Avaliação do Programa de Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha de Minas Gerais.

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2013

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UFVJM

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O Programa de Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família foi implantado na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha em outubro de 2010, com a finalidade de melhorar o nível de resolubilidade da Atenção Primária à Saúde, tomando como ponto de partida a aprendizagem significativa e integrada das diversas competências clínicas necessárias aos médicos das equipes de saúde da família. O objetivo deste trabalho foi avaliar as ações de planejamento, execução e resultados do PEP na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha de Minas Gerais em interface com os objetivos propostos pelo Programa. O estudo foi desenvolvido em 14 municípios desta Região, que possuíam médicos da Estratégia de Saúde da Família com frequência de participação no PEP igual ou superior a 60,0%. Participaram da pesquisa 14 gestores municipais de saúde, 31 médicos e 383 usuários. Tratou-se de uma pesquisa de triangulação descritiva, quantitativa e qualitativa. Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados: 1) Questionários estruturados dirigidos aos usuários, médicos e gestores de saúde; 2) Relatórios de supervisores dos GAPs para o levantamento dos temas estudados nos encontros e 3) Atestos de gestores municipais de saúde para calcular a rotatividade profissional dos médicos. As entrevistas das consultas médicas foram filmadas e analisadas. Utilizou-se a análise descritiva dos dados, o teste do qui-quadrado e teste de Fisher (p = 0,05). A média de idade dos médicos entrevistados foi de 39,5 anos, 67,7% eram do sexo masculino e 48,2% solteiros. Em relação à titulação, 45,2% dos médicos possuíam apenas graduação em medicina, sendo que 35,5% possuíam no máximo quatro anos de formação. A relação médicos inscritos/presentes nos encontros do PEP foi de 41,5% em 2011 e 38,4% em 2012. Os temas mais estudados nos encontros de GAP foram a metodologia do PEP (24,3%) e as doenças crônicas não transmissíveis (10,5%). Para os médicos participantes, o supervisor do GAP segue a metodologia proposta e os materiais atendem às necessidades dos grupos (100,0%). Os médicos (93,5% e 96,8%, respectivamente) relatam que após a participação no PEP houve redução de encaminhamentos e de pedidos de exames desnecessários. Os médicos participantes (93,5%) afirmam ainda que suas consultas foram reestruturadas após a participação no Programa. Segundo o ponto de vista de 35,7% dos gestores municipais de saúde, os médicos vinculados a seus municípios participam do PEP apenas como forma de cumprir o Contrato do Programa Saúde em Casa, mas para a maioria (62,5%) este não é o motivo da participação, enquanto 50% dos Secretários Municipais de Saúde afirmam que os médicos que são liberados para o PEP, não comparecem nos encontros. A maioria dos usuários (76,1%) relatou ter percebido melhora no atendimento após a participação do médico no Programa. O Índice de rotatividade para os médicos que participam do PEP com frequência igual ou superior a 60,0% foi de 35,5%, enquanto para aqueles que não participam efetivamente do Programa o valor foi de 60,9%. Conclui-se, assim, que a Educação Permanente nos moldes do PEP pode melhorar o desempenho clínico dos médicos e envolver mais o usuário em seu tratamento, além de contribuir para a fixação de profissional na região.

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CRUZ, Cleya da Silva Santana. Avaliação do Programa de Educação Permanente para Médicos da Estratégia de Saúde da Família na Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha de Minas Gerais. 2013. 186 p. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2013.

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