Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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PPGSSA - Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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    Composição das equipes multiprofissionais de apoio à Atenção Básica por macrorregião de saúde no Estado de Minas Gerais: análise do período de 2018 a 2022
    (UFVJM, 2023) Galvão, Rejane Valgas Oliveira; Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Murta, Nadja Maria Gomes; Silva, George Sobrinho; Freitas, Ronilson Ferreira
    O Ministério da Saúde (MS), órgão responsável pela formulação das políticas públicas da saúde, definiu em 1994 que o modelo de atenção à saúde a ser adotado pelos municípios, com o objetivo de garantir a atenção primária à saúde, foi no primeiro momento o Programa de Saúde da Família (PSF) e atualmente a Estratégia de Saúde da Família (ESF). Em 24 de janeiro de 2008 foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) através da Portaria nº 154, com o objetivo de aumentar a abrangência e o escopo das ações da atenção primária à saúde tornando-a mais resolutiva e efetivando o trabalho da ESF que busca a coordenação do cuidado das pessoas que estão em sua área de abrangência e reafirmando, assim, os pilares do Sistema Único de Saúde (SUS): da regionalização e territorialização. Em 12 de novembro de 2019, o Ministério da Saúde, através da Portaria nº 2979, instituiu o Programa Previne Brasil que estabeleceu um novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do SUS e não relacionou o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) (nova nomenclatura adotada a partir da publicação da Portaria nº 2436 de 21 de setembro de 2017) como ação estratégica para recebimento de custeio específico. Considerando esta alteração, essa dissertação tem por objetivo geral descrever o perfil e quantitativo em relação ao NASF-AB e/ou equipes multiprofissionais no Estado de Minas Gerais no período de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva e quantitativa. As informações foram obtidas através da utilização de fontes secundárias em base de dados nacionais como Tabulação para Windows (Tabwin), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), e estaduais como o site da Programação Pactuada Integrada (PPI)/MG. Os dados alcançados foram tabulados no Excel, pacote Officce (Microsoft®) e, posteriormente, construíram-se tabelas. Como resultado observou-se que no quantitativo de equipes por tipo de equipe no período de agosto/2018 a agosto/2022, houve uma migração do quantitativo de NASF 1, NASF 2 e NASF 3 para o quantitativo de ENASF-AB, mas apesar da migração destaca-se uma redução de 81(oitenta e uma) equipes no período. Já em relação ao quantitativo de equipes por classificação do serviço, houve uma migração dos serviços de NASF 1, NASF 2 e NASF 3 para o serviço de NASF-AB, mas neste caso, houve um aumento de 17 (dezessete) equipes passando de 918 (novecentos e dezoito) em 2018 para 935 (novecentos e trinta e cinco) em 2022. Quanto a variação por categoria profissional, foi feito um levantamento quadrimestral por macrorregião de saúde do estado de Minas Gerais e observou-se que houveram acréscimos e decréscimos conforme o período analisado e a macrorregião. Já em relação ao quantitativo de atividades realizadas pelos profissionais, de maneira geral houve decréscimo sendo o maior percentual de decréscimo de atividades dos farmacêuticos e o menor percentual de decréscimo de atividades dos fonoaudiólogos. Conclui-se que apesar da publicação da portaria do Previne Brasil e da necessidade de enfrentamento da Pandemia da Coronavirus Disease 2019 (Covid-19) houve a diminuição no quantitativo de equipes de NASF-AB, os quantitativos dos profissionais ficaram estáveis ou aumentaram, mas o quantitativo de atividades realizadas diminuiu.
