematizamos, a partir das falas dos professores, três Núcleos Temáticos, quais sejam: 1) Significações atribuídas pelos professores ao conceito de EAN: concepções e implicações na construção do conhecimento, 2) Processo de (não)inclusão da EAN no contexto escolar: dificuldades e desafios e 3) Significações das ações realizadas: o caráter pontual, responsabilização compartilhada e as possibilidades de avanços na abordagem de EAN. Elementos tais como, a concepção estritamente nutricional do conceito de EAN, a ideia que se têm sobre a EAN como um assunto relevante, mas que, contraditoriamente, não encontram as condições objetivas para sua inclusão, o caráter pontual das ações, a responsabilização atribuída aos profissionais da saúde, à escola e/ou à família, as ações interdisciplinares e transversais ligadas à lógica instrumental, a EAN como mais um conteúdo a ser trabalhado constituem os sentidos subjetivos atribuídos pelos professores à EAN e justificam a sua não inclusão. Consideramos que esses elementos desvelados auxiliam a compreender como a EAN é vivenciada no contexto escolar. Por fim, as reflexões finais dessa pesquisa apontam para a necessidade de pensar a formação e a realidade dos professores da rede municipal de ensino a fim de que esses profissionais possam ter maior autonomia de ação e desenvolver estratégias criativas para que a inclusão da EAN seja uma realidade na escola.Item Ultra-processed foods are associated with overweight and poor eating practices in nutrition students during the COVID-19 pandemic(UFVJM, 2023) Silva, Kamilla Alexsandra; Esteves, Elizabethe Adriana; Santos, Carina de Sousa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Santos, Carina de Sousa; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane GomesO consumo de alimentos ultraprocessados (UP) tem sido associado ao aumento do risco de doenças. Embora estudantes de nutrição possam se beneficiar dos conhecimentos adquiridos em sua formação, ainda são poucos os estudos sobre o consumo de UP neste grupo. Portanto, investigamos neste estudo associações entre o consumo de UP e indicadores de saúde de estudantes de nutrição um ano após o início da pandemia CoVid-19. Também descrevemos o consumo de itens alimentares de acordo com a classificação NOVA. Este foi um estudo transversal com estudantes de Nutrição de uma universidade pública brasileira. Dados sociodemográficos, antropométricos, de atividade física, qualidade do sono, práticas alimentares e percepção da imagem corporal foram coletados por meio de questionários autorrespondidos em plataforma online. Os alimentos consumidos foram obtidos por meio de dois registros de 24 horas e agrupados em (1) in natura/minimamente processados, (2) ingredientes culinários processados, (3) processados e, (4) ultraprocessados. Embora quase 50% dos alimentos relatados foram classificados como in natura/minimamente processados, 40% dos participantes consumiam menos da metade do total de itens relatados (37 ao todo) para este grupo. Quase 15% de todos os alimentos relatados eram UP, e o número de itens deste grupo para mais de 85% foi de até 4,5. O consumo de UP foi maior em estudantes com práticas alimentares de risco ou inadequadas, com excesso de peso corporal, do sexo masculino, mais jovens e cursando a primeira metade do curso. Verificamos que quanto maior o consumo de itens do grupo dos UP, maior a prevalência de excesso de peso (≥1 = 35%; ≥2=44%; ≥3=66%) ou práticas alimentares inadequadas (≥1 = 32%; ≥2=40%; ≥ 3=52%). Assim, a participação de apenas um item UP na dieta associou-se ao aumento da prevalência de excesso de peso ou má alimentação, sendo que quanto maior a participação de itens do grupo dos UP, maiores as prevalências.Item O uso do Moodle como recurso para educação permanente em diabetes mellitus para profissionais das equipes de saúde da família de um município mineiro(UFVJM, 2019) Toledo, Marileila Marques; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Dias, Ana Catarina Perez; Nunes, Ana Paula Nogueira; Costa, Magnania Cristiane Pereira daA presente pesquisa teve como objetivos avaliar a atitude dos profissionais das Equipes de Saúde da Família (EqSFs) de Diamantina, MG em relação ao diabetes mellitus (DM) e desenvolver um curso de qualificação em diabetes para estes sujeitos. Participaram da pesquisa 83 profissionais, no entanto 8 foram excluídos e a amostra final é de 75 pessoas. Os participantes do estudo foram profissionais de 14 Equipes de Saúde da Família (EqSFs) do referido município, os quais responderam a um questionário sobre sua condição socioeconômica e as necessidades educacionais sobre DM e um questionário de atitude em relação ao DM. Além disto, foram submetidos a uma qualificação em DM, por meio de um curso na modalidade educação à distância. Sobre o perfil dos participantes, observou-se que a maioria é do gênero feminino (n=70; 93,3%), adultos jovens (n=44; 58,7%), tem entre 8 e 13 anos de estudo (n=46; 61,3%), tem em média mais de 2 anos de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde (n=55; 73,3%), acompanham em média 48 pessoas com DM (n=52; 69,3%) e todos relataram desejo de qualificação em diabetes. Quanto à atitude dos profissionais em relação ao DM, observou-se que estes apresentam atitude favorável, uma vez que apresentaram pontuação média acima de 3 nas subescalas do instrumento. Embora apresentem uma atitude favorável em relação ao diabetes, observa-se que os profissionais têm dado mais importância ao controle rígido da glicose e um pouco menos a autonomia das pessoas com esta condição crônica. Neste sentido, torna-se necessário maior sensibilização dos profissionais para esta temática. Quanto ao curso, este foi desenvolvido no modelo Design Instrucional Contextualizado, composto por quatro fases: fase de análise, fase de design e desenvolvimento; fase de implementação e fase de avaliação a e organizado com os recursos do Modular Object-Oriented Dyaminc Learning Environment (Moodle). Na fase de análise foram levantadas as demandas educacionais em DM e definidos os objetivos instrucionais para o curso. Na fase de design e desenvolvimento foi realizado o cadastro do curso na plataforma Moodle e adaptados os recursos didáticos. O curso englobou temas sugeridos pelos profissionais das EqSFs e o conteúdo foi distribuído em 3 unidades, com duração de 30 horas no total. Na fase de implementação foi realizado treinamento para a utilização dos recursos tecnológicos do curso, envio de instruções aos participantes também por e-mail e cadastro dos participantes. Na fase de avaliação foi aplicado um questionário para avaliar os aspectos referentes ao curso. Considera-se que os recursos do Moodle foram facilitadores do método de organização e criação de cada etapa do curso.