Cenário brasileiro de inoculantes e aplicações de bactérias endofíticas em Corymbia

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2023

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UFVJM

Abstract

As espécies de Corymbia têm sido colocadas como recalcitrantes ao enraizamento, e muitos plantios acabam sendo estabelecidos via seminal, no entanto o plantio clonal tem ganhado espaço cada vez mais, da mesma maneira que a busca por inoculantes e a inoculação de espécies florestais com bactérias promotoras do crescimento de plantas. Mas antes do desenvolvimento de uma tecnologia, é preciso realizar busca de anterioridade e estudo de mercado. Assim, objetivou-se avaliar o cenário brasileiro da produção de inoculantes e o efeito da inoculação com bactérias endofíticas em sementes de C. citriodora e de miniestacas de um híbrido de C. citriodora x C. torelliana na produção de mudas. Os inoculantes foram produzidos com Pantoea vagans estirpes 7URP1-6 (B07) e 45URP4-1 (B45), Priestia megaterium (B11), Exiguobacterium sibiricum (B19) e Bacillus sp. (B58). No Brasil, nas últimas quatro décadas, aumentou de sete para trinta e sete o número de depósito de patentes para formulações inoculantes, principalmente para leguminosas, inicialmente com uso de bactérias do gênero Rhizobium, e posteriormente com a aplicação de outros gêneros de fungos e bactérias. As bactérias endofíticas têm ganhado destaque nesse cenário de crescimento. A qualidade fisiológica das sementes de C. citriodora não é afetada pela inoculação com as bactérias individualmente. Na produção de mudas por sementes, a inoculação com as bactérias B07, B11 e B19 formou mudas mais altas, com maior diâmetro de coleto e massa seca de raízes, parte aérea e total, em especial as inoculadas com a B19, pois tiveram médias mais altas para altura, teor de clorofila b e massa seca da parte aérea e total, e maior capacidade de colonizar as raízes e rizosfera de C. citriodora, produzindo mudas de melhor qualidade. Na produção clonal de mudas de C. citriodora x C. torelliana, as miniestacas inoculadas com as bactérias B07, B11, B19 e B58 em relação às tratadas com 2.000 mg kg-¹ de ácido indolbutírico (AIB) tiveram tempo de produção das mudas diminuído; apresentaram sobrevivência semelhante; tiveram a porcentagem de enraizamento aumentada entre 29 e 36 %, e entre 27 e 34 % a altura das plantas; produziu mudas com maiores diâmetros de coleto, massa seca de raízes, parte aérea e total, e número de unidades formadoras de colônias por grama de tecido na rizosfera, raízes e parte aérea. O AIB na concentração de 2.000 mg kg-¹ inibe a colonização dos tecidos vegetais por bactérias endofíticas; já na concentração de 1.000 mg kg-¹, favorece a colonização. A inoculação das miniestacas de um híbrido de C. citriodora x C. torelliana com B07, B11, B19 ou B58 seguidas de imersão em 1.000 mg kg-¹ de AIB melhora o desenvolvimento das mudas.

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Citation

OLIVEIRA, Augusto Matias de. Cenário brasileiro de inoculantes e aplicações de bactérias endofíticas em Corymbia. 2023. 72 p. Tese (Doutorado em Produção Vegetal) – Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2023.

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