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    Ações para mitigação dos impactos causados pelas condições de coleta, manuseio e descarte de resíduos sólidos em um município do Norte de Minas Gerais
    (UFVJM, 2023) Oliveira, Manoel de Jesus Cardoso de; Cambraia, Rosana Passos; Pereira Júnior, Assis do Carmo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Thoma, Andrea Cristina; Pereira Júnior, Assis do Carmo; Prat, Bernat Viñolas; Freitas, Ronilson Ferreira; Cambraia, Rosana Passos
    A produção de resíduos sólidos é inevitável, visto as necessidades diárias de consumo do ser humano, no entanto a destinação final de forma adequada é essencial para mitigar a degradação ambiental. Neste trabalho o objetivo foi realizar um estudo das condições de coleta, manuseio e descarte de resíduos sólidos em um munícipio, no Norte de Minas Gerais, entre os anos de 2010 a 2020, recomendando medidas para mitigação dos impactos advindos da formação dos lixões. Trata-se de um estudo observacional de caráter descritivo, realizado em São Francisco, município brasileiro às margens do Rio São Francisco em Minas Gerais. Após a autorização das Secretarias Municipais de Educação, Urbanismo e de Meio Ambiente, procedeu-se as análises dos documentos normativos constitucionais em que inserem as legislações ambientais no município. O marco inicial foi justificado pela regulação em todo o território nacional das ações e serviços de saúde pelo Estado ou em conjunto permanente ou eventual, por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privadas e, o marco final, pela vigência da Lei n. 12.305/2010 que fixou um prazo para encerramento dos lixões. Procedeu-se a identificação e separação dos documentos referentes ao período de estudo, os mesmos foram separados e analisados. Foi confeccionado um manual com orientações sobre o manuseio e descarte dos resíduos sólidos, bem como informações salutares no dia a dia. Observou-se que existem problemas a serem sanados, principalmente a necessidade de geração e difusão de informações e conhecimento, formando uma comunidade consciente, capaz de selecionar, armazenar e descartar corretamente seus resíduos. Foi possível perceber a atuação de um consórcio intermunicipal multifinalitário que está sendo construído para atendimento das principais necessidades imediatas relacionadas ao cumprimento da legislação com execução de ações para eliminação dos lixões. Embora ações e projetos venham contribuindo no sentido de melhorar a situação atual da degradação ambiental quanto aos descartes de resíduos domésticos ainda é necessária a real mobilização da sociedade sanfranciscana, especialmente a partir do ambiente saudável.
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    “...você nunca vai ver uma pessoa rica se importando realmente com isso, porque eles nunca vão sentir a falta, nunca falta pra eles....”: a pobreza menstrual e seus impactos na vida das adolescentes das escolas públicas de Diamantina-MG
    (UFVJM, 2023) Jardim, Laís Galliac Queiroz; Paes, Silvia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paes, Silvia Regina; Lessa, Angelina do Carmo; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Queiroz, Ana Carolina Lanza
    A presente pesquisa teve como objetivo discutir a existência e os impactos da pobreza menstrual, na vida de adolescentes matriculados em escolas públicas de Diamantina-MG. A “pobreza menstrual” refere-se à condição de vulnerabilidade social enfrentada por muitas pessoas em todo o mundo devido à falta de acesso adequado a saneamento básico, banheiros em condições favoráveis e produtos de higiene menstrual, além da desinformação sobre o tema. Realizada em quatro escolas públicas do município de Diamantina - MG, a pesquisa revelou uma série de desafios significativos. Restrições financeiras emergiram como uma barreira para o acesso a produtos menstruais, levando algumas pessoas a recorrerem a métodos alternativos, além disso, o acesso a serviços de saúde relacionados à menstruação foi limitado. O estigma em torno da menstruação também foi evidente, com relatos de vergonha e constrangimento. As questões de gênero e equidade receberam menos atenção, apontando para uma conscientização limitada. A educação menstrual nas escolas demonstrou-se deficitária, com a maioria das aulas abordando o tema superficialmente. As instalações sanitárias nas escolas eram precárias, o que representa um desafio significativo durante o período menstrual. Esses resultados apontam para a necessidade de abordagens abrangentes que incluam acesso a produtos menstruais, educação menstrual, serviços de saúde adequados e a eliminação do estigma em torno da menstruação.
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    Qualidade da água de soluções alternativas coletivas na zona urbana de Montes Claros/MG
    (UFVJM, 2023) Santos, Fernanda Kelle de Souza; Morais, Harriman Aley; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Harriman Aley; Freitas, Bethânia Alves de Avelar; Nery, Janiele França; Ursine, Renata Luiz
    A garantia da qualidade da água para consumo humano é um elemento essencial para a efetivação de políticas de saúde pública de saneamento. A água, indispensável para a vida humana, pode atuar como um reservatório de diversos tipos de patógenos, como parasitas, fungos, vírus e bactérias, e está diretamente relacionada a doenças de origem hídrica. Para serem destinadas ao consumo, as águas superficiais e subterrâneas, necessitam de tratamento que melhore suas características organoléticas, físicas, químicas e bacteriológicas. A utilização de águas subterrâneas tem aumentado muito nos últimos anos, e em algumas cidades, é crescente o número de comunidades que têm optado pelo uso exclusivo desse recurso em substituição à captação de água superficial, cujo aproveitamento requer formas progressivamente mais onerosas de tratamento. O objetivo deste estudo foi verificar se a água distribuída pelas soluções alternativas coletivas (SAC) na zona urbana de Montes Claros atendia aos parâmetros de qualidade preconizados na legislação vigente. Para tanto, foram analidos os dados das SAC no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), no ano de 2022. Constatou-se que foram cadastradas 125 SAC na zona urbana do município, ue abasteciam 17.520 habitantes, sendo que somente 59% dessas soluções utilizam desinfecção como tratamento da água. Verificou-se que 59% delas também não tinha outorga para funcionamento e que 62% não contavam com um responsável técnico, ou seja, não havia controle de qualidade da água. De 179 amostras de água analisadas, coletas de 35 SAC, somente sete apresentaram parâmetros de potabilidade em conformidade com a Portaria n.º 888/2021. Comparando-se as amostras, antes e após o tratamento, observou-se que este se mostrou ineficiente em 81,8% dessas soluções. Os resultados do estudo demonstram a necessidade de ações intersetoriais para melhorar a qualidade da água fornecida pelas SAC na zona urbana de Montes Claros. Essas ações devem envolver a conscientização da população sobre a importância da qualidade da água, a fiscalização das SAC pelos órgãos competentes e o apoio técnico aos responsáveis pelas soluções alternativas.
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    Perfil epidemiológico dos pacientes e dos atendimentos médicos realizados no Ambulatório Escola da Faculdade de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
    (UFVJM, 2022) Matos, Kelcilene Azevedo de; Andrade, Renata Aline de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Andrade, Renata Aline de; Cambraia, Rosana Passos; Costa, Magnania Cristiane Pereira da; Silva, Evanildo José da
    O Ambulatório Escola da Faculdade de Medicina do Campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri é um espaço de ensino-saúde que possibilita aos discentes do curso de graduação em Medicina vivenciarem a prática profissional na atenção secundária e desenvolverem as habilidades médicas na sua formação. Conhecer o perfil epidemiológico dos seus pacientes e atendimentos realizados permite a construção de um diagnóstico do serviço e da situação de saúde da população atendida. Neste contexto este estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos pacientes e dos atendimentos médicos realizados nesta Instituição no período de junho/2017 a janeiro/2020, através do perfil sociodemográfico dos pacientes e seus diagnósticos mais frequentes, além do perfil dos atendimentos. Tratou-se de estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo por meio da análise dos prontuários dos pacientes atendidos nesse serviço e do banco de dados SPDATA referente ao cadastro destes pacientes. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário com questões relacionadas ao perfil dos atendimentos (consultas e procedimentos realizados pelos pacientes nas especialidades médicas) e perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes (sexo, idade, procedência, ocupação, estado civil, raça/cor da pele, diagnósticos). Foram analisados 2.858 prontuários, sendo que a maior parte dos pacientes era do sexo feminino, faixa etária de 20 a 39 anos, solteiro, pardo, aposentado, procedente de Diamantina/ MG e residente da zona urbana. As especialidades de ginecologia, clínica médica e pediatria consultaram o maior número de pacientes e também tiveram mais consultas registradas. O exame de Papanicolau foi o procedimento mais realizado durante os atendimentos. Os diagnósticos mais frequentes em cada especialidade foram anticoncepção/planejamento familiar (ginecologia), hipertensão arterial sistêmica (clínica médica, geriatria e cardiologia), alimentação inadequada (pediatria), acne (dermatologia), leishmaniose tegumentar (infectologia), osteoartrite (reumatologia), cefaléias (neurologia), transtornos depressivos (psiquiatria), hipotireoidismo (endocrinologia), presbiopia (oftalmologia) e nódulo mamário não especificado (mastologia). Estes resultados ampliaram o conhecimento sobre o próprio serviço do ambulatório, assim como da população que frequentou esta Instituição. Isto permite que os gestores, técnicos, docentes e discentes planejem ações que visam uma melhoria na organização do serviço oferecido e na assistência prestada à população da Macrorregião de Saúde do Jequitinhonha. Acredita-se ainda que este estudo possa nortear a realização de outras pesquisas tanto nesta temática como em outros temas.
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    Práticas alimentares nas Minas Gerais: uma análise a partir das narrativas de Saint-Hilaire (1816-1822)
    (UFVJM, 2023) Leão, Letícia Pereira; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Lage, Ana Cristina Pereira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Paes, Silvia Regina
    A presente pesquisa analisa as práticas alimentares nas Minas Gerais, utilizando como fonte de estudo os relatos de Saint-Hilaire, produzidos entre os anos de 1816 e 1822. Embora fosse um homem das ciências naturais, suas observações no Brasil não se limitaram à botânica, as quais se estenderam para os diversos aspectos da vida em sociedade, incluindo as práticas alimentares da população. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo analisar as práticas alimentares na província de Minas Gerais a partir dos relatos construídos por Saint-Hilaire nos trajetos percorridos por ele. A pesquisa realizada teve uma abordagem qualitativa, com os dados analisados à luz da metodologia da Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. A partir disso, foram desenvolvidas cinco categorias de análise as quais abordaram aspectos referentes a produção, comércio, qualidade, bem como as características das preparações e o modo de consumo dos alimentos. As obras que nortearam o estudo foram: Viagem pelo Distrito dos Diamantes e Litoral do Brasil, Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais e a Segunda Viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822). Como fonte complementar para análise das frutas nativas descritas por ele, utilizou-se a obra Plantas Usuais dos Brasileiros. Para informações sobre o período, ainda foram buscadas publicações referentes a estadia de Saint-Hilaire no Brasil, bem como fontes bibliográficas acerca da história e alimentação nas Minas Gerais entre os séculos XVIII e XIX. Para tratar dos aspectos relativos à qualidade dos alimentos foram utilizados os tratados médicos do século XIX e as publicações referentes à história da ciência e nutrição. No decorrer de sua passagem por Minas, Saint-Hilaire descreveu a forma curiosa como esses povos se alimentavam e apontou o milho, o feijão, a galinha, a couve e o toucinho como os alimentos mais comuns na província.
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    Conhecimento de farmacêuticos sobre aleitamento materno e a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras
    (UFVJM, 2023) Lacerda, Luiza Gobira; Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Santos, Delba Fonseca; Teixeira, Romero Alves; Rocha, Josiane Santos Brant
    A importância das ações que favoreçam o aleitamento materno e da contribuição que o profissional farmacêutico na aplicabilidade da NBCAL (Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras), quando bem-informado, pode promover com maior evidencia a prática do aleitamento materno. Este estudo objetivou avaliar o conhecimento de farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias em Minas Gerais sobre o aleitamento materno, bem como a NBCAL. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e exploratório cuja investigação se fundamentou na entrevista de farmacêuticos inscritos no Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG) atuantes em farmácias e drogarias. Foi realizada uma busca ativa por profissionais farmacêuticos que pudessem contribuir com a pesquisa, por meio de grupos de WhatsApp e redes sociais, bem como o contato direto via telefone do estabelecimento comercial em que o profissional exercia sua função. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário que avaliava as características sociodemográficas, acadêmicas e laboral dos farmacêuticos, além de um questionário elaborado e validado por Rocha (2023), que avalia o conhecimento dos farmacêuticos sobre o aleitamento materno e a NBCAL. Os dados foram armazenados no Microsoft Office Excel 2007® e analisados no software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Foram calculadas as frequências relativas e absolutas das variáveis categóricas, e para as variáveis numéricas, foram estimadas as médias e desvios padrão, as medianas, mínimo e máximo. Foram entrevistados um total de 356 farmacêuticos, que obtiveram uma maior média da pontuação do instrumento os participantes do sexo feminino (87,79), os profissionais que declararam ter 5 anos ou mais de formação profissional (87,25) e os participantes que tinham maior tempo de atuação profissional em drogarias e/ou farmácias (86,88). No somatório da pontuação geral do instrumento, obtiveram uma média 86,62, tendo a pontuação mínima 37 e a máxima 132. Considerando os resultados apresentados, conclui-se que os profissionais farmacêuticos entrevistados reconhecem a importância da amamentação para a promoção da saúde infantil. Contudo, é de extrema importância o direcionamento do profissional em educação em saúde na perspectiva da promoção do aleitamento materno, buscando a qualificação continuada acerca da NBCAL de forma a contribuir com o desenvolvimento infantil.
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    A primeira infância em situação de vulnerabilidade social no Brasil: uma revisão de escopo
    (UFVJM, 2023) Brito, Alcina Mendes; Morais, Rosane Luzia de Souza; Souto, Deisiane Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Rosane Luzia de Souza; Freitas, Bethania Alves de Avelar; Rezende, Cristiane de Paula; Leite, Hércules Ribeiro
    A primeira infância, do nascimento aos seis anos de idade, vem ocupando cada vez mais espaço nas agendas de compromissos de órgãos e instituições brasileiras e internacionais. As atenções estão voltadas, de modo especial, àquela parcela socialmente mais vulnerável. Crianças em vulnerabilidade social são mais expostas a experiências adversas, como insegurança alimentar, negligência nos cuidados, desnutrição e violência. Tais experiências tendem a prejudicar o desenvolvimento infantil em todos os seus domínios. Sabe-se que é necessário um esforço intersetorial: saúde, educação e assistência social para atingir este público de forma efetiva e eficiente. Suscitam, dessa forma, os seguintes questionamentos: O que tem sido estudado e publicado a partir do que está sendo feito pela saúde, bem estar e desenvolvimento da primeira infância em vulnerabilidade social no Brasil? Quais são os desfechos dos estudos que envolvem estas crianças brasileiras na primeira infância? Para aprofundar neste tema optou-se por realizar um estudo pelo método Revisão de Escopo, com o objetivo de identificar, mapear e descrever os estudos envolvendo a primeira infância em situação de vulnerabilidade social no Brasil. A partir de um conjunto de termos pré-definidos, foram realizadas as buscas nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Scielo, EMBASE, Cochrane, Scopus, CINAHL, Web of Science, PEDro e LILACS. Foram incluídos os estudos quantitativos de diferentes desenhos metodológicos envolvendo a primeira infância em situação de vulnerabildiade social, artigos completos nos idiomas Inglês e Português, sem recorte temporal. Os resultados desta pesquisa são apresentados no formato de artigo científico com o título Crianças brasileiras na primeira infância em situação de vulnerabilidade social: uma revisão de escopo. Setenta e seis artigos envolvendo um total de 107.740 crianças na primeira infância foram incluídos neste estudo. Estes 76 estudos apresentaram achados relevantes, incluindo o percurso temporal de publicação, a variabilidade de indicadores de vulnerabilldiade social, a escassez de estudos de intervenção e o fato de 100% dos estudos elegíveis serem da área da Saúde. Os desfechos negativos estiveram associados à condição de vulnerabilidade social, em praticamente toda a amostra, reforçando assim a necessidade de políticas governamentais capazes de proteger a primeira infãncia dos efeitos da vulnerabilidade social. Esta revisão de escopo mapeou importantes achados envolvendo a primeira infância em vulnerabilidade social no Brasil. Também identificou lacunas na literatura como a necessidade de estudos de intervenção e multisetoriais entre saúde, educação e assistência social.
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    Entre práticas e rezas: a intermediação das plantas medicinais para o benzimento e consumo, por benzedores na cidade de João Pinheiro - MG
    (UFVJM, 2023) Guimarães, Bárbara Maciel; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Prat, Bernat Vinolas; Murta, Nadja Maria Gomes; Acçolini, Graziele; Gonçalves, Maria Célia da Silva
    O presente estudo visou compreender o significado da presença dos/as benzedores/as na cidade de João Pinheiro-MG e a relação da fé e manuseio com as plantas para a benzedura e para fins terapêuticos, objetivando descrever as principais características desse saber; identificando os principais obstáculos encontrados para a reafirmação da cultura da benzeção. Propondo estratégias para dar maior visibilidade ao conhecimento da cultura dos/das benzedores/as. Para estruturação da pesquisa e tratamento dos dados e hipóteses do trabalho, foi realizada entrevista com 08 benzedores/as e 30 adeptos das benzeções, todos moradores da cidade de João Pinheiro no Estado de Minas Gerais. A pesquisa constituiu-se por meio de uma análise qualitativa dos dados levantados e também em revisão bibliográfica sistemática das informações produzidas pela pesquisa para investigar as questões apontadas no trabalho, mostrando as opiniões e relatos sobre este saber e práticas de conhecimento tradicional, coletando dados para comprovação da pesquisa. A cultura da benzeção e do consumo de ervas tem uma relação significativa com a tradição oral, familiar e religiosa. As benzeções estão relacionadas à fé e a cultura das pessoas, onde a busca da cura de doenças se apresenta como a motivação mais expressiva para se relacionar com a prática da benzedura e do uso de plantas medicinais, orientado por benzedoras e benzedores. Esta orientação, enquanto processo de cura, ainda se faz presente nas relações culturais dos praticantes e representa, também, uma forma de pensamento que demonstra a relação humano e natureza por meio do uso terapêutico de plantas e orações, estruturando uma visão de mundo onde a planta é percebida como agente de cura e como um ser que ensina, pois, a sua efetividade representa a vontade de Deus e a fé dos/as praticantes.
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    Eficiência do protótipo de sanitário seco de compostagem “SaniSeCo/Famed/UFVJM" como tecnologia sanitária no Parque Estadual do Pico do Itambé, Minas Gerais, Brasil
    (UFVJM, 2023) Godoy, Pedro Pinto; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Viana, Daniel Jose Silva; Nunes, Ana Paula Nogueira; Salgado, Hebert Canela; Prat, Bernat Vinolas; Gomes, Uende Aparecida Figueiredo
    Existe um grave e cíclico problema mundial na atual relação entre a água e o uso sanitário humano. Uma proposta alternativa de solução é o Sanitário Seco de Compostagem (SSC). No SSC, os dejetos humanos são armazenados em câmaras, desenvolvidas para maximizar o processo de compostagem sobre o material acumulado. A importância do SSC pode ser resumida em três pontos: i) a não utilização de água; ii) a não poluição de rios, lençóis freáticos e solo; iii) o potencial para adubação do produto (composto) gerado no processo de compostagem. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficiência do protótipo “SaniSeCo” instalado no cume do Pico do Itambé como tecnologia sanitária. Eficiência como qualidade de realizar etapas com sucesso. Foram avaliados o uso público, o manejo, a limpeza e o composto gerado nas câmaras de compostagem. Os estudos sobre o composto abrangeram a avaliação periódica do processo de compostagem, de sua transformação, da fauna macroinvertebrada e da carga bacteriana patogênica e parasitológica. A avaliação da transformação da matéria ocorreu empiricamente observando as características organolépticas do composto em todos os meses de monitoramento (Houve transformação? Qual aspecto, cheiro, textura e cor?). A carga patogênica foi testada quantificando as bactérias Escherichia coli (principal grupo representante de contaminação fecal) nas amostras mensais durante seis meses de enchimento das câmaras e também após seu fechamento (com 3, 6 e 9 meses na Câmara 01 e 3 e 6 meses na Câmara 02). Este estudo permitiu acompanhar a carga de bactérias durante o uso do sanitário e avaliar sua redução durante a compostagem após o fechamento das câmaras. As técnicas de estudo adotadas neste trabalho são normatizadas internacionalmente pelo Standard Method for the Examination of Water and Wastewater. Também foi analisada a carga de ovos de helmintos (vermes) em todas as amostras, a partir da técnica de Willis-Mollay. A identificação e quantificação de macroinvertebrados presentes em todas as amostras, realizado por fixação de amostras em álcool 70% e estereoscopia. Os resultados do uso público, manejo e limpeza comprovaram que se executados corretamente, o SaniSeCo não apresenta mal cheiro. Os resultados sobre o composto demonstram que o SaniSeCo consegue compostar o material orgânico depositado nas câmaras, transformando-o em um produto com aspecto, textura, cheiro e cor próximo de solo ou terra. A compostagem que ocorreu nas câmaras conseguiu reduzir a carga de Escherichia coli de 106 para 104 UFC/ml. Não foram encontrados ovos viáveis de helmintos em nenhuma amostra. Diversos grupos de macroinvertebrados que auxiliam na quebra/diminuição de partículas e aeração da matéria orgânica foram encontrados nas amostras das câmaras de compostagem, demonstrando um ecossistema saudável e necessário. O SaniSeCo se mostrou eficiente como tecnologia sanitária